Luhan estava bem atrás dele. Com aquele sorriso encantador e ao mesmo tempo nervoso que o mais novo amava. Não! É tortura demais.
Antes que pudesse enfiar-se em qualquer uma daquelas salas de aula, Chanyeol segurou-o pelo braço, fazendo-lhe parar.
— Sehun, só escute o que ele tem a dizer.
— Eu não quero ouvir nada! — já estava se exaltando.
— Não precisa ouvir — desta vez foi Luhan quem disse. — Apenas me beije.
O chinês pega no braço do coreano, virando-o para si e colando os lábios, que há muito não tinha contato algum, de uma só vez. Na frente de todos que quisessem ver. Os alunos, professores e até mesmo do diretor.
Tudo ficou num completo silêncio e só sobressaía o estralar do beijo dos dois rapazes apaixonados. Ambos ainda em choque com o que estavam fazendo, mas no fundo só o que que importa é que estejam juntos.
O contato continuou, intenso, até eles se separarem pela falta de ar.
Os dois ficaram se encarando com as testas uma na outra, quando foram puxados pelo próprio diretor.
— Que pouca vergonha é essa?! — o homem diz raivoso, mostrando o grande descontentamento em seu rosto.
Murmúrios se fazem ouvir por todos os lados. Alunos comentando sobre o acontecido. Alguns já desconfiavam que algo acontecia, outros estavam completamente chocados.
— Eu é que pergunto... — diz uma senhora vindo de trás de SeHun. Ela estava de mãos dadas com um homem alto, de cabelos grisalhos.
— Fodeu... — Sehun murmura para si mesmo. Sempre soube que eles eram inoportunos. Só não sabia que tanto. — O quê estão fazendo aqui? — pergunta, assustado com o que poderia acontecer dali em diante.
— Nós viemos aqui, pois pensamos que você poderia matar aula — a mulher responde, com raiva. — Mas seria preferível nem termos vindo, do que ver essa cena.
Do canto, Baekhyun e Chanyeol observavam tudo sem saber o quê fazer.
— Quem são eles? — O Byun pergunta sussurrado.
— Os motivos para o SeHun ainda não ter se assumido — morde a língua nervoso. — Os pais dele.
— Uuuur, ferrou... — murmura ao ver Chanyeol aproximando-se da confusão.
O Park tenta soltar Sehun das mãos fortes do seu pai, enquanto pedia por calma e para que o senhor o solte, pois estava machucando o amigo.
À aquela altura, os inspetores já haviam se encarregado de mandar todos de volta para suas respectivas salas, enquanto o direto basicamente gritava com Luhan, que apenas fingia prestar atenção em tudo que o homem dizia, quando na verdade ele só queria saber o que aconteceria com o seu amado.
Enquanto isso, BaekHyun não sabia o que fazer. Tinha consciência que se fizesse algo sairia como errado também e não queria perder o emprego, muito menos acabar piorando a situação. Mas sabia que se não fizesse algo, estaria fugindo e deixando os amigos para trás. E também não queria perder a amizade de Luhan e a aproximação de Chanyeol.
Procurando algo certo a fazer, percebe uma presença ao seu lado e deixa um gritinho de susto escapar quando ver a pessoa que conhece tão bem.
— Que treta boa... — Lay diz, enquanto mastiga um pouco de pipoca que acabara de colocar na boca.
— O que você tá fazendo aqui, demônio? - BaekHyun põe a mão no coração.
— Fui eu quem trouxe vocês até aqui, não se lembra? — responde, sem olhar para o amigo. — Fiquei esperando os dois no carro e como minha bunda já estava ardendo, decidi vim ver o que estava rolando. Essa foi a melhor decisão que fiz esta semana.
— Que seja! — resolve deixar as esquisitices de seu amigo de lado e focar no problema em frente. — Eu tenho que fazer algo mas não sei o quê...
— Eu sei! — estende o saco de pipoca para BaekHyun. — Segura pra mim.
Mesmo temendo o que o amigo faria, pegou o saco das mãos alheias. Lay subiu num banco que tinha ali perto mesmo e preparou a garganta para gritar. Sua voz sempre fora alta de natureza, não foi muito difícil se fazer percebido.
"Lá vem merda..."
— Ô meu povo, vocês tão achando o quê? — gritou chamando a atenção de todos ao redor. — Isso aqui não é Casos de Família versão coreana, não!
"Que vergonha alheia... Tá todo olhando e rindo... senhor...", BaekHyun pensa tapando o rosto com a mão. Sentia seu rosto esquentar de tanto vergonha.
— Ele tem razão, mesmo eu não sabendo o que é caso de família. — o senhor Oh diz, encarando de forma estranha o chinês sendo expulso daquele banco por Baekhyun, enquanto arrasta o filho para o carro.
— Por favor, não faça nada com ele... — ChanYeol pede para a mãe de Sehun.
— Estou muito decepcionada com você, Chanyeol. Incentivando meu filho nesse ramo de prostituição.
— Prostituição? Por acaso você acha que ele tá se vendendo e que eu sou o "cafetão" dele? — o Park exalta-se com o comentário da mãe do melhor amigo. — Não! Ele apenas está seguindo o seh coração, sem nenhum incentivo. Ele amar um garoto é errado? Você deixará de amá-lo por causa disso?
— Não acredito que você esteja me dizendo essas coisas. — a senhora responde, apontando para o rosto de Chanyeol. — Ele é meu filho! Eu o conheço e sei que não é disso! Com certeza foi influenciado por você e seu namoradinho ali! — aponta para BaekHyun. — Ou até mesmo esteja sendo forçado por aquele... argh!
— Não, Omma! — SeHun protesta. — Ninguém me influenciou a nada, nem me obrigou! Eu amo o Luhan, sempre o amei! Ele é a pessoa que eu escolhi amar!
— Cala a boca, garoto! Entre no carro agora! Você é um bebê, esse cara só quer se aproveitar de você. — vira para Luhan. — A propósito, quantos anos esse trate tem?
— Vinte e sete.
— Como é? — Lay grita, assustando a todos. — Me passa o endereço da fonte da juventude. Preciso dar uma passadinha lá.
— Lay... se cancele! — BaekHyun fala pegando no ombro do amigo. — Ah, e eu gostaria de fazer uma observação: O Chanyeol e eu não somos nadas do que bons colegas.
— Infelizmente... — Chanyeol diz, concordando com a cabeça.
— Quê?!
— Infelizmente somos colegas... Chanyeol continua concordando com a cabeça.
BaekHyun não responde nada, apenas vai para de trás do Lay e o abraça.
— Como vocês permitem isso?? — o senhor Oh diz para o diretor, trazendo o assunto "Sehun e Luhan" de volta ao centro das atenções. — Um relacionamento entre aluno e professor...
— Não obtinhamos conhecimento sobre assunto. Tomaremos as medidas necessárias — ao terminar sua frase, encara Luhan, como um pai quando repreende seu filho.
— Não tenho mais nada a dizer. Vamos embora!
Então toda a família Oh se foi, carregando um jovem extremamente consigo.
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