1. Spirit Fanfics >
  2. Não, esse NÃO é o sonho de toda garota >
  3. Descoberta

História Não, esse NÃO é o sonho de toda garota - Descoberta


Escrita por: UnknowAnonymous

Notas do Autor


Desculpem por não postar tao frequentemente, a inspiração demorou pra chegar. :T

Capítulo 2 - Descoberta


Tudo estava meio embaçado, manchas brancas, esverdeadas e azuladas preenchiam a minha visão turva, pouco a pouco tudo se tornava mais claro, assim como alguns sons foram ficando mais audíveis, o bipe constante e monótono de uma máquina, passos, e vozes que não conhecia.

  Logo, as imagens vão ficando mais nítidas e começava a surgir uma sensação de que havia uma agulha que chegava ao meu cérebro por meio de meu olho esquerdo (ou seja, estava doendo muito.), e aí eu reconheci as aparelhagens de hospitais.

  –...acordando!... Chamem... Médicos. – as palavras começavam a fazer sentido agora e eu começava a me levantar devagar.

  Olhava para o meu corpo, e via alguns tubos e eletrodos, assim como sentia uma faixa na minha cabeça mas os acontecimentos que me levaram a ir pro hospital ainda estavam embaçados.

Uma enfermeira de rosto alegre entrou no quarto, com uma prancheta nas mãos.
  –Lindyth? Seus tios estão aqui para te ver. – ela sorriu e foi apressada para o corredor.

Tios? Eu não lembrava de que meus pais tinham irmãos.

  Então um casal entrou, os dois deviam ter mais ou menos, 30 ou 35 anos, a mulher, era loira, de cabelos curtos e franja, ela chorava oque fazia ela parecer mais velha. O homem tinha cabelos escuros e mantinha uma expressão triste e suave, que não combinava com seu porte atlético.

  Ele estava hesitante e depois de um tempo disse:
  – ola... Hm... Lindyth,  bem nós somos seus tios, meu nome é Jhin e ela é Toriel, irmã do seu pai. Bem... Eu acho que é melhor nós deixarmos o médico dar as notícias.– ele tinha um sotaque britânico na fala

  Notícias? Tudo estava muito confuso pra mim, tentava juntar os pedaços da história, até que eu lembrei do acidente. Nesse momento, um medico com aparência cansada entrou e olhou pra mim com pesar.
  –Bem, Lindyth... Isso pode ser um pouco chocante e todos sentimos muito, mas seus pais, eles... Faleceram.

  Eu havia previsto oque ele ia dizer, então quando ele terminou a frase, eu já estava com lagrimas nos olhos. Eu não havia nem percebido quando meu tio chegou do meu lado e colocou a mão em meu ombro.

  –Por isso, – o medico continuou – você irá morar com eles. – ele deu um leve sorriso. – Em Londres.

Minha cabeça latejava com a quantidade de informações que havia recebido, eu chorava quietinha, enquanto eles tiravam os aparelhos de mim e me levavam até a saída.

                       *********

  Depois de pegar as coisas em casa, e ir ao enterro de meus pais nós fomos diretamente para o aeroporto, não sabia o que pensar, de repente minha vida tinha virado de cabeça pra baixo.

  Não haviam mais lágrimas pra chorar, e estava cansada de mais pra isso, então só fechei os olhos e dormi o resto do caminho.

  Quando saímos do aeroporto, e olhava em volta a paisagem britânica, era um tipico dia frio e cinzento, e então seguimos para o centro até chegarmos em uma casa de tamanho médio, com pintura em vermelho e beje.

  Tiramos as coisas do carto, entramos, e eu subi pro meu novo quarto, era a ultima porta do corredor, bem mais espaçoso, que meu antigo quarto. Se a situação fosse outra, eu até estaria feliz com a mudança.

  Joguei a mala lotada em um canto e decidi que arrumaria tudo depois, e me joguei em cima da cama, sem lençol mesmo. Fiquei encarando o teto, e tentei organizar meus pensamentos com uma técnica que aprendi em Jogos Vorazes: comece com coisas simples, coisas que você sabe que é verdade

  Eu sou Lindyth Rosegood.

  Morava no sul do Brasil.

  Sofri um acidente.

  Eu fui para o hospital.

  Fiquei apagada por, no mínimo, dois dias.

  Meus pais morreram.

  Conheci duas pessoas que dizem ser meus tios.

  Eles são ricos e moram em Londres.

  E agora eu moro com eles.

  A única coisa simples da lista era "Eu sou Lindyth". Fiquei um tempo sem pensar em mais nada.

"Minha vida parece um livro clichê." eu refleti.

...clichê...?

A palavra flutuou em minha mente e então arregalei os olhos.

...clichê...

Sentei na borda da cama e fiquei encarando o nada.

Clichê.

Me levantei com tudo, agarrei minha cabeça que estava trabalhando em Mach*, a sensação de que havia uma agulha no meu cérebro entrando pelo meu olho voltou.

Simplesmente não podia ser o que eu estava pensando. Mas era a única teoria que, pelo menos se encaixava nos acontecimentos atuais.

Me dirigi lentamente até a porta de vidro que dava para a varanda do meu quarto. Minhas pernas ficaram fracas e eu caí de joelhos, no chão. Encarava o relógio e a roda-gigante icônica, a distância, com olhos espantados. Sentia as lágrimas queimarem os mesmos.

Eu pedi pra ter a vida de um personagem de livro, o universo me deu mais genérica possível.


Notas Finais


*Velocidade de Mach: velocidade do som.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...