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História Não vivo sem você! - Muito prazer felicidade!


Escrita por: AryanaEstevao

Capítulo 65 - Muito prazer felicidade!


    Para muitos, o tempo passar devagar era um motivo para murmuração, Letícia e Fernando era uma exceção. Estavam aproveitando com gozo a vida de recém-casados e as pequenas coisas que a vida a dois trazia. 

    Letícia quando retornou a empresa, recebeu o carinho de suas queridas e inseparáveis amigas e de uma pessoa a mais: Tomás havia assumido a presidência da empresa na ausência do casal Mendiola. 

     - Tomás! - Abraçou fortemente o amigo-irmão. - Por que não me disse? Pensei que estivesse trabalhando na contadora. 

     - E estava. - Sorriu de canto. - Mas surgiu uma oferta melhor. Como está Senhora Mendiola? 

    - Bem doutor Moura. - Riram. - Já que você está aqui... Conseguiu algo com ela? 

    A resposta era sim e não. Seu amor platônico e impossível por Alice rendeu dois encontros, onde Tomás percebeu o verdadeiro interesse dela. Aquilo partiu seu coração, todavia, Cintia, do RH, estava disposta a ser o mertiolate. 

    Além disso, outras coisas boas haviam acontecido e que só agora, com o retorno, o referido casal estava sabendo. 

     - Veio a tona que vocês abriram um processo contra Ariel. – Omar comentou 

    - Sim, mas como soube? 

    - Por isso. – Colocou um jornal sobre a mesa, o mesmo estava aberto em uma página, em destaque estava uma foto em que algemado, Ariel tentava esconder o rosto da câmera. - E lógico, passou no noticiário nacional.  

    Fernando sorriu vitorioso. 

     - Já era hora desse patife ser desmascarado. - Olhou para Omar. - Meus pais certamente não sabem, foram para Londres assim que casei. 

     - Exatamente. O que dirão quando souberem? 

    - Será impactante, mas nada absurdo.  

    - E a imagem da empresa? 

     - É a última das minhas preocupações. - Se ajeitou em sua cadeira. - Tomás me entregou os relatórios, já visitei Luigi e tudo está melhor do que esperava, Conceitos está explodindo em trabalhos. - Riu contente. 

    - Isso é verdade, isso aqui nunca esteve tão movimentado. 

    - Sabe da cobra-irmã? 

    - Márcia? Foragida. 

    - Vamos mudar de assunto, estou feliz demais para dar créditos a eles. Você? Como vai na LifeLat? 

    Naquele mesmo dia, ocupada em se inteirar com os assuntos da empresa e responder às perguntas das amigas, Lety demorou em precisar ir para a sala, mas quando finalmente precisou ir para seu cantinho, teve uma surpresa nada agradável. 

    - Cadê minhas coisas? - A sala estava "limpa", apenas os moveis comuns a compunham. 

     Frustrada, voltou ao hall. Sabendo do que viria a seguir, Joana se aproximou. 

     - O que houve amiguinha?  

     - Minha sala... O que houve com minhas coisas?  

     - Mandaram retirar. - Respondeu tranquila 

     - Como assim? Quem? 

     - Melhor perguntar ao seu Fernando. 

     - Não acredito. - Suspirou. - Obrigada Joana.  

    A passos rápidos Lety chegou a presidência, bateu e logo em seguida entrou, quando reparou no ambiente obteve sua resposta. 

     - Oi amor! - Fernando riu com sua cara de sapeca 

     - Não acredito que fez mesmo isso.  

    - Sou um homem de palavra. - Beijou seus lábios fazendo-a desmanchar sua feição de perplexidade. - Venha. 

   De fato ele havia cumprido seu prometido, a sala da presidência havia sido reduzida; a ex-salinha ganhou mais espaço. (E pelo marketing que Fernando fez, só poderia ter mudado muitas outras coisas) 

    - Não acredito! - Sorriu ao ver seu "novo" lugar de trabalho - Estávamos praticamente do outro lado do mundo e mesmo assim você aprontava coisas aqui?  

     Seu peralta marido apenas riu de canto, deu um passo a frente, pediu que a mesma o acompanhasse e como um guia mostrou o ambiente. 

     - Lembra da janela que tinha aqui? - Ela ia responder mas o mesmo não deixou - Lógico que não, porque não tinha. - Riu – Mas agora tem! Olha. Essa. Vista! - A vidraça que ia de um canto ao outro da sala, exatamente como ele havia prometido. - Lugar arejado, cores claras, moveis modernos, tudo ao nível da rainha. - Gostou? 

     - Eu amei, está ótima e é perto de você... 

    - Exatamente! Me poupa atravessar a empresa inteira para... 

    - Fernando! - Corou 

    - Vida... - Se aproximou devagar – Somos casados. 

    - Somos responsáveis, não podemos... Você sabe. - Tocou seu nariz levemente. - Espero que tenha trocado o sofá da presidência. 

    - Claro que troquei! - Lety sorriu – Mandei por um deluxe! Não reparou? Na sua sala também, confortável, perfeito... 

     - Eu entendi, danado. - Selinho 

    Uma "frente quente de felicidade" era a previsão, a duração desta era indefinida, mas prometia se prolongar por muito tempo. E assim se sucedeu, o tempo passava de mansinho, trazendo momentos belos e novas alegrias. 

     Verdade seja dita, Fernando Mendiola nunca foi paciente, mas desde que acompanhou Lety no primeiro pré-natal, essa paciência caiu drasticamente. 

      - Eu pago caro para esperar horas? Cadê a qualidade que prometeram? - Cochichou 

     - Eu disse a você que seríamos atendidos às 15h, e que 20 minutos davam muito bem para chegarmos com tempo de sobra, mas você e sua pressa... - Voltou a olhar para a sua revista desinteressante – E estamos aqui há 12 minutos amor, prepare-se para esperar mais 20. 

    Fernando praguejou para si, balançou a perna, desbloqueou e bloqueou inúmeras vezes o celular e mesmo assim os ponteiros do relógio pareciam passar como tartarugas. 

    - Letícia de Mendiola. - A recepcionista chamou 

    - Final... - Um cutucão de Lety o parou. - Digo, aqui. 

    - Sala 3, fim do corredor.  

   A espera acabou, a dúvida que durante aqueles cinco meses de gestação pairou seria esclarecida. Era hora de saber se Fernando deveria se preocupar com uma bela princesa ou Lety deveria enlouquecer com dois Fernandos dentro de casa.  

    - Boa tarde Letícia, Fernando. - O simpático Doutor Ismael sorriu. - Se acomode por favor. 

    - Demora? - Não evitou a pergunta 

    - Se não conhecesse pediria para se acalmar. - Riu de canto 

    Ismael iniciou os procedimentos, e em poucos segundos uma imagem se formou na tela. 

     - Dessa vez conseguiremos. - Convicto de suas palavras. - Estão vendo papais? Ela está mais comportada hoje. Parabéns, é uma menina. 

    Em um impulso Lety olhou para o marido, hipnotizado, o mesmo lacrimejava com a imagem, não entendia perfeitamente, mas sua felicidade era mais que concreta. 

   Um papai neurótico e uma mãe coruja estavam em seu estágio intermediário de formação, sua filha era amada e paparicada, os avós babões em especial, "surtaram" com a notícia, nesse período Lety pouco sossego teve, era sugestão, conselho e mimos a toda hora, e quando finalmente ficava tranquila com o marido, uma pessoinha dava seus sinais. 

    Em pouco mais de uma hora o sol raiaria, o finzinho de madrugada estava frio, mas isso não era problema para dois corpos que repousavam de conchinha. (Em uma das posições que Lety e a baby estavam confortáveis) 

    A pequenina resolveu acordar a mãe naquele horário, como já estava virando costume. 

    - Amor... Fernando... - Chamou devagar – Vida...  

    - Hum...? - Se mexeu – O que houve amor? 

    - Estou com desejo. 

    - O que minha joia quer dessa vez? - Perguntou porém não se mexeu, continuou na posição que dormia 

    - Bolo de noiva, estou com um desejo enorme Fernando. 

    - Amor onde eu vou encontrar isso à essa hora? 

    - Não sei, procura pra mim? - Fez manha 

    - Lety... 

     - Amor, imagina comigo: nossa menina entrando na adolescência, puberdade, e ao invés de nascerem espinhas, vão sair frutas cristalizadas no rosto dela! Não amor, você precisa trazer.  

    Fernando reuniu suas poucas energias para sentar na cama. 

    - 4h da manhã e eu tendo que sair da minha cama... - Abraçou o travesseiro – Filha, você nem nasceu mas já quer enlouquecer seu pai. - Se levantou – Viu onde deixei a carteira? 

    - Na penteadeira. Não demora e cuidado okay?  

    - Okay. - Selinho 

    Depois de conversar por um tempinho com o buffet de um casamento e quase ser "chutado" de lá, Fernando conseguiu o alimento de obsessão das amadas; Lety no entanto colocou para fora tudo o que comeu, mas em nome da superstição e do não aparecimento de espinhas grotescas na filha, valeu a pena. 

     - Por que está assim amor? - A abraçou, a mesma estava encolhida na cama 

     - Estava tão bom, eu te fiz ir para não-sei-aonde e ainda sim vomitei tudo. - Se encolheu. Vez ou outra ela ficava assim, com oscilações aparentes de humor. 

     - Isso lhe preocupa? Amor da minha vida, relaxe pois isso é o que menos importa! - Riu para que ela risse também - Vamos pensar em outra coisa?  

    - Tipo...? 

     - Qual nome de princesa nossa filha terá? 

     - Emília, que tal? Espera... Melhor não. - Riu – Alguma sugestão?

     - Sim. Eu andei pesquisando, e se concordar colocaríamos Beatriz, que significa "aquela que traz felicidade". 

     - Não vejo melhor escolha. - Sorriu – Nossa pequena Bia. 

    Juntos, em um ato ritmado, acariciaram a casa temporária de Beatriz, como se a mesma pudesse sentir todo o carinho que queriam passar.


Notas Finais


"Você ainda não nasceu, mas seu nome já está escolhido. Tenho certeza que você vai adorar. E, já te digo de agora, que seu nome vai ficar famoso em muitos lugares. Você vai ter toda uma vida incrível pela frente." - Desconhecido


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