Onde estou?
-Talvez tenha acabado de vez.
Olhei para minha mãe, linda como sempre.
- Mas eu não queria que acabasse assim, eu suportei tanto para que acabasse assim? Eu ainda quero fugir!
Senti como se ela realmente estivesse me abraçando, seu calor me envolvia, seu cheiro.
-Então fuja, faça sua vida como sempre quis!
.................................
- Ei! Será que ele morreu?- o ajudante daquele idiota não parava de me chacoalhar.
- Claro que não, ele é forte, não é Damin?
Eu estava de olhos fechados, mas quando os abri vi aquela cena que há dois anos eu vejo: eu amarrado nesta cadeira de couro e Dante e seu ajudante, Tomas olhando para mim depois de terem terminado mais uma seção de experimento, que só pra informar eram feitos em mim.
Vou dizer a história por inteiro: depois que um cara ameaçou a vida humana criando pessoas que tinham um certo poder de elevar a temperatura de seus corpos a quantos graus quisessem ao ponto de derreter metal só com as mãos, o governo quis providências pois esses "humanos " já estavam causando problemas de nivel mundial. Pois bem o problema foi resolvido, o cientista maluco foi preso, porém alguém disponibilizou suas pesquisas na internet, e adivinhem, Dante pegou essas pesquisas e agora esta refazendo elas. O governo ja tratou de tirar essas pesquisas da internet porém ele conseguiu a tempo.
Juntamente com um senhor que é dono que uma penitenciária, Dante pegou alguns presos que ja estavam condenados a morte para aplicar suas experiências.
Onde é como me encaixe nisso?
Conheçam Terek, um grandíssimo filho da mãe. Por culpa dele fui incriminado por um crime que ele arquitetou e me culpou no final. Sabem oque é ser julgado com milhares de pessoas te olhando sem você ter culpa de nada. Não, eu tenho culpa sim, culpa de ter acreditado num cara que eu considerava meu melhor amigo. Ele ferrou com minha vida! O único que ainda tinha uma ponte de esperança de que eu era inocente era meu pai. Durante o julgamento ele veio falar comigo.
- Eu não vou desistir meu filho - ele me dizia isso e eu apenas podia pedir perdão por fazê-lo passar por isso.
Enfin, fui condenado a morte...
Eu ja tinha aceitado isso, minha data de execução ja estava até marcada. Infelizmente a justiça tardou.
Por fim, aqui estou, olhando o chão, ainda meio tonto pela seção de desmaios, quando vejo alguns fios escuros caindo no chão... Espera!!
-Owowow! O que vocês estão fazendo?
O ajudante parou em minha frente com aquele sorriso asqueroso no rosto.
- Estou raspando sua cabeça, pra ficar um exemplar mais bonito. Os outros estão todos raspadinhos já! Ora, o número 15 gostou, disse que ficou uma grande merda!
Minha mãe adorava mexer no meu cabelo e desde que ela morreu eu apenas tiro o excesso, ele não é grande é um corte masculino normal, apesar que depois de todo esse tempo que estou aqui ele deve ter crescido muito.
- Não o provoque, seu energúmeno. Sabe muito bem que ele é diferente, se ele quiser te fulminar em um instante ele irá fazer. - disse Dante
- Não se preocupe Dante, eu tomo cuidado o bastante, é só manter ele vendado.
Ele me vendou, merda! Queria torrar esse desgraçado!
Depois senti que estava sendo levado para outro lugar, provável que seja minha cela. Me largaram no chão, não reagi pois ainda estava dopado.
- Ajudante! Relatório!- Dante tirou minha venda e saiu da cela.
Eu não conseguia ver eles do lado de fora, mas escutei o tal do relatório.
- Pois bem, vamos lá: experimento número 20, terminado com ótimos resultados, blá blá blá, tudo oque o senhor ja escutou antes... E temos as observações: o n°20 apresentou resultados adicionais tais como capacidade de aumento de temperatura superior aos outros experimentos e também a capacidade de transferir a temperatura para outro objeto.- terminou o ajudante.
- Pois muito bem, escutou Damin? Terminamos "você" ! A partir da próxima semana você ja estará pronto para realizar as missões que te passarei. É só eu aplicar a injeção que você obedecerá apenas a mim. Sabe Damin, você me deu trabalho, os outros aceitaram trabalhar pra mim de bom grado, ja você é muito teimoso. Apenas aceite, você não tem mais nada pelo que lutar. - disse Dante.
- Eu ainda tenho pelo que lutar! Meu pai me espera!
- Ah! Me poupe, seu pai acha que você esta morto, todos acham que você está morto, até o próprio governo.
- Calado! Você não vai mandar em mim!
- Ok. Fica aí se remoendo. Tenho um jantar de negócios. - ele saiu deixando uma risada alta ecoando no ar.
Eu vou sair daqui, e tenho que ser o mais rápido possível.
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