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História Não Diga Não - Não diga que não me olha


Escrita por: EXODUSCRACK

Notas do Autor


Oi, gente :'v tudo bom?
Vocês ainda se lembram dessa fanfic que eu joguei em vocês e saí correndo, certo? Espero que sim.
Eu vim aqui hoje com mais um capítulo pra vocês. Nem sei se já passou uma semana direito, mas já que tô aqui, pensei "por que não?"
Então né, o que eu posso dizer?
Espero que tenham gostado do prólogo :3 Nos vemos nas notas finais rs
Boa leitura <3

Capítulo 2 - Não diga que não me olha


                Kyungsoo aprendeu durante os seus longos 18 anos de vida que nunca, jamais, se deve depender de outra pessoa para qualquer mínima coisinha que pode vir a existir. Porém, na época ele era muito cabeça dura para ouvir os conselhos de sua mãe. Quando ela lhe disse, lembrava-se bem, “você e o Jongin só não esquecem a cabeça em algum cômodo da casa porque ela é grudada no pescoço”, o baixinho sabia que em algum momento de sua convivência com o moreno em seu novo lar iria dar alguma coisa errada. E ali estava ele remoendo as palavras de sua mãe enquanto batia repetidas vezes a cabeça na porta do apartamento que dividia com Jongin.

                Ele estava trancado do lado de fora. Ou seja, o menor iria ter que esperar até que o moreno chegasse para poder entrar no próprio apartamento, mas se ele bem conhecia Kim Jongin sabia que o mais novo não voltaria tão cedo e tudo isso por pura pirraça. Jongin estava irritado com o que Kyungsoo havia dito em frente à faculdade e o alvo tinha consciência disso, mas sinceramente, ele não dava à mínima. Em sua mente, não havia nada de errado em querer transar, o problema talvez fosse que muitas pessoas conhecidas saberiam que ele estava sem praticar o ato carnal fazia algum tempo. E se desse tudo certo alguma alma de bom coração teria escutado seu desabafo e se emocionado o suficiente para tirá-lo daquela seca. O que era o desespero perto do que o menor vinha sentindo, não é mesmo?

                Foi criado tendo como lição, qual levaria para a vida toda, que: quando um homem é privado dos prazeres da vida ele começa a fazer e dizer muita besteira. No seu caso não foi diferente. E a culpa era colocada unicamente em Kim Jongin. Se não fosse por ele, Kyungsoo estaria namorando loucamente com o guri do 94 naquele momento. Para o seu azar esse último fortaleceu uma amizade com Jongin e depois veio com aquele velho papinho de “não devo ter nada com o ex do meu amigo” e “seria muito vacilo com o Jongin”. Kyungsoo havia ficado irado com aquela desculpinha barata que Oh Sehun lhe deu. Mas ele deixou passar daquela vez, afinal, o importante era ter saúde.

                Depois de tanto fracasso o baixinho desistiu permanentemente de tentar um relacionamento com alguém. Ele e suas mãos estavam muito bem. Mas vejam por outro lado, tudo isso cansava um dia. Chega um momento em que o ser humano precisa achar a sua cara metade, o prego do seu chinelo desgastado. Resumindo, Kyungsoo estava mais na seca do que chão de deserto e precisava de alguém para tirá-lo da fossa.

                O pior de tudo era que esses pensamentos começavam a lhe estapear a cara justamente quando ficava sozinho, com o nível de vulnerabilidade sentimental muito alto. A famosa bad tentava o seduzir e ele só dizia para ela “sai que eu sou gay”. Jamais iria se permitir ficar desolado por causa de macho, ou melhor, da falta dele. Do Kyungsoo tinha princípios.

                Ficou um bom tempo jogado em frente à porta do apartamento onde morava, aproveitando o silêncio do ambiente para revisar tudo o que havia sido passado na faculdade, até que, por preguiça, acabou tirando um cochilo ali mesmo. Parecia um mendigo, mas um mendigo feliz. Só acordou mesmo porque alguém o cutucou com o pé, como se fosse um saco de batatas. Logo depois de abrir seus olhos para aquela realidade desgraçada, descobriu que aquele tênis sujo era de seu azar número um.

                - Onde você se meteu? – O alvo levantou se escorando na parede, com dificuldade por estar tonto, e mantendo seus olhos bem fixos em Jongin na sua frente.

                Kyungsoo queria se manter firme, mostrando que estava irritado com Jongin e que não o perdoaria facilmente, mas no momento que seus olhos bateram na sacola que o maior trazia ele se esqueceu de todos os seus fundamentos básicos.

                - Trouxe comida. – Jongin deu de ombros, abrindo a porta com a chave, que ele fez questão de quase esfregar na cara de Kyungsoo, e indo diretamente para a cozinha.

                A palavra “comida” fez soar um alarme dentro do mais velho, também chamado de barriga roncando ou motor de fusca. Ele estava morrendo de fome. E por isso mesmo foi correndo atrás de Jongin, buscando pela comida que ele trouxera, mas o moreno fez questão de levantar a sacola lá no alto onde Kyungsoo não conseguiria alcançar. O mais velho odiava eternamente aquela diferença de altura entre eles, pois o moreno sempre tirava proveito da situação para lhe importunar e fazer aquele tipo de gracinha.

                - Eu estou com fome, Jongin!

                Fincou os pés no chão e encarou o mais novo a sua frente, mas Jongin apenas riu de seu jeito irritado, como se vê-lo com raiva fosse engraçado, e não era de toda mentira. Porém, na mente conturbada de Kyungsoo, o moreno não tinha o direito de deixa-lo com fome. Então continuou o encarando para ver se Jongin teria a coragem de negar comida a ele. Já havia até preparado seu discurso, que começava com “depois de tudo o que eu fiz por você...” Por algum milagre não precisou tomar essa medida drástica. A sacola foi abaixada e entregue em suas mãos ansiosas. Seus olhos chegaram a brilhar de tanta felicidade e ele se jogou na cadeira em frente à mesa para se deliciar com o Kimchi que o mais novo trouxera.

                Primeiramente, tinha toda uma explicação para o fato dele parecer ter um buraco negro no lugar do estômago. Kyungsoo trabalhava na biblioteca da faculdade onde estudava, já que não havia ninguém na parte da manhã para ficar tomando conta daquele lugar e os alunos já haviam reclamado com a direção sobre tal. O menor viu ali uma ótima oportunidade de ajudar Jongin a pagar suas contas – e ele não tinha muita saída já que sempre era demitido dos seus empregos por causa de seus estudos. E para não ficar gastando dinheiro e nem perdendo tempo, Kyungsoo ficava na faculdade até o fim das aulas e voltava com Jongin para o apartamento, isso era umas nove horas da noite. Ou seja, ele não se alimentava muito bem durante o dia inteiro.

                Por essas e outras razões Jongin não o zoava quando ele atacava qualquer coisa comestível que via pela frente e tampouco fazia piadinhas. E era por isso que Jongin abaixara a sacola naquela hora, porque sabia como Kyungsoo deveria estar morrendo de fome e também para não tê-lo resmungando ao pé de seu ouvido.

                - Soo – Quando o moreno chamou por ele, Kyungsoo já estava se acabando no Kimchi. O miais velho murmurou alguma coisa para ele antes de voltar a comer –, você está mais magro.

                - Hm... Obrigado? – Disse meio embolado por estar ocupado comendo.

                Jongin o olhou cansado e suspirou fazendo um bico que Kyungsoo, particularmente, achava muito fofo em certas ocasiões.

                - Isso não foi um elogio. Você era mais gordinho... – naquele momento, o alvo parou de comer para dar ouvidos às próximas observações daquele cara. Chamá-lo de gordinho era imperdoável. – Suas bochechas eram mais cheias, dava vontade de morder.

                - Aonde quer chegar com isso?

                Kyungsoo foi direto. Toda aquela conversinha estava atrapalhando o encontro de sua boca com o Kimchi em cima da mesa. Mas Jongin parecia não se importar, então o olhou meio pensativo, com os hashis dançando entre seus dedos longos. Ele demorou tanto para voltar a falar que o menor levou um susto quando o moreno abriu a boca mais uma vez:

                - Kyungsoo, você tinha mais bunda que isso aí. – Apontou os hashis em sua direção e aquilo irritou o mais velho.

                - Eu agradeceria se você parasse de olhar para a minha bunda!

                - Você anda por aí só com a parte de cima do pijama, quer que eu olhe pra onde? – Perguntou indignado.

                Veja bem, não era de seu feitio reparar no corpo do mais velho, claro que havia certos momentos que por um acaso as coxas fartas do menor entravam em seu campo de visão e era impossível ignorá-las, ou como uma vez em que Jongin olhava para o chão em busca de uma moeda perdida e, de repente, ao levantar o olhar, sua atenção era toda voltada à silhueta bem trabalhada do menor, que praticava pilates nas horas vagas. Mas fora isso, Jongin jamais reparava no corpo de seu hyung e nem ao menos pensava coisas impuras mais tarde em seu quarto, obviamente.

E se tinha uma coisa que Kyungsoo odiava mais do que Kim Jongin era que reparassem em sua comissão traseira, assim como não suportava comentários a envolvendo. Desde muito pequeno, o garoto já tinha um bumbum muito bonito e por conta disso, recebia alguns comentários ofensivos e maliciosos de seus coleguinhas tapados do fundamental. Kyungsoo odiava tanto que ficassem olhando para sua parte de trás que passou boa parte de sua adolescência usando um casaco amarrado em sua cintura. De alguma forma se sentia mais seguro daquela forma e mais encorajado para poder mandar todos aqueles babacas para onde Judas perdeu as botas.
                Só foi tirar aquele maldito casaco listrado de sua cintura após começar a namorar com o moreno. Afinal, ele sabia que se alguém falasse alguma coisa de si, Jongin faria a pessoa engolir todas as letras do alfabeto.

                Entretanto, ironicamente lá estava Kim Jongin reparando em sua bunda. O cúmulo do absurdo. Kyungsoo não poderia permitir.

                - E você anda por aí só com a parte de baixo e nem por isso reparo em você. – Rebateu.

                Observou então que suas palavras não surtiram efeito nenhum em Jongin. O mais alto continuava relaxado na cadeira com os hashis postos sobre o potinho de Kimchi.

                - Repara sim, Soo. – Alfinetou com a voz calma e pesando o olhar sobre o baixinho, que se endireitou na cadeira e desviou o olhar por vergonha. Vergonha porque era verdade. – Ontem mesmo quando eu saí do banho e perguntei pra você onde estava minha camisa, você ficou me encarando durante um bom tempo sem piscar.

                - Isso é calúnia. Eu pisquei sim, idiota.

                Jongin arqueou a sobrancelha levemente, tamanha era a surpresa pelo o modo cínico com que Kyungsoo se entregou tão facilmente.

                - Está tão na seca assim, hyung?

                Se tinha uma coisa que Kyungsoo sabia bem era que quando Kim Jongin o chamava de hyung era um sinal de provocação, e em todos os sentidos da palavra no dicionário; era algo que o menor só gostava de ouvir em ocasiões extremamente especiais de muito afeto entre duas pessoas ou na hora do sexo.

                Ele iria ignorar Jongin do jeito mais pleno possível, mas sua língua tinha vida própria e lá estava ele reclamando novamente.

                - Estou e a culpa é toda sua Jongin. – Acusou cruzando os braços sobre o peito e assumindo uma posição emburrada.

                Como quem não sabe de nada, o moreno comportou-se como um verdadeiro inocente, olhando para o alvo com olhinhos de cachorro que caiu da mudança.

                - Minha por que, hyung?

                - Não se faça de cínico! Toda vez que eu estou quase saindo da fossa você chega e atrapalha!

                O aborrecimento do baixinho era tão grande que ele atirou em Jongin a primeira coisa que sua mão tateou em cima da mesa, que era, felizmente, um pano de prato usado inicialmente para que Kyungsoo secasse suas mãos. O pano acertou certeiramente o rosto do moreno, que abriu um sorriso forçado por sentir seu rosto quase queimar de agonia ao ter algo úmido entrando em contato com sua pele. Porém, não se abalou com nenhuma das palavras proferidas o menor, não ao ponto de declarar guerra a quem sonhasse em tocar em Kyungsoo com segundas intenções.

                Certo que ele havia concordado em terminar seu namoro com o baixinho, mas o arrependimento veio com a primeira olhada mal intencionada que Chanyeol ousou, na maior cara de pau, mostrar ao menor e em sua frente. Vejam só que afronta. Era uma lástima ter sido sempre tão ciumento e possessivo com Kyungsoo, mas o Kim não poderia fazer nada a respeito. Ainda nutria sentimentos pelo baixinho e duvidava muito que o próprio não tinha percebido isso depois de ter seus encontros atrapalhados pelo moreno.

                Entretanto, Jongin não admitiria que ainda gostava de Kyungsoo nem se o próprio perguntasse, o que achava impossível, pelo contrário, daria corda o suficiente para ver até onde o menor iria com toda aquela seca que estava passando e só então poderia pensar em se declarar novamente como no passado.

                - Tudo bem, Soo... – Começou baixinho mostrando desinteresse e cansaço. – Faça o que quiser, não vou ficar atrapalhando mais.

                Kyungsoo quase ignorou o que o maior havia dito para reclamar mais um pouco, porém tudo o que veio de si foi o silêncio. Não estava acreditando no que ouvia, a aceitação de Jongin viera rápido demais para o seu gosto. Em condições normais, Kyungsoo dificilmente iria acreditar, porque o moreno poderia estar mentindo para ele, mas não naquele momento. O baixinho iria se agarrar cegamente em qualquer oportunidade de ser livre que conseguisse.

                - Está dizendo que se eu sair por aquela porta não vai falar nada? – Perguntou com um misto de desconfiança e incredulidade. Jongin por sua vez maneou a cabeça em concordância, tendo um olhar chocado de Kyungsoo pesando sobre seu corpo. – Se eu não voltar cedo você não vai ficar ligando de segundo à segundo? – Outra vez o moreno concordou.

                O menor recostou o corpo na cadeira e levou a mão ao rosto em sinal de surpresa. Kim Jongin não iria protestar sua saída e nem ao menos melar seus esquemas. Era isso. A chance que o menor estava esperando nesse miserável ano inteirinho. O sorriso que o Do ofereceu ao moreno foi tão grande que seus olhos sumiram em uma fração de segundo e aquilo de certa forma irritou o moreno. O baixinho estava sorrindo pelas chances que teria dali pra frente e o Kim odiava pensar na possibilidade de Kyungsoo sair por aí e beijar algumas bocas.

                Seu ciúme era imenso, mas o controle era maior.

                - Vá se divertir, Kyungsoo... – Sua voz saiu seca junto de um sorriso amarelo, mas precisava deixar seu hyung ser livre, mesmo que aquilo partisse seu coração. Que clichê.

                Antes de pular para fora do seu lugar com aquele sorriso bonito ainda no rosto, Kyungsoo apertou as bochechas de Jongin tão forte que o moreno tivera que bater em suas mãos para impedi-lo de deixar o local vermelho. A última coisa que ouviu ao ter o baixinho sumindo para ir se arrumar para sair foi um agradecimento. O agradecimento mais fodido que o Kim já recebeu na vida, era como um chute bem no seu saco de tão dolorido que foi ouvir aquele “obrigado” alegrinho.

                Ficou emburrado na cozinha até ver Kyungsoo voltando com roupas muito bonitas em seu corpo. Preto e branco. Branco e preto. As duas cores que mais combinavam com o alvo e as que ele usava agora. Um fato era que calças escuras sempre realçavam as coxas fartas de Kyungsoo, não mais que as brancas, porém, e aquela camisa branca era tudo menos decente no ponto de vista do moreno, pois ela deixava o pescoço branquinho exposto ao vento, aos olhares, às malícias futuras. Jongin não o perdoaria. Onde estava aquele garoto que usava camisas de gola alta e roupas de Testemunha de Jeová? A única coisa decente em seu corpo era os tênis de lavagem escura.

                O moreno o analisou de cima a baixo com reprovação, além de outros tipos de sentimentos que aquele garoto causava nele com aquela indecência. Resolveu ficar quieto enquanto Kyungsoo se despedia dele com aquele mesmo sorriso.

                Foi só um intervalo entre a saída do alvo e as lamentações de Jongin que a ficha finalmente caiu. Além de beijar outras bocas, Kyungsoo e algum mal intencionado poderiam fazer outras coisas que literalmente poderiam deixar marcas profundas.

                Jongin iria ficar louco se não fizesse algo para se distrair naquela noite e ele sabia exatamente qual era a sua maior diversão para aquele momento solitário, mas ele teria que esperar um pouco. Apenas não sabia se ia conseguir se controlar até o momento certo.


Notas Finais


Oi pra você que chegou até aqui, te amo S2 gostaram do capítulo? hein hein? :vvv rsrsrs gostaria de saber a opinião de vocês :'v

Então, vamos esclarecer umas coisas aqui que eu não tive tempo de fazer nas notas do prólogo. A fanfic vai ter 6 capítulos e apenas isso... 6 ou 5, eu nem lembro kkk me mata. Então não vão precisar me aturar por muito tempo :v é isto.
ENFIM, eu não quero ser uma decepção pra vocês, de verdade rs de decepcionante já basta o meu nascimento
Opa, acho que falei muita merda aqui. Vou me retirar agora, mas antes quero dizer que eu amo o Kyung dessa fanfic, meu bolinho nenem nhonhonhooo. Parei.
Vou sumir nas trevas de onde vim
Beijos de morangos pra vocês U3U
~bye

P.S.: Não sei quando eu volto, mas espero ser na semana que vem.


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