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História Não conte a ninguém - Irmã do Edward Cullen?


Escrita por: lolauchiha

Notas do Autor


Glorifiquem a nossa nova capa e não desiste de mim crushs

Capítulo 10 - Irmã do Edward Cullen?


Fanfic / Fanfiction Não conte a ninguém - Irmã do Edward Cullen?

O que eu e Ino estávamos criando naquela noite era algo incrível. Eu estava me tornando uma criatura completa, saber mais da história dos vampiros tornava tudo mais real e eu me enquadrava em uma espécie nova com facilidade, como se vampira fosse meu estado natural.

Eu senti a paixão de Ino ao contar a história de Caim, e aquilo quase me fez acreditar que existia ainda alguma humanidade nela. Ainda sim não era o suficiente, e já que ela era uma boa contadora de história, eu gostaria de ouvir o máximo que pudesse e foi exatamente isso que eu fiz naquela noite.

Na pausa sobre a história das gerações e outra jarra de vitae, me ajeitei na cama para ficar mais confortável e aguardei Ino me contar sobre a origem da tão famigerada e intimidadora: Camarilla.

– Quando foi que a Camarilla surgiu no meio dessa terra de ninguém? – Perguntei dando a deixa para que ela começasse a próxima história. Ino aconchegou suas costas nos travesseiros da cabeceira e bebeu um pouco do líquido da taça.

– Ela existe exatamente por ter virado terra de ninguém. – Explicou. – O mundo ficou o caos! – Afirmou com os olhos brilhando e eu tinha certeza que ela visualizava muito do que já havia vivido naquela época. – Por mais que muitos de nós tentávamos ser discretos, outros esbanjaram de extravagancias e genocídios, claro que os humanos iniciaram a caçada das bruxas, mas claro, não ás bruxas e sim aos vampiros. – Contou e agora eu conseguia entender bem sobre o que Sasuke havia me dito sobre a inquisição. – Fomos perseguidos, os humanos não aturavam mais a prepotência vampírica e claro, houve guerra durante séculos...

– Onde estavam as leis? – Falei indignada, eu ouvi muito horrores da inquisição, associar os dois mundos era incrível e horrível demais.

– Estipulamos as tradições para coexistir, mas muitos dos clãs achavam isso retrocesso, coexistir com humanos significava fraqueza pra eles, mal sabiam que estávamos tentando corrigir o erro dos nossos pais. – Lembrou. – Quando os vampiros da Quinta Geração se impuseram acima dos humanos a cidade morreu e levou muitos com eles, como eu disse agora pouco e a sétima e oitava gerações estavam caminhando para o mesmo caminho...

– Qual foi o estopim? – Perguntei, afinal já sabia que tinha dado certo, só não sabia como.

– Queimaram a mansão de um dos anciões mais importantes dos Ventrue, então os machões ficaram com medo e viram que coexistir talvez fosse á maneira mais inteligente de comandar. – Explicou. – Seis dos mais inteligentes clãs se aliaram a nós...

– Eram muito fortes, para se sobrepor aos outros sete. – Interrompi.

– Sete? Equivoco da sua parte. Foi preciso de seis clãs para acabar com a tirania dos dois maiores clãs. – Contou e achei aquilo uma história que deveria ser contata nas escolas. – Digo e repito. Eles queriam reinar em uma cidade morta, unimos forças para coexistir e por mais que eles abominassem viver entre os humanos, aquilo foi o que os manteve vivos até hoje. – Deixou claro, e ela parecia se orgulhar de todo aquele feito.

– E de repente a guerra acabou? – Provoquei a frase para tirar mais informações de Ino, afinal “nunca era só isso”.

– Está louca? A briga dos clãs se perpetuou, as tradições se tornaram lei e nenhuma criatura da noite foi criada sem o nosso adendo, já a falta de leis foi à própria ruina deles. – Explicou. E pelo que parecia, a inquisição correu atrás dos dois clãs que se rebelaram, levando os inexperientes vampiros com ela.

– Eles existem ainda hoje? – Perguntei por achar apropriado.

– Nunca subestime um Sabbá. – Foi como ela os chamou. – Eles mexem com necromancia e o lado obscuro que Caim nunca se atreveria a mexer, são poderosos, mas nós com o passar do tempo nos tornamos mais fortes por sermos mais numerosos. Hoje se a Camarilla controla as cidades, eles controlam os esgotos, se nós controlamos nações, eles controlam escombros. – Afirmou com total clareza e se levantou indo até o espelho onde se olhou profundamente.       Suspirou e me jogou um sorriso vitorioso. – Não me lembro da ultima vez que tivemos um líder de nação que não fosse um dos nossos. – Riu e sim, ela estava falando de lideres religiosos, presidentes e monarcas.

 – E o que aconteceu com os clãs que não se juntaram a nenhum dos dois? – Perguntei, tinha presumido que os não citados resolveram tirar seu peão de jogo e foi exatamente isso:

– Ciganos, mercenários, fanáticos... Cada um deles quis seguir seu próprio caminho, mas nem se anime se é isso o que está pensando.

Não era o que eu estava pensando.

– Assim como todos estão livres para se juntar a nós: Na terra de Camarilla, as tradições são leis para todos os filhos da noite, sem exceção. – Disse.

Eu sentia uma empatia enorme por todas as criaturas da noite e depois se entender um pouco sobre o inicio de tudo (por mais que muitos devam alegar ser mentira) o olhar de Ino mostrava o quão piamente ela acreditava naquilo e ainda sim, por mais que ela fosse louca, não acreditava que essa loucura afetasse suas histórias.

Uma coisa eu tinha certeza total: Essa transformação estava vindo com um toque de barbárie com toda a certeza, e eu de uma maneira ou de outra me afastava da Sakura antiga, e sem a mínima pretensão ou recusa.

– No final das contas separaram os amiguinhos do colégio. – Dei de ombros me levantando também, afinal estava quase amanhecendo.

– Tá brincando? Muitos de nós mataram os anciões que nos governava e nos tornamos os próprios anciões. – Riu seca. – Sei que você ainda tem essa coisa humana de lealdade, honra e etc, mas somos tão velhos como a terra. – Justificou. – Por mais que como Seita e como clã deveríamos nos ajudar, não passa mais do que trocas de favores e alianças por interesses...

– Então o que rola entre você e o Neji é apenas troca de interesses ou troca de outros fluidos também? – Provoquei. Ino deu um sorriso como se lembrasse de alguma coisa totalmente pervertida e finalmente notei uma diferença entre as horas que passamos juntas.

Eu não sentia mais a presença de nenhum dos dois.

– Eu não os sinto. – Falei em súbido desespero do que aquilo havia me despertado.

– É porque não estão mais aqui. – Ela simplesmente disse, e o desespero me acompanhou.

– Como assim? – Murmurei me vestindo com uma das roupas da cômoda em que Ino se encostava, apenas me observando.

– Digamos que eles têm assuntos pendentes. – Revelou sentando-se na cama, e notei o que estava acontecendo.

– Você está aqui me distraindo? – Resmunguei terminando de vestir um dos vestidos negros que possivelmente era de Ino.

–                Sem exageros Sakura. – Ela revirou os olhos sem pressa alguma.

– Vai se foder Ino. – Reclamei saindo do quarto, Ino começou me seguir e estava com outro vestido. Ela era rápida demais. – Onde eles estão? – Perguntei sem deixar de andar, procurando a saída.

– Eu também não sei. – Ela deu de ombros quando paramos na porta principal.

– Pode pelo menos me resumir aquela história agora? – Pedi.

– Não.

Sim, ela negou sem nenhum receio.

– Você não está ajudando. – Reclamei com a mão na maçaneta.

– Eu preciso ajudar? – Disse. Tão debochada quanto nunca. A encarei séria e joguei a melhor frase daquela noite:

– Você vai ajudar se quiser um juramento sério. – Dei de ombros vitoriosa e Ino franziu o cenho.

– Você é suicida? – Reclamou. Sim, se eu recitasse algo errado na reunião de anciões eu morreria, mas Ino morreria também.

– Eu só topei isso por causa do Sasuke. – A lembrei.

– Sua falta de fé nele é incrível. – Riu e começou a andar para a outra extremidade do grande salão.

– Aquele cara entregou o Sasuke de bandeja pra você por uma vingança de séculos atrás. – Eu corrigi, como se Ino se esquecesse de como eu fui parar lá.

– É... Eu também não subestimo um Ventrue. – Ela concordou sem deixar de se afastar, fui obrigada a segui-la.

– Se ama sua pós-vida é melhor ir pensando em lugares que eles possam estar. – Eu disse e ela parou na minha frente como uma rajada de vento que jogou meu cabelo para trás.

– Sakura Haruno em dois dias de pós-vida chantageando alguém centenas de anos mais poderoso que ela? Coragem ou ignorância? – Disse e sua presença foi tão forte que quis me curvar diante dela, mas não deixei que isso acontecesse, contrariei todas as células do meu corpo que queriam se curvar e passei por ela, deixando-a falar sozinha. Mas fui segurada pelo braço. – Você já era assim? – Perguntou e aposto que falava da minha postura rebelde.

– Como saímos daqui? – Desconversei. Ino não era uma pessoa que levava as outras a sério, então teria que trabalhar de uma forma totalmente diferente. Para a rainha do jogo, nada melhor que um novo tabuleiro.

– Pela porta? – Ela apontou para o outro lado e abriu um pequeno sorriso debochado.

– Assim sem queimar nem nada? – Perguntei e me arrependi no segundo seguinte.

– Amiga, você brilha igual o Edward. – Ela ironizou e passou na minha frente.

A segui para fora do salão, com raiva de como ela zoava com a minha cara só por eu ser inexperiente e depois que estávamos um andar abaixo do salão, percebi que era uma garagem subterrânea.

– Por mais que alguns de nós considere o que Caim nos deu como um presente, uma benção, o que foi dada a ele foi uma maldição. – Contou. Ino e suas histórias... – Dele foi abnegado tudo o eu era vida, e o sol foi uma dessas coisas. Nossa pele não suporta a luz, e mesmo na escuridão do nosso quarto, o dia nos enfraquece.  Se você se expuser ao sol, sua pele queima até virar pó, mas é claro, depois de várias e várias gerações, o sangue de Caim foi se diluindo e com isso amenizando os efeitos da maldição. Dizem que a décima primeira geração é tão fraca que podem até andar sobe o sol. Talvez essa seja a única vantagem deles sobre nós. – Concluiu pegando uma chave num grande painel.

– Nós?

– É querida Sakura, infelizmente quem lhe concedeu a pós-vida foi alguém da realeza. O sol é tão mortal pra mim quanto pra você. – Explicou.

Então eu fazia parte da sétima geração de vampiros. Eu não era um sangue fraco, por isso me sentia tão poderosa...

– Pra onde vamos? – Perguntei ao andar até o carro escolhido por Ino.

Uma concessionária? Não, apenas a garagem do Hyuuga.

Ino não me respondeu absolutamente nada, na verdade iria dar 5 horas da manhã quando saímos com o carro da mansão Hyuuga e foi evidente a pressa dela na estrada. O silêncio acompanhou todo o caminho e ele era necessário, ao menos para eu colocar todas as informações nos lugares corretos.

Meu corpo era guardião de uma maldição milenar dada por Deus e isso era demais para qualquer um que eu conhecesse acreditar... Já pensou se Tenten soubesse tudo o que passei aqui? Isso é uma loucura das grandes.

Esquematizei na minha mente que eu era o receptáculo do diabo e que estava no comando de uma arma mortífera. Eu possuo sangue de no mínimo mil anos, poderes que não sou capaz de mensurar a essa altura e que não fazia a menor ideia de como começar. E saber que tudo isso começou tão despretensiosamente era mais louco ainda.

 

Ino entrou com o carro na casa branca, SIM NA CASA BRANCA. Estávamos em Washington e seria ridículo se eu descartasse a hipótese do governo americano saber que vampiros existissem. O carro entrou pelos portões executivos e parou junto com vários carros com motoristas ao lado de fora. Andamos como se ninguém nos visse.

Estávamos invisíveis ou ninguém ligava para nossa presença?

De qualquer forma a segui preocupada, a essa altura já estava quase amanhecendo e senti que meu corpo sofria com uma grande indisposição.

 

– O que ela está fazendo aqui? – Foi à primeira frase que ouvi antes de passar na primeira porta. A voz era de Neji, reconheci na mesma hora e quando a porta foi aberta pude ver e sentir Sasuke.

– Ela tem nome. – Me defendi.

– Estou me referindo a Ino. – Ele revirou os olhos encarando Ino que apenas mostrou o dedo do meio.

– Eu estou impedindo que ela se mate. – Se defendeu quando Sasuke a olhou com um olhar severo.

Me mate? Eu que ameacei a vida dela.

– Eu te mandei algo simples. – Foi á primeira coisa que Sasuke disse. É O QUE SASUKE?

– Você mandou ela me distrair? – Disse indignada.

– Ninguém manda em mim. – Ino ressaltou se aproximando, fiz o mesmo.

Estávamos no que parecia ser uma sala de reunião.

– Pra afirmar isso trouxe ela aqui? – Neji, o chato, retrucou.

– De que lado está vingador? – Sim, foi o adjetivo que ela usou.

– Pensei que era do seu, traidora. – Replicou e eu só anotava os apelidos para montar a história que Ino não me contava.

– Eu não traí ninguém. – Se defendeu outra vez e eu tinha certeza que quem ouvia essa discussão queria rir. – Ino serve a ela mesma. – Ela disse como o Yoda do Star Wars.

Sasuke permanecia sem muitas expressões e eu só queria que ele dissesse mais do que ouvisse. “Vamos embora antes que amanheça”. Ele disse nos meus pensamentos e aquilo me irritou de uma forma que não pude explicar.

– Porque você não me conta primeiro que rixa é essa? – Disse em voz alta e Ino me olhou como se eu fosse louca, mas parece que percebeu rápido do que se tratava. – Porque você fez parecer uma ideia boa vir se esconder na casa do Hyuuga? Claramente da pra ver que ele te odeia. Afinal eu morri lá por causa dele.

Sim, estava possessa e aquilo não era do meu feitio, mas eu não entendia como Sasuke jogava aquele jogo, parecia que eu jogava tão melhor que ele. Ino estava nas minhas mãos, pelo menos até o juramento e Sasuke parecia tão a par de tudo o que estava acontecendo...

Como pude me apaixonar por Sasuke Uchiha? Como pude escolher morrer por causa dele? Talvez possam ter sido os enigmas dele, o mistério... Mas depois que todas as peças se encaixaram, eu esperava mais. Onde estava o homem que me fez mover céus?

Eu estava decepcionada com tudo aquilo. Ino parecia uma vampira foda pra caralho e Sasuke um mero pião cansado do jogo. O grande problema é que eu havia acabado de entrar no jogo e com muita cede de jogar, de dominar o jogo... Aquilo tinha ocupado minha mente no caminho até lá.

E essa é uma das desvantagens de solucionar o enigma. Ás vezes era simples demais, medíocre e quase ordinário... Eu superestimei Sasuke? Ou estava naquele momento o subestimando? Seu silêncio me deu brechas que eu não queria entrar, não queria me antecipar, mas era aquilo que estava acontecendo. Talvez antes de entrar no quarto de Ino há duas noites, foi nosso adeus... Eu não sentia mais sentimentos humanos, mas sabia que nosso laço poderia não se romper. Algo está errado de qualquer forma, então não conte a ninguém!


Notas Finais


Sasuke tinha medo de que tudo isso acontecesse. O que justifica esse silêncio dele? Sakura está superestimando ele ou subestimando?

Vocês arrazaram no feedback do ultimo capítulo.Eu fiquei doente e estou de mudança, mas prometo não demorar! Vamos saber a resposta do Sasuke HEHEHE. Mas lembrem-se: Não conte a ninguém!


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