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História Não vivo sem você! - Ele não te ama


Escrita por: AryanaEstevao

Notas do Autor


2° capítulo, obrigado a todos que favoritaram ❤

- Ary

Capítulo 2 - Ele não te ama



Quão prolongado foi o fim de semana para esses três? Letícia deixou o trabalho de lado e deu prioridade aquilo que julga primordial: a família. Conseguiu ainda driblar seu pai para poder passear com Fernando, o que deixou o mesmo feliz da vida, afinal, ele sentia na pele a dor da ausência daquela que mais amava, com seus pais em Londres e distante de Lety seus dias eram vazios e solitários.

Para sua surpresa Márcia não o procurou ao menos o ligou nesses dois dias.

Óbvio que não! Não poderia abrir a mínima brecha que fosse para Fernando desconfiar, se o mesmo estava distante, ela também estaria. Mas, como mente maligna amadora, seu plano ainda tinha base insólita, destruir a empresa – coisa que julgava mais amada por Fernando – estava fora de cogitação, apesar de não se importar se isso a afetaria ou não, precisava encontrar outro ponto fraco dele...

Quando se deu conta, o dia já havia raiado e era segunda-feira.

Lety dava passos largos para entrar na Conceitos. Fernando que chegava no mesmo instante, ia agarra-la e dar seu típico "beijo de bom dia", mas, atrás de si também chegava Márcia para frustrar seus planos. Deveria se contentar com um simples cumprimento.

Mas, para o dia de hoje, o destino havia reservado grandes reviravoltas, restava saber: boas ou más?

Era difícil dizer. O dia acabara de se iniciar.

Depois de um tempo, Omar entrou na presidência.

- Fernandinho! Meu camarada!

- Já estou vendo que vem besteira por aí.

- O que é isso mano? Alegria! Sabe que dia é hoje?

- Deixa eu adivinhar... Segunda-feira? - Ironizou

- Deixa de palhaçada Fernando. E sim, é segunda-feira, deveria ficar feliz com isso.

- E por que eu ficaria?

- Hoje aquela boate está aberta, vai estar lotada de gatas mano...

- Afff Omar! Veio aqui só pra isso?

- Como “aff” Fernando? Ih... Você não está gostando do mesmo que o Luigi, ou está?

- Não seu animal! - Lhe acertou com um lápis - Só não quero ir nessa boate. Aliás, você vive em função de toda noite estar com uma mulher diferente?

- Parece até que você não faz isso também

- Correção: Fazia Carvajal, fazia

- Sei não hein - Levantou - Quando você voltar ao normal me procura.

Ele o viu sair.

- Mas é mesmo um idiota esse Carvajal

Voltou ao que estava fazendo quando pouco tempo depois Lety saiu.

- Onde vai Lety?

- Vou ao almoxarifado tirar cópias desses documentos, não demoro seu Fernando.

- Tudo bem - Suspirou

Saiu da presidência e ao ver a agitação do quartel deduziu que tinha uma "fofoca de altura".

- Oi meninas, qual a fofoca da vez?

- Ai Lety, você viu a felicidade da dona Márcia?

- Ela tirou a carranca - Riu - Quer dizer, o mal humor

- Isso me dá até fome amiguinha

- Ai não acaba, não acaba! Falando na dita, olha ela aí.

O riso cessou

- Lety, eu posso falar com você?

- Sim dona Márcia.

- Te espero na minha sala

- Melhor eu ir meninas, deve ser importante

E assim o fez, tirou as cópias que precisava e seguiu para a sala da produtora executiva.

- Entra

Ela se sentou.

- O que tenho para falar com você é muito importante e não pode mais ser adiado Letícia

- Sou toda ouvidos dona Márcia

- Vou direto ao ponto. Eu sei do seu caso com o Fernando

Foi como jogar-lhe um balde de água fria. Ela gelou. Sua boca se movia mas as palavras quase não saíam.

- Ca-ca-caso? Eu? Com o seu Fernando? Dona Márcia e-eu não sei do que a senhora está falando

- Não adianta mentir Letícia – Sua expressão era calma e duvidosa – Eu sei de tudo, dos cartõezinhos, os presentes, os passeios e até suas noites de amor com o Fernando.

Lety estava branca como papel. Márcia havia descoberto seu segredo, o que mais sabia? Sabia do embargo da Conceitos? Não, não poderia, ou sim?

- Dona Márcia eu juro a senhora e-eu não queria... Eu me neguei a ele, um homem comprometido. Eu...

- Não resistiu aos encantos de Fernando Mendiola?

- Sim, mas..

- Sinto lhe informar, ele está te usando

Simples e direta. Foi assim que Márcia jogou seu veneno.

- O quê?

Literalmente não era isso que Lety esperava de Márcia. Para a mulher que estava tendo seu noivo “roubado” ela estava muito calma, diferente da Márcia possesiva que esperava encontrar.

- Isso mesmo que ouviu. Toma - Lhe entregou um papel - encontrei isso na sala do Fernando

Seu coração foi dilacerado. A cada palavra daquela carta sentia o equivalente a uma facada em seu peito e isso Márcia viu pelas lágrimas que lavavam seu rosto. Agora entendia tudo. Era muita coincidência Fernando se apaixonar por ela justamente no momento de crise da empresa. Ele não a amava como dizia. Sentia nojo. A usava como um objeto sem valor. Ingênua. Como pôde achar que o grande Fernando Mendiola se apaixonaria por uma feia?

- Ele nos enganou Letícia. Brincou com nossos sentimentos.

- Não pode ser verdade... - Pronunciou entre lágrimas

- Mas é!

- Como pode estar tão calma?

- Cheguei a conclusão de que Fernando não merece minhas lágrimas - Virou-se para ela - Nem as suas

Isso a surpreendeu.

- Quer dizer o quê com isso?

- Te proponho uma coisa: Vamos destruir Fernando Mendiola

- Como assim? A senhora não o ama?

- Amava. Agora o odeio. Precisamos fazer isso Lety. - Segurou nas mãos dela - Fernando merece sentir na pele tudo que nos fez sentir

- Aonde quer chegar com isso?

- Ao mesmo inferno que ele nos colocou! Não entende? Vamos pagar com a mesma moeda - Passou por ela - Ele não pode brincar com nossos sentimentos e sair ileso.

Eva foi tentada ao fruto proibido. Lety se via na mesma situação. A serpente, interpretada por Márcia Villarroel, oferecia de modo convincente a "maçã envenenada". Tinha todos os argumentos a seu favor, uma carta verídica carregada de malvadezas, e como fator determinante: A decepção da assistente.

- Então Lety? Me ajuda a destruir Fernando Mendiola?

Ela a olhou com os olhos ainda molhados em lágrimas. Sua expressão não dizia que sim ou não, mas um turbilhão de pensamentos passava por sua mente, razões para aceitar, ou não.



Notas Finais


“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos ganhar se não fosse o medo de tentar” – William Shakespeare


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