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História Não vivo sem você! - O grande dia


Escrita por: AryanaEstevao

Notas do Autor


Escrevi, deletei, voltei a escrever, o aplicativo não salvou e eu perdi quase metade do escrito. 😭 Me desanimei, dei "um tempo", voltei a escrever, e consegui finalizar 😂.
Beijos!

Capítulo 62 - O grande dia


    - Filhinha? - Letícia foi desperta definitivamente por sua mãe, que já estava (Sabe lá que horas eram) na porta de seu quarto. 

    - Entra mãe - Se sentou na cama 

     - Bom dia! - Riu largo, a filha fez o mesmo, já estava contagiada pelas boas vibrações do dia – Acordou agora? 

    - Sim - Espreguiçou-se – Vou fazer minha higiene primeiro antes de devorar esse delicioso café que a senhora fez a gentileza de trazer 

    - Tudo bem, só não tome banho  

    - Por que? - Ela já estava perto do banheiro mas voltou 

    - Seu Luigi acabou de ligar, me passou indicações precisas. Só me liberou lhe alimentar, as demais coisas, só quando ele e sua equipe estiver aqui – Riu 

    Ela torceu a boca pensativa, olhou o relógio e tentou formular uma explicação para o excessivo esmero de Luigi.  

     - Mas ainda são 9 horas! 

    - Se eu entendi algo no meio do ataque de euforia dele – Riram - Vão preparar sua pele, um banho de sais eu acho, maquiagem, cabelo e o vestido. Tudo isso leva tempo querida. 

    - Ele não vai trazer uma banheira. – Voltou a caminhar – Ou vai? 

    - Você o conhece melhor, acha que ele faria isso? 

    - Acho, acho não, tenho certeza que é capaz. - Gargalhou 

    Alguns quilômetros dalí, Fernando se levantava de sua cama após um sono relaxante e um sonho maravilhoso. Seu celular tocou o assustando, o tirando do devaneio matineiro. 

    - Quem me ligaria... Ah. - Sorriu – Bom dia mãe. 

    - Ótimo dia – Riu – Nervoso? Chegou o grande dia! 

    - Um pouco, nada em demasia. - Suspirou – Pela sua voz... 

    - É, já sabe como estou. - Riu de novo, dessa vez, entusiasmada – Seus padrinhos e seu pai estarão aí com você. Vocês homens são bem práticos. 

    - Me atreveria a perguntar sobre minha futura esposa, mas acho que não vai me dar informações. 

    - Ainda não a encontrei, Luigi está cuidando de toda  a preparação, mas mesmo que soubesse, não lhe diria - Caçoou - Em horas vocês serão marido e mulher, que afobação!

    - Horas... - Repetiu para si - Mãe eu vou desligar, nos encontramos lá certo? 

    - Oh sim, claro. Liguei porque você tinha o hábito de acordar tarde no fim de semana, não sei se ainda é assim. 

    - Hoje eu não acordaria tarde por nada. Nos vemos mãe. - Desligou - É hoje! - Sorriu consigo mesmo 

    Para o noivo, o relógio não colaborava, nunca colaboraria. Tinha tempo demais para arrumar-se, tinha principalmente tempo demais para ficar ansioso, enquanto que, para a noiva, todo o tempo era necessário.  

    - Ai que beatiful! - Bateu rápidas palminhas  

    - Está maravilhosa! - Lu, a segunda madrinha do casal, elogiou 

    - Mas é só a maquiagem e o cabelo! - Riu vergonhosa 

    - Abelha rainha, stop please, você está divine e ponto. 

    - Lety amiga, você está deslumbrante – Era vez de Carol elogiá-la 

    - Okay, okay queridas. Hora de colocar minha obra prima. License!  

     Com ainda mais cuidado, revelou o vestido. Uma verdadeira obra de arte, a altura da "estrela" Luigi Lombardi. Estava um encanto em delicados tecidos e rendas brancas, que vestiram o corpo de Lety, o cobrindo da forma mais ideal e linda possível. 

    - Queen, você engordou? 

    Lety parou estática, não sabia o que responder, não havia pensando na possibilidade de Luigi perceber. 

    - Culpa minha – Dona Julieta "salvou a pátria" - Admito que certas vezes dei gordices a ela. 

    - Não tem problema – Sorriu simpático - Temos que correr!  

***

   - Vai fazer um buraco no piso maninho – Brincou mais uma vez, com o nervosismo do amigo 

    Fernando andava de um lado a outro de sua sala, já havia contado todos os objetos que tinha alí, já tinha tocado cada pedaço descoberto de piso do cômodo.  

    Há um tempo estava pronto, (Esperando ansiosamente a hora de ir) trajava o usual terno preto, com destaque para os detalhes, que eram brancos, distribuídos em perceptíveis listras brancas. 

    - Você vai me entender um dia Omar.  

    - Mendiola, quanto mais você olha para o relógio, mais devagar o tempo parece passar. 

   Fernando se sentou pesadamente, sabia que estavam certos, mas seu instinto não conseguia seguir aquele raciocínio.  

    - O que querem fazer enquanto isso? Jogar truco? 

   Sua pergunta era verdadeira mas tinha uma involuntária pitada de sarcasmo. 

   Os 15 minutos que faltavam foram torturantes, mas felizmente chegaram, para acalmar os nervos do apressado noivo.  

*** 

   - Que orgulhinho – Luigi secou lágrimas que nem existiam - Está pronta, e belíssima minha borboleta.  

    Emoção, felicidade, harmonia. Vários sentimentos faziam parte daquele pequeno espaço de tempo. Todas felicitavam Letícia, estavam felizes pela amiga e por seu momento, que, diga-se de passagem, era o sonho de qualquer mulher.  

    Sem exceção, cada uma delas (Inclusive Luigi, apesar de não se encaixar totalmente no "elas") tinha uma parcela significativa de importância na vida da noiva, que inutilmente tentava conter sua emoção ao ouvir as belas palavras que lhe eram ditas. Os últimos a falarem foram seus tão queridos pais. Ouvir deles abalou seu emocional, ele eram e sempre seriam sua estrutura-base, as pessoas que sempre a amariam e vice-versa. 

    - Não chore minha filha – Erasmo tocou seu rosto - Você esperou tanto por esse dia... 

    - Eu sei papai – Beijou a mão que ele lhe tocava – Sou tão agradecida por ter vocês... Mamãe? 

    - Eu estou bem – Usa o lencinho do marido – Vou ficar, melhor dizendo – Sorriem 

    - Vamos? - Estende o braço - No geral eu não sou muito simpático com o Mendiola, mas ele não merece esperar demais.  

     - Diga logo que gosta do rapaz Erasmo – Os três riram  

    Foram para o carro, os demais já tinha ido na frente, afinal, quem se atrasava era somente a noiva (E seus pais, que no caso, a acompanhavam).  

   Erasmo dirigia tranquilo, estavam dentro do horário, não havia com o que se preocupar. 

    - Filhinha fique calma – Julieta segurou a mão dela rindo 

    - Estou tentando – Respirou profundamente soltando todo o ar logo em seguida – Frio na barriga, felicidade misturada com emoção. Minhas emoções estão embaralhadas – Riu de si 

*** 

    - Quer quebrar as articulações do dedo, filho? - Terezinha despertou Fernando que estralava os dedos nervosamente 

    - Ela não está atrasada? - Perguntou paralelamente 

    - Claro que está - Riu – E é bastante normal. 

    - Por que uma tradição tão agonizante? Quem criou isso não pensou nos momentos de angústia que o noivo passa parado aqui? - Resmungou 

    - Se acalme, em minutos ela estará aqui 

    Minutos que parecem horas, horas que passam rapidamente, oscilações progressivas que a vida nos presenteia. Há momentos que algumas horinhas são tão poucas, mas há outros que minutos parecem uma eternidade, um completo castigo. 

    Esperamos muito e pouco. 9 noves para nascer, 4 anos (Em média) numa universidade, 18 anos para tirar a primeira habilitação e talvez uma vida inteira para encontrar a metade da laranja. Pode ser tediante e estressante, uma tarefa cansativa mas é preciso. Definitivamente, esperar não é a melhor coisa se fazer, principalmente para nós, que geralmente queremos o agora, instantaneamente, esquecendo que nem sempre o moroso é de pequena valia. 

   - Que... 

    Fernando já ia reclamar mais uma vez da demora, mas a marcha nupcial começou a tocar e aquela que tanto esperava surgiu na entrada. Estava deslumbrante, superando todas as expectativas, quebrando todas probabilidades e desbancando muitas por aí.  

    O noivo, bobo apaixonado, logo sorriu ao vê-la e a mesma retribuiu da mesma forma, faltava pouco, muito pouco para a felicidade, apenas uns passos os separavam da façanha que é viver a dois.  

   Quando aquele longo caminho enfim se findou, Letícia pôde fitar melhor seu amado, que fascinante estava em seu terno. 

    - Confio minha filha à você Mendiola, espero que não me decepcione. - Beija a fronte da filha e apertou a mão do genro 

    - Lhe garanto que não - Sorriu segurando a mão dela, a conduzindo para o altar 

    Após se posicionarem em seus lugares, o padre iniciou a cerimônia e seus longos dizeres, ambos se perderam em tantas falas, mas na hora da troca de alianças estavam bastante atentos. 

    - Letícia, recebe esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade... 

    Estavam perto, mais ainda não era o pico de felicidade mais alto daquela cerimônia. Com o mesmo coração transbordando em alegria, Letícia repetiu aquela frase e pôs a aliança no dedo de seu marido, já era oficialmente a senhora de Mendiola, só precisava do beijo. O grande beijo que finalizaria  a cerimonia e que não tardou a ser autorizado.  

    Duas pessoas nunca ficaram tão felizes com tão poucas palavras. "Eu vos declaro marido e mulher". Encostaram seus lábios devagar. Ternura, abundância de amor. Contentamento, explosão diversificada de alegrias.  

    "Eu te amo" - Ecoou dos lábios e mais uma vez se beijaram, e nunca mais deixariam de fazê-lo. Com o regozijo que sentiam, caminharam por aquele tapete vermelho indo para a saída, na entrada todos sorriam, e apesar de falarem ao mesmo tempo, poderia se distinguir uma única frase: "Viva os noivos!"


Notas Finais


"O que há de mais espetacular na celebração de um casamento do que o beijo apaixonado dos recém casados, e do desfilar de mãos dadas dos, agora, marido e mulher?" - Augusto Branco


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