História Narcissist - My problems

Mais de 78% da população do planeta possuí doenças mentais, transtornos que afetam seu modo de pensar, e às vezes de agir. Dentre as doenças mais comuns temos em destaque:

1- Transtorno de ansiedade social: Um transtorno de personalidade, um desconforto emocional, caracterizado por um medo ilógico de situações sociais, contraindo um medo intenso de interagir com outras pessoas.

2- Transtorno depressivo  maior: Também conhecido apenas como depressão, é um transtorno clínico acompanhado de baixa autoestima, perda de interesse em atividades variadas, indisposição e, até mesmo, dores sem causa definida. Acredita-se que seja causada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicológicos.

3- Insônia:É um distúrbio que afeta o simples ato de adormecer diariamente… Com alterações na indução, permanência e estrutura biológica do sono. A insônia é responsável por alterações na qualidade de vida das pessoas afetadas, por causar cansaço excessivo, demonstração de humor incomum e prejuízo no desempenho profissional ou estudantil.

4- Estresse pós traumático: Pode ser definido como um distúrbio de ansiedade que caracteriza-se por um conjunto de sintomas físicos, psíquicos e emocionais. Ocorre devido à exposição de vítimas ou testemunhas à situações traumáticas que representam ameaça a vida de alguma forma. Quando o fato é lembrado, revive o episódio como se estivesse ocorrendo naquele momento e com o mesmo estímulo neural recebido antes.

5- Transtorno Bipolar: É um problema em que as pessoas alternam entre períodos de depressão e períodos de elevado ânimo. Essas chamadas “oscilações de humor” podem ser muito rápidas e ocorrer com frequência indeterminada. Durante o período de mania a pessoa comporta-se ou sente-se normalmente energética, contente ou irritável, em contraste com o período depressivo.

Bem vindos ao mundo real, onde o fato de possuir os "problemas" citados anteriormente faz de você um alvo de chacota, ou pior, de pena.

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CTM- Centro de tratamento de doentes mentais.

19:56 p.m

Os dias preso nesse lugar mais parecem anos, os poucos minutos que permitem que vejamos sol se resumem a um passeio de 15 minutos no sol com alguma visita que venha ter, foi o que me informaram, já que é algo que eu nunca recebi depois de ser deixado aqui.

 Até agora.

Ouvir meu nome ser chamado foi algo novo, algo que fez com que uma esperança crescesse dentro do meu peito, o que logo desvaneceu-se. E se fosse alguma consulta fora do meu quarto hiper seguro? Poderia ser uma psicóloga nova tentando começar com o pé direito. A última pode ter ficado intrigada um pouco demais com meu caso. Andando pelos corredores excessivamente iluminados, eu engolia em seco a cada três passos, os três enfermeiros que me cercavam estavam preparados para qualquer acidente não me davam nenhuma segurança. 

Mas, porquê?

A única pessoa que poderia fazer mal a mim naquele corredor era eu mesmo. Os enfermeiros me acompanharam até uma sala com porta pesada, com ar leve, devia ser a famosa sala entre os dormitórios e o jardim.

 A porta da liberdade.

Eu me sentei na cadeira que estava livre e só então reparei na mulher alta de longos cabelos castanhos com uma perfeita postura parada ali, olhando pela janela. O modo como vestia não se assemelhava a outras profissionais que me já me acompanharam. Nós ficamos sozinhos e ela disse, com a voz mais aveludada que eu já havia escutado:

-É incrível como as cores criam um contraste perfeito, o vermelho das flores com o verde da grama- Ela suspirou e se virou. Seu olhar era centrado, o canto de sua boca estava meramente suspenso, o que dava à aquela desconhecida um ar despreocupado.-Vim te levar.

Eu franzi a testa ao escutar aquela frase saindo de seus lábios rosados. Para onde ela queria me levar? Quem era ela?

Como se lesse meus pensamentos, a mulher que não devia ter pouco mais que 19 anos levantou a mão por um segundo, andou lentamente até mim e sentou-se na cadeira. Suas mãos se esfregavam, ela parecia nervosa. Aliás, quem não fica diante de mim?

 -Antes que comece a questionar, meu nome é Serena Jenkins, acabei de me formar na faculdade de psicologia e apresentei uma nova proposta para treinamento-Ela levou uma das mãos ao braço e começou a esfrega-lo lentamente, levantou a cabeça e então, só então olhou em meus olhos.-O conselho permitiu que eu buscasse por uma chance aqui. Eu vou te levar para a minha casa e observa-lo de perto, Jacob.

Suspirei ao escutar meu nome ser pronunciado por uma voz tão macia, pela primeira vez sem medo. Me inclinei sobre a mesa e pude notar uma hesitação em seu olhar, mas logo depois ela fez o mesmo. Tombei a cabeça para o lado, dei um sorriso torto e ela imediatamente imitou.

 -Por que eu? -Minha voz saiu fraca e rouca, eu relaxei em meu acento e ela permaneceu na mesma posição, como se estivesse paralisada. -Me desculpe, não começamos do melhor jeito- Estendi minha mão na direção de Serena- Jacob Rauch, 22 anos, muito prazer.