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História Não, esse NÃO é o sonho de toda garota - Voltando


Escrita por: UnknowAnonymous

Notas do Autor


ME PERDOEM! Eu fui viajar aí eu voltei e a escola começou e deu preguiça... Desculpa! Vou tentar não ficar mais tão ausente assim. ^^

Capítulo 8 - Voltando


           Eu comprei a passagem, mas como todo livro clichê coloca algum obstáculo na frente dá protagonista, o único voo disponível era pra um dia depois do baile

Tenho medo de que a parte lúcida dá minha cabeça não aguente mais muito tempo.

 Estou tentando ao máximo evitar o maldito Harry, mas ele me liga, me manda mensagem, vem falar comigo. 

Estou exausta de lutar contra meu corpo, quando aquele babaca chega perto minha cabeça apaga e eu me comporto como um cachorrinho adestrado.

Posso dizer a porra ficou séria.

Amanhã é o baile, quer dizer... Hoje. Já são duas dá manhã e estou sentada na frente dá escrivaninha com a lanterna de leitura apontada pra minha cara. 

Mordo um lápis freneticamente, meus olhos estão arregalados, meus cotovelos apoiados no caderno rabiscado e minhas mãos estão no meu cabelo desgrenhado, a clara personificação do desespero.

Olhei para a esquerda, onde havia a velha prateleira de livros do meu quarto. Crepúsculo, Reino das Vozes que não se calam, Fazendo meu filme, já gostei dessas histórias, passava horas me imaginando no lugar das protagonistas. Agora não quero ver mais livros.

Quando pensei que o sono me venceria eu tive uma ideia. Se tenho uma vida clichê, é só pensar de uma forma clichê por mim mesma. Então talvez, meu corpo não rejeite a ideia.

Passei o resto da noite pensando nas ideias mais clichês possíveis. E acho que afinal, já tracei um plano.

Saí de casa no maior silêncio possível e, de pijama mesmo, fui até a casa dá Shiro. A noite estava fria, porém a adrenalina era tanta que nem me importei. 

Chegando no quintal, pulei a cerca e fui andando até ver a janela do quarto dá minha amiga. Peguei algumas pedrinhas do chão e hesitei antes de jogar a primeira.

Nos filmes, isso sempre funciona.

Com esse pensamento, eu joguei uma, duas, sete pedrinhas até que a janela abriu. Aliviada eu esperei ver o cabelo negro de Shiro, mas ao invés disso eu vi um ninho de corvo grisalho sair dá janela.

–Vó Wendy! – Sussurrei alegre.

–Oh, Lindyth? O que faz aqui, querida? – Ela respondeu em tom conspiratório.

–Preciso de ajuda, pode por favor, convencer meus tios de que vou passar o fim de semana aí?

Depois de pensar um pouco ela respondeu.

– Claro, claro. De manhã eu falo com eles. – Ela sorriu docemente e começou a fechar a janela. Eu me virei para ir embora quando ela completou.

– Boa sorte com o livro, querida. – E com uma piscadela, ela fechou a janela completamente.

Sorri e voltei para casa. A primeira parte do plano estava completa, agora era esperar até a última hora. Nos filmes, tudo dá certo na última hora.

––––––––––

Consegui dormir um pouco, acordei com Tia Toriel me chamando. 

–Acorde! – Ela cantarolou. – Alguém vai para um baile hoje!

Esqueci de mencionar que ela estava super empolgada com essa festa.

–Preparei um vestido, maquiagem, sapatos, bolsa, tudo! Então você tem o dia de folga. 

Agradeço e em vez de me preocupar com essas coisas eu fiz uma mala simples. Celular, passaporte, e um pouco De dinheiro. Ah quase me esqueci das runas que Wendy escreveu.

E esperei... Esperei... Esperei até a última hora respondendo calmamente (e um pouco ansiosa) as mensagens do Harry. 

Quando faltava duas horas, eu coloquei o plano em ação. Coloquei o vestido e fingi que estava indo levar a mala pra casa dá Shiro, mas corri até o aeroporto.

Não era tão longe dá minha rua, quando estava quase conseguindo, ah! maldita lei de Murphy, encontro o maior babaca que poderia estragar tudo.

Não, ele não!

Harry já estava de smoking, com uma rosa ridícula no lugar dá gravata.

– Olá, chocolate! – Ele se aproximou de mim. – Estava indo te fazer uma surpresa.

O garoto convencido me abraçou com o o braço esquerdo e começava a fazer o caminho inverso enquanto falava algo sobre um jogo de futebol qualquer. Me esforcei muito para não sorrir e para minha cabeça não desligar. Estava muito difícil.

Foi quando ele tentou me beijar, me esquivei, mas era desgastante. Não, isso eu não faço. Decidi manter a calma, e pensei na minha antiga vida, com meus pais, meus amigos, meu namorado... Ah que saudade.

Lágrimas queimaram meus olhos. assim como energia queimou minhas pernas. Era minha única chance. Saí correndo dele, corri de salto mesmo! E alcancei o aeroporto.

Não ousei olhar para trás, conseguia ouvi-lo chamando meu nome. Me misturei na multidão o máximo possível (aquele vestido não ajudava).

Fui até a moça do guichê de passagens, e não me importando com as reclamações dos outros clientes, eu perguntei sobre vooos para o Brasil.

–Hmm, está com sorte. Há um acento vago em um voo de classe econômica. – ela me respondeu com uma voz anasalada e com um claro bafo de menta. 

Estava olhando para os lados freneticamente, mas estava aliviada. Santa sorte. Peguei a passagem e fui correndo para o terminal. 

Fiquei esperando por meia hora e por Deus, foi como uma perseguição sem fim. Quando o avião chegou, eu vi ele se aproximando de mim, falando meu nome desesperadamente, e minha cabeça queria voltar pra lá.

Aguenta só mais um pouco. Todos já estavam no avião, eu  conseguia vê-lo agora, passando pela multidão.

– LINDYTH! – Você aguenta! – Espera!

Eu nunca fiquei tão feliz com uma porta fechando antes.



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