1. Spirit Fanfics >
  2. Não se apaixone por Kim Jongin >
  3. Lei de Murphy

História Não se apaixone por Kim Jongin - Lei de Murphy


Escrita por: jonginner

Notas do Autor


Depois de 2 anos e meio escrevendo fanfics apenas para mim e não as achando boas o suficiente, decidir por minha cara a tapa.

Sei que estou fora da minha zona de conforto, mas eu tenho que tentar, não é mesmo?

Estou munida de falsa coragem, confesso. E talvez vocês me achem um pouco paranoica agora, mas eu juro que sou gente boa.

É minha primeira história. Já li e reli esse capítulo alguns bocados de vezes, só pra ver se está tudo okay, mas provavelmente sobrecarreguei meu cérebro e talvez vocês encontrem algum erro.

Estou ciente de que não está perfeito, mas tentei dar meu melhor aqui.

Boa leitura ♡

Capítulo 1 - Lei de Murphy


 

Eram seis da manhã quando Sehun marchou raivosamente em direção ao ponto de ônibus mais próximo, resmungando toda sua lista de extensa de xingamentos e chutando algumas pedras invisíveis no caminho. Questionava-se o porquê que, de todo os empregos do mundo, seu pai tinha que trabalhar justo nessa maldita firma?

Era a segunda vez, no ano, que eles mudavam de cidade e era sempre a mesma coisa: cidade nova, pessoas novas, criar laços e se acostumar com o lugar.

Até vir a notícia de que teriam que se mudar novamente.

Ele já estava farto daquilo. Seria pedir demais um pouco de sossego e uma vida normal de um adolescente de 17 anos? Ao que parece, sim.

Quando seu ônibus coletivo chegou — lotado para variar—, Sehun olhou para a lata metálica soturno. Só de lembrar que ele entraria na escola no meio do ano letivo um reboliço alvoraçava suas entranhas. Ser o centro das atenções não era algo que lhe agradava.

A única coisa que ainda lhe confortava era saber que terminaria o ensino médio no próximo ano.

Então só mais um ano e esse inferno de escola acaba, repetia mentalmente como se fosse um mantra.

“Olha só como ele é lindo! ” e seu mantra foi quebrado por cochichos femininos.

Involuntariamente seus olhos correram em direção a dona da voz apenas para deparar-se com outros dois pares semelhantes o fitando curiosos. Duas meninas, sentadas lado a lado, lhe encararam por alguns milésimos de segundos antes de desviar a vista com sorrisinhos tímidos e bochechas em escarlate.

O garoto rapidamente desviou o olhar também. A julgar pelos uniformes, eram da mesma escola que Sehun.

Quando o ônibus fez outra parada, Sehun aproveitou para arrastar-se mais para o fundo, longe dos olhares afiados daquelas meninas ‒ não que ele tivesse medo delas, longe disso, apenas não gostava da sensação de estar sendo observado.

Acabou parando ao lado de um garoto que praticamente dormia em pé.

Sehun até sentiu um pouco de empatia pelo estado em que o garoto se encontrava: cabeça pendida para frente e uma franja negra cobrindo parte dos olhos fechados enquanto segurava, sabe-se lá como, as barras metálicas para não cair com o sacolejo do veículo. Chegava a ser inocentemente infantil o jeito que os lábios carnudos se franziam em um bico quando o ônibus fazia algum movimento brusco, quase o despertando.

Não soube dizer por quanto tempo passou observando aquela cena, porém sentiu seu estômago cair ao retornar seu olhar para cima e um par de olhos negros sonolentos piscarem em sua direção.

Com orelhas queimando e sentindo todo o sangue de seu corpo sendo bombeando para as bochechas, Sehun virou a cabeça para frente tão rápido que quase deu um mau jeito no pescoço.

Tentou o máximo que pode recompor sua postura, porém sentia-se embaraçado pela situação toda em que se encontrava. Por Deus, havia sido pego o observando e pior, estavam lado a lado nessa lata metálica!

Uma risadinha suave cantarolou ao seu lado só para piorar os nervos de Sehun, que desejou que o chão apenas o engolisse.

Parecia um daqueles pesadelos em que você vai para a escola sem roupa.

Então decidira que a janela do ônibus era a coisa mais interessante para ele no momento. Podia até sentir-se nauseado por olhar fixamente para a paisagem correndo, mas não arriscaria desviar os olhos para qualquer outro lugar.

Depois de uns 10 minutos fingindo ser um poste, Sehun finalmente chegou a sua parada. Desceu do ônibus praticamente correndo, desejando que nunca mais topar com aquele cara — o que seria bem difícil já que tudo indicava que eles se encontrariam todos os dias, naquele mesmo veículo.

Cessou os passos rápidos apenas ao avistar os portões do enorme prédio branco, por onde vários alunos atravessavam como se fossem gados para o abate. O que não era nada reconfortante, em sua opinião.

Juntou-se a leva de alunos sentido as palmas de suas mãos transpirarem em nervosismo.  Não demorou muito para começar a receber olhares curiosos.

E tudo só piorou quando entrou no extenso corredor.

Os olhares e cochichos pareciam ter triplicado. Involuntariamente encolheu os ombros, enquanto tateava no bolso de sua calça o número de seu respectivo armário, que — para o seu azar— ficava praticamente no fundo daquele corredor.

Sim, ele teve que atravessar toda aquela multidão ruidosa e turbulenta que pareciam querer comer-lhe vivo.

Então, quando pensava que o pesadelo tinha acabado, deparou-se com um cara alto e loiro tomando a frente de armário conversando animadamente com seus amigos.

—Hm, com licença — Sehun chamou, apertando nervosamente o papel entre os dedos.

Três pares de olhos o fitaram com curiosidade. O mais baixinho do grupo o fitou dos pés à cabeça e quando seus olhos pararam nos seus, Sehun sentiu-se intimidado. Já o cara loiro lhe sorriu com todos os seus dentes perfeitos e tomou o papel de sua mão.

De cenho franzido, Sehun observou quando ele pediu uma caneta emprestada para um de seus amigos e rabiscou o papel.

— Pronto, gracinha — o cara lhe devolveu o papel e Sehun apertou os olhos lendo o que estava escrito.

 

Kris Wu, xoxo ♡

 

Mas que porra...?

Sehun levantou seus olhos para o cara como se ele fosse o próprio E.T. voando na bicicletinha.

— Desculpe, mas é que—

— Tá bom, entendi — o cara o cortou tomando o papel de suas mãos novamente. Rabiscou-o e logo lhe devolveu com outro sorriso perfeito.

                                           

Kris Wu, com amor, xoxo ♡

 

Sehun soltou um suspiro cansado. Tudo que ele queria era somente guardar seus materiais na porcaria do armário. Esse cara só podia ter algum tipo de problema.

Por que o mundo resolveu conspirar contra mim justo hoje?!

Munindo-se de coragem ele cutucou o braço do cara.

— Kris Wu-ssi — chamou-o educadamente e o cara virou-se para ele enfadado.

— O quê? Você quer uma foto também?

— Na verdade, eu só queria pedir para você sair da frente do meu armário. Preciso guardar meus materiais.

O sorriso perfeito do loiro vacilou dando lugar a uma boca aberta em descrença e Sehun assustou-se quando um dos amigos de Kris soltou uma risada escandalosa.

Eles eram, definitivamente, muito estranhos.

— Ah claro, desculpe — o loiro deu um sorriso sem graça afastando-se.

Sehun também estava sem jeito enquanto destravava o armário e guardava seus pertences. Como o grupo mudou-se apenas para o armário do lado, ele ainda podia ouvir claramente a conversa deles.

— Será que ele é novato?

— Isso está mais que óbvio, Jongdae — escutou o tal Kris responder — Ele não me reconheceu, claro que é.

Pelo visto o tal de Kris tinha um sério problema de ego inflado, porém isso não era da sua conta. Então tratou de separar os livros para a primeira aula e se afastou rapidamente dali.

O próximo passo era achar a sala para a aula de Cálculo I, a qual ele não fazia a menor ideia de onde ficava. Cogitou ir na diretoria pedir informação — porém também não sabia onde a mesma ficava.

Até tinha o que diziam ser o mapa da escola, mas depois de dobrar uns quatro corredores finalmente decidiu aceitar o fato de que estava completamente perdido.

— Você parece perdido — uma voz suave falou. Sehun olhou para trás e deparou-se com um garoto baixo, cabelos negros e um sorriso gentil, ainda que estritamente profissional — Eu sou Suho, líder do conselho estudantil do Ensino Médio e você deve ser o aluno novo. Oh Sehun, estou certo?

— Ah, sim — Sehun fez uma reverência breve.

— Eu fui designado para lhe mostrar a escola, mas você não apareceu na diretoria — observou com um olhar divertido.

— Eu tive alguns problemas em achar a diretoria — comentou Sehun, coçando a nuca sem graça.

— Oh, eu vejo que sim. Tendo em vista que você estava indo em direção a quadra esportiva — apontou para o final do corredor.

As orelhas de Sehun queimaram novamente. Por quantos tipos de situações embaraçosas ele ainda teria que passar? Por Deus, o dia tinha apenas começado!

— Tudo bem — Suho falou ao observar o estado do mais novo — É bem fácil se perder nessa escola quando se é novato. Olha, já está para começar as aulas, então não vai dar para te mostrar tudo agora. Por hora, vamos apenas procurar sua sala, sim? No intervalo eu te procuro para mostrar a instituição.

Sehun quase ajoelhou-se agradecido, pois os corredores já estavam praticamente vazios.

Depois voltar alguns corredores e dobrar em alguns novos, Suho o deixou em sua sala. A professora já estava em sala, o que queria dizer que todos os alunos já estavam lá também. De repente começou a suar frio.

Trinta e quatro pares de olhos curiosos lhe alvejaram assim que entrou na sala e Sehun apertou nervosamente a alça de sua mochila.

— Por favor, apresente-se a turma — a professora pediu.

— Bom dia. Sou o aluno novo, Oh Sehun. Por favor, cuidem bem de mim — curvou-se rapidamente.

Ouviu-se alguns suspiros femininos, cochichos masculinos e Sehun notou dois rostos conhecidos. As meninas do ônibus estavam sentadas lado a lado na segunda fileira.

Definitivamente, hoje não é o meu dia, pensou.

Logo depois a professora lhe apontou para o único lugar vazio na sala que, para sua sorte, era no fundo da sala.

Sentou-se sozinho enquanto seus colegas permaneciam em dupla. Sentiu-se aliviado por isso, assim não teria que forçar conversa com ninguém. E, contrariando a maioria, Sehun amava exatas, então não demorou muito para se perder nas formulas e exercícios.

Estava escutando atentamente a professora fazer uma analogia a Lei de Murphy, enquanto lia o terceiro exercício de probabilidade, quando a porta da sala se abriu novamente.

— Está atrasado, Kim Jongin-ssi — a professora olhou severamente para o garoto de cabelos negros que adentrava na sala — É apenas o primeiro dia de aula, aposto que deve ter uma boa desculpa para o seu atraso.

De jeito nenhum!

Cabelos negros, lábios carnudos, pele beijada pelo sol.

Sehun praticamente entrou em pânico quando reconheceu o garoto do ônibus.

— A senhora não vai acreditar em mim  — o garoto sorriu malandramente de lado.

Toda a população feminina da sala desmaiou-se em suspiros e uma parte de Sehun lutava para não admitir que também fora afetado pelo sorriso do garoto.

— Não vou acreditar mesmo, vá se sentar antes que eu me arrependa de ter permitido sua entrada.

— Está linda hoje, sabia?

— Pro seu lugar agora, Kim Jongin! — a professora ralhou com as bochechas rubras.

E o único lugar vazio era ao lado de Sehun ‒ que queria apenas se jogar da janela da sala, mas para o seu azar estava a três fileiras distante dele.

Sehun jurou que seu coração ameaçou bater as asas para longe do peito quando os olhos do moreno finalmente encontraram os seus e nunca ficou tão grato por estar sentado, pois tinha plena certeza que suas pernas viraram geleia quando o sorriso de Kim Jongin abriu-se ainda mais ao vê-lo.


             Isso não pode estar acontecendo!

                    

                                            
“Se alguma coisa pode dar errado, dará. ”  — Lei de Murphy.

                                                                                   


Notas Finais


Está prevista para ser uma long-fic, terá no máximo uns 15-20 capítulos (?)
Enfim, não me decidi.

Estou aberta a críticas, que na minha opinião são de extrema importância. Comentários também são bem vindos, claro. Adoraria saber a opinião de vocês!

Então se você chegou até aqui, muito obrigada por ler ♡


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...