1. Spirit Fanfics >
  2. Não Sou Todo Mundo >
  3. Seu Idiota sem sentimentos

História Não Sou Todo Mundo - Seu Idiota sem sentimentos


Escrita por: saraleo e mhyukie

Notas do Autor


Notas ~jeonaja: "Hey Ho! Eu poderia me desculpar pela demora, mas vocês já devem saber que eu vou fazer isso, né? Kakkzkxdk fazer o que. Espero que o capítulo compense a demora :)"

Notas ~ChenChenChen: "Olá, queridos leitores, poderiam me matar? O capítulo tá muito bom como o povo gosta e ainda tem uma ilustre participação que ofusca todos os personagens! Bjs"

Boa leitura! ♡

Capítulo 15 - Seu Idiota sem sentimentos


Fanfic / Fanfiction Não Sou Todo Mundo - Seu Idiota sem sentimentos

Uma hora já havia se passado desde que Yixing e Chanyeol finalmente conseguiram seguir o caminho certo, após quase se atacarem no meio do nada, já que o Park estava em fúria pelo descuido do outro. Mas qual é, ponha-se no lugar dele! Passar horas e horas dentro de um carro, nervoso e preocupado com alguém, enquanto estavam no caminho errado. Chanyeol tinha direito de estar bravo e Lay sabia disso, então resolveu não cutucar, ainda mais, a onça.

— Estamos na estrada certa, né? — Chanyeol perguntou preocupado, aguardando uma resposta positiva para saber se devia ou não aumentar a velocidade do veículo.

— Sim, por quê?

— Porque não tem sinal de vida.

Lay não responde, apenas olha pela janela o milharal amarelado do lado de fora, torcendo para estar certo dessa vez. Até porque, depois de ver do que Chanyeol era capaz quando irritado, preferia mantê-lo bem calminho. Até sairia do carro e caçaria maracujá para fazer um suquinho e acalmar os nervos se pudesse.

Enquanto passavam pelos buracos na terra, levando altos salavancos, Chanyeol continuava pensando no que dizer quando finalmente visse Baekhyun. Ok, queria desculpar-se pelo modo grosseiro ao qual tratou o outro, mas só isso? Ou tinha algo mais? Sério mesmo que saiu de Seul apenas para desculpar-se por isso? Chanyeol não fazia ideia, mas aquilo já o corroía. Precisava entender seus sentimentos.

Sem mais nem menos, Lay grita, puxando o coreano pelo braço:

— Olha, civilização!

Chanyeol não fala nada, só pisa fundo no acelerador, mais ainda, o que assusta Lay. O carro quase voa por entre o asfalto, uma sensação de alívio toma o corpo dele ao avistar a placa escrito: "Bem-vindo a Busan". O chinês também ficaria animado, se não estivesse quase se cagando de medo.

— Vai com calma! Não tem medo de morrer, não?

— Morrer eu vou se ficar mais uma hora sem resolver logo tudo isso. — responde, sendo obrigado a desacelerar ao ver a placa de trânsito indicando a velocidade máxima permitida. — Onde ele está?

— Na casa do Minseok — Lay diz, como se aquilo fosse óbvio.

— E quem raios é Minseok?

— Primo do Baek, o mesmo que "acidentalmente" deu um selinho no Luhan naquele restaurante.

Chanyeol finalmente entendeu quem é o tal Minseok, não evitando a associar o nome à cara de morto do amigo, quando seu relacionamento com Luhan quase foi por água abaixo.

— Ah, o pivô do término de Hunhan… — Lay o encarou, como se ele tivesse dito a coisa mais surpreendente do planeta. — Eu tenho que parar de andar com vocês… enfim! Você sabe onde é a casa dele?

— O Baekhyun me mandou o endereço pelo kakao, disse que se acontecesse algo urgente eu poderia ir até lá.

— Então pega o seu celular.

Lay encolheu-se no banco: — Tá descarregado. — Chanyeol resgundou alguma coisa que Lay não conseguiu decifrar, mas deduziu ser um xingamento pela expressão descontente do homem. — Você quer o quê?! Estamos há horas nessa bagaça e você nem deixou eu pegar meu carregador portátil antes de sairmos. Pensa que a bateria do meu celular é infinita?

Chanyeol tentou se acalmar, respirando fundo e pausadamente enquanto esperava o sinal abrir.

— Você nunca veio aqui? Não sabe onde é?

— Vir eu até já vim, mas não me lembro muito bem. Só do restaurante onde o namorado do Minseok trabalha. A gente onde ir até lá pedir informação.

O Park não ouviu muito bem após o "onde o namorado do Minseok trabalha". Então o primo do Baekhyun também era gay? Espera, também? Não sabia sobre a opção sexual do Byun, mas as coisas começavam a cooperar de forma inimaginável.

— E onde fica esse restaurante?

— Olha, é mais ou menos assim…

[…]


Os passos firmes do chinês ecoavam pelo salão lotado de alunos. Alguns o encaravam com desprezo, outros com certo receio. Tinha aqueles que passavam direto, por não o conhecer, e também os que o cumprimentavam respeitosamente. Eram estes que faziam Luhan entender que ainda existia pessoas de bem neste mundo cheio de ódio e desrespeito.

Seria mentira se dissesse que não sentiu um arrepio percorrer sua espinha e a sensação gostosa de nostalgia o acolher, quando avistou o lugar, sem muitas alterações, em que assumiu seu relacionamento com Sehun publicamente, para quem quisesse ver. Esse foi o momento mais importante de sua vida, o que trouxe mais problemas, mas também o que tornou-lhe um homem completo e feliz.

Caminhou sem muita pressa até a sala dos professores, onde arrumou suas coisas numa pequena cesta, sob o olhar curioso e analisador do corpo docente.

— Sentiremos sua falta, professor.

Foi o que Boram, professora de anatomia disse, após abraçar Luhan. Alguns professores fizeram o mesmo, outros permaneceram em seus lugares, receosos. Mas o chinês estava satisfeito de saber que tinha o respeito de pessoas tão importantes quanto eles.

Foi ao chegar próximo do banheiro feminino que Luhan teve uma pequena surpresa. Ali dentro, Eunjung — aluna de Baekhyun e melhor amiga de Sehun — conversava com outra garota nada mais nada menos do que sobre os dois. Os olhos dele se arregalaram quando ela admitiu com todas as letras que foi ela quem chamou os pais de Sehun naquele dia, pois ela sabia que eles veriam os dois juntos e os separaria. Luhan não conseguia acreditar em tamanha crueldade. Mas até entendeu o motivo da atrocidade quando ela continuou.

— Mas por que você fez isso? — a outra menina perguntou. — Achei que fosse amiga do Sehun.

Eunjung deu uma risadinha fraca:

— E eu sou, mas não quero apenas isso. Eu quero ele, por inteiro.

Luhan se segurou para não entrar lá e gritar com a garota por ser tão egoísta e insensível. Gritar porque por culpa dela, quase perdeu o homem que ama. Mas não o fez, afinal aquele era o banheiro feminino e ele precisava se acalmar. Não precisava arrumar mais confusão naquela universidade.

Não demorou muito para que as duas saíssem do banheiro e dessem de cara com ele, parado próximo a porta. O rosto de Eunjung ficou ainda mais pálido que o normal, a outra garota fez menção de sair, mas Luhan a impediu, dizendo que seria breve no que falaria.

— Obrigado, realmente muito obrigado, Eunjung, né? — a garota assentiu, visivelmente nervosa. — Se não fosse por você talvez nós nunca enfrentaríamos os pais dele para ficarmos juntos. Seu plano serviu para algo, afinal: nos unir ainda mais. Então, sinceramente, obrigado.

Luhan sorriu, fazendo uma reverência para para a outra garota, antes de virar as costas, recebendo o olhar furioso de Eunjung no processo. O que importa realmente é que Sehun e ele estão bem e juntos. Nada nunca mais irá separá-los. Serão eles contra o mundo, para sempre.

[…]


— Você tem certeza que é aqui? — Chanyeol perguntou, encarando o restaurante chique e movimentado.

Depois de muitos desencontros e um quase estouro de miolos de um certo chinês por um certo coreano, os rapazes conseguiram chegar ao tal restaurante. Só não sabiam se era o correto.

— Olha, certeza eu não tenho não. — Yixing respondeu. — Mas não vamos descobrir parados aqui.

Pegou no braço de Chanyeol e o puxou para atravessarem a rua, assim que o sinal fechou, e adentrarem o estabelecimento. O local era elegante e bem receptivo. Os garçons andavam de um lado para o outro para servirem as mesas cheias sem que ninguém esperasse muito. Não tardou para que Lay avistasse quem procuravam.

— Olha, o Minseok tá ali! — apontou para o rapaz sentado numa mesa ao fundo.

Ambos seguiram até lá apressados. O rapaz lia e digitava rapidamente num notbook, enquanto aguardava sua refeição chegar. Estava tão concentrado no que fazia, que nem ao menos notou os dois se aproximando e sentando-se à mesa também. Só levantou o olhar, com as sobrancelhas franzidas, quando ouviu um pigarro.

— Posso ajudar?

— Nossa, como assim não lembra de mim? — Lay reclama. — Sua afeição me comove, Kim.

O mais velho o encara sem expressão.

— É meio impossível me esquecer de você, Yixing. — mesmo irritado por ser chamado assim, Lay não reclamou, já que pelo menos não foi esquecido. — E você, quem é?

— Park Chanyeol.

No mesmo momento, Minseok fechou o computador, tomando sua postura enquanto seus olhos analisavam cuidadosamente o corenao. Então aquele era o tão "Chanyeol" do qual seu primo tanto falava.

— Viemos atrás do Baekhyun. — Lay informa. — Pode nos dizer onde ele está? Sabemos que ele foi pra sua casa primeiro.

— Por que não ligaram pra ele ao invés de se darem ao trabalho de vir até aqui?

— Porque ele não atenderia as minhas ligações — Chanyeol respondeu secamente.

— Ele deve ter algum motivo para isso, não? — Minseok pergunta retoricamente, recebendo um olhar fulminante do outro. — Se o Baekhyun não quer falar com vocês, eu não posso fazer nada.

Se perguntado, Chanyeol não saberia responder de onde tirou coragem para fazer o que fez num local público. Talvez a vontade de ver o Byun seja tanta que esteja sucetível a cometer loucuras. Mas não é como se ele fosse admitir isso. Seu tronco foi para frente, quase passando por cima da mesa, para poder confrontar Minseok de perto.

— Escuta aqui, Kim, você já causou problemas demais na nossa vida pra bancar o bom samaritano agora.

— Do que você está falando, seu insolente?

— Pergunta pro Luhan.

Os olhos do mais velho se arregalaram por um tempo, provavelmente entendendo do que Chanyeol se referia. Este sorriu de canto, satisfeito pelo efeito que causou no outro e voltou a recostar-se na cadeira, sob o olhar atento de Lay que parecia "boiar" ali.

— Aconteceu alguma coisa? — um rapaz alto se aproxima da mesa, sentando ao lado de Minseok, pondo-se a encarar os outros dois.

— Não, nada — o Kim respondeu aparentemente nervoso, levantando da cadeira no instante seguinte. — Vou ao banheiro, com licença.

O silêncio invadiu o ambiente, enquanto observavam o homem se distanciar.

— E ae, Jongdae! Tudo em cima? — o dito cujo encarou Yixing meio confuso, mas relaxando e sorrindo quando se deu conta de quem era. — Esse é o namorado do Minseok, Kim Jongdae. E esse é o Park Chanyeol.

— Oh! O cara que odeia o Baek — o Kim comentou.

— Eu não o odeio! — o Park se defendeu.

— Não foi isso que ele disse quando chegou desolado na casa do Seok, pedindo para ficar lá por uns dias.

O peito de Chanyeol comprimiu e seu coração falhou uma batida. Então ele magoou mesmo Baekhyun? Nunca pensou que suas palavras fizessem algum efeito no outro, já que ele nunca demonstrou irritação nem nada do tipo, não antes daquele dia, quando descobriu sobre o plano. Baekhyun sempre ignorou suas palavras ásperas e continuava tentando chamar sua atenção. Mas isso não aconteceria mais, única e exclusivamente por ser um otário e ter magoado aquele rapaz tão doce e amável.

— Eu vou atrás do Minseok. — Lay levanta e caminha pelo mesmo cominho feito pelo outro rapaz há poucos minutos.

Chanyeol fica alguns minutos pensando, queria entrar naquele banheiro e encher o rapaz de tapas até ele falar onde Baekhyun está. Ou até mesmo fazer isso com o homem em sua frente, não importa quem o dissesse, só precisava encontrá-lo e pedir perdão por ter sido tão idiota.

— O que você sente pelo Baek? — Chanyeol foi pego de surpresa com a voz de Jongdae fazendo-lhe uma pergunta como aquela. Como poderia responder algo que nem ao menos sabia a resposta?

— Eu… não sei — suspirou vencido e, sem perceber, já estava desabafando com um completo desconhecido. — Ele sempre foi um cara destacado e que chamava atenção de todos ao redor. Minha também, não posso mentir, mas nunca foi da mesma forma. Eu nutria um certo desprezo por ele que nem sabia a razão. Mas o Baekhyun nunca se intimidou por isso e fez de tudo para se aproximar de mim. Antes que eu pudesse perceber, ele já havia se tornado alguém importante pra mim, mas eu só entendi isso quando o perdi.

Jongdae analisava a situação pensativo, enquanto via Chanyeol aparentemente aliviado após dizer tudo aquilo em voz alta. Tudo que ele precisava, afinal, era por pra fora os seus sentimentos.

— Quando você o vir, as coisas vão se esclarecer na sua mente, não se preocupe.

— Mas aí é que tá! E se eu nunca mais o vir?!

O Kim suspira e levanta, pondo-se de frente para Chanyeol, que seguiu seus movimentos e também se levantou.

— Vem, eu vou te levar até ele.

[…]


A porta da casa abriu devagar e, pondo a cabeça para dentro, Jongdae confirmou que não tinha ninguém por ali. Provavelmente Baekhyun estaria no banho ou dormindo. Silenciosamente, adentrou o imóvel, sendo seguido por Chanyeol que a cada minuto mais nervoso ficava. 

Minseok quase quis matá-lo quando descobriu que ele decidiu ajudar o Park. Foi tudo meio rápido, Jongdae só teve tempo de deixar as coisas no comando do subchefe, antes de sair do restaurante, antes mesmo do namorado voltar do banheiro, enfurecido, com um chinês tagarela atrás (que ficou muito chateado por terem ido sem ele, só pra constar).

Chanyeol nunca se sentiu tão nervoso. Nem mesmo na apresentação de seu tcc parecia que sua caixa torácica sairia pela boca. Suas pernas tremiam e sua respiração falhava. Não poderia dar pra trás agora. Começou a andar pela casa, em busca de acalmar seu coração impiedoso que batia descompassadamente. 

A cada minuto que se passava, seus pensamentos vagavam por vários problemas diferentes. Os "e se…" voltaram com tudo e sua vontade era de gritar. Sentou no sofá macio e se pôs a observar o chão, enquanto pensava em diversas formas de começar uma conversa com Baekhyun.

Nesse meio tempo, Jongdae subiu as escadas para ver se o Byun estava por lá, mas não o encontrou. Isso porque, no instante seguinte, Baekhyun atravessou a porta de entrada, fazendo com que Chanyeol levantasse num pulo do sofá. Mas toda a sua animação se desfez, quando percebeu que Baekhyun não estava sozinho. 

Uma garota loira vinha logo atrás e eles riam, olhando devotamente um para o outro. O Park quis se enterrar num buraco por atrapalhar o momento, ou até mesmo se esconder, mas isso não foi possível, pois Baekhyun o viu antes, com os olhos levemente surpresos.

— C-Chanyeol?


Notas Finais


Eae? Kskkskssk sorry por isso, não me segurei. O que estão achando? Comentem suas opiniões para sabermos o que estão achando :)

Antes de mais nada, o surto do Gle: "GENTE, O MELHOR PERSONAGEM DA FANFIC FINALMENTE APARECEU, CONTEMPLEM JONGDAE!!! (quem vier dizer no comentário que não fez diferença dou block)" kkkkkkkkkkkk abram alas pro chen stan passar!

Segue a gente lá no Twitter: di (@kunpifav) e gle (@jongiie) Somos legais, juro kkkk.

Até o próximo capítulo que, não querendo dar spoiler mas já dando, está bombástico. Bye bye ♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...