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História Naruhina: Quando os mortos amam... (When the dead love) - Primeiro dia


Escrita por: Arysson_96 e LanaPepsi

Notas do Autor


Olá de novo, gente! Espero que gostem, essa é a minha segunda fanfic aqui no site, muito mais madura e será também mais longa que a primeira!! Tentarei sempre atualizá-la constantemente! Um grande abraço!!

Capítulo 1 - Primeiro dia


Fanfic / Fanfiction Naruhina: Quando os mortos amam... (When the dead love) - Primeiro dia

 

Ainda não eram nem 17:00h quando Akemi, uma idosa sexagenária, chegou a casa dos seus netos. Deveria tomar conta deles durante o feriado prolongado, já que a mãe deles teria de viajar à trabalho. A velhinha adorava estar com seus netos; eles davam trabalho, mas eram amáveis e com ela, sempre foram muito afetuosos. Ambos se chamavam Inoue, uma linda garotinha, e Mizuki, mais velho, um encrenqueiro por natureza. Ambos eram loiros, de ascendência europeia por parte do pai, e bastante inteligentes.

-Vovó, vovó!! – Gritaram ambos ao vê-la entrando, que bom que você chegou!!

-Ah, meus netinhos queridos!!

Abraçaram-se e logo as crianças foram pegando cada uma numa mão da avó, puxando-a para diferentes direções.

-Calma, assim vocês partem a vovó ao meio!!

E resolveram, por fim, assistir televisão até a hora de dormir. A vovó já ia fechando a porta, quando Inoue a chamou.

-Vovó...

-O que foi, querida?

-É que a mamãe sempre nos conta uma história antes de irmos dormir...

-Ela conta?

-Sim, mesmo que chatas – Mizuki falou, debaixo da coberta, com um ar de quem isso não possuía importância.

-Bem... Eu posso contar uma história a vocês.

-De que tipo? Fala sobre amor? – Inoue juntava as mãos em forma de coração.

-Espero que tenha sangue e monstros – Mizuki ria da irmã, que fez uma expressão de horror, em contrapartida.

-Há ambas as coisas. – Os garotos olharam para a avó curiosos. – Essa é uma história muito antiga. A minha avó contou para mim, quando eu era criança. Eu contei para sua mãe, quando ela era criança. E agora, já que ela ainda não contou para vocês, eu mesma farei.

Os dois irmãos sentaram-se e começaram a prestar atenção na velhinha. Que história seria essa? Eles queriam saber.

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Essa história se passa há muitos anos atrás, numa época onde cavaleiros ainda humilhavam-se subindo em charretes pelas suas damas, e a inquisição ia, de pouco em pouco, perdendo todo o poder. Era uma época de conflitos e lutas, e também, de muitos mistérios. Existiam castelos enormes, habitados por cortes inteiras, ou, estranhamente, por condes lordes que quase nunca davam as caras e viviam reclusos, donos de vidas pessoais extremamente reservadas e que geravam mitos que sobrevivem até os nossos dias. E hoje, vocês irão conhecer um deles.

Era uma noite fria, onde o céu castigava a terra com muita chuva e ensurdecia a todos com trovões aterrorizantes. Não se sabe ao certo a hora, e nem o lugar exato de onde tudo se passou. Mas uma pequena excursão de estudantes, que voltavam para um convento não muito distante, caminhava por aquelas bandas, desnorteadas. A bússola não adiantava, e os mapas que haviam traçado foram estragados pela água da chuva. Já não sabiam mais o que fazer. Uma dessas estudantes era Hinata Hyuuga, uma belíssima garota de olhos perolados que havia sido entregue às freiras pelos seus pais ainda aos 3 anos, para que pudessem educá-la e transformá-la numa verdadeira dama. Ao crescer, ela teria o direito de escolher se se entregaria de uma vez à igreja, ou se se casaria. Ela ainda não havia pensado nisso.

-Vamos garotas, separam-se e procurem algum abrigo próximo, está muito escuro e não poderemos nos situar desse jeito – Disse uma das irmãs que as acompanhavam.  

As meninas obedeceram. Algumas, sozinhas, foram explorar os arredores. Outras formaram duplas para poderem encontrar, quem sabe, alguma casa onde houvesse camponeses para prestar-lhes assistência. Hinata foi uma das que resolveram procurar sozinhas. Ela caminhou por algum tempo, até que, forçosamente, em meio a tanta chuva, pode ver uma pequena luz, distante. Acreditou que era alguma tocha protegida da chuva, e isso indicava que ali havia alguma residência. Pensou em dar meia volta e avisar às colegas, mas ela própria já estava tão distante que temeu, nesse escuro, perder-se de uma vez. Passaria essa noite abrigada, e no dia seguinte, após o sol raiar, pediria informações aos anfitriões de como chegar ao convento, cujo o qual era um prédio enorme e todos sabiam onde ficavam. Decidiu ir até lá o mais rápido que pudesse.

Ela correu, correu, e percebeu o quão longe aquele pequeno ponto luminoso estava, na verdade. Se não fosse pela chuva, que a encharcava, ela estaria completamente suada. Ela pode perceber, mesmo sem enxergar muita coisa devido a neblina, que o solo ficava cada vez mais denso, a medida em que ela se aproximava. Árvores nuas e enormes, assustadoras, eram cada vez mais frequentes e iluminadas pelos relâmpagos que caiam. Os corvos, mesmo na chuva, ainda estavam pendurados nos galhos, e alguns deles, emitiam seus grasnidos mortais para a garota, que tentava, sem sucesso, correr mais do que podia.

Ela foi se cansando, diminuindo a velocidade, mas percebeu que a luz já estava bem próxima. Tomou conta de que ela vinha não de uma casa, mas sim de um extenso muro de pedra, cuja a parte superior possuía algumas esculturas de criaturas semelhantes a gárgulas. Um relâmpago iluminou tudo, e ela viu que esse muro, na verdade, rodeava um enorme castelo, escuro e sombrio. Ela parou por um momento.

-Será que alguém irá me receber? Um castelo tão grande desses, deve ser de alguém da corte, ou de alguma família nobre... – Ela pensou, buscando o portão de acesso.

Ao encontra-lo, ela simplesmente suspendeu a alavanca que ficava à direita, buscando dar sinal de que havia gente querendo entrar; mas com isso, o grande portão se abriu. Ela achou estranho, olhou para os lados, e entrou. Ao menos, não se molharia mais.

Um grande corredor, coberto, levava até a porta que dava acesso ao castelo. Hinata pensou em deitar-se ali e esperar o dia amanhecer. Na sua bolsa, havia um cobertor, e por isso, os mosquitos não a incomodariam. Não haviam cães de guarda na propriedade também, ou a essa altura já a teriam estraçalhado. Mas, era de qualquer maneira uma invasão domiciliar, e nessa época, a pena para isso era altíssima. Mas ela era uma estudante, e uma serva de deus, logo, uma família não se incomodariam em abrigá-la por uma noite. Esse pensamento a motivou, e ela seguiu em frente, tentaria falar com os donos do castelo. Dirigiu-se até a porta. Ao chegar lá, bateu, bateu, bateu... E não obteve resposta alguma. Tentou novamente, e ao empurrar um pouco a porta, num gesto de impaciência, viu que também estava aberta.

-Mas o que está acontecendo?

Ela entrou devagar, sem fazer barulho. Será que haviam esquecido de trancá-las? Percebeu que estava numa grande sala de recepção, iluminada por algumas velas acesas num enorme lustre de cristal. As janelas, de formato oval e de vidros coloridos, semelhantes aos usados em catedrais, deixavam trespassar as luzes dos relâmpagos. Os assentos, espalhados por todo o cômodo, eram de aparência confortável. Havia um órgão Hammond à esquerda, e sobre ele, algumas partituras espalhadas despretensiosamente, como se alguém tivesse acabado de tocá-las. Um grande tapete vermelho dividia a sala ao meio, e em seu extremo, um trono, coberto de tecidos finos e de cores que ela não conseguia definir muito bem. Mais estátuas com monstros, gárgulas, o que fez a garota pensar que o dono da casa talvez possuísse alguma adoração por esses seres. Havia um cheiro doce no ar, mas Hinata não sabia de onde vinha. O silêncio reinava absoluto, e ela imaginou que todos, àquela hora, deveriam estar dormindo. No fundo, ela sentiu medo, e por isso, pegou o seu terço e passou a rezar. O lugar tinha um aspecto assustador, e, sabe-se lá quem ali residia, com certeza não era alguém normal.

Ela foi andando, aos poucos, seguindo o tapete vermelho, até se aproximar, por pouco, do trono, que, visto assim, tão de perto, parecia ser muito alto. Hinata tomou alguma coragem e encostou a mão no tecido; um frio gélido e mortal tomou conta do corpo dela. Um outro trovão fez grande estrondo, e de repente, seguida de um ranger de porta, uma pequena fachada de luz foi crescendo. Uma sombra foi aos poucos, aparecendo. Passos. Hinata percebeu, virou-se bruscamente, e de repente, estava no chão. Não conseguiu ver o rosto de quem a derrubou, mas com certeza era alguém extremamente forte. Ela começou a rezar mais alto e pediu para Deus, naquele momento, para não ser morta nem violentada.

Akemi percebeu que seus sobrinhos estavam com os olhos arregalados. Já passava da meia noite e eles deveriam estar dormindo. Será que a história os havia realmente vidrado? Suas expressões já comprovavam tal hipótese.

-Vovó, continua, por favor! – disse Inoue.

Mizuki fazia uma certa cara de indiferença, mas certamente, queria saber o que aconteceria depois.

-Vocês já tinham de estar dormindo... Vamos fazer assim, amanhã eu continuarei, se vocês fecharem os seus olhinhos agora.

Os dois fizeram o que a avó pediu. Ela os deu um beijo de boa noite, e então, andou até o interruptor, apagando a luz. Antes de fechar a porta, deu ainda uma pequena olhada, e logo após dirigiu-se ao seu aposento.

 

Continua...  


Notas Finais


Espero que tenham gostado... Imagino essa história, essas ambientações, há anos... Só precisava encontrar a maneira certa e os personagens corretos!! Muito obrigado por lerem e pelos comentários!! :D


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