História NaruHina: Meu anjo - Vingança

Hanabi verificava as pastas do pen drive que Neji lhe dera. Estava no refeitório da faculdade. Eram muitas pastas para verificar, o que tornava a procura cansativa. Ainda não tinha dito a Hiashi sobre o pen drive.

-Seu namorado quer atenção! -Disse Konohamaru beijando a nuca da Hyuuga, ela sorriu ainda atenta ao notebook.

-Hoje não posso, Mô! -Ela disse baixo e ele se sentou do lado dela.

-O que é isso? 

-Coisas da empresa, nada de interessante! -Disse com desdém.

-Se não fosse nada de interessante você estaria agarrada ao meu pescoço me beijando há muito tempo! -Ele disse soltando o ar pelas as narinas. -Você nem olhou para mim desde quando eu cheguei! -Disse dramatizando. Hanabi sorriu e fechou o notebook colocando dentro da mochila junto ao pen drive.

-Você é um dramático! -Ela proferiu encarando o namorado e ele riu largo.

-Às vezes meu drama dá certo! -Ele disse antes de ter os lábios tomado pelo os da Hyuuga. 

    -Moleque insolente! -Toneri socou a mesa em fúria, Shion havia chegado a casa dele depois de Neji ir embora. O albino contou a situação para ela. –Neji armou isso tudo! -Bufou com raiva. -E esse menino me prejudicou demais! Se a cópia parar nas mãos do velho Hiashi, estou perdido.... Quero que eles paguem por isso... com a vida! -Ele bufou se jogando na poltrona.

-Toneri, o menino é somente uma criança! -Shion gargalhou divertida, recebendo um olhar de repulsa do albino. -Brincadeira, adorarei vê-lo chorando como ninguém nisso tudo! -Ela se sentou no colo dele e beijou seu rosto. -Além do mais, isso será uma grande distração... Os Hyuuga’s irão deixar a empresa de lado e forcará no assassinato! -Shion disse pensativa.

-Você ainda sabe usar essa ervilha que chama de cérebro! -Toneri disse arqueando a sobrancelha e a Shion franziu o cenho. -Vou aderir, você tem razão! Com o atentado, os Hyuuga’s ficarão desatentos e aí posso averiguar aonde ou com quem Neji deixou o pen drive enquanto isso! -Toneri suspirou. -Há outros desvios... se esse pen drive parar nas mãos de Hiashi estarei totalmente perdido! -Disse passando as mãos nos cabelos grisalhos.  

-Está desesperado!? -Shion o questionou com um sorriso sarcástico no rosto.

-Lie! -Ele riu abertamente. -Sei onde eu piso, Shion!

-Neji você irá matar, enquanto ao menino? Irá mata-lo também? Sabe que crianças são linguarudas, Hiro ainda seria um problema! 

-Pensando bem, o deixarei vivo, será mais interessante. Vou machucar ele onde mais lhe dói.... Os pais! -Pegou o telefone discando para alguns números.

O casal Hyuuga junto Hiro chegaram ao apartamento luxuoso em Shirakawa. Levaram o pequeno para conhecer os parques assim quando chegaram, e claro, a bela praia que tinha ali, Hiro insistira muito para ir. Não aguentaria esperar outro dia para se banhar no mar. 

Hiro brincava na areia tentando fazer um grande castelo, sem obter muito sucesso, deixando-o irritado. Ayme riu se aproximando e se sentando do seu lado.

-Vejo que a paciência não é a sua virtude! -Ela riu vendo o menino fazendo bico. -Vamos, desfaça essa carinha, lhe ajudarei! 

-Eu já desisti, okaasan! -Ele disse cruzando os braços.

-Está recusando a minha ajuda? -Ela fez cara de espanto causando uma gargalhada gostosa no menino. -Vem, você não pode desistir assim tão fácil! -A voz da mulher soou doce, Hiro suspirou desfazendo o cruzamento de braços para assim voltar o que fazia antes. Ayme parecia concentrada no que fazia, Hiro seguia seus conselhos. E por fim, terminaram o castelo de areia.

-Conseguimos! -Hiro disse alto, animado.

-Vejo que estão se divertindo sem mim! -Chegou Neji trazendo soverte e a esposa riu. -Hmm, falta uma coisa aí! -Pegou uns gravetos como fossem as bandeiras e pôs no castelo. -Agora sim isso pode ser chamado de castelo!

Depois eles foram para a água, Hiro parecia se divertir com a família. Brincaram até cansarem. 

Neji o pegou no colo o carregando para o apartamento enquanto Ayme carregava uma bolsa seguindo eles. Se banharam e deitaram o menino em seu meio.

-Otousan Neji? -Hiro o chamou sonolento, Ayme já havia adormecido.

-Oe?

-Por que os pais não vivem para sempre? -A voz do menino soou tristonho, Neji suspirou fundo.

-Tudo tem sua hora e a tempo para determinadas coisas. Nem tudo dura para sempre, mas temos que aproveitar o máximo possível enquanto estamos vivos. Temos que aproveitar o agora! Enquanto a sua pergunta, eu também me questionava a mesma coisa! -Neji suspirou antes de prosseguir. -Meu ojisan Hiashi que me criou, ele é como um otousan para mim desde quando perdi meus pais. Ele me disse um dia que temos que valorizar e amarmos quem estar ao nosso lado enquanto os temos vivos, e os outros que já foram para o céu, para mim continuar a amá-los, mas seguir a vida, pois ainda tenho uma vida e pessoas para amar...

-Promete viver muitos anos comigo? Você e a okaasan Ayme? -Aquela pergunta parecia importante para o menino. Neji sorriu sincero para o filho.

-Prometo me esforçar ao máximo possível para viver e proteger vocês! -Neji o encarou e Hiro sorriu.

-Arigatou! -Disse antes de fechar os olhos e se entregar ao sono.

Acordaram no dia seguinte e Hiro brincava com o carrinho indo para o carro. Logo um carro preto parou em frente a ele e dois homens saíram do carro aportando armas em direção ao casal.

-Otousan! -Hiro gritou assustado e Neji correu até ele o pegando no colo ainda encarando os caras.

-Eu te passo a carteira, mas deixe meu filho e a minha esposa! -Neji falou corajosamente e Hiro sentiu seu corpo tremer.

-Isso não é um assalto, é uma encomendar, parceiro! -Um dos homens atirou e Neji deu as costas protegendo o menino recebendo um tiro nas costas, caiu por cima do garoto ainda o abraçando.

Recebeu outro tiro na nuca e cuspiu sangue. Hiro estava estático e quando deu por si chorava copiosamente por debaixo do pai.

-Nejiiiiiiiiiii! -Ayme gritou desolada e puxou o corpo do marido, mas logo saiu outro disparo na sua direção e seu corpo caiu do lado de Neji. Hiro olhava tudo atônico e com desespero, viu a mãe sangrado. Ela se esforçou para olhar eles, viu seu marido desacordado e seu filho chorava copiosamente. Se esforçou pra tocar no rosto dos dois.

-Sin...Sinto muito, H...Hiro-kun! -A mulher chorava, contudo tinha um sorriso nos lábios. -Cui...Cuide do se.… seu pai por mim, onegai! -Ela pediu e logo seus olhos se fecharam.

-Okaasaaannn! -Hiro se debatia ofegante e um dos caras jogou o corpo de Neji para o lado e pegou o menino no colo.

-Que morte linda, mato ele também? -Perguntou um dos capangas para o outro homem que deu de ombros.

-Lie, o chefe pediu para levarmos o menino vivo, então levaremos!

-Moleque, não sei o que você fez, mas o que foi feito, está bem feito!

-Nejiiii, Ayme! -Hiro tentava se soltar dos braços do homem, mas logo o mesmo o jogou para dentro do carro e ele chorava copiosamente. -Quero meu pai, quero minha mãe. Onegai, me deixe lá com eles, onegai! -O menino chorava entre soluços e os caras riam. Pararam em frente uma casa de praia. E logo pegaram o menino no colo a contragosto e o jogaram dentro da sala. Logo viu o albino se aproximando rindo abertamente.

-Trabalho feito, chefe! Mas tivemos que matar a esposa do Hyuuga também!

-Perfeito! Bom trabalho, Hidan e Kakuzu! -Ele se sentou olhando o menino encolhido no chão. -Esperem lá fora!

-Você mandou eles fazerem aquilo com meus pais, por quê? -Hiro se levantou partindo para cima dele, Toneri o segurou sem muito esforço pelo o pescoço.

-Isso foi culpa sua, pirralho! -Toneri se levantou rindo apertando seu pescoço. -Quem mandou se meter no meu caminho!?

-Eu.... Eu não te fiz nada! -O menino chorava e Toneri o jogou no chão.

-Fez, e muita coisa! -Toneri se sentou, Shion chegou e se sentou no colo de Toneri. O albino alargou o sorriso, começaria a mexer com o psicológico do Hyuuga, segunda o que os capangas pesquisaram e lhe passaram. -Você matou seus pais, Hiro. Tanto os de sangue como os que te adotaram, eles te amaram e você os matou. Você que fez isso. Primeiro foi pedindo para ir na casa de verão, o dia estava chuvoso, mas você insistiu tanto que eles cederam, a estrada estava tão escorregadia que causou o acidente e os matou! -Toneri falava divertido vendo o menino se abraçando. -Agora foi isso, você se meteu em coisas de adultos, e olha no que deu, matou as pessoas que te ama! -Toneri tirou Shion de seu colo e foi até o menino. -Isso não é bom!?

-Você é muito mau, você é um mostro!

-O mostro aqui é você, Hiro! -Toneri o chutou forte, fazendo-o urrar de dor. Toneri se agachou ficando à sua altura. -Você está destruindo aqueles que te amam, se continuar assim matará também Naruto, Hinata, Hanabi, Hiashi, Konohamaru, uma tal de Mirai... -Deu um murro no rosto do menino. 

-Onegai, não faça nada com eles! -O menino urinou nas calças, Shion gargalhou alto.

-Nossa, pensei que você era um homem! -Shion disse rindo alto.

-Onegai, Toneri...Moça, não deixe ele machucar ninguém não, onegai! -Hiro pedia em súplica, Toneri se levantou rindo.

-Anda na linha, pirralho! -Shion piscou o olho e foi até Toneri o beijando. -Senão você paga! 

-Hmm -Toneri deu de ombros. -É melhor você ir. A polícia deve já estar chegando, e você está desaparecido. Mas lembre-se, você não sabe de nada, senão você já sabe! -Toneri piscou o olho e afagou os cabelos do menino para logo o puxar. -Eu mato você e todo o resto que você ama, e acho melhor você se afastar deles! -O soltou. -Hidan! -Gritou e o grisalho apareceu na porta. -Leve-o e tenha cuidado!

-Hai, chefe!

Hiro foi deixado perto da praia e logo caminhou até o apartamento que estava hospedado. Os polícias logo vieram em sua direção vendo-o sujo de sangue. O tumulto era grande ao redor do prédio, havia grande quantidade de carro de policias, a ambulância havia acabado de chegar, Hiro viu os corpos dos pais serem movidos para lá. Olhou incrédulo e com dor.

-Esse é o filho do casal! -A recepcionista apontou para ele.

-Você sabe quem fez isso? -Perguntaram e ele nada disse. -Você viu? -Ele ainda caminhava em direção a ambulância.

-Você não está para muitas perguntas agora, não é? -Um dos policiais o perguntou e o menino meneou a cabeça positivamente.

-Deixe ele comigo, querido! -Uma loira alta, dos olhos azuis apareceu.

-Você não tem muita paciência, Temari! -O moreno revirou os olhos e encarou o pequeno. -Precisamos investigar o caso, mas quando você estiver pronto, certo? -O menino meneou a cabeça positivamente.

-Ele está machucado, Shikamaru! -Temari disse raivosa, vendo-o o rosto inchado de Hiro. -Precisamos de respostas urgentes.

-Agora não, Temari! -O Nara suspirou e se agachou ficando na altura do pequeno. -Vamos entrar em contato com a sua família, enquanto isso você fica em nossa casa com a autorização da justiça, tudo bem? -Ele perguntou ao menino e ele meneou voltando a caminhar até a ambulância. Entrou nela e segurou a mão fria da mãe e a apertou deixando as lágrimas voltarem.

Um dos médicos o olhou com dó.

-Se te ajuda, seu pai ainda está respirando! -O médico disse e Hiro pulou até o lado de Neji vendo-o no balão de oxigênio respirando com dificuldade. Ele segurou suas mãos. -Temos que ir!

-Hiro Hyuuga!? -A loira de antes o chamou. -Vamos? -Ele relutante soltou a mão do pai e saiu. Temari afagou os cabelos dele. -Shikamaru, levo ele na delegacia e lá vejo se posso o hospedar em nossa casa!

-Tudo bem! -O Nara suspirou e olhou para o menino. 

-Você fala? -Temari perguntou e ele meneou a cabeça.

-Ele viu o que aconteceu, foi muito forte para ele! -Shikamaru disse apreensivo.

-Você sabe quem fez isso? -A loira o questionou.

-Temari! -O Nara a advertiu, a esposa era teimosa e impaciente, o que tornava tudo problemático.

-É preciso, Shika! -A loira dirigiu os orbes azuis para o esposo, ele simplesmente deu de ombros. -Você sabe quem fez isso, Hiro? -Perguntou novamente, mas o menino desviou o olhar e tremeu. 

-Ele está sobre ameaça! -Shikamaru afirmou.

Temari e Shikamaru o levaram para delegacia, mas o menino não falou nada. Receberam a autorização de levá-lo enquanto a família dele não chegasse.

Temari e Shikamaru adentraram em seu lar. Hiro atrás dele, e no centro da sala tinha uma criança de meses brincando com uma mulher que parecia ser a babá, Shikamaru pegou o menino e o beijou, Temari fez o mesmo. Depois levou o pequeno para um dos quartos, o menino tomou banho, trocou de roupa que Temari pegou para ele e deitou, ficou ali, negou se alimentar. Tentou dormir. No meio da noite sonhou com seus pais e acordou chorando....

Hinata conversava com a Hanabi tranquilamente, Hanabi resolveu lhe visitar, já que ela e o pai estavam “brigados” supostamente pela a briga pelo o Uzumaki. Mas logo recebeu uma ligação.

-É do exterior, deve ser o Neji! -Disse Hinata vendo o número e atendeu indo para a cozinha. 

-Alô?

-Hinata Hyuuga?

-Pois não?

-Aqui é de Shirakawa, gostaria de solicitar a sua presença urgentemente no hospital principal do centro!

-O que houve? -Hinata começou a ficar apreensiva.

-Aconteceu um atentando, saiu feridos e um morto de sua família! E uma das vítimas está em coma em caso grave!

-Meu Kami, o... Mas..., mas como? -A Hyuuga estava em choque.

-Ayme Hyuuga foi baleada e não resistiu aos ferimentos, o mesmo foi com Neji Hyuuga, mas ele está ferido em caso grave e se encontra em coma! -Antes de terminar, Hinata já tinha lágrimas descendo pela a face.

-E o Hiro, o meu afilhado? -Teve forças para perguntar.

-Ele está hospedado na casa de um casal policial, mas não está ferido gravemente!

-Estou indo para ir agora! -Hinata desligou e Hanabi apareceu vendo a irmã chorando.

-Hina? O que houve? -Hanabi perguntou preocupada.

-Eu preciso ir para o exterior, Hana. -Falava indo para o quarto, Hanabi a seguiu sem entender. Hinata pegou uma mala e começou a jogar mudas de roupas para dentro da mesma.

-Me explique o que houve! -Hanabi parecia aflita.

 -Neji está entre a vida e a morte, Ayme...Ayme morreu! -Hinata disse fechando a mala e se sentou na cama, chorando.

-Hina? -Hanabi parecia incrédula.

-Eu preciso ver o Hiro! -Hinata se levantou pegando o celular. -Onegai, avise o Naruto-kun e o papai! -Discou alguns números para comprar a passagem pelo o telefone. Hanabi a levou até o aeroporto e se despediu de Hinata. 

Antes de anoitecer chegou em Shirakawa, encontrou com o Nara.

-Shikamaru Nara, a sua disposição Hyuuga-sama!

-O que houve? Ca.…cadê o Hiro? O que houve com meu primo e a esposa dele? -Ela começou a chorar e o homem suspirou.

-Calma, Hinata-sama! Hiro está em minha casa, ele está bem fisicamente falando. Neji Hyuuga foi gravemente ferido, está em coma. A Ayme, ela não resistiu aos ferimentos... ela...-Shikamaru respirou fundo. -Eu sinto muito! 

-Meu Kami! -A Hyuuga soluçava.

-Eu sei que é doloroso no momento, mas você precisa ir na delegacia e dizer se existe algum suspeito, precisa reconhecer o corpo... E como médica, ver o estado do seu primo!

-Certo.... Me leve até o meu sobrinho? -Perguntou angustiada.

-Hai. Depois disso!

Caminharam e Hinata foi à delegacia. Logo após foi ao hospital e viu o corpo palidíssimo de Ayme e, por mais que estudara para ser profissional naquela área, era impossível não sentir uma dor terrível. Ayme era sua amiga há anos. Conhecia sua história de superação, a autoconfiança que ela tinha, a garra em sua profissão, seu namoro com Neji e a força quando descobriu que era estéril, não podendo dar herdeiros para o marido, contudo não se abateu e deu a voltar por cima, Ayme era considerada como coração valente.

Hinata chorou amargamente vendo o corpo frio e pálido da amiga. Suspirou antes de cobrir novamente seu corpo, buscou se recompor e logo saiu da sala. Foi a sala que o primo estava desacordado. E o viu mais pálido do que já era. Afagou seus cabelos e beijou delicadamente a sua testa.

-Viva niisan! -A voz embargada era presente. -Hiro precisa de você. Onegai, não o deixe nesse mundo sozinho! -Ela olhou para o aparelho vendo as linhas fracas, falhadas do coração do Hyuuga e saiu da sala após alguns minutos.

-Vamos? -Shikamaru a esperava do lado de fora do hospital, ela meneou a cabeça partindo de carro com ele.

Chegaram a casa, se apresentou a Temari e logo foi dirigida para um dos quartos. Hiro estava na janela olhando para o nada e Hinata entrou, ele olhou para ela.

-Hiro-kun? -Ela correu até ele e o abraçou forte. Ele chorou um pouco, no entanto logo a largou lembrando das palavras de Toneri. -Sinto muitíssimo! -Ela disse acariciando o rosto dele.

-Ele não fala nada desde o ocorrido! -Disse Temari com o filho no colo. -Está traumatizado!

-É compreensível! -Ela disse o vendo sentando na cama. -O corpo de Ayme vai ir para Konoha para realizarmos o velório. Neji vai ser transferido de helicóptero, para não demorar tanto. Iremos voltar para Konoha em outro! -Ela disse baixo.

-As investigações irão continuar. Como foi algo que aconteceu aqui, Shikamaru quer esse caso para ele até o fim! Eu tenho uma prima em Konoha, a Hadasse de Sabaku, ela se interessou pelo o caso e ajudará nas investigações... -Disse a loira soltando o ar pela boca. -Não podemos deixar impune!

-Entendo. Bom, tenho que ir!

-Descanse aqui. Assim como acolhi o Hiro, você também pode ficar! -Temari disse apreensiva.

-Agradeço a gentileza, mas vocês já ajudaram bastante!

-Você sozinha aqui é perigoso! Eu insisto, fique! -A loira pediu e Hinata sorriu de lado.

-Você tem razão! -A morena suspirou. -Arigatou! 

-Os deixarei à vontade! -Disse saindo e fechando a porta.

-Hiro, pode conversar agora, estou aqui! -Disse indo até ele, mas ele se encolheu, se afastando. Ela suspirou pesadamente. O celular tocou, era Naruto.

-Hinata? -A voz do Uzumaki soava com preocupação.

-Oi, amor! 

-C...Como você está?

-Bom, bem mal! -Ela suspirou pesadamente. -Chego amanhã cedo!

-Eu te busco!

-Otousan enviará um helicóptero, me busque no hospital, estarei lá para chegada do Neji!

-Como está o Hiro?

-Ele não está mais falando. Está deprimido, eu não sei o que fazer. Me sinto impotente!

-Eii, calma, estou nem aí para te abraçar!

-Preciso descansar! -Ela disse vendo Hiro voltando a chorar em silêncio.

-Tudo bem, se cuide e cuide do garotão!

-Tudo bem! Ja ne

-Ja ne, meu anjo!

Após disso recebeu outras ligações. O dia amanheceu, mas a Hyuuga não conseguiu pregar os olhos, viu o pequeno dormir no canto da cama, parecia exausto. Suspirou e o esperou acordar. Forçou o pequeno comer alguma coisa e se despediram do casal. Foram até o hospital, o corpo de Ayme já tinha ido, do Neji estava dentro de um helicóptero e o outro a esperava. Hiro caminhava silenciosamente do seu lado, Hinata viu o Hiashi com os braços cruzados, a esperando. Ela correu até o pai e o abraçou.

-Eu não faço ideia de como reagir a isso! -Hiashi a abraçava forte. -Mas temos que ser fortes, Hinata. Neji ainda está vivo, temos que trazê-lo de volta! -Ele se separou dela e olhou para o Hiro que tinha os olhos inchados. -Hiro?

-Ele não está falando, otousan! -Ela deixou uma lágrima descer. Hiashi meneou com a cabeça e foi até o menino o pegando no colo, mesmo a contragosto do pequeno. -Calma! -Deitou a cabeça do menino em seu ombro e o menino começou a chorar silenciosamente. -Tudo ficará bem! -Hinata entrou no helicóptero e logo o pai junto com o menino entrou também. E voaram. Hiro olhava pra baixo e Hinata se aproximou dele e apertou sua mão.

-Estou com você e não abro! -Ela disse reconfortante e Hiro correspondeu o aperto, cabisbaixo.