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História Não vivo sem você! - Nada está perdido


Escrita por: AryanaEstevao

Capítulo 38 - Nada está perdido


    O corpo doía por completo. Sentia como se uma um trator tivesse passado sobre si algumas vezes.

    Abriu os olhos devagar, as paredes do lugar onde estavam eram impecavelmente brancas.

    - Ai meu Deus! – Gritou abrindo os olhos por completo – Eu estou no céu? – Viu Omar ao seu lado – Ah... Eu ainda estou na terra – Riu amarelo

    - Ué... Eu poderia estar no paraíso também - Brincou

    - Com as trapalhadas que você fez... – Gargalhou – Acho que não animal

    - Falou o cara do gesso! – Riu

    - Ah... Isso? – Olhou seu braço engessado – Ganhei isso por causa daquele tapado...

    - Você que atravessou o sinal vermelho, o tapado é você! E aliás, aquele tapado te socorreu

    - Vou lembrar de agradecer a ele – Fez careta

    - Você anda fazendo muitas besteiras, vamos rever esses conceitos, o animal da situação agora é você

    - Não Omar, esse cargo é vitalício, sempre será seu – Tocou o ombro dele – Uma vez animal, sempre animal

    - Você pode perder um membro mas não perde o bom humor – Riu

   - Tem razão, eu posso perder... UM MEMBRO? – Conferiu seus braços. Intactos. Seguiu para suas pernas. Intactas. Ou quase, uma delas estava com uns ferros – Animal, quer me matar do coração? – Levou uma das mãos ao peito – O que é isso na minha perna?

    - Digamos que quando seu osso quebrou ele saiu um pouquinho do lugar, com o gesso demoraria mais a voltar ao lugar

    - Vou ficar quanto tempo com esses coisas?

    - Um mês, eu acho

    - É muito. Quero sair daqui, agora – Levantou o tronco

    - Pode ficando quietinho aí. Ou eu chamo uma enfermeira para lhe dar um calmante. Na injeção.

    - In...Injecão?

    - Sim – Riu vitorioso – Agora trate de ficar aí. Em minutos seus pais chegam.

    - Me recordo de ter vindo aqui. Estou em qual hospital?

    - Medical Sur, você não estava muito longe daqui quando foi socorrido

    Letícia está aqui! – Ah, claro

    A porta se abriu revelando seus pais. Márcia veio na frente e falsamente veio em sua direção o abraçando.

    - Fernando eu fiquei tão aflita quando soube, pensei que você tivesse morrido – Chorou abraçada a ele

    - Era isso o que você queria não é? – Falou para ela ouvir – Cobra peçonhenta

    - Eu me preocupo com você – Afastou-se

    - Não precisava disso, eu estou vivo

    - Não seja indelicado filho, todos nós nos preocupamos

    - De verdade, eu estou bem

    - E esses curativos? Quando receber alta vou me encarregar que cuidar de todos – Fingiu solidariedade

    - Não precisa. Vou contratar alguém para me ajudar, ficarei em minha casa, é mais confortável

    - Mas filho, a mansão dos Mendiola também é sua casa

    - Mãe, por favor! Quero ficar na privacidade da minha casa, se puder entender isso eu agradeço

    - Terezinha, entenda a decisão do Fernando – Humberto se pronunciou

    - Isso não é certo!

    - Fernando sabe o que é melhor para ele – Piscou para o filho

    Aquela tarde foi altamente tediosa para Fernando. Márcia insistia em seguir seu teatrinho de irmã preocupada, Terezinha achava aquilo um gesto muito nobre dela, e a incentivava a cuidar dele.

    Fernando queria cuspir na cara de Márcia todas as ofensas que lhe vinham a mente quando via sua falsa preocupação. Infelizmente, se o fizesse, sua mãe se colocaria como advogada de defesa dela e Fernando sairia como o culpado, já que Márcia apenas "queria seu bem".

    Mas, ele conseguiu fazer seus pais voltarem para casa e levar a víbora junto restando apenas Omar, que depois de muita insistência, conseguiu fazer ir para a empresa cuidar das coisas na ausência dele.

    Agora que estava sozinho, poderia colocar em prática o que queria fazer desde que descobriu que ele e Letícia estavam no mesmo hospital. Com dificuldade por causa dos pinos de ferro em sua perna, colocou os pés no chão. Parou olhando ao redor e se levantou sorrateiramente, a uns minutos havia tomado remédios, com certeza não tomaria outros em horas. Era tempo suficiente para ir no quarto de sua amada.

    Abriu a porta com vagar e colocando a cabeça para fora olhou os dois lados do corredor certificando-se de que ninguém podia vê-lo no ato da fuga e se pôs a caminhar como qualquer outro faria: Normalmente.

    Chegou ao corredor que ela estava e Dona Julieta estava sentada em uma cadeira quase em frente a porta.

    - Seu Fernando o que aconteceu com você?

    - Um pequeno acidente, nada preocupante – Riu – Mas... Será que eu posso ver sua filha?

    - Melhor voltar outra hora, ela teve uma pequena melhora e Erasmo está com ela agora

    - Ah, sem problemas, eu espero – Sentou com dificuldade ao lado dela

    - O senhor vai ficar?

    - Sim – Disse naturalmente

    - Eu não aconselharia. O senhor sabe o temperamento do meu marido

    - Ele não faria mal a um homem todo acidentado, não é?

    - Não sei. Mas não arriscaria

    - Ficarei assim mesmo. É bom que vou me acostumando já que ainda pretendo me casar com a Lety

    - Ainda está de pé o casamento? – Perguntou esperançosa

    - Sim, mas preciso me resolver com ela primeiro

    - Ah... com isso não se preocupe, Lety lhe ama, claro que vão voltar. Isso me agrada muito. Eu sei que o senhor faz minha filha feliz

    - E ela faz a mim. Mas já que seremos sogra e genro. Por que não me trata pelo nome?

   - E você vai me chamar só de Julieta? – Riu

   - Sim, mas eu gosto Dona Julietinha ou sogrinha

    - Eu também. Hihi

    - O que ele está fazendo aqui?  - Erasmo saiu do quarto

    - Se não for incômodo eu gostaria de ver sua filha

    - É incômodo sim, pode voltar pelo caminho que veio

    - Seu Era – Aproximou-se dele – Eu estou aqui com a melhor das intenções, todo ralado – Colocou a mão em seu ombro – Pedindo encarecidamente para falar com sua filha. Não me negue isso por favor

    Tirou a mão dele de seu ombro – Não me importa seus machucados, deixe minha filha sossegada e tudo fica bem

    - Mas Seu Era...

    - Papai – Escutou pela fresta – Deixe ele entrar, eu resolvo isso

    Sorriu amarelo – Licencinha Seu Era – Passou e fechou a porta – Lety amor!

    - O que aconteceu com você? – Espantou-se pela situação dele

    - Nada demais. Apenas... Uns ossos quebrados – Sentou e apoiou a perna

    - Você foi imprudente no volante não foi? Eu sabia! Fernando por que fez isso?

    - Eu? Imprudente? Por favor! Eu dirijo muitíssimo bem, modéstia parte claro

    Fechou os olhos, não se preocupar com ele era uma tarefa extremamente difícil

    - Será que você já pode me perdoar? – Com carinha de cão sem dono

    - Não. Agora quem não quer sou eu.

    - Sério? Nem uma oportunidade para esse tolo imaturo aqui se desculpar?

    - Não faça essa cara. Estou irredutível quanto a minha decisão

    - Eu fui um idiota...

    - Hum...

    - Insensato...

    - Hum...

    - E com todos os meus defeitos, eu imploro seu perdão, sem merecer levando em consideração tudo o que eu disse, mas eu peço, em nome do nosso amor!

    Sua parte que clamava por Fernando não teria sido tão difícil, tinha apenas se jogado nos braços dele e esquecido de tudo, para novamente viver o grande amor deles. Mas a parte ressentida fazia o contrário.

    - Fernando, eu ainda estou muito magoada com você

    Suspirou – Eu fui errado em acreditar na Márcia. Eu agora vejo a pessoa má que ela se tornou, e sei que você foi vítima dela Lety... Entendo sua mágoa por mim. Mas eu vou te reconquistar, nosso amor não morrerá – E sem que ela pudesse falar algo lhe deu um rápido selinho sentindo novamente o gosto de seus lábios


Notas Finais


“Se quiser me reconquistar, não tente descobrir a razão que te levou a me perder, e sim a razão que me levou a te amar” – Diego Marchi


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