Não entendo
— Ei, Ino... — Os olhos azul-claro fitaram o loiro a sua frente. — Como você tá?
A confusão permeou o semblante da adolescente. “Do que diabos aquele Uzumaki estava falando?”
— O que você quer saber?
Naruto sorriu ao perceber que, às vezes, conseguia pegar Ino desprevenida.
— Quero saber como você está depois de ontem de tarde.
— Ah... — Os flashes do que aconteceu no dia anterior, dia em que Hinata em um impulso beijou Sasuke na frente de toda turma, inundaram sua mente. — Tô bem.
As sobrancelhas do jovem uniram-se, ele não tinha acreditado muito nas palavras da Yamanaka. Não que Ino fosse uma mentirosa, mas ele sabia que até pouco tempo ela, ainda, tentava ficar com seu melhor amigo.
— Qual é! — Naruto aproximou-se da jovem até que seus rostos ficassem próximos, os dois permaneciam sentados sobre a grama do parque central de Tóquio. — Até pouco tempo você dizia que amava o Teme.
Ino riu da afirmação do outro, não porque ele havia dito algo engraçado, mas sim porque ela já suspeitava da mudança dos seus sentimentos. Realmente o loiro era bem lento em perceber as coisas ao seu redor.
Os olhos azul-escuro miravam-na sem entender a graça de sua pergunta.
— Você é tonto mesmo. Eu não amo o Sasuke-kun, talvez nunca tenha amado.
— Ei, tô confuso agora. — A voz do adolescente soou meio esganiçada. — Na moral, eu não te entendo, sério!
O riso calou-se, e sobre os lábios da garota pousava um sorriso terno. Maldita hora em que começou a se aproximar mais daquela criança, Naruto era o ser mais inocente que ela conhecia e tinha os sentimentos tão desenvolvidos quanto uma criança de 5 anos, agora ela teria que encarar a realidade de que estava gostando daquela estranha criatura.
— Nem eu, nem eu! — Sem muito pensar, as mãos da adolescente grudaram na gola da camisa masculina e os lábios rosados tocaram levemente os do loiro. O beijo começou modesto, mas logo foi dominado pelo desejo dos dois. Interromperam o beijo apenas para respirar.
— Sabe... — O Uzumaki molhou os lábios com a língua. — Pretendo nunca te entender, tá valendo apena.
A loira riu mais uma vez, talvez fosse essa sensação de leveza e formigamento no estômago que ela precisava.
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