Karter estava a caminho de sua escola. Andava a passos lentos, pois não estava com nenhuma presa de chegar.
Era seu ultimo ano de escola. Ultimo percurso para sua liberdade. Depois pretendia fazer economia na faculdade, um curso irritante e chato, mas que ela desejava muito.
Sabia que estava desejando muito em fazer faculdade, não tinha muito dinheiro, e não ia deixar a vadia da sua madrasta pagar com o dinheiro do seu pai, porque tinha certeza que ela iria cobrar depois.
Chegou na escola algum minutos antes do sinal tocar, então teve que sentar e esperar. Encostou em uma arvore e escorregou até o chão coberto de folhas do outono.
Odiava sua cidade, odiava sua escola, odiava sua vida, e principalmente as pessoas que querendo ou não, faziam parte dela.
Colocou os fones e ficou puxando o mato recém crescido da terra.
Cara que chão lindo.
-Não que eu tenha alguma coisa contra você, só não tenho nada para fazer - Karter sussurrou para o mato.
-Espero que ele não responda, seria muito estranho.
Uma voz totalmente desconhecida soou de cima.
Karter olhou para cima, e bateu os olhos em uma garota dos cabelos curtos como de um garoto, e um lábio deliciosamente carnudos.
-Oi. Sou a Ruby, comecei hoje aqui - ela estendeu a mão em um gesto de comprimento, e quando Karter apertou tímida ela sorriu.
-Oi, sou Karter, e não deveria começar seu primeiro dia falando comigo.
Karter abaixou a cabeça novamente, mesmo assim deu para notar quando a garota estranha sentou ao seu lado.
-Por que não deveria? Você morde ou tem algum problema de epidemia?
-Sim, e passou esquisitice - Karter soutou uma risada nasal. Ela era a esquisita da escola, por opção, diria ela, nunca se enturmou, e não gostava das garotas da escola, eram irritantes, e davam dor de cabeça. Garotas.
-Eu sou imune a isso, então se não me quiser por perto fala logo um "sai daqui porra!". Entendo melhor assim.
Karter encarou a garota, ela tinha um sorriso sarcástico nos lábios, e um olhar desafiador.
-Então, porque veio para cá? - disse mudando de assunto.
-Minha mãe recebeu uma proposta de emprego aqui. Não tive muita escolha. E você, mora a muito tempo aqui?
-Sim! Eu nunca sai daqui - deixou escapar a decepção da sua vida toda nesta frase, deixando claro no tom de voz que odiava a cidade.
-Mas que merda, esta cidade parece péssima.
Concordou com a cabeça, em movimentos depressivos.
-E o que tem de divertido por aqui?
-Nada, as pessoas vão ao shopping, ou ao parque, e eu fico em casa.
-Que chatoo - Ruby levantou e olhou para baixo, onde Karter se encontrava sentada - Estou vendo que vou ter um longo tempo de tédio aqui.
- Ahh vai sim. Estou aqui a muito tempo para lhe confirmar isso.
Karter reparou melhor na garota quando ela levantou. Era muito bonita, mesmo usando roupas largas para ela, mas Karter não tinha tesão por garotas esquelética que usavam roupas marcando até o osso da costela.
Ruby sim era atraente, tinha um belo corpo, mesmo tentando tampar, e uma bela feição, alem de ficar muito sexy pensativa. Porra estava desejando aquela garota. O problema era, será que Ruby também sentiu o mesmo tesão?
Ruby estava com o olhar em um canto especifico a direita, só quando Karter seguiu seu olhar pode notar o que ela olhava. Estava olhando para o John, o cara mais gato e sexy do ultimo ano. Era o tipo de cara fodão alto pacas e sarado pacas. Era o termo gostoso em pessoa, coisa que não interessava Karter. E além de seus atributos físicos ele era super inteligente e uma ótima pessoa, então não tinha como Karter odiá-lo.
Mas o que ela não odiava em John odiava na namorada dele. E sim senhoras e senhores, ela era a Desgraçada que dedurara Karter para a mamãe dela. Deixando Karter na bosta.
-Bem, acho que esta escola tem alguma coisa a oferecer - a cara que Ruby fez deixou Karter um pouco constrangida, e muito desnorteada.
-Tem sim, adoro os professores - tentou mudar o assunto, o que fez Ruby sair do transe e olhar para ela confusa.
-O que? Ahh sim, é, professores, adoro professores, principalmente os que me fazem dormir - seu sorriso sarcástico apareceu de novo - Falando em professores, pode me ajudar a achar minha sala? Sabia que iria ajudar. Obrigada K.
-Ajudo, já que não me deu a opção de dizer não.
-Gostei de você - disse andando em direção ao corredor.
-Ehh, claro, você também não é nada mal. Só não posso dizer o mesmo.
-Por que? você é proibida pelo governo de dizer coisas que não sejam depressivas?
Karter deu seu sorriso mais irônico quando apontou seu dedo do meio para nova amiga.
-Ahh mds, sua mãe não lhe ensinou a nuca usar o dedo proibido?
-va se foder!
-Não pode falar palavra feia Karter - gritou parecendo indignada - você é uma menina má pra caralho.
As duas garotas saíram dando risadas pelo corredor até chegarem na sala onde teria aula de calculo avançado. Uma ótima aula para tirar um cochilo.
Karter foi para seu lugar de sempre, onde encontrou John sentado logo ao seu lado.
-Eai Karter!
-Como vai John?
-Vou bem na merda, estou atrasado demais nesta matéria. pode me emprestar seu caderno de anotação?
-Claro -passou seu caderno para o cara ao seu lado- quando terminar me entrega.
-Ok, vlw karter, você é demais - John olhou para frente para se certificar se o professor já avia entrado. depois falou em sussurrou para ninguém ouvir - E como vai a megera?
-Viva, infelizmente!
-Mais que merda em -os dois se olharam e riram do assunto, mesmo Karter não achando nenhuma graça quando se falava da velha que "mandava" nela.
Sessaram a conversa quando Ruby se aproximou e sentou na carteira em frente a Karter,
Karter olhou para John e notou que seus olhos estavam brilhando.
Mais que porra. Ela não
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