História Não pode ter palavrão - 30.9.303 da Q.E.

Ok, que sei que só eu estou escrevendo agora mas não resisti de terminar a pagina anterior como se eu tivesse sentido aquilo e escrevendo, serio caras, eu tive que fazer hahahahaha que merda, mas assim, depois que eu acordei estava de boas, a casa pegando fogo e  algumas pessoas ajudando a me carregar para o campo, quem foi idiota de sair por ai do nada? Ah como eu queria ter protagonismo e  que alguém se jogasse pra me proteger da bala de novo, que merda huh (eu não sei se deveria colocar aqui de algum modo alguma palavra que representasse meus risos mais estúpidos mas por enquanto eu não coloco, acho que não fara diferença, vou continuar com o "haha").

Bom estamos aqui, acordei de novo e ao que parece ela conseguiu hahaha, salvou a galera, ok, não todos mas ela ta feliz, olha que merda, bom, algumas pessoas ainda estão tentando se acalmar para entenderem o que aconteceu mas ela já deu umas curadas nas feridas deles e eles estão conseguindo ir, ao que me disseram, umas pessoas murreraum. Depois de eu levar uma bala de limão na boca, digo, uma bala de metal no meu corpo, ela foi querer me ajudar mais teve que destruir a casa, ela fez uns truques com a cartola e tirou um cachão dela e explodiu a casa, mentira, ela só começou o fogo e depois eles foram se afastando da casa e esperaram que ninguém os seguisse, que pena, tem uns cara nós seguindo agora, e uma galera está com fome, o que fazer numa situação como essa? Exato, eu vou ficar aqui atrás desta árvore e escrever o que eu estou pensando.

Eu não gosto tanto de florestas a noite.

Eu fico agradecido de somente ter vindo para este lugar de dia, sério, quando as pessoas falam dos cachorros da floresta me da medo, eu já vi videos e essas coisas mas eles ainda me dão medo, um cachorro em duas patas e que imitam voz humana, cara, eu prefiro meus filmes de terror, mesmo sendo toscos que nem um *comparação com qualquer coisa super tosca* mas eles fazem seu trabalho e dão sustos e medo, pelo menos não são espíritos, caralho, esses te matam de medo, literalmente, mas deixando isso de lado acho que a partir de agora eu não sou protagonista de merda nenhuma mesmo, sério, ela ta ali falando com a galera e faz coisas e quem sabe organizando as coisa para um possível confronto mas dessa vez eu vou ficar na minha, ela já deve ter alguém melhor para contar e fazer seus serviços, ficar na moitinha e observar tudo não vai ser umas das piores. Morram, malditos mhua hahahahahahaha.

Odeio lugares escuros, sério, está tudo escuro, obviamente, mas não é esse o ponto, eu vou ficar ali com o pessoal do trauma.

O pessoal do trauma ainda está traumatizado Tantantaaaan, incrível, eu sou um ótimo observador, inclusive acho que devia anotar tudo que vejo nesse caderno, o qual eu estou gastando rapidamente por escrever muito, já até ganhei um apelido dos meus amigos imaginários já que eu procuro não falar muito com esses caras, não, não os traumatizados, os outros, e os traumatizados também, bom, seja como for, eu deveria desenhar o que vejo então alias, eu estava falando de que eu recebi um apelido, não? Pois bem, o apelido é: foda-se você, eu não tenho apelido pois são todos imaginários, pois bem, voltando ao que ia dizendo, se eu deveria estar desenhando o que vejo então deveria desenhar aquele ponto verde ali, mais no fundo da floresta onde é provável que eu morra ao ir, que lindo, eu vou ficar aqui e não morrer, foda-se.

Eu posso não gostar tando quando fica de noite mas até que as estrelas são bonitas, elas são a força dos mundos não? Como eu já ouvi muitas vezes: a vida vem das estrelas e a morte nós leva novamente a elas... acho que deve ser isso, ela agora deve estar feliz, num lugar a salvo para ela, que nem eles, quem sabe um dia eu a agradeça, por fim, eu a agradeça, ah, ela está aqui, eu não escrevi aqui ainda mas ela disse o nome dela, ao que eu me lembre é:
— Lucy, né?
— Sim... Bom, tudo bem com sua perna?
— Sim.
— E seu abdômen?
— Tranquilo.
— ... 
— Pirulito que bate, bate, pirulito que já bateu.
— Que?
— Que?
Ela riu um pouco, isso deve ser bom.
— Ei, posso ver o que você anda escrevendo?
— Tudo bem.
... nós estamos conversando um pouco, não sei se quero anotar tudo.
Ela disse que já treinou tiro quando era mais nova, isso explica um pouco.
Isso também é verdade.
— Eu parecia uma heroína de historinhas para crianças né?
— Que isso, agora você é minha heroína.
— Hahahahaha, tudo bem então, criança, ou vou tratar um pouco mais a sua ferida e enquanto isso, descanse um pouco, durma um pouco, assim o trabalho fica mais fácil para mim.
— Como quiser.
Aaah que sono, acho que vou dormir mesmo.
As estrelas estão tão bonitas hoje.