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História Não vivo sem você! - Para cada tempestade, um novo dia


Escrita por: AryanaEstevao

Notas do Autor


Novo capítulo... Desculpe pelo sumiço, esqueci de avisar que só postaria de segunda a sexta ( E nesse final de semana aconteceram muitas coisas para mim, então, condições zero de ter postado ) Sorry, mas estou de volta e espero que gostem do capítulo ( Mesmo ele sendo meio... 👎 )

- Ary

Capítulo 5 - Para cada tempestade, um novo dia


 

 

O sol cumpria com afinco sua tarefa de raiar exuberante nesta manhã, depois da noite anterior, que turbulenta foi para Fernando e Letícia, nada melhor que o calor natural para aquecer esses coraçõezinhos enevoados pela dúvida. Mas, cada um deveria seguir com suas obrigações, afinal, não estavam isentos do trabalho.

 

- Tudo certo para hoje? – Perguntou assim que ouviu sua voz na linha

 

- Bom dia para você também – Respondeu com sono, ainda estava na cama

 

- Tudo certo para hoje? – Repetiu a pergunta, com certeza bom humor não fazia parte de sua vida

 

- Sim, estou com tudo, posso voltar a dormir agora?

 

- Dormir? Você viu que horas são?

 

- Eu que lhe pergunto! Na sua casa tem relógio? Por que se não tiver eu digo, são 4:15 da manhã! Já disse que continuaria com esse plano idiota mas também não precisa me lembrar a cada 3 horas o que tenho que fazer! Não sou burra como sua amiga Alice. Droga! – Desligou o telefone – Era só o que me faltava

 

Agora não dormiria, e o pior, teria uma baita dor de cabeça pela frente, já havia sido difícil conseguir dormir e ser acordada assim era o cúmulo do absurdo

 

Bufou – Não vou dormir mesmo, melhor levantar – Fez suas necessidades, tomou banho, pegou uma maçã e como não tinha nada o que fazer, resolveu rever suas coisas, já que a cobra a tinha acordado, que saísse perfeito o plano então. Abriu com cuidado a mala e olhou os objetos a frente, coloridos, brilhosos, delicados, refinados, caríssimos por sinal, Márcia não poupou gastos com um plano que talvez não desse certo. Eu o amo. Mas ele me magoou. Não era vingativa, nunca na sua vida guardou rancor, nem mesmo do Miguel, mas Fernando... O homem que mais amou foi o que mais a machucou. Meu traidor coração quer tê-lo comigo, aqui, agora, mas minha razão... Essa diz que devo continuar. Não sabia onde havia aprendido a ser tão fria como a Aurora foi, como a Aurora seria, ser indiferente, frívola, inescrupulosa... Assim como ele. Pare de pensar nele Letícia. Meras palavras. Lágrimas escorriam em seu rosto deixando marcas d’água e lacunas no coração.

Como já não era tão cedo, saiu de casa para caminhar na praça próxima em uma vã tentativa de afastar seus pensamentos, seus torturadores que carregava consigo concluira. Seria uma verdadeira missão impossível esquecê-lo, odiá-lo, sentir o mesmo que ele sentia por ela: repugnância.

Em uma cama bastante confortável um pouco longe dali Fernando acordava. Estava coberto de suor, estava aturdido, estava perturbado, estava tudo... exceto bem. As turbulências de sua noite eram os pesadelos provenientes da culpa iminente.

 

- Eu te odeio Fernando Mendiola.

 

- Não Lety, deixa eu explicar...

 

- Explicar? Acha que o que você fez tem explicação?

 

- Não, mas me entende...

 

- Te entender? Você me destrói, me faz de brinquedo e eu ainda tenho que te entender? – Apesar de seu tom calmo Fernando via ódio em seus olhos. Letícia não era a mesma, nem fisicamente, muito menos internamente.

 

- Lety eu te amo!

 

Gargalhou – Eu também te amava. E o que você fez? Foi um canalha. O que quer? Que eu esqueça tudo, e me jogue em seus braços? Que sejamos felizes? Desista. Isso nunca vai acontecer. Deixei de ser feia mas não continuo sendo ingênua como antes.

 

- Então vai mesmo continuar com isso? – Pronunciou com lágrimas

 

- Vou ficar com o que você mais ama...

 

- O que eu mais amo é você!

 

- Não tente me fazer mudar de ideia. A conceitos agora é minha e isso é fato. Você tem uma semana para desocupar a presidência, assumirei o cargo na minha empresa quando você sair. Foi apenas por isso que quis falar com o senhor. Passar bem Senhor Mendiola – O deixou sozinho, sem ao menos lhe dar a chance de se explicar. Não, não tinha explicação o que fez, mas pelo menos poderia mais uma vez implorar seu perdão.

 

- Eu só quero você...

 

Bufou passando a mão nos cabelos.

 

- Eu preciso encontrar uma solução para isso. Eu não posso perder a Lety.

 

E com esse pensamento determinado se levantou vivaz, foi ao banheiro e lavou o corpo, tentando lavar, mesmo que inutilmente, a alma. Impossível. Sou um crápula. Mas não se deixou desanimar, estava disposto a concertar seus erros e ter com sua amada um relacionamento limpo. Mesmo que isso custasse a permanência desse mesmo relacionamento.

 

- Lety... Querida onde esteve?

 

- Eu estava... – tentou pronunciar mesmo esbaforida, tinha corrido – Na praça...

 

- Você correu? – Disse enquanto colocava os pratos a mesa

 

- Sim... Manter os bons hábitos – Riu amarelo – Vou tomar banho – Olhou o relógio – Vou me atrasar!

 

- Cuidado para não cair – Eu sei mãe, não tenho mais 6 anos! riu ao ouvir isso, não tinha 6 anos de corpo, mas de mente...

 

Depois de arrumada, sentou-se à mesa para o café da manhã, quando terminou, aproveitando de um descuido dos pais pôs a mala fora de casa.

 

- Eu vou indo. Até a noite mãe – Beijou – Papai – Repetiu o ato e saiu, foi até o apartamento que provisoriamente seria seu e lá mesmo se trocou sem se importar com as horas.

 

Fernando estava impaciente. Lety estava demorando muito, ela não nunca se atrasou, para isso acontecer certamente algo teria acontecido, pensando assim ficou nervoso.

 

- Alô?! – Perguntou eufórico, estava preocupado demais com Lety para se lembrar da formalidade com a qual deveria atender o telefone

 

- Seu Fernando? Estava esperando minha ligação?

 

- Sim Lety. Onde está? Como está? Quer que eu vá ai? Precisa de algo? Onde posso te encontrar? Estou com papel e caneta na mão. Pode falar.

 

Apesar de tudo não poderia deixar de rir, fingindo ou não, sua preocupação desesperada era engraçada.

 

- Não precisa seu Fernando. Se acalme. Liguei para avisar que essa manhã  tive um problema com o aparelho.

 

- Você está bem?

 

- Sim, mas vou precisar fazer uma espécie de tratamento ou manutenção, não sei bem, acho que só irei a empresa a tarde

 

- Tudo bem – Concordou desanimado – Vai ser só hoje?

 

- Bom... Não. Acho que precisarei ir mais uns dias, mas só na parte da manhã, algum problema?

 

- Não, nenhum – Pelo menos ela vem a tarde

 

- Certo... Então... Até a tarde Seu Fernando

 

- Lety?

 

- Sim?

 

- Eu te amo.

 

Ela calou-se, aquelas três palavras tinham um efeito enorme sobre si, mas infelizmente não era bom o sentido que agora carregavam.

 

- Eu também te amo – Respondeu tentando não deixar evidente sua voz embargada


Notas Finais


“Queria tanto dizer que não te quero, não te amo, mas por mais que eu tento lhe esquecer, aprendo que não vivo sem teu mundo”


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