Sim, Letícia estava grávida novamente, a família aumentaria mais, como sempre quisera, só não imaginaram que isso aconteceria tão... Rápido.
Revelar mais um integrante da família Padilha/Mendiola foi uma cena que sozinho Fernando planejou, nem Lety sabia ao certo o que ele estava tramando, mas se agradou bastante quando soube.
- Bom família... Eu quero fazer um brinde.
Letícia achou que o marido iria contar a novidade, já que Padilha e Mendiola estavam reunidos à mesa, não haveria melhor momento.
- Um brinde para comemorar, claro! - Continuou - Há pouco tempo completou-se quatro anos que me casei com a mulher da minha vida. - Olhou para Letícia - Aquela que alegrou meus dias e sei que fará isso por muito tempo. Aquela que me provou que amar vai muito além de beijos e "eu te amo". - Sorri enquanto a vê corada - Aquela que me deu o maior presente. Um brinde a nossa felicidade!
- A felicidade! - Alguém puxou
- Vamos tirar uma foto em família? Um momento tão lindo como esse... - Sorriu maroto, como sempre era, por isso sua intenção passou desapercebida
- Gostei da ideia. - Julieta sorriu
Nesse meio tempo a família deslocou-se para a sala, era um ambiente melhor para ser registrado.
- Sentem aí que eu vou tirar!
- Que fique registrado esse momento especial. - Humberto ressaltou
- Quando estiver pronto diremos "Xis"?
- Não. Isso é tão... Passado. - Riu
- Pronto! - Uma empregada segurava o celular enquanto Fernando se juntava aos demais - Digam: LETY ESTÁ GRÁVIDA!
- Lety está...
- Grávida?!
A reação inicial dos familiares à notícia estava registrada, e sempre que olhavam aquela foto Fernando e Letícia riam, lembrando da "mini-confusão" que se formou depois da notícia.
A medida que o tempo passava, Beatriz ficava mais esperta, e muito perguntadeira.
- Meu papai chegou, mamãe? - Entrou saltitando, estavam chegando em casa depois de voltarem da escola
- Sim, o carro dele está aí. - Sorriu – Vamos procurá-lo?
- Vamos! - Correu
- Devagar Bia! - Sorriu.
Quando Letícia chegou no quarto principal, encontrou seus dois amores sentados na cama conversando.
- ...E a tia Vaninha disse que eu acertei tudo, e que merecia uma notinha 10. - Disse sorridente
- Mesmo? Isso é ótimo minha princesa! - Lhe deu um beijo - Mamãe chegou, você fica com ela enquanto eu tomo banho, certo?
- Sim. - Balançou as perninhas, que curtas, estava suspensas na cama
- Você não terminou de me contar sobre seu 10. - Lety sentou-se ao lado da filha.
- Eu fiz direitinho. - Gesticulou com se escrevesse algo
- Parabéns meu amorzinho. - Sorriu
- Mamãe?
- Sim?
- Sua barriga cresceu. - Deu um risinho - A senhora comeu muito doce?
- Muito! - Fernando, que ainda não havia entrado no banheiro, sorriu, Lety todavia lhe jogou um travesseiro, o repreendendo
- Não foi bem por isso meu amor. Estou "gordinha" por causa de seu irmão.
- E onde ele está? Vamos ligar para ele? Igual fazemos com a Vovó Terezinha. Vamos mamãe!
- Meu amor, ainda vai levar um tempinho para ele chegar. - Riu de sua inocência - Ele está bem pertinho de nós, aqui. - Acariciou a barriga protuberante
- A senhora comeu meu irmão? - Arregalou os olhos incrédula, Fernando do seu canto conteu o riso.
- Não é bem assim querida. - Riu – Mas você é tão pequenina para entender...
- Eu sou grande. - Pulou da cama, ficando de pé, levou a mãozinha acima da cabeça e voltou a falar. - Tá vendo? Sou grande.
- Claro que é. - Lhe deu um beijo – Vamos tomar banho? Depois vamos fazer o dever de casa.
Três meses depois Lety sentiu contrações, e logo mais, Fernando Filho veio ao mundo, o segundo herdeiro do casal Mendiola.
- Ele não fala? - Perguntou a mãe, estavam no quarto de Nandinho, o mesmo havia sido trocado há pouco.
- Por enquanto não, meu amor. - Guardou os objetos do bebê.
- E ele dorme muito. - Olhou para dentro do berço, o pequenino estava bem acordado, porém a irmã mais velha o observava desde sua chegada a casa, há três dias.
- Você quando era desse tamanhinho também dormia muito, dormia o dia inteiro na verdade, acordava de madrugada, chorando. - Riu lembrando de todas as noites que ela e Fernando interromperam o sono por causa de um choro de Beatriz.
- Mas eu chorava muito?
- Um pouquinho. - Se aproximou da filha – Viu seu pai?
- No jardim. - Apontou para a janela – Lendo o jornal.
Nandinho cresceu um garotinho bastante esperto, e junto a sua irmã, (Sua companheira de travessuras) fez da vida dos pais um parque de diversões: Agitado e divertido.
- O que houve? - Perguntou quando viu o marido entrar sorrateiramente na cozinha
- Fala baixo. - Sussurrou
- O que houve? - Repetiu a pergunta, dessa vez falando baixo como ele pediu
- Estamos brincando de esconde-esconde. - Respondeu como se fosse óbvio - Viu uma das crianças?
- Não. Correr dentro de casa amor? O jardim tão grande...
- Eu sei amor, mas é que... - Sentiu um cheirinho no ar – O que está fazendo?
- Pudim. - Voltou-se para o balcão, Fernando permaneceu atrás dela, olhando o que fazia
- Ponto fraco amor. - Riu
- Te achamos! - Beatriz e Fernandinho entraram gritando sorridentes
- Está vendo? Você me desconcentrou da brincadeira - Balançou a cabeça negativamente, após riu
- Papai o senhor conta de novo.
- Eu de novo? Tudo bem, vamos lá.
Sua família lhe sustentava, era seu pilar, se mexessem com eles, consequentemente a afetaria. (O que para a alegria geral, não aconteceu) Tanto Letícia quanto Fernando achavam que não precisavam de mais nada para serem felizes, tinham amor um no outro, e nos filhos, e além de amor, traziam alegria para aquela casa, porém, o destino resolveu presenteá-los.
- Grávida? Como assim? Você tem certeza?
Letícia entregou um papel ao marido, ele leu e logo após confirmou.
- Positivo. - A encarou, a mesma andava em círculos pelo quarto. - Mas você não tomava a pílula?
- Também achei estranho ver duas listrinhas nesses testes de farmácia, procurei minha ginecologista, fiz os exames e... Positivo. - Suspirou – Perguntei sobre as pílulas, primeiramente ela ressaltou que a eficácia é de 98%...
- Esse bebê é fruto desses 2%? - Riu sincero – Com essa sorte posso jogar na loteria!
- Fernando escuta. - Passou a mão pelo rosto – Disse que havia coisas que reduziam essa eficácia consideravelmente.
- Tipo?
- Uso de antibióticos.
- Mas... Você.... Ah...
Recentemente Letícia teve um pequeno acidente com um vidro quebrado, e lhe foi receitado sim o uso de medicamentos mais fortes.
- Por quê está tão apreensiva? - Gentilmente perguntou
- Eu não sei! - Virou-se – Eu não estou rejeitando esse filho, pelo contrário, só... Estou surpresa. Surpresa por ele ter vindo quando menos esperávamos, quando eu achava que dois filhos estava ótimo!
- Ei! - A abraçou - Não fica assim.
- Filho é uma benção, eu sei.
- Esse filho vai ser muito amado, assim como Nando e Bia. - A olhou – Estamos juntos, não estamos? Já disse uma vez que temos amor para um time de futebol.
Ela riu fraco aninhada em seus braços.
- Obrigada por estar sempre comigo.
O susto foi apenas inicial apesar de tudo. A terceira gravidez de Letícia não era de risco, mas como a mesma se aproximava dos quarenta e já havia tido dois filhos de parto normal, alguns cuidados a mais precisavam ser tomados, uma vigilância extra, que foi seguida a risca pelo maridão e pelos filhos, que estavam influenciados pelo pai.
- Devagar amor. - Segurando sua mão a ajudava a descer os degraus, os pequenos assistiam na sala.
- Tão quietinhos... O que assistem?
- Eu queria Dora.
- E eu queria Blaze. - Nando ameaçou chorar
- E ficou decidido que seria bananas de pijama. - Duda, a babá por meio período juntava os brinquedos que estavam espalhados por alí.
- Mamãe tá bem?
- Sim querida. - Sorriu – Vamos ver seu irmão, não demoramos.
E com um beijo nos filhos se despediram.
Na sala de ultrassom, Fernando estava ansioso.
- Menina... Menino... – O médico comentou, no entanto, o casal pensou que o mesmo estava fazendo suspense.
- Já sabe?
- Sim. - Olhou - São dois, um casal.
- Oh my God...
A descoberta dos gêmeos fez Letícia tomar uma decisão, que após muito falar com o marido, obteve consenso: Fechariam a "fábrica", parariam a produção de bebês no número quatro, e seriam felizes com suas crianças e uma família relativamente numerosa.
- Quais serão os nomes? - Bia perguntou, já entendia melhor a situação, diferente de Nando, que brincava junto a eles.
- Ainda não pensamos. Quer sugerir algum?
A menina pensou por um tempo mas depois negou.
- Eu tenho algo em mente. - Fernando se pronunciou
- Qual?
- Lembra que há muito, muito tempo eu pensei em nomes?
- Então você não está mesmo grávida?
- Não – Suspirou mais calma – Eu não estou grávida
- Poxa... – Disse com pesar – Eu já tinha pensado nos nomes...
- Nomes?
- Sim! – Seus olhos brilharam – Você gosta de Jonathan? E que tal Valentina?
[Trecho do capítulo 10]
- Poderíamos chamá-lo de Jonjon. - A pequena sugeriu – Ela de... Vale. Eu gostei.
- Está decidido então.
Jonjon e Vale nasceram de uma cesariana, quando Lety passou do oitavo mês, ambos saudáveis, e que causaram certo ciúmes no pequeno Fernando. (Beatriz já estava acostumada a não ser a única a dividir o amor dos pais)
3 anos depois...
Letícia estava jogada na cama do casal, havia acabado de voltar com o marido de uma reunião importante na empresa, quando seu celular toca, era uma de suas comadres, Luiza.
- Olá sumida! - Sua voz expressava felicidade
- Com 5 crianças dentro de casa não dá para ser ativa como antigamente. - Riu
- 5? Não eram quatro filhos? - Gargalhou
- Fernando quando se junta com as crianças parece um menino. - Sorriu – E você? Vocês na verdade.
- Estamos de férias, viemos visitar minha família. Eu, Enzo e Ry, viajando pela América Latina.
- Que ótimo. - Fernando apareceu no quarto.
- Amor você acha que... Ih, desculpa. - Calou-se
- Vocês estão bem? Acredito que sim, a mãezona sabe lidar muito bem. Admiro como você administra bem tudo, quatro filhos, marido, casa, empresa e vida social. - Riu
- Eu admiro você, que só teve um! - Gargalharam - Não é nada fácil, mas com um esfocinho aqui... - Dessa vez Beatriz entrou no quarto
- Mãe, a dinda Carol... - Fernando fez sinal de silêncio e a mesma sentou também, esperando na "fila"
- Enzo é enérgico demais, tenho certeza que vale por dois ou três.
- Acho que não. - Sorriu; Nando apareceu
- Mãe, a minha bo... - O mesmo foi impedido de falar e posto para esperar também
- Quando nos farão uma visita?
- Se a família Lewis não resolver morar em Nova Iorque, - Brincou – Assim que retornarem ao México.
- Perfeito! - Os gêmeos entraram reclamando.
- Mãe! O Jonathan está implicando comigo!
- Eu sou o mais velho!
- Tudo bem aí, Lety?
- Sim. - Suspirou feliz - São apenas meus bebês. Eu preciso desligar, nos falamos, tudo bem? E diga que deixei um beijo.
- Claro, beijos em todos. – Encerrou a chamada
- Então? – Olhou para a família – Vamos por partes. Jonathan e Valentina, quantas vezes disse para não brigarem por causa disso? São só 2 minutos de diferença!
- Eu disse que era mais velho. – Jon sorriu vitorioso e saiu, Valentina foi atrás
- Nando você não esqueceu na casa do tio Tomás não?
- Ah... Foi mesmo. – Saiu a procura de outra coisa para de entreter, antes que falasse Beatriz se pronunciou
- A dinda Carol está em Milão de novo. – Um Largo sorriso estava sua face – Quando vamos lá mamãe?
- Não sei, mas pensarei no assunto com carinho, tudo bem? – Sorriu
- Aham. – Saiu feliz
- E o meu marido... Ah! - Gargalhou, Fernando pulou na cama deitando ao seu lado
- Você é uma mãe incrível. – Lhe deu um selinho
- Você também é um pai maravilhoso. – Voltaram a de beijar
- Somos uma dupla perfeita, você coloca a ordem, e eu animo a criançada.
- É... – Ponderou – Quem diria que hoje teríamos um família tão linda? Digo, tínhamos tudo para dar errado, mas...
Fernando calou a esposa com um beijo, calmo, delicado, carregado de amor, findou o contato de seus lábios acariciando seu rosto, e olhando docemente para aqueles olhos castanhos que há tanto tempo lhe encantou, e que até hoje tem esse efeito.
- Eu te disse que você é o amor da minha vida. – Lhe deu um curto e delicado beijo.
- Eu te amo Don Fernando, sempre te amarei.
E agora que eu conheço os caminhos.
Que me levam pros seus braços.
Agora que o silêncio é uma carícia.
Que a felicidade traz.
Você e o seu sorriso iluminam minha vida.
E meus espaços.
E chega me dizendo num sorriso.
Não me deixe nunca mais...
The end.
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