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História Não conte a ninguém - Montreal


Escrita por: lolauchiha

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 4 - Montreal


Fanfic / Fanfiction Não conte a ninguém - Montreal

Eu já disse que odeio as segundas-feiras? É o dia que começa tudo de novo e de novo... Faz uma semana que a Senhorita Yamanaka assumiu o poder das empresas e pensei que seria caos e fogo, mas pelo contrário, muito difícil ver a diferença entre ela e o Uchiha, afinal ambos nunca apareciam na empresa.

Claro, vocês devem estar se perguntando o que aconteceu depois do acidente, bom, passou exatos 8 dias desde o fatídico acidente... Sasuke faleceu antes da ambulância chegar, realmente era um adeus, vou rir contando para não chorar... Esgotei as lágrimas no terceiro dia, saí da fase de aceitação ontem, e hoje entrei na fase de ignorar que ele um dia se quer existiu.

Outro dia dirigindo até a empresa e meu único pensamento é guiado para o Uchiha, como eu não pude fazer nada? Aquele encontro foi envolto de tanto mistério e dúvidas, tantos questionamentos a ser explicado mais tarde, ele me deu esperanças de novos encontros e a vida me iludiu da pior maneira. Talvez por isso que eu não entendia o dia de amanhã, como seria entre nós depois daquela noite... Talvez minha imaginação estivesse me poupando de algo que não iria existir.

 

– Está atrasada. – Hinata sussurrou. – Ino deseja vê-la.

 

Foi à única coisa que ela disse antes que minha espinha congelasse. Ino na empresa? E queria me ver? Pensei em mil motivos e nenhum lógico passou por minha mente. Recobrei minha postura e fiz questão que meu salto ecoasse os corredores, junto com minha confiança que vinha convalescendo ao me aproximar da porta da Yamanaka. Fui anunciada, então entrei.

 

– Sakura Haruno. – Ela pronunciou segurando a caneta com as duas mãos, sem me encarar. – Ouvi falar muito de você. – Ela disse abrindo um sorriso nem um pouco gentil. – Outra apaixonada por Sasuke Uchiha. – Engoli a seco, e ela me encarou. Queria que ela soubesse da nossa noite e esfregar na cara dela que eu não era qualquer uma... Mas pensei nas respostas que ela poderia me dar então me calei. – É brincadeira. – Ela riu, me olhando maldosa. – Algo com que devo me preocupar? – Perguntou.

– Não. – Sim, foi isso que respondi. Não entendi se isso tudo foi em duplo sentido, mas resolvi negar e negaria todas às vezes, como se nada aconteceu.

– Vamos Sakura, sente-se. – Ela fez menção. – Incrível seus ideais, odiaria que eles se perdessem nessa empresa. – Ela lamentou. Isso me deixou com várias duvidas, mas só me sentei sem dizer nada. – Bom. – Ela se ajeitou na cadeira. – Tenho serviços pra você.

– Que tipo de serviços? – A cortei, não estava entendendo onde ela gostaria de chegar.

– Calma Haruno, não precisa ficar apreensiva. – Ela leu a minha mente. – Quero que vá a Montreal.

– O que eu faria no Canadá? – Perguntei na cara de pau, ela poderia me demitir? Poderia, mas ela não iria pisar em mim, não mesmo.

– Tenho negócios a serem resolvidos e você é a mais qualificada a isso. – Ela bateu os dedos finos pela mesa. Encarei desconfiada, ainda rebati:

– Mande seus conferentes, tenho vários casos para cuidar. – Passei a mão na testa, estava nervosa, ela me deixava nervosa.

– Eu quero você Haruno. – Ela disse mais severa. – Você faz os serviços designados pelo seu superior, não se lembra do contrato que assinou? – Ela quase deu um riso sínico. Eu assinei porque era o Uchiha que me designaria e não essa loira prepotente.

– Pode dar mais informações sobre o que terei que fazer? – Me dei por vencida.

– Quero que me represente no Palace amanhã à noite. – Ela sorriu se levantando, caminhou até a janela escura e continuou falando enquanto olhava a vista da cidade. – Temos sócios importantes e quero o relatório completo da reunião. Não precisa dizer nada, só anotar. – Acrescentou voltando a olhar para mim.

– Se é tão importante, porque não vai? – Sim, sou abusada.

– Não gosto dos ares de Montreal, por isso você vai lá e vai me trazer tudo o que acontecer naquela reunião. – Ela sorriu. – Está dispensada. – Completou me encarando, como se falasse internamente “pode vazar, xô”.

 

Saí da sala com várias dúvidas, Ino me queria em uma reunião “importante” num dos hotéis mais caros do Canadá, até ai confere, mas se é importante porque me mandar? Bom, óbvio que eu iria, mas aquilo tudo estava cheirando mal.

Não voltei a trabalhar, Ino na empresa era ordem atrás de ordem. Quem ela acha que é? Aposto que herdou uma herança milionária fruto de um golpe lindíssimo do baú.

Voltei para o meu apartamento e fiz preguiçosamente as malas. Suspirei. Essa correria sempre vai me lembrar de Sasuke Uchiha. Às vezes posso senti-lo, nas noites mais frias sei que serei capaz de notar sua presença e isso é o que mais me incomoda... Aquela noite foi tão perfeita quanto irreal. O que tudo aquilo iria significar?

A noite caiu, o sol nasceu e lá estava eu indo para o aeroporto. Em menos de duas horas eu estava em Montreal no Canadá, peguei um taxi e fiz um check-in no hotel perto ao aeroporto. Não desfiz minha mala, só liguei a torneira para encher a banheira.

Talvez o James Arthur tenha feito um ótimo trabalho com “Say You Won't Let Go”, afinal foi com ela que terminei de encher a banheira com lembranças, pequenas e curtas memórias. Porque me abalava tanto? Quando a pessoa morre de repente, quem fica sofre e quem vai descansa em paz... Será que Sasuke se apossou do seu trono no inferno nesse período de tempo?

Levantar da banheira e lembrar-me dele me recepcionando com uma toalha, aquela cena nunca sairia da minha cabeça, senti lágrimas quentes escorrerem do meu rosto e foi Calum Scott com “Dancing on my own” que fez todos meus sentimentos estremecerem.

Me recompus e coloquei um vestido sério, aqueles que se dizem “que gata não vulgar”, maquiagem marcada e um salto incrível, ainda não era um Louboutin, mas seria em breve. Desci até o saguão e tinha um motorista me esperando, que chique.

– Senhorita Haruno, serei seu chofer. – O homem me disse enquanto abria a porta de trás do carro. – Por favor. – Fez menção para que eu entrasse.

– Obrigado. – Respondi adentrando.

 

Você sabe que o hotel é chique quando o lustre é quase do tamanho de um sofá. Caminhei até o espaçoso saguão, todos me encaravam, tentei ignorar, mas os mal educados ficaram me encarando sem nenhuma vergonha.

Era isso que a Yamanaka queria? Fazer eu pagar micão no meio dos ricaços? Me aproximei da bancada de check-in e o homem me mediu como se não fizesse ideia do porquê eu estava lá, me segurei para não revirar os olhos, mas a vontade não faltou.

– Eu vim representar Ino Yamanaka. – Avisei e o homem deu um risinho sínico. Fechei ainda mais a cara. O que aquilo significava?

– Quarto andar. – Ele me avisou após dar outra risadinha, não entendi, mas pensando bem fiquei na duvida se queria mesmo saber qual o significado.

 

Entrei no elevador, talvez esse fosse o lugar que eu passaria mais tempo depois da minha cama. As portas se abriram para um corredor enorme e um homem na outra ponta. Eu reconheceria aquele 1,90m em qualquer lugar. Sasuke Uchiha.

– Sasuke? – Sim falei em voz alta e ele olhou na hora que eu chamei. Poderia ser coincidência afinal o corredor está vazio e qualquer voz chamaria a atenção. Mas quando ele virou o corredor, tive certeza que falava com a pessoa certa, que fugiu.

Corri (sim de salto) pelo corredor, ele só podia ter descido as escadas de emergência, mas por quê? Tive medo de descer pela escada de emergência, entrei novamente no elevador e tentei alcança-lo, para onde ele iria?

A porta foi aberta e por trás do vidro de entrada eu o vi entrando em um taxi e realizei um dos sonhos da minha vida. Entrei no carro que me trouxe e disse:

– Siga aquele carro! – Ele acelerou para tentar acompanhar, sem perguntar nada e paramos em uma boate. Sasuke tinha sumido, ele nunca frequentaria aquele lugar, mas valia conferir.

Desci do carro e me aproximei da fila, todos me encararam feio como se eu fosse furá-la. Bom, na verdade eu nunca frequentaria esse tipo de lugar. Uma mulher de cabelos azulados Chanel me encarou brava então achei melhor esperar no final da fila para depois perguntar informações.

– Estamos lotados. – Ela avisou depois que fiquei meia hora naquela fila. Queria poder mata-la por dizer isso, mas só levantei uma sobrancelha e disse:

– Não parece. – Ela soltou um sorrisinho e eu quis bater nela.

– Para você está lotado. – Respondeu na cara de pau. Arregalei meus olhos, mas me recompus e retruquei:

– Eu estou procurando uma pessoa, é rápido. – Quase implorei, mas com um sinal de dedos ela chamou dois seguranças para me afastarem da entrada. – Tudo bem, tudo bem... Eu vou embora. – Revirei os olhos me afastando. Qual era o problema de todos eles comigo? É só porque eu sou americana?

Tentei entrar pela entrada lateral, aquela que fica gente usando drogas ou vomitando. Bom, pelo menos hoje não tinha nada daquilo. Tentei imaginar Sasuke ali dentro e não consegui... Será que eu estava delirando? Eu perdi a reunião de Ino e aquilo renderia péssimas consequências. Não podia ser alucinação!

– Não devia estar aqui. – Meu coração disparou tão rápido que pensei que pararia. Era a voz dele.

– Sasuke? – Me virei tão rápido e quase fiquei tonta. Como era possível? Eu vi o coração parar, a TV dar a notícia... Eu vi seu corpo ser velado... O que era aquilo? Um fantasma?

– Vamos sair daqui. – Me arrepiei com a mão gelada dele no meu braço, mas ela aqueceu.

– Pensei que estava morto. – Disse confusa enquanto ele me levava daquele lugar. Eu não entendia, mas sabia que aquele lugar representava perigo só pela expressão de Sasuke.

– O que está fazendo aqui? – Ele perguntou sério, quase bravo. Abriu a porta de um carro preto e eu entrei, por mais que aquilo me desse calafrio, eu não poderia deixá-lo partir sem respostas.

– Estou a trabalho. – Respondi enquanto ele acelerava para longe daquele bairro. – Porque fugiu de mim? Porque fingiu estar morto? – Não podia perder a oportunidade de tirar todas as dúvidas.

– Foi a Ino que te mandou? – Ele perguntou sem me responder, só assenti. ME RESPONDE PORRA. – Eu mandei ficar longe do caminho dela. – Ele disse tão sério que um medo me percorreu. Tudo estava interligado, agora “como?” era a pergunta.

– Eu não estou entendo nada Sasuke, para o carro. – Dramatizei e ele parou. Fiquei com medo dele me jogar do carro, engoli seco. – O que está acontecendo? – Perguntei antes dele poder fazer qualquer coisa.

– Ela te colocou em uma armadilha. – Ele respondeu nervoso, ao menos uma resposta.

– Como assim armadilha? Que armadilha? Ou melhor, eu caí nessa armadilha? – Disparei ansiosa, não conseguia esperar pelo suspense dele. Sasuke me encarou e os olhos negros sem luz me envolveram.

– Você não caiu, mas eu sim... – Mais suspense...

– Como assim? – Perguntei, mas queria dizer “desembucha logo Uchiha!”.

– Ela queria que você me encontrasse lá dentro... – Ele pareceu pensar. – Sorte que a Konan, a mulher que te barrou, não gosta da sua chefe, por isso não te deixou entrar... – Códigos e códigos, eu estava tentando decifrar tudo na minha mente.

Sasuke vivo e Ino armando para eu encontrar o Sasuke... Qual o sentido disso tudo? Qual o problema de saber que ele estava vivo? Na verdade, porque fugir da morte? Ino sabia de tudo, isso quer dizer que eu não estou entendendo nada.

– E que parte você caiu nessa tal de “armadilha”? – Perguntei para tentar esclarecer ao menos um pouco.

– Eu tive que vir até você e te tirar daquele lugar... – Ele parecia atento demais e aquilo me incomodava, sim, era medo.

– O que tem de tão ruim lá? Pra que ela armou pra nós? – Era mil perguntas que eu fazia e duas que ele respondia em códigos...

– Não me faça perguntas que eu não posso responder. – Ele me pediu e aquilo ficou muito sufocante. Eu quero respostas, estou com várias peças do quebra-cabeça e sem saber como encaixá-las...

– Por que não? – Foi a última pergunta antes dele me calar com um beijo. Tão necessitado, urgente.

Deixei minha boca saciar a saudade que eu tinha dele, com certeza ele não estava morto. Ele me puxou para sentar em cima dele no banco do motorista. Suas mãos desciam da minha bunda até o início das costas. Ele me desejava, eu sentia.

Não sei quantos minutos aquele beijo se prolongou, mas sabia que precisava dele, mais e mais. O último não-adeus foi tão doloroso, que se tivesse um próximo, bom, eu precisava estar abastecida de momentos com ele.

– Ela tem ciúmes? – Perguntei da Yamanaka, cortando todo o clima, mas enquanto o beijava, minha cabeça ia até o diabo loiro.

– Quem dera fosse... Aquela mulher é a reencarnação do demônio. – Ele disse e deu um quase imperceptível sorriso como se aquilo fosse uma piada interna (confesso que pensei que ele dizia no sentido literal). No final concordávamos que Ino era do capeta. – Sakura... – Ele me chamou a atenção passando uma mecha do meu cabelo para trás. Lembrei quando ele fez isso no nosso primeiro e único encontro...

– Pode confiar em mim. – Pedi dissipando as lembranças.

– Se assim eu fizesse, minhas sombras apagariam todas as luzes que há em você. – Ele disse num lamento e aquilo me assustou. Existia tanto mistério cercando Sasuke Uchiha, que até pensei em super herói, mafioso ou agente do CIA...

– Pode confiar em mim. Eu não contarei a ninguém...


Notas Finais


Que venham as teorias: Ino Yamanaka armando para Sasuke e Sakura se encontrarem? Porque? Sasuke está vive e agora? Podem caprichar nessas hipóteses que eu adoro!!!
Obrigada pelo carinho e dedicação a qm reserva tempo para comentar ou até mesmo só para ler!
Vocês são a alegria e motivação de eu continuar escrevendo. Obrigada mais uma vez por everything! ❤❤❤
Grupo no facebook para teorias: https://www.facebook.com/groups/teoriasncn/

Merchan:

Sasusaku e Gaaino pra qm gosta de Rock anos 80: https://spiritfanfics.com/historia/rota-66-6842283
Para quem gosta de Sasusaku, Gaaino, sem clichê, gangues: https://spiritfanfics.com/historia/sem-rumo-5378182
Universidade para quem gosta de fraternidade, mt hentai e festas: https://spiritfanfics.com/historia/alpha-red-6485699


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