Eles se olhavam e trocavam os sorrisos mais lindos já vistos
- Enfim casados...
- Para sempre – E se beijaram
A porta da limusine foi aberta pelo motorista que avisava a chegada, em meio a sorrisos eles saíram
- Nossa! – Olhou para o salão que estava muito bem decorado, adornado em flores
- Tive um pequena ajuda das minhas madrinhas
Estava realmente lindo, Carol não brincou quando disse que a ajudaria em tudo, todos os convidados já estavam acomodados em suas mesas esperando o casal para dançar a “primeira valsa”, que para a surpresa dos dois, a banda Camila estava pronta com o piano
Todo cambió, cuando te vi
De blanco y negro ao color me convertí
Y fue tan fácil, quererte tanto
Algo que no imaginaba
Fue entregarte mi amor, con una mirada
Todo tembló dentro de mi
El universo escribió, que fueras para mí
Y fue tan fácil, quererte tanto
Algo que no imaginaba
- Fue perdeme en tu amor – Fernando começou
- Simplemente pasó – Letícia continuou
- Y todo tuyo ya soy – Cantaram juntos
Antes que passe más, tiempo contigo amor
- Tengo que decir que eres el amor de mi vida!
Antes que te ame más escucha por favor
- Dejáme decir que todo te di
- Y no hay
- Cómo explicar
- Pero menos dudar
- Simplemente así lo sentí...
- Cuando te ví... – Mais uma vez cantaram juntos, seus lábios se roçaram e selaram um beijo calmo, os aplausos eram ouvidos ao fundo mas o beijo ainda continuava, os últimos versos eram cantados, e nada parecia anunciar um fim daquele beijo, os cantores felicitavam o casal, e o beijo prosseguia, o ar começava a faltar e eles, mesmo a contra gosto, tiveram que parar
- Eu te amo! – Riram porque mais uma vez haviam falado juntos
Terminada a valsa, a festa continuou normalmente. Letícia estava na mesa com a mãe e os sogros.
Como bom estilista (Também) Luigi pensou em tudo, desenhou um vestido em que a saia dele era removível, restando um vestido na altura do joelho, dando mais liberdade para as próximas danças.
Ela já havia dançado demais, mas parecia que seu marido não percebia isso. Fernando se dirigiu ao palco e falou alguma coisa no ouvido do Dj, a princípio o homem pareceu surpreso com ideia, mas logo em seguida um som diferente foi ouvido, escutado isso, Fernando correu para mesa que estava sua esposa, mas antes, pegou a primeira rosa vermelha que encontrou e a pôs na boca.
- Me concede a dança? – Estendeu-lhe a mão
Todos na mesa estavam estupefatos, e não era para menos, quem imaginaria que uma pessoa como Fernando, dançaria tango?
- Sem dúvida alguma – Saíram para o meio do salão
- Fernando dança tango?
- Meu filho dança tango?
Boquiabertos se perguntavam.
- Letícia mudou completamente meu filho!
- Para melhor Terezinha – Acrescentou Humberto – Veja como ele sorri mais! Ela está fazendo muito bem ao nosso filho
- Verdade seja dita, Fernando mudou bastante depois de conhecer Letícia – Disse Carol que estava chegando junto a Omar
- Até que ele deixou de ser animal! – Todos riram, apesar de poucos saberem que o animal na verdade era Omar, mas ainda sim, a frase tinha um teor humoristico.
3 meses, foi o tempo necessário para Fernando aprender tango argentino, queria fazer uma surpresa e conseguiu. Havia aprendido todos os passos, agora, os dominava com certa maestria. Seus passos dispostos ordenadamente associados a sucessão agradável dos passos dela, formavam uma dança aprazível e admirável, digna de aplausos, e assim se sucedeu. Felicidade. Plenitude. Uma explosão de sentimento os dominavam. Nada nem ninguém poderiam impedi-los, suas vidas estavam ligadas para sempre, e quem sabe, em um futuro próximo, ligados de uma maneira mais profunda e afetiva, e por que não compartilhada?
- Amor eu não sei dançar - Riu
- Mas agora pouco você estava dançando divinamente!
- Só lhe acompanhei.
- Então siga-me madame, o seguidor apenas acompanha o fluxo. - E como pé de valsa, ou nesse caso, tango, Fernando a conduziu mais para o centro do salão, onde todos teriam uma visão mais que privilegiada do que se passava.
Modesta, Letícia tinha ao menos noção do que fazer alí. Sua cruzada seguida de corte foram passos bem executados e que mereciam um aplauso especial. No arremate daquela série de passos, a conduzida foi estendida em um ato final, e ao voltar a sua posição normal (Sendo louvados com aplausos) roubou a rosa que ele carregava com seus trejeitos sedutores.
- Quando aprendeu a dançar senhor Mendiola?
- Fiz umas aulinhas à noite. - Riu maroto
- E nos dias que jantamos juntos?
- Nesses dias faltei aula – Riram
É claro que responderam algumas breves perguntas sobre o show que haviam dado, (Que para os próprios "dançarinos" foi surpreendente) voltaram a aproveitar a festa.
Ao avançar das horas, o álcool já havia tomado conta de alguns, e nesse momento Fernando teve a certeza que já estava mais do que na hora de raptar sua esposa dalí.
- Tenho uma proposta irrecusável para a senhora. - Cochichou no ouvido dela
- Qual? - Se virou
- Uma passagem somente de ida para a felicidade, com escala nos alpes do desejo e sobretudo, no cume da satisfação.
- Somente de ida? - Enlaçou o pescoço dele - Não faz mal, não vou querer voltar.
- Quer se despedir de seus pais primeiro?
- Não é mais clássico apenas fugirmos da nossa festa de casamento?
- Esqueci de suas inspirações telenoveleiras – Riram
***
- Esse lugar é ainda mais lindo de noite, não tinha reparado nos três dias que passamos aqui.
Estavam novamente no litoral.
- Imaginei que demoraríamos a sair. Para não pegarmos um voo já tarde e como você gosta daqui, achei melhor.
- Nossa lua de mel não será de fato aqui?
- Não - Riu travesso – Nosso próximo destino só saberá amanhã.
Uma suíte premium e um champanhe refinado os esperavam naquele imenso quarto. Pegando-a de surpresa e fazendo dar um gritinho, seu amado a carregou nos braços até o ambiente.
- Quer uma taça? - A colocou na cama
- Não amor, obrigada.
- Percebi que não bebeu hoje. - Se serviu
- Quero estar sóbria para você.
- Me faz sentir horrível - Bebeu um gole do conteúdo colocando a taça ao lado – Enquanto eu bebi, e talvez tenha me excedido.
- Mesmo? - Um selinho – Nem percebi.
- Você sempre tão apaziguadora...
- Apenas a verdade
Aproximaram-se involuntariamente, quando perceberam, seus corpos já estavam colados.
- Senhora Minha Esposa...
- Senhor Meu Marido - Tocou os lábios do amado com o dedo indicador – Já te disse o quanto estás belo?
Ele gargalhou segurando sua cintura
- A recíproca é verdadeira. Aliás, tudo na senhora é lindo, principalmente essa sua... - As respirações meio que descompassadas desconcentraram Fernando – Boca... Que quero beijar.
Responder com palavras era sucinto demais para o momento. Pra quê palavras se posso responder com uma única ação? Letícia tomou a iniciativa e beijou seu marido, graças ao maravilhosos e cansativos saltos, tocou seus lábios sem precisar ficar na ponta dos pés.
Não era o álcool que impulsionava Fernando, muito menos seu lado devasso, era Letícia, o amor que compartilhavam e as novas sensações que ele sentia. Sim, novas. Cada momento ao lado dela era singular, um carícia diferente, um novo eu te amo mas sempre o mesmo amor.
Ela virou-se de costas pedindo não explicitamente que ele descesse aquele zíper, e o mesmo o fez. A peça deslizou suavemente e corpo escultural semi vestido foi exposto.
Voltaram a se beijar com a meiguice do início mas isso não durou muito tempo, o beijo ficou voluptuoso e logo desceu para o pescoço dela.
- Não acha que tem muita roupa entre nós? - Sussurrou e aproveitou para morder o lóbulo da orelha de Fernando
- Ajuda? - Afastou os braços para que ela desabotoasse sua camisa
Não tardou muito para que uma camisa voasse aterrissando no chão, ela arranhou o tórax do marido que arfou em seu ouvido.
***
Naquela noite o amor reinou costumeiro e imperante, e somente a exaustão fez que aqueles corpos sedentos parassem de satisfazer um ao outro.
No dia seguinte Letícia acordou primeiro, sorriu por ser Fernando a primeira imagem que ela viu ao acordar, e antes de levantar e fazer sua higiene, ela o admirou e acariciou seu rosto.
Fernando só acordou minutos depois, ainda com os olhos fechados tateou a cama a procura de esposa, mas cessou a procura quando a viu sair do banheiro envolta de um roupão e uma toalha na cabeça.
- Bom dia princeso. - O beijou rapidamente
- Perfeito dia. - Espreguiçou-se - Está acordada há muito tempo?
- Um pouco – Tirou a toalha da cabeça - Que tal escovar os dentes? Acabei de colocar nosso café da manhã na varanda.
- Acho ótimo, mas isso significa que minha senhora se acordou cedo.
- Meu sono é mais leve. - Desnudou-se do roupão para terminar de se secar - Não adormeço como pedra. - Riu
- Você acabou comigo amor! - Tentou abraçá-la, mas rindo ela se afastou.
- Sério? - Com a expressão de falsa incredulidade - Nem parece – gargalhou – Agora sério amor, tem um maravilhoso café da manhã nos esperando.
- Tudo bem – Fingiu tristeza
***
- Suco de...
- De?
Letícia resolveu do nada fazer uma pequena brincadeira, Fernando estava vendando e saboreava as delícias da refeição matineira tentando adivinhá-las.
- Abacaxi.
- Muito bem amor! - Riu colocando uma nova comida em sua boca – E agora?
- ...Um pão especial que eu esqueci o nome. - Ri
- Vou considerar. Espere um minutinho que o próximo está distante.
- Tudo bem. Mas o que eu vou ganhar mesmo com tudo isso?
- Quando ver esse último tenho certeza que não vai se lembrar de qualquer prêmio.
Letícia foi rapidamente para o quarto e pegou em sua mala algo que havia guardo por um tempinho, voltou a varanda e Fernando permanecia no mesmo lugar.
- Okay. - Abriu a boca
- Esse é melhor você pegar. Estende a mão amor.
- Olha lá o que você vai colocar na minha mão hein Senhora Mendiola.
- Fique tranquilo Senhor Mendiola.
- Tudo bem – Abriu a mão
Ela colocou o pequeno objeto na mão dele e voltou a falar.
- Antes que leve a boca, sinta a textura e tente adivinhar, esse é nível hard. - Conteu o riso
Fernando apalpou com cuidado mas não reconhecia, aquilo certamente não era um alimento, Letícia porém, se aproximou e retirou a venda de seus olhos, na sua mão, Fernando viu uma chupeta de bebê branca.
- Lety... Amor... É... É...
Com seu sorriso terno de sempre e os olhos brilhantes em lágrimas, ela respondeu sua quase pergunta.
- Sim. Parabéns futuro papai.
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