I have a star that fell from the skies
and it’s you
Nunca entendi o motivo da tua playlist carregar aquelas flexinhas que se cruzam a fim de mostrar que tudo ali era no aleatório, se tu escolhia a porra da música que tu queria antes mesmo do bagulho selecionar uma canção ao acaso.
Mais do que isso, eu não sabia o porquê de tu não pagar a miséria da mensalidade do Spotify. De verdade, não nasci para escutar aquelas propagandas broxantes durante minha vibe boa, não. Se tu quis foder comigo cancelando tua assinatura desse serviço de streaming tão maravilhoso só por eu ter batido teu carro em uma árvore lá da universidade, vou te contar que tu tava conseguindo.
- TU É RIDÍCULO! - gritei, cansado de tentar dialogar de uma forma adequada. Eu queria mesmo era socar aquele teu rosto bonitinho, que merda.
- Ridículo foi o meu carro todo amassado!
- EU PEDI DESCULPA, CARALHO, JIMINNIE!
- VÊ SE TUA DESCULPA PAGA O CONSERTO DO CARRO E O SPOTIFY ENTÃO!
- PORRA, HYUNG, COMO EU VOU OUVIR MEUS RAP?
- Vai trabalhar.
- NÃO DIZ ISSO! PUTA MERDA, OLHA AQUI, ATÉ ARREPIEI! - apontei para o meu braço e, pela tua expressão, senti que ia receber um murro no olho já já.
- Pega um estágio remunerado, faz alguma coisa, porque Spotify nesse mês não vai rolar, não.
- Jiminnie, olha bem pra mim. Eu sou muito inteligente para trabalhar, não faz isso comigo!
- Não vou te sustentar para sempre. Se vira, Jeongguk.
- Eu sou bom demais para esse mundo escravo, tu devia cuidar mais de mim.
- Cuido até demais. Agora coloca uma roupa que daqui a pouco eu volto pra te levar pra almoçar.
- TU VAI PAGAR O ALMOÇO? HEIN? NÃO VIRA AS COSTAS PARA MIM, HYUNG! NÃO SAI! HYUUUUNG! SE TU FECHAR ESSA PORTA NA MINHA CARA, EU...
Tu fechou mesmo e ainda fechou forte, deixando um estrondo ecoar pelo teu apartamento. Bufei alto - porque eu queria que tu ouvisse o quanto eu tava puto, apesar de tu já ter saído de casa - e então esmurrei minha mão na parede com o único intuito de dispersar minha raiva para não correr atrás de ti e te encher de porrada (a vontade de te arrebentar até surge, mas eu não sou burro a ponto de deixar tu, todo baixinho, porém possuído, revidar); só não achei que ia machucar tanto, porra.
Eu:
Tem sangue na minha mão
vem
cuidar
de
mim
Jiminnie hyung <3:
QUE TU FEZ, PORTA?
Eu:
PARA DE ME XINGAR
TO JORRANDO SANGUE AQUI!
Jiminnie hyung <3:
*portão
*poeta
PORRA, PURA AMEBA!
Eu:
ANJSFIQAHFBQIUHEBWQ QUE TA ACONTECENDO CONTIGO, HYUNG?
Jiminnie hyung <3:
*para merda
*puta mercado
CARVALHO
É O CORRETOR, VARA
TA LIGADO ESSA BOCHECHA!
Ignorando o meu drama pelos pequenos cortes na minha mão, rolei na cama de tanto rir por imaginar como tu estaria todo revoltado por aquele corretor automático estar ligado. Uma vez que tu era um bom estudante de Letras e odiador das teorias linguísticas - não foi à toa que logo no primeiro semestre na universidade, tu já saiu pichando nosso bairro com um "NÃO FODE, SAUSSURE". Óbvio que tu negou tua participação nisso quando a polícia apareceu, mas até a tia da padaria da esquina sabia das tuas proezas, afinal, tu usava duas vezes na semana aquela camiseta preta customizada com o rosto e o nome do Saussure junto a um "x" bem grande em vermelho -, tu achava uma enorme e fodida indecência cometer tantos "erros".
Só sei que, independente de onde tu estivesse, tu tava pra jogar aquele celular no chão por considerar um absurdo algo tão pequeno destruir a transmissão da tua mensagem, eu tinha certeza.
Eu:
Onde tu ta?
- JEONGGUK, VOU METER ESSE CELULAR NA PAREDE!
- Vai estragar a parede e o celular - já avisei quando tu apareceu pela porta do meu quarto e arregalou os olhos.
- PUTA MERDA, TEM SANGUE NA MINHA PAREDE!
- TEM SANGUE NA MINHA MÃO, HYUNG, OLHA AQUI!
- Da tua pele sai, da parede não!
- Que consideração - suspirei alto, já indo pegar um pano molhado antes que tu surtasse mais.
No final das contas, eu só tinha um curativo mal feito por ti na mão direita e dois pratos com sopa de soja a minha frente; um nem ao havia sido tocado. Joguei aquela merda no lixo, nervoso por mais uma vez permanecer sozinho naquela mesa ou em qualquer outra.
Marquei então de encontrar o Hoseok na biblioteca da universidade e já segui para o metrô, carregando não só a minha mochila desgastada sobre o meu ombro esquerdo, como também a minha típica expressão de "snob", denominada dessa maneira devido a tua péssima forma de lidar com o teu corretor.
- To com uma puta vontade de tomar sorvete.
- NÃO VOU PAGAR NADA, JEONGGUK!
- Que merda.
- Pede pro teu irmão, já paguei arroz frito pra ti nessa semana.
- Ele mandou eu trabalhar.
- A Minjee noona ta precisando de funcionário na área de catalogação aqui da biblioteca, vai lá ver com ela.
Arranjei uma desculpa bem bosta para não me comprometer com o trabalho escravo que iria rolar ali, porém o desgraçado do meu amigo me convenceu ao vir com aquela conversa de que um trabalho de meio período resultaria em mais dinheiro e em ti com mais tempo para mim. Daí eu fui com força e me joguei na noona com todo meu carisma, não falhando em minha tentativa de ser submetido àquela extrema servidão.
Jiminnie hyung <3:
Está em caso?
Eu:
Que caso?
Jiminnie hyung <3:
*casa, porta
Daquela vez, não apenas eu gargalhava descontroladamente, como Hoseok também. O que não durou muito tempo, já que Minjee noona chutou minha bunda daquela biblioteca e ainda me advertiu sobre meu horário de trabalho no dia seguinte. De acordo com ela, um minuto de atraso ocasionaria em um eu sem todos os dentes. Me recusei a imaginar o que aquela baixinha seria capaz de fazer comigo se eu tardasse a chegar no horário combinado, então só assenti, me dando conta que escravidão era fichinha perto do pacto que eu tinha fechado ali com aquela criatura.
Eu:
To na universidade
Jiminnie hyung <3:
Está tarde
Volte buscar
Eu:
Ta, não corrige
já entendi
Jiminnie hyung <3:
*votei
*vou trem
AMEBA!
Logo tu estacionou perto do meio-fio onde eu me encontrava, tremendo pelo vento gelado do início da noite e agarrado fortemente ao celular com um medo do caralho de ser assaltado. Entrei rápido a fim de me aconchegar naquele banco quentinho, no entanto não precisei disso já que tu tirou teu moletom azul e arremessou na minha cara.
- Coloca isso.
- Tu tem a delicadeza de um ogro.
- Devolve então.
- NÃO FODE, HYUNG!
- Coloca o cinto logo, porra - ignorei.
- Jiminnie, tava pensando em arrumar um trabalho.
Antes de contar que eu consegui um job fácil de meio período o qual consistia em lidar com o mofo dos livros, um computador da década de 90 e uns nerds que se achavam a reencarnação de Freud, preferi zoar um pouco contigo para rir mais da tua cara e ocupar meu tempo sem a tua assinatura do Spotify.
- SÉRIO? - tu quase bateu no carro da frente por achar que tava rolando uma espécie de milagre bem naquele momento.
- PUTA MERDA, OLHA PRA FRENTE!
- E aí?
- Aí que eu vi na internet que estão procurando uns meninos para trabalharem como massagistas e vou mandar meu curríc...
- O CARALHO QUE TU VAI MANDAR TEU CURRÍCULO!
- Eu tenho um curso de massagem indiana, vou mandar sim!
- Qual o nome do lugar?
- Boate Mallibu.
- JEONGGUK, PARA DE SER BURRO QUE ISSO É CASA DE PROSTITUIÇÃO, CRIANÇA!
- Mas eu preciso de dinheiro, hyung.
- EU TE DOU A MERDA DO DINHEIRO!
- Mas eu não posso depender do meu irmão pra sempre.
- PODE SIM, CLARO QUE PODE!
- Eu converso com eles, vejo se posso fazer só oral.
- SE EU SOUBER QUE ALGUÉM USOU TUA BOCA, JEONGGUK, EU VOU DESTRUIR ESSE CARALHO DE LUGAR!
Nisso eu já não sabia se achava fofo teu ciúmes, gargalhava dessa cena toda ou curtia a forma quente que tu falou sobre minha boca, que droga.
De acordo com a moral dessa sociedade - que moral essa vagabunda tem quando a galera se pisa por dinheiro? Isso, nenhuma -, eu ser apaixonado por ti, por todas as tuas qualidades e principalmente pela porra dos teus defeitos era um tabu; era imundo e impuro. Amar demais meu próprio irmão era considerado repulsivo e indecente. Te dar todo o meu amor me condenaria a ser alguém indigno, sujo, totalmente desprezível. O monstro dessa história, posso afirmar que nunca foi eu, hyung.
- Tu vai voltar a pagar o Spotify então, Jiminnie?
- Pago.
- Sério?
- Pago, já falei.
- Vou começar a trabalhar amanhã.
- JEONGGUK, DESGRAÇA, PROSTITUIÇÃO NÃO!
- Não, idiota, era só brincadeira. Consegui emprego na biblioteca.
O suspiro que tu deu junto a um olhar desaprovador foi insignificante em relação ao tapa monstro que eu recebi na nuca após chegarmos em casa. Puta merda, aquilo foi forte!
- PORRA, HYUNG!
- Não fode, pirralho.
Minha nuca ardia pra cacete e eu tava até meio desorientado por toda aquela violência, mas tu não, tu tava lá, de boa, deitado na merda do nossa sofá-cama azul prussiano comprado na liquidação com oitenta e nove por cento de desconto - porque tinha cor de água suja - enquanto ligava a tv nesses canais de esportes radicais que dava preguiça só de olhar.
- Poxa, Jiminnie, que grosso! Só tava indo pegar biscoitos pra ti.
- Pega pra gente.
- Não quero mais.
- Vai lá, Gukkie, to sem almoço.
Fiz cara feia, no entanto segui do mesmo modo para a cozinha no propósito de encher uma tapoer com biscoitos integrais de chocolate - dieta, eu tinha que manter a porra da dieta! - e dividir pelo menos aquela refeição contigo.
- Pega.
- Deita aqui - já começou a mastigar o bagulho.
- Não, tu me bateu.
- Devia ter batido mais pra tu largar de ser besta e não brincar com algo tão sério.
- Não quero saber, ta doendo.
- Vem cá, criança - tu sorriu.
Eu sei que sou inteligente demais para esse mundo; era um fato que eu já tava bem acostumado a constatar. Entretanto, percebi que apesar de mandinga nenhuma desmaiar alguns neurônios meus, o teu sorriso com certeza conseguia. Foi por isso que eu me arrastei até o sofá e me deitei pertinho de ti, ignorando que tal feito consistia em meus ombros largos tapando a visão que tu tinha da tv e percebendo que tu não dava uma foda para isso. Tanto que tu me puxou pela cintura só na intenção de me aproximar do teu peito para, então, deslizar teus dedos quentes na pele do meu pescoço em um carinho gostoso e sussurrar fraquinho um pedido de desculpa.
- Não ouvi.
- Não vou repetir.
- Eu te desculpo.
- Babaca.
- Ta gostoso isso - aconcheguei minhas costas para mais perto do teu calor e soltei um murmúrio baixo. Hyung, puta merda, que eu tava fazendo?
- Tu é muito manhoso, Gukkie.
- Uhum.
- Me passa o biscoito, vai - BROXANTE, JIMINNIE!
- Depois tu não vai conseguir jantar.
- Ah, porra, esqueci! - tu levantou rápido e saiu doido atrás do teu celular, me deixando sozinho mais uma vez.
- O quê?
- Do Yoongi hyung.
Eu:
Por favor, me diz que tu tem algum role
Dawon:
Vai ter alguma coisa no dormitório da Joohee
lá na minha universidade
Eu:
Quero carona
Dawon:
Vou pedir para o Seokkie passar aí
Eu:
Já vi teu irmão hoje
vem sozinha
Dawon:
Tu não tem chance comigo, bebê
Eu:
BEBÊ NÃO, NOONA!
Dawon:
Fica bonito, Gukkie
vou arrumar uma amiga para ti
Eu:
Já sou, porra
Fui pro banho fingindo que não dava a mínima para o teu rolo com um quase ajusshi. Enfim, Min Yoongi era banhado no formol, eu tinha certeza, porque não existia outra forma daquela criatura aparentar ter minha idade carregando trinta e seis anos nas costas, sério. Além de ser fodidamente bonito e cheio da grana, ele também seguia essa vibe filantrópica - tanto que foi por isso que tu conheceu ele, em um desses trabalhos voluntários que eu sempre ia contigo nos finais de semana.
Nunca meti o loco nessa porra de relacionamento estranho, porque eu tinha noção de que o Min cuidava bem pra caralho de ti. O filho da puta sabia também que se ousasse te fazer algum mal, dinheiro nenhum desse mundo evitaria com que eu fodesse a vida dele.
Ao passar pela sala, notei o estorvo encostado no nosso sofá com aqueles jeans caros dele e um "HYUNG, TEM ÁGUA, TU QUER?" vindo apressado do teu quarto. Passei reto, rindo, porque realmente, água era a única coisa que tinha naquele apartamento e meter um milionário nessa situação precária chegava até a ser ridículo.
Jiminnie hyung <3:
BONDE TU FOI, PORTA?
Eu:
Festa
Jiminnie hyung <3:
NÃO BEBEDOURO!
Eu:
Beber ouro?
fica tranquilo
eu pego bebida da galera
Jiminnie hyung <3:
JEONGGUK
BEIRUTE DE ESTRANHO NÃO
Eu:
HAHAHA PUTA MERDA
BEIRUTE NÃO SE RECUSA, HYUNG, NEM VEM!
Jiminnie hyung <3:
*BEBIDA, CARVALHO
Eu:
ASKDJAIUDBQA
tchau
Dawon, por falta de arrumar uma amiga, jogou duas pro meu lado. Apesar da estrangeira falar pra caralho em um inglês enrolado e eu não entender porcaria nenhuma, não me importei muito porque a outra tava sentada no meu colo, rebolando discretamente no meu pau; motivo pra reclamar eu definitivamente não tinha.
Dorm party era muita breja barata, uns destilados roubados dessas conveniências pequenas, uns rap bem alto e umas brincadeiras que envolviam mais bebidas na tentativa óbvia de acabar tudo em uma foda. Eu até transaria com aquelas duas, mas, porra, a vibe que eu tinha entrado depois de saber que fui trocado pela merda de um jantar em um desses restaurantes gourmet que só com o Yoongi tu teria a oportunidade de ir, com certeza não colaborava em nada para aumentar meu tesão.
Jiminnie hyung <3:
Jeongguk?
Eu:
OKÁ HYYNG
Jiminnie hyung <3:
QUE PORTA É ESSA?
TU BEBEDOURO, JEONGGUK?
Eu:
VIU PROO METRI
Jiminnie hyung <3:
MEMBRO?
*mete
*metade
**M E T R Ô?
CARVALHO
PURA QUE PARTIU
Eu:
SO A METADR? *moon face*
Jiminnie hyung <3:
P A S S A O E N D E R E Ç O
Te busco, preferido
*percorrido
*PERVERTIDO
Com a tranquilidade e a cara de pau costumeira de uma criatura virada no álcool, interrompi a quase transa da Dawon e pedi para ela mandar o endereço do dormitório, porque duvidei muito que eu conseguiria digitar alguma coisa correta para ti - como se antes eu tivesse - depois de chorar de tanto rir.
Apesar de não contar com o fato de cochilar na calçada enquanto te esperava, cheguei bem em casa, só não curti muito ser arremessado para debaixo da tua ducha, porque, caralho, que água fria!
- CACETE, JIMINNIE!
- O QUE EU DISSE SOBRE BEBER, HEIN?
- NÃO BEBI, PORRA!
- CLARO QUE NÃO! - tu sorriu irônico e eu achei que ia ficar por isso mesmo, afinal, sempre era assim, no entanto, drasticamente tua expressão mudou. - Todo mundo mente pra mim, não é? É BOA A SENSAÇÃO DE ACHAR QUE TA ENGANANDO UM TROUXA QUE NEM EU? HM? QUE MERDA!
- Tu... ta chorando, hyung?
Esquecendo do medo insano que eu tenho de levar choque, girei o registro apressadamente e até tentei me aproximar de ti, só com a intenção de te segurar e te dar um apoio antes de saber o motivo de tantas lágrimas mancharem tua pele amorenada. Contudo, tu lançou uma toalha na minha cara e ao sair do banheiro, ainda deu conta de soltar, com toda aquela marra, um "molha o meu chão e eu corto o teu pau".
Não banquei o ingênuo, definitivamente, não. Só saí daquele banheiro para pegar uma boxer quando verifiquei pela terceira vez se meu pé não iria mesmo deixar nenhuma marca de água pelo chão, porque se tinha uma coisa que eu não duvidada, jamais, era da bravura dos teus atos para manter aquele apartamento em ordem. E, porra, eu curtia meu pau, tava muito bem com ele.
- Jiminnie? - bati na tua porta, porque apesar de ainda estar meio bêbado, eu tinha plena noção de que entrar naquele quarto sem autorização ocasionaria em uma chinelada bonita na minha cara.
- VAI DORMIR, JEONGGUK!
- Hyung, eu não quero dormir sozinho.
- E daí?
- Deixa eu dormir contigo.
- Não!
Eu:
Eu tr faco carinh
vaui, hyyng
Sobre a minha coordenação motora, notei logo que presente ali no momento para contribuir com os meus atos a desgraçada não tava.
Jiminnie hyung <3:
Não
Eu:
Quero tr abraslar
Jiminnie hyung <3:
Time deixou triste
Eu:
Q TIMR?
É DE DUTREBOL?
Jiminnie hyung <3:
*tu menstruou
PORTA
NÃO
***TU ME DEIXOU TRISTE!
FOI SUBMISSO!
Eu:
EI TE DOMINO, HYYNG!
Jiminnie hyung <3:
*ISSO
PIRANHA PERCORRIDA!
NÃO, JEONGGUK
NÃO FOI SUBMISSO
QUIS METER:
*****pirralho pervertido
********D I Z E R! QUIS DIZER!!
Não consegui evitar cair em frente ao teu quarto e rolar de tanto gargalhar por ouvir através da porta tu clamando por um exorcismo para aquele bagulho endemoniado voltar ao normal, dando incentivo ao celular com frases do tipo: "DEUS TA VENDO, MANDINGA!".
Aproveitei que todo dia é dia de me foder e já bati na porta mais uma vez e tu me ignorou com muito sucesso, não me deixando outra opção que não fosse voltar a mandar mensagens para o teu celular endiabrado.
Eu:
PSRA DE ME IGHNORSAR
Jiminnie hyung <3:
Não, baleia
*bolota
*BA BA CA
Eu:
PSRA DE USAER O COPRETOR COMO DSCP PRA MWE XINGHAR!
Jiminnie hyung <3:
Vem aqui vai
Eu acreditava veementemente que bêbado eu não tava, nem mesmo quando eu empurrei aquela porta, tropecei no nada e cai direto entre os teus lençóis cheirosos e sobre teu corpo pequeno. Sóbrio me definia pra caralho, com certeza.
- Vai, me abraça mais forte, porra.
- Vou te arrebentar se colocar mais força, hyung.
- Eu não ligo.
Então tu se enroscou todo nos meus braços e eu cheguei a breve conclusão de que sentir tuas lágrimas quentes e decepcionadas rolarem por minha pele, com o intuito de assegurar quem era teu porto seguro naquela droga, era bem pior do que eu sequer imaginava.
Tu desabava sobre mim, Jiminnie, e naquele momento eu não podia fazer nada a mais do que te trazer para o aperto caloroso do meu abraço. No entanto, por conta da dor alojada dentro daquele teu coração ainda cheio de sentimentos pela pessoa errada, teus soluços e ofegos aflitos não tinham fim. Para ser sincero, ter meus sentimentos pisoteados por aquela merda de amor unilateral não era nada comparado a ver teu coração ser partido por um filho da puta daqueles.
- E-ele... Jeonggu-k, ele diss-e que...
- Jiminnie, olha pra mim.
- Eu t-to olhando.
Tu tava destruído. Porém, nem por isso tu deixou de ser menos bonito sob a luz fraca vinda daquela noite fria. Em teus olhos ainda cintilavam algumas lágrimas, assim como tua garganta ainda prendia alguns soluços, contudo, aos poucos tu se permitia deixar de pensar em qualquer coisa e se concentrava em mim.
- Eu to aqui, hyung... E eu vou continuar.
Tu se encontrava nos meus olhos, Jiminnie. A verdade é que eu ainda não sei se foi certo despejar tantos sentimentos em ti por meio da complexidade de um olhar, principalmente em um momento como aquele no qual fragilidade te definia tão bem, mas eu fiz. Eu fiz e, apesar de nós dois estarmos uma bagunça, tu não fez questão de se mostrar confuso ao colar levemente teus lábios trêmulos sobre a cicatriz da minha bochecha.
- Eu sei.
E então tu escorregou, devagar, para a minha boca. Porra! Eu tremi e queimei forte nas tuas mãos ao sentir tua língua macia se arrastar pelo meu lábio inferior. Não era sujo, nem errado, caralho, não mesmo! Era tão pleno e verdadeiro que chegava até a ser sublime. Vou ser sincero, a culpa por tu ser a minha única família - e eu estar a beijando naquele momento -, nem sequer chegou em mim.
No entanto, chegou em ti; rápido demais.
- Não vira as costas para mim... Por favor. JIMIN! JIMINNIE, POR FAVOR, NÃO FAZ ISSO! NÃO SAI, HYUNG! NÃO S...
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