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História Não vivo sem você! - Sou a piada da vez


Escrita por: AryanaEstevao

Capítulo 33 - Sou a piada da vez


    A noite foi boa para os casais. Voltaram para casa exaustos, mas não tão cansados assim, pelo menos não o senhor Mendiola, ele nunca abriria mão de estar com sua amada, e lá estava ele novamente, na calada da noite invadindo o quarto dela e satisfazendo o desejo de ambos, mas como a mesma tinha antes frisado a cautela, ele voltou ao seu quarto de madrugada, a passos lentos e com o medo de um adolescente fugindo para a balada enquanto os pais dormiam. Assim, no dia seguinte, estava no seu quarto quando os demais deram sinais de já estarem acordados.

    Como de rotina, fizeram a primeira refeição todos juntos a mesa, esse era um dos raros momentos que Lázaro não contava suas clássicas estórias. Nesse caso ele era o ouvinte, seus filhos contavam seus relatos e ele sorria ouvindo.

    Fernando olhou todos ao redor rindo entrosados. Por um momento ele desejou ter aquilo. Desejou ter com sua família uma refeição em que Ariel não emanasse mau humor, Ana Leticia não ficasse tão ausente, ou até mesmo Márcia não desse 'charminho'. Mas nesse momento sua família estava meio que desestruturada para se fazer algo assim.

    E ele tinha outros planos. Teria esses momentos com Lety - sorriu institivamente ao vê-la feliz - Imaginava-se sentando a mesa e seus filhos fazendo o mesmo, Lety sentada ao seu lado, e os pequenos, ou até mesmo adolescentes ou quase adultos, contariam pequenas coisas de seu dia, que poderiam parecer insignificantes, mas para o paizão seria o motivo de um sorriso sincero.

    Não via a hora de chegar da empresa e ver sua companheira acalentando um filho seu, vê-la sorrir por receber um beijo de bom dia ou uma ligação no meio da tarde para dizer um simples e intenso: Eu te amo e estou com saudade.

    Sentiu o toque da mão dela em sua mão e a olhando encarou aqueles olhos delirantes que para sempre queria ver.

    - Amor o que houve? Está tão aéreo.

    - Nada demais – Beijou sua mão – Estava apenas pensando

    - Queria saber no quê.

    - Terei o prazer de compartilhar meu pensamento, mas agora é melhor terminarmos – Olhou os demais a mesa

    Ela sorriu em cumplicidade e voltou ao que fazia. Ficaram naquela conversa agradável e depois cada um seguiu para seus afazeres, afinal, era segunda-feira.

    - Onde você se meteu Fernando? Sabe que horas são? Por que ainda veio para a empresa?

    Esse final de semana com Lety estava bom demais para ele se lembrar que tinha obrigações.

    - Eu estou fora da cidade Omar, cuide de tudo aí por hoje.

    - Agora que você diz isso?! Como eu vou aguentar os surtos do Luigi? Só quem acalma ele é a Irma e... Ah... Você está com a Letícia?

    - Sim animal. Estou com ela.

    - Maninho... Você aí na maior folga, e eu aqui me matando de trabalhar. Injusto isso, injusto.

    - Eu vou desligar. Já te aguento a semana toda, agora vou ficar com minha namorada que é melhor

    - Ah garanhão!

    - Carvarral – Riu e desligou

    - Oi... – Lety apareceu atrás dele e se sentou ao seu lado

    - Essa casa ficou silenciosa de repente – Riu

    - Os meninos saíram para a faculdade – Apoiou a cabeça no colo dele

   Então o dia será bem tranquilo sem o Oliver - E fazem faculdade de quê?

    - Oliver faz agronegócio, ele é o mais velho e o interessado nesse lugar, ele vai assumir as plantações, tudo que o tio Lázaro tem

    - Ele é o sucessor do seu tio

    - Sim. Amanda é a próxima da lista, já cogitou várias vezes sair daqui e procurar mais oportunidade na capital, mas o tio sempre consegue fazê-la ficar – Riu – Ela estuda biomedicina

    - Vai desenvolver uma vacina algum dia?

   - É o sonho dela. Já as gêmeas... Aquelas duas nasceram agarradas mas na faculdade se separaram, Janice faz maquiagem artística, e Janaína designer de interiores.

    - Carreiras promissoras, espero que tenham sucesso

    - Eu também desejo isso – Suspirou pesado

    - O que houve meu amor?

    - Foi ótimo o final de semana. Fomos a praia, relaxamos, desafiamos o perigo – Riu – E amanhã temos que trabalhar

    - Voltaremos mais vezes – Lhe deu um selinho – É só você dizer quando

    Ela riu contente e continuaram fazendo planos, passou-se os minutos e o casal ainda estava envolvido em projetos futuros e beijos roubados.

    - Hey enamorados! – Oliver apareceu montando em um corcel negro

    - Já voltou?

    - Já sim, é quase duas da tarde Padilla Solís – Sorriu

    - Nossa, perdemos a noção do tempo!

    - Percebi – Riu – Fernando você sabe montar? Poderíamos cavalgar por aí antes de você ir?

    - É...

    - Não sabe? Tudo bem

    - Não, eu sei sim!

    - Então vamos pôr a cela em um cavalo, quero ver essa sua habilidade

    - Ollie eu estou de olho em você hein – Olhou torto

    - Não se preocupe priminha - Bateu continência – Ele volta sem nenhum arranhão – Riu de canto

    Saíram os dois para os estábulos, Oliver desceu e ele mesmo selou um cavalo para Fernando, marrom, com pelo bem escovado e que parecia calmo. Mesmo ouvindo de Lety que ele era apenas brincalhão, Fernando não pode evitar de conferir se estava tudo bem preso, e de fato estava. Montou o animal, e Oliver fez o mesmo em seu cavalo ao lado, em seguida ele uma tapinha no cavalo de Fernando que seguiu disparado pelo amplo campo.

    Fernando segurou com toda força na cela assim que o animal começou a trotar velozmente, seu coração estava acelerado, talvez até mais rápido que o próprio cavalo, tentou de várias formas fazê-lo parar mas a cada tentativa sentia que estavam indo mais veloz.

***

    - Está tudo pronto. Só falta Fernando chegar e podemos ir

    A porta foi aberta e um Oliver gargalhando com um Fernando espantado entraram. Ele sentou no primeiro lugar que encontrou e estava totalmente “travado”.

    - Fernando o que aconteceu com você?

    Ele não respondeu, Oliver voltou a rir

    - Aqui - Julieta entregou água

    - Oliver o que você fez?

    - Nada! Estava tudo bem, foi cavalo começar a correr para ele ficar desse jeito

    - Fernando? - Estralou os dedos na frente dele – Reage amor!

    Ele segurou nos braços dela mas ainda tinha a expressão apavorada

    - Eu pensei que ia cair daquele pangaré!

    Suspirou aliviada – Pelo jeito você não é entrosado com cavalos

    - Nunca mais subo em um cavalo. Nun-ca!


Notas Finais


“Vem, deixa de medo. Segura minha mão que a estrada da vida é longa”


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