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História Não me catives- Temporariamente em Hiatus - Jamais o subestime


Escrita por: tkmoods

Notas do Autor


Olá pessoas, desculpa a demora mas ocorreram um pequenos imprevistos durante a semana e postar ficou complicado, então espero que não tenham desanimado com essa bebê.

Bjs

Capítulo revisado pela @ROZOK.

Capítulo 3 - Jamais o subestime


Fanfic / Fanfiction Não me catives- Temporariamente em Hiatus - Jamais o subestime

ㅡ Quem é você? ㅡ Aquela pergunta me pegou totalmente desprevenido. Acredite, uma pessoa acordar sobre o efeito dos sedativos é algo um tanto quanto  raro. Pelo menos, isso nunca aconteceu comigo, até hoje.

Observei o rapaz que ainda se encontrava com os olhos fechados, sorri um pouco enquanto ele tentava se acostumar com a claridade do ambiente. ㅡ Você vai me responder? Eu posso ouvir sua respiração.

ㅡ Sou o Dr. Kim, seu médico. ㅡ Falei de maneira calma, seguindo até a frente de sua maca e pegando a ficha médica dele. Minhas mãos queimavam em antecipação, mas eu não saberia exatamente o porquê desse inquietação.

Eu podia sentir seu olhar me inspecionando de cima abaixo. Por qual motivo ele me deixa nervoso? Essa pergunta eu ainda quero desvendar, faz menos de um dia que ele está aqui e passou a maior parte sedado, o que ele tem de tão especial para que esse desejo de cuidar e querer curá-lo seja em dobro?

ㅡ Perdeu alguma coisa em mim, Sr.Jeon? ㅡ Perguntei levantando o meu olhar para poder fitá-lo, e ali estava ele encostado no travesseiro quase que totalmente sentado naquele leito, em seus olhos estavam um brilho, mesmo que pequeno mas estava lá, e em seus lábios pairava um sorriso brincalhão.

ㅡ Na verdade não, vejo que você será somente mais um médico na minha vida, como está meu prontuário? ㅡ Ele perguntou brincando com um dos tubos do soro que estavam pendurados no ar.

ㅡ Jeon Jungkook, você teve convulsões, febre, hemorragia nasal...

ㅡ São sintomas da leucemia, eu sei. Me diga algo de novo, doutor. ㅡ Ele me interrompeu com tamanha audácia, em seus lábios um sorriso de coelho completava sua aparência infantil. ㅡ Eu sei também que por causa disso, você deve ter me sedado, algo não muito forte, imagino. Diazepam? Sim, esse geralmente era o que eu usava, imagino também que me encaminhou para uma bateria de exames. Mas sinto lhe informar, doutor, mas nenhum lhe dará um resultado concreto. ㅡ Suas palavras saíram acompanhadas de um riso sarcástico no final, o que me fez ficar boquiaberto com a situação.

— É bem inteligente para alguém tão novo, senhor Jeon. — Comentei observando seu sorriso de coelhinho, ele realmente parece alguém novo demais para saber tanto e falar com tanta naturalidade sobre essa doença.

Jeongguk deu de ombros, continuando sentando em sua cama.

— Irei chamar as enfermeiras para te preparem para os exames, descanse por enquanto, o sedativo deve estar te deixando lento. — Deixei a prancheta em seu suporte na cama, e arrumei o dosador do soro intravenoso.

— Estar dopado não é algo novo.— Resmungou Jeongguk, escorregando pela cama até se deitar.

O cobri antes de sair, não é algo que eu tenha costume de fazer, apenas fiz por impulso. Saí de seu quarto, deixando a porta aberta, em menos de dez passos pelo corredor senti alguém segurar meu pulso me empurrando contra parede, não precisei ouvir sua voz para reconhecer quem é, apenas um filho da puta consegue ser tão desrespeitoso desse modo.

— Me solta, Yoongi ㅡ mandei tentando inutilmente livrar meu pulso de seu aperto. O médico continuou na minha frente, me prensando contra parede, trazendo lembranças não muito boas.

"Sabe, Taehyung, você é uma pessoa sem total valor para mim!" Aquela foi a primeira vez que ele tinha dito aquilo, sua voz naquela tarde na faculdade estava áspera até de mais. "Você para mim é somente mais uma foda, você é bonito mas do jeito que é nunca vai ser alguém na vida" e novamente ele me julgava pelo meu modo alegre e extrovertido que me deixava ridiculamente idiota. Apenas mais um idiota igual a tantos outros que passava pela vida de Yoongi. Na época eu não entendi o que ele queria dizer com a palavra "puta", até que simplesmente aconteceu, pela primeira vez ele me bateu.

Meus devaneios foram interrompidos pelo sua voz rouca rente ao meu ouvido.

ㅡ Quantas vezes vou ter que me desculpar com você? Taehyung, eu era imaturo! ㅡ Falou apertando cada vez mais meu pulso.

ㅡ E quantas vezes terei de dizer que seus atos de agora não mudam o passado?

Eu devia ter empurrado Yoongi, ou o chutado bem nas bolas, mas ainda não tenho esse controle sobre meu corpo, que por muito tempo pertenceu ao mais velho.

— Se afasta, Yoongi. — Mandei novamente, sentindo meu pulso doer com o aperto dele.

— Qual é, Tae? Nós dois sabemos que sente a minha falta.  

De súbito ele me prensou ainda mais contra a parede, colando seus lábios nos meus, foi nojento e nem um pouco bem aceito. O empurrei com a mão livre, mas ele nem se mexeu, até alguém se meter no meio, puxando Yoongi para trás pela blusa.

— Assediar colegas em horário de trabalho é crime, tem noção disso? — Jeongguk se pôs na minha frente, ficando entre um Yoongi confuso e eu, muito surpreso por sinal. Esse menino não devia nem ter saído da cama!

— Quem diabos é você, criança? A pediatria é em outro andar. — Debochou Yoongi, sem se aproximar dessa vez.

— Vá você para lá — Jeongguk disse, fazendo movimentos com suas mãos indicando o corredor — quem sabe alguma criança te ensine educação básica e um pouco de humanidade. — Retrucou Jeongguk, com o mesmo tom sarcástico que o mais velho. Ele seria intimidador falando desse jeito, se não estivesse carregando um suporte com soro ligado à sua veia.

— Arranjou um namoradinho novo, Tae? Nunca imaginei que pedofilia fosse a sua praia.

— Cara, aceita o pé na bunda — Jeongguk sorriu de lado, arrumando o jaleco amassado de Yoongi — e recomece parando de mendigar atenção. Está me dando vergonha alheia.

— Seu...

— Ai, ai. — O garoto resmungou, levando uma de suas mãos a cabeça, espremendo os olhos — fiquei tonto, pode me levar para o quarto, doutor Kim? — Jeongguk se apoiou em meu ombro, para não se desequilibrar.

Circulei sua cintura, o ajudando a se manter em pé, antes que começássemos a andar em direção ao quarto, com Yoongi cacarejando no corredor. Uma risada meiga e infantil ecoou pelo lugar, a reconheceria em qualquer lugar, só Jimin consegue rir maldoso e fofo ao mesmo tempo, é assustador.

— Nossa, alguém finalmente derrotou você, Yoongi! — Cantarolou ele se dobrando de rir nas escadas.

— Cale a boca, Jimin — rosnou Yoongi, virando as costas, indo para o elevador praguejando todos os tipos de palavras feias possíveis, o que desencadeou em uma série de mais risos de Jimin.

— Doutor Min, deve ir para seu consultório agora, tentar manter o orgulho, sabe — Jimin deu dois tapinhas nos ombros de Yoongi, correndo em nossa direção, e ajudando Jeongguk a entrar no quarto.

— Ei, garoto, parabéns! Você é meu novo herói favorito. — Afirmou o baixinho levantando os polegares para Jeongguk, que riu pelo nariz, parecendo quase constrangido com as palavras de Jimin.

— Vai trabalhar, Jiminie  — falei o empurrando porta a fora e a fechando na cara dele, que logo fez Jimin resmungar.  Escutei o baixinho dizer um: "que grande melhor amigo, em Kim Taehyung! NUNCA MAIS VENHO TE VISITAR" do outro lado da porta.

— Não vou conseguir dormir tão cedo, doutor — afirmou Jeongguk, sentado em sua cama.

— Tudo bem, apenas descanse, o que fez no corredor foi imprudente, mas obrigado — estou realmente agradecido, sabe-se lá o que aconteceria se meu paciente não tivesse surgido do nada, como o Super-Homem, porém usando roupas de papel e com saco de soro a tiracolo.

— Disponha. — Jeongguk deu de ombros, desviando seus olhos dos meus para a TV desligada presa a parede. — Você devia prestar mais atenção ao seu redor.

ㅡ E você deveria evitar sair da cama desse modo, Jeon. Pelos céus, o efeito do sedativo ainda está em sua corrente sanguínea, então não faça coisas imprudentes! ㅡ Falei de modo cortês passando a mão direita em seus cabelos que teimam em cair sobre os olhos. ㅡ Sua sorte que tinham três médicos ali fora! ㅡ Murmurei dando as costas para a cama onde o mesmo se encontrava, segui até a pequena mesa próxima a cama à procura do controle da TV.

ㅡ Como se aquele ser inferior fosse conseguir fazer algo de útil. ㅡ Aposto que se eu estivesse um pouco mais longe do mais novo não o teria escutado resmungar, soltei um suspiro e logo me aproximei lhe entregando o controle que foi aceito de bom grado ㅡ afinal, doutor, o que aquele homem é para você?

 


Notas Finais


Então? Curiosos? Eu sim!
Banner lindo né? @Rozok mozão fez por que estava inspirada kk
E como eu estava com preguiça de respirar e de qualquer coisa deixei ela fazer, espero que tenham gostado do capítulo e mais uma vez desculpem-nos, mas imprevistos ocorrem

Bjs


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