História Não vivo sem você! - Número 2?!

    - Entra – Autorizou a entrada

    Colocou a cabeça dentro da sala - A senhora vice-presidente está muito ocupada?

    Sorriu – Meu amor! Sabe que nunca estarei ocupada para você – Parou de digitar

    - Isso em parte me consola – Fez biquinho

    - E por que não consola totalmente? – Se sentou no colo dele

    - Porque se você não está ocupada para mim, por que não fica mais tempo comigo?

    Lety gargalhou – Você é tão manhoso. Não podemos – Lhe deu um selinho – Ficar aos beijos o dia todo. Também trabalhamos

    - Mas eu gosto – Voltou a beijá-la – Nós podemos – Mordeu seu lábio inferior – Somos os chefes

    - Não deveríamos dar exemplo? – Conseguiu falar já que ele desceu os beijos para o pescoço

    - Hum... As vezes – Lety gemeu – Agora... – Olhou ao redor – Ué... Sua sala não tem sofá?!

    - Não... – Respirou ofegante – Pedi que tirassem para não cair na tentação – Levantou-se

    - Isso não fica assim...

    Se levantou rápido voltando a aproximar-lhes. A segurou e virando-a para ele beijou sua boca com gana. Fez impulso em sua cintura e ela o abraçou com as pernas.

    - Prefiro quando você vem de saia – Continuou com os beijos

    - Claro que prefere – Mordiscou sua orelha – Se eu vir de saia você tem mais liberdade para por as mãos...

    - Isso mesmo – Apalpou suas coxas e caminhando a pôs sentada na própria mesa. Voltou a beija-la enquanto a mesma afastava seu terno e afrouxava a gravata. Mas... Alguém bateu na porta

    - Lety?

    - Só um minuto – Desceu da mesa e Fernando sentou frustrado. Lety simulou que pegava algum arquivo na estante e autorizou a entrada

     - Lety, aqui está as cópias que você pediu – Lola apareceu

    - Ah, obrigada Lolinha – Sorriu

    - Vocês estão bem? – Perguntou percebendo que a inquietude de Fernando

    - Sim! – Respondeu rápido mas procurava um complemento – Fernando está agoniado para ir almoçar. Não tomou café direito hoje pela manhã, não é amor? – Implorou com o olhar para que ele não dissesse besteiras

    - É... Sim! Estou com fome. MUITA fome!

    - Por que não procura a Marta? Ela sempre vem carregada com comida – Deu um risinho – Eu vou indo. Licença – Saiu

    Lety colocou os papéis na mesa e se sentou na sua cadeira. Fernando ainda estava com a expressão de desapontamento

    - Da próxima vez lembrarei de usar a tranca

    - Da próxima vez não será na minha sala, nem na sua – Se apoiou melhor na cadeira. Em outros momentos ela sempre fora contra à avançarem o sinal vermelho na empresa, mas dessa vez... – Nunca nos controlamos

    - Esse mês vai passar logo, para enfim sermos marido e mulher e eu te arrastar para nossa casa...

    - Um mês... – Sorriu se perdendo em pensamentos

    - Amor?

    - Oi – Saiu de sua nuvem

    - No que pensava? – Perguntou curioso

    - Estava imaginando... Você velho – Gargalhou

    - Tantos momentos que teremos e você imaginou logo eu velho? Horrível Lety!

    - Imaginei o Fernando de agora, com uma barriguinha de chope, umas rugas e os cabelos grisalhos

    - Bom saber – Riram – Lembrarei de nunca descuidar do meu corpitcho – Mostrou orgulhoso o bíceps – Mas falando em descuidar, amor você não quer cuidar de mim? Estou me sentindo tão fraquinho

    Gargalhou – Fernando você é uma graça, meu manhoso – Saiu da sua cadeira para lhe beijar

    - Não... Não quero beijos se não vamos fazer o número dois – Se emburrou

    - Que eu saiba, o número dois é defecar – Riu alto

    - Na linguagem do amor – A prendeu contra seu corpo – Número dois significa outra coisa. E eu adoro fazer o número dois com você – Lhe beijou tocando seu rosto – Para sempre com você...

    Continuaram a se beijar e Lety acabou por sentar no colo dele (De novo). Se ajeitou e colocou cada perna de um lado dele, mexendo o quadril enquanto se beijavam com um desejo excessivo. Dessa vez ela conseguiu arrancar sua gravata e abrir alguns botões antes de alguém interromper, agora era o telefone que tocava.

    - Deixa tocar – Saiu da boca fazendo uma trilha de beijos

    - Hum... – Fechou os olhos gemendo baixo com as carícias

    O telefone ainda tocava, e por pouco não quebrou o clima. Retomando ao que faziam, Lety já tinha aberto metade da camisa de Fernando. O terno? Estava jogado em algum canto da sala.

    Colocou as mãos por dentro da camisa e arranhou com vagar o peito dele o fazendo gemer em contentamento.

    Mas, para atrapalhar o momento mais que quente, o telefone voltou a tocar. Lety tirou as mãos inconformada, mas não se moveu de cima dele

    - Se estão ligando de novo é porque deve ser importante...

    - Se conseguirmos ficar em paz nessa empresa eu vou soltar fogos – Resmungou a fazendo rir. Ela se levantou e atendeu enquanto ele ajeitava a roupa.

    - Vice-presidência da Conceitos, boa tarde

    - Uau! Está importante hein amiga – Sorriu – Não achei que Fernando deixaria você longe dele

    - Ah... Oi Carol – Olhou para Fernando

    - Que oi desanimado, o que eu fiz?

    - Não... Não é nada. É que... Um cliente ficou de ligar para fechar o contrato, e sabe como é, fiquei na expectativa. Mas... Me conte as novidades – Disfarçou

    - A novidade é: ESTAMOS VOLTANDO! Na verdade só no fim da semana que vem – Riu – Eu e Omar aproveitaremos um pouco mais de Milão

    - Aproveitem mesmo pombinhos. Estou muito feliz por vocês

***

    Fechou a porta atrás de si

    - É Fernandinho... Você nem fez o número dois com a Lety – Riu malicioso ao lembrar  - Nem contou sobre a Lu – Pensativo, abaixou o olhar – Como eu passei pelo hall despercebido se você está bem ativo amigo? – Bufou e se sentou na cadeira – Lety, Lety...

    Fernando continuou pensativo, os “quases” de agora pouco se tornaram um incentivo a mais para o plano que maquinava a uns dias. Só faltava acertar uns mínimos detalhes, talvez devesse concluir sua ideia sem esses detalhes. Mas Lety estava envolvida nisso, então teria que ser tudo especial.

    - Amor! – A voz dela se aproximou e sua dona entrou devagar – Vamos almoçar ou você vai fica aí sentado?

    - Opa... – Levantou-se – Vamos sim

    - A franquia de número dois acabou por hoje, então pelo resto da tarde só tem numero um – Riu

    - No caminho conversamos – Abraçou sua cintura e saíram - Agora, vamos saciar a fome - Piscou sorrindo malicioso