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História Não tem preço. - Único.


Escrita por: Noire

Notas do Autor


Boa leitura.

Fanfiction originalmente publicada no Nyah! Fanfiction.

Capítulo 1 - Único.


Fanfic / Fanfiction Não tem preço. - Único.

Capítulo Único

Casal: Ikki x Shaka



Uma noite com você, não tem preço!




Passou andando entre a multidão do shopping; era um sábado qualquer e como de costume o local se encontrava cheio! Parou em frente a vitrine e analisou o par de objetos.

Belo!

Com uma decoração peculiar, enrustido por diamantes e com uma safira exposta no meio. Edição única. Entrou na loja, olhando o relógio. Já estava ficando tarde, tinha que se apressar, pois logo chegaria atrasado.

Comprar um par de alianças para o namorado? R$ 4.850,00

Após a compra se direcionou ao estacionamento, a chuva que antes caía em garoa agora se transformava os poucos em um forte temporal.

Dirigindo lentamente pelas ruas, a água forte de encontro ao pára-brisa dificultava cada vez mais a visão nítida da rua. Mas não se importava com o tempo, a chuva, ou qualquer outra incausalidade. Nada importava, pois possuía em mente uma única coisa; estar perto da pessoa que amava.

Percebeu aos poucos o desequilíbrio do veículo, estacionou em um canto qualquer da rua descendo do carro sentindo a água lhe cair no rosto e molhar as roupas aos poucos, não completamente. Para a sua sorte grande, o pneu do carro havia furado. Retirou o estepe e de baixo da chuva, que a cada instante ia aumentando, tentou em vão trocar o pneu. Já sem paciência, cansado, olhou novamente no relógio e para sua alegria este ainda não havia lhe deixando na mão.

Sorriu.

Voltou até o carro e pegou as suas coisas e o pequeno embrulho que se encontrava no banco ao lado do motorista, olhou de volta para chuva e depois o embrulho. Tão arrumado, iria se estragar naquele temporal.

Socou o volante em fúria. Após um instante retirou o casaco com pressa e embrulhou no presente, com o devido cuidado para não estragar, saindo do veículo começando a correr na chuva, a procura de um táxi.


—Merda! – Bradou.


*********


Olhava as pessoas ao seu redor, no primeiro instante se encontrava um pouco receoso. Depois de alguns minutos ficou nervoso por ter chegado antes do outro. Com mil e umas coisas, passando a cada segundo, na sua mente, ele não parava de pensar no encontro. E agora lá estava ele, sentado em um restaurante gourmet, na espera de alguém em que até o presente momento não havia chegado.

Cogitou que poderia estar adiantado, em relação ao moreno, e após se certificar de que não estava adiantado ficou aliviado. Ver o garçom a lhe perguntar se queria alguma coisa a cada hora em que passava ao seu lado, proporcionou um desconforto. Por fim decidiu pedir um acompanhamento, uma bebida não muito forte, mas também não fraca.

E os segundos iam passando, virando minutos que davam  seqüência há horas sentado no mesmo lugar a esperar. Confirmou no relógio, ele já se encontrava atrasado a horas.

—Esperar uma hora... – murmurou. – Já estou aqui, porque não esperar mais um pouco? Atrasos são costumeiros.

Bebia o líquido sorvendo-o aos poucos em sua boca, não havia pressa. Se distraia com as coisas ao seu redor, olhando os casais apaixonados á sua volta, deixando se levar pela aparência exótica do refinado local. A sua esquerda um casal, um ruivo que de segundos em segundos retirava sua mão do loiro que parecia insistir em se aproximar mais e mais. Como um bom observador que era soube de imediato que o ruivo era do tipo tímido e reservado.

Sorriu.

— Com licença senhor, mas gostaria de pedir o cardápio? – Apareceu o garçom com sua pergunta gentil, sorriso simpático nos lábios.

— Não, obrigado. – respondeu.

E os segundos se passavam e o tempo a mais que havia dado a sua companhia se expirou rapidamente. Uma coisa era se atrasar alguns instantes outros era se atrasar em uma hora e meia. Não que fosse egocêntrico ou chato, não era; mas odiava atrasos, sempre fora pontual.

Hora de ir.

Pagar por uma hora e meia, o restaurante fino e receber o bolo de não se encontrar com a pessoa: R$ 80,00.

E porque ele não ligava, avisando do devido atraso?

Simples: ele continuava a correr debaixo de um temporal, na procura de um táxi. E na pressa de não se atrasar deixará o aparelho celular no veículo que se encontrava em uma rua qualquer da qual seu dono nem mais sabia onde era.

Encontrou o táxi durante a corria, ofegante e ensopado ditou o endereço. Consultou o relógio mais uma vez; atraso. Sabia que o loiro, por ser cheio das frescuras, não permitiria o atraso.

Suspirou resignado, contrariado ao perceber que sem intenção havia dado um bolo no companheiro em um aniversário de namoro. Chegou ao destino, o fino restaurante, e olhou procurando por seu companheiro. Não o avistou. Entrou na portaria e consultou se a reserva, que havia feito semanas antes, ainda estava na lista e se seu acompanhante se encontrava no local e para sua frustração o loiro já havia partido.

Praguejou a todos e saiu do estabelecimento, o embrulho que antes era bonito agora estava ensopado, a noite que preparou durante uma semana havia ido definitivamente por águas temporais.

—Hoje não é meu dia! – disse.

O loiro não iria vê-lo, mas a tentativa e não desistir era uma de suas virtudes. Era moleque e não sabia perder – às vezes. E que culpa tinha se o dia fora todo em vão, se o pneu havia furado. O shopping estava lotado e para melhorar a situação a chuva caia sem dar trégua?

Desculpas... até poderia ser.


                                 *******


Chegou ao apartamento, cansado e frustrado por ter aceitado algo que não aceitaria tão facilmente. E não era a primeira vez que recebia um bolo de alguém. Isso já se encontrava presente em sua vida, fazia parte do seu cotidiano. Trocou de roupa e logo se tratou de ir deitando na cama, pronto para ir dormir.

Bem ao menos tentava. Ele ainda estava magoado com as atitudes do moreno.

Se assustou ao ouvir batidas insistentes na porta, a sua porta. Levantou-se e foi até a sala, abrindo a porta e surpreendendo-se com a visão do homem na sua frente.

Encontrava-se ensopado, gotículas de água caiam de suas roupas; definitivamente encharcado. E ele o olhava de modo meigo e temeroso.

— Perdoe-me pelo atraso... – murmurou.

Abraçou o corpo alvo que usava aquele típico traje indiano. O moreno suspirou de desejo. Quando o loiro usava aquele traje para dormir era torturante, o preferia sem roupas.

—O carro furou o pneu, custei a encontrar um táxi e a chuva não deu trégua. Eu fui te encontrar no restaurante, mas quando cheguei não você já havia saído. O shopping também estava um inferno, as alianças que havia encomendado não estavam prontas e houve um mero atraso. Deixar-te a me esperar, não fazia parte dos planos.

Olhando fixamente nos olhos do moreno, ele viu que não havia dúvidas ou mentiras. O que seu amante dizia não passava de verdade. Desceu os olhos safira para o embrulho nas mãos molhadas e o pegou o pequeno presente. O embrulho estava um pouco molhado e a caixa estava amassada. O laço, antes perfeito, estava desfeito e amarrado. Levantou os olhos e viu o amante sem o casado.

— Na certa estava a preservar o presente. – O loiro pensou.

Abriu com delicadeza o pacote e o que viu foi uma caixa aveludada em tom azul escuro. Com sutileza abriu e logo se contemplou com o par de alianças ali contidas.

—Não sou de vir atrás de ninguém loiro, mas por você eu vou até o fim do mundo. – murmurou.Ikki, beijando a face do loiro.

Pegou uma das alianças e colocou no dedo anelar esquerdo do indiano, que no momento estava absorto em seus pensamentos. Paralisado.

—De agora em diante Shaka, eu quero que todos vejam que a quem você pertence. Que você é apenas meu e é com essa aliança que te mostro o quanto te quero, simbolizando assim nosso compromisso. Não é um namoro, e sim um casamento. Apenas eu e você.

—É apenas uma aliança, um objeto não tem valor sobre nós, a não ser perante igreja. – comentou.

—Se desejar lhe levo para Las Vegas! Assim poderemos ser unidos até que a morte nos separe! – Provocou Ikki, sorrindo.

Mostrando um magnífico e sincero sorriso Shaka aproximou-se do moreno e lhe deu um beijo nos lábios, sentindo um calafrio ao tocar o corpo ensopado e recebendo um abraço cheio de carícias.

Se atrasar para um encontro, chegar ensopado na casa do amante e pedir desculpas, para receber um sorriso sincero seguido de um beijo apaixonado: Não tem preço!


~ THE END ~


Notas Finais


Espero que tenha gostado.
Beijos e até a próxima.


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