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História Nas Entrelinhas do Destino - Eu vou adorar ver do que você é capaz


Escrita por: SoleLua_

Notas do Autor


Hey amores, na madruga novamente!!
Olha só, gosto mto desse capítulo porque nele a Karina vai dizer umas verdades... E por outras cositas a mais também kkk espero que gostem.
Boa leitura!

Capítulo 16 - Eu vou adorar ver do que você é capaz


Fanfic / Fanfiction Nas Entrelinhas do Destino - Eu vou adorar ver do que você é capaz

Pov Karina


Eu estava voltando pra casa depois de mais um treino e após ter que tomar uma ducha fria e sim, tudo por culpa daquele guitarrista gostoso e irritante.

Eu havia encontrado com Pedro depois do treino, e como sempre, ele me incendiou em poucos minutos. Eu não sei o que aquele garoto tem que me deixa tão entregue, tão vulnerável, tão... excitada. Sempre que estamos sozinhos é a mesma coisa, ainda mais nesses últimos dias. É inevitável, estamos mais próximos, em todos os sentidos e eu confesso que estou adorando. Adoro quando ele me encontra nos intervalos da escola ou da Ribalta e me rouba beijos; adoro quando consigo dar um perdido no meu pai e consigo sair pra encontrá-lo e ele está lá, me esperando com aquele sorriso lindo nos lábios; adoro quando ele cantarola o trecho de alguma música no meu ouvido e faz meu coração dar pulos dentro do peito ao dizer que está fazendo uma serenata particular... Eu simplesmente adoro cada vez mais tudo naquele moleque, e eu não tenho mais dúvidas, ele conseguiu: ele fez eu me apaixonar por ele.

Nossos momentos juntos são deliciosos e estão cada vez mais intensos; nossos beijos estão ficando cada vez mais quentes, nossos toques estão mais ousados, nossos corpos ficam suados e sedentos quando estamos juntos, parecem ter vida própria, vontade própria e anseiam cada vez mais um do outro, ficam tão próximos, tão quentes que parecem querer se fundir... porém, não passam disso. Pedro consegue se controlar e aceita quando eu o freio, mas as vezes eu confesso que me dá vontade de continuar, dá vontade de ir mais além, de sentir mais de seus toques, mais de seus beijos, mais do calor e rígidez do seu corpo contra o meu... só de pensar nisso fico quente novamente e sinto minha face rubra. Resolvo então frear esses pensamentos antes que eu precise de mais um banho frio, e também porque já estou chegando em casa.

Quando cheguei, vi apenas Dandara na cozinha, passei para dar um beijinho nela e fiz um carinho em sua barriga que já era bem visível. Ela já está com dezoito semanas de gestação, ou seja, quatro meses e meio, e após o mal estar que ela teve aquele dia em que eu e Pedro ficamos trancados na fábrica, ela tem ido com ainda mais frequência ao médico. E realmente está tudo bem com o bebê, foi só um susto ainda bem, já que eu já me acostumei e estou gostando muito de saber que daqui a pouco vou ganhar um irmãozinho, porque sim, agora já sabemos que é realmente um irmãozinho. Não preciso nem dizer o quão feliz meu pai ficou por descobrir que terá o tão sonhado filho homem. Eu e a Bia também ficamos felizes, nós realmente já tínhamos nos acostumado com a ideia e estávamos gostando muito de acompanhar a gravidez da Danda, porém João não parecia assim tão feliz.

Ele sempre foi filho único e é muito apegado a mãe, acho que foi um baque perder esse posto, porém, eu tive uma boa conversa com ele, acompanhada do Pedro, acreditam? Pois é, nós tivemos que nos unir pra ter uma conversa com João, pra que ele aceitasse melhor o bebê, e depois de uma boa conversa ele pareceu estar melhor, até falou que ia dar defeito mais vezes pra poder ver eu e Pedro juntos e conversando sem brigas... mal sabe ele que há tempos eu e Pedro não brigamos, não perdemos mais nosso tempo com isso, agora quando estamos juntos aproveitamos para fazer coisa melhor.

Fui pro meu quarto e encontrei algo parecido com o João debaixo de um monte de roupas da Bianca, sério, o quarto 'tava uma zona, tinha roupa da minha irmã em todo canto e ela continuava jogando as coisas no chão enquanto procurava algo no armário.

— Meu Deus, Bianca, o que é isso? — Falei apontando para aquela bagunça, ela me mirou por alguns segundos e apenas revirou os olhos voltando a procurar. — João? — Questionei e ele riu.

— A maluca 'tá procurando o "não sei o quê" da sorte dela. — Falou e eu franzi o cenho.

— Como é que é? — Perguntei tentando chegar a minha cama e sentar ao lado do João, ainda tropecei algumas vezes, mas enfim consegui.

— Ah, é um negócio que o Duca deu pra ela e ela acha que dá sorte. — Disse revirando os olhos. — Se eu não me engano é uma calcinha, 'né Bianquinha? — Perguntou sorridente, ela o encarou com os olhos semicerrados.

— É uma camiseta, João. — Disse entredentes. — E eu preciso dela pra hoje a noite! — Choramingou.

— Ah, uma camisinha, saquei! — Falou e eu vi minha irmã bufar, eu ri. — Pode deixar que se eu achar te falo.

— JOÃO! — Ela gritou e Jogou um sapato nele.

— Aii, Bianquinha, que violência! — Ele reclamou massageando seu braço, onde ela havia acertado.

— Cala a boca, idiota! — Ralhou raivosa.

— Mas Bianquin...

— E não me chama de Bianquinha! — Ela o cortou, João e eu nos entreolhamos e começamos a rir. — Você sabe que eu não gosto, seu chato!

— Ihh, isso é TPM, 'né? — Ele perguntou baixo para que ela não ouvisse, eu assenti. — Ai, meu Deus, K, a Bia com TPM é pior do que você, ela vira uma monstra! — Falou e eu ri mais ainda concordando.

— Verdade, mas por que ela quer tanto encontar essa tal camisa?

— Porque hoje ela e o Duca estão comemorando três meses de namoro oficialmente e ela quer usar essa camisa, porque disse que dá sorte. — Respondeu com tédio.

— Nossa, já três meses? — Falei realmente surpresa. — Passou tão rápido.

— Pois é, eu e a Vicky também estamos quase lá. — Falou sorridente, eu revirei os olhos. — Aliás, nós vamos sair num encontro duplo hoje, eu e Vicky, ela e o Duca, daí depois os dois vão sair para comemorar à sós, a Bia vai dizer pro mestre que vai dormir na casa da Vi, e...

— AIII, ACHEI!! — Bianca gritou chamando nossa atenção. — AINDA BEM, OBRIGADA, DEUS! — Falou apertando a camisa contra o peito, eu e João caímos na gargalhada, ela nos mostrou a língua, mas então sorriu e se jogou em cima de nós dois na cama. — Desculpa por ter te acertado com o sapato, João!! — Pediu e ele sorriu a abraçando.

— Tudo bem, Bia. — Ele afirmou. — Nós entendemos os seus dramas, já até nos acostumamos, né K? — Assenti. — Já são muitos anos te aturando, chatinha. — Disse e ela nos abraçou.

— Mas então, estavam falando mal de mim, 'né? Eu sei! — Ela falou fazendo biquinho, revirei os olhos novamente.

— Não, eu 'tava aqui contando pra K que a gente vai sair e que você vai mentir pro mestre dizendo que vai dormir na casa da Vicky, mas na verdade você vai sabe-se lá pra onde com o Duca. — Disse e ela arregalou os olhos por ele ter falado aquilo um tanto alto.

— Fala baixo, você quer que o papai escute, é? — Ela o repreendeu, ele deu de ombros e então a Bianca recebeu uma mensagem e ficou toda sorridente olhando pra tela do celular. — Ai, deixa eu ir logo me arrumar, o Du 'tá ansioso. — Disse se levantando num pulo. — Você vai vir com a gente, K?

— Quem, eu? Não, Deus me livre! — Falei e ela franziu o cenho.

— Mas porquê, irmã? — Perguntou. — Vai ser legal, vaaamos?!! — Pediu e eu neguei novamente.

— Eu não vou pra um encontro de casais pra ficar de vela, Bianca. — Assegurei. — Sem chance!

— 'Tá bom, 'tá bom, chata! — Falou e foi a minha vez de lhe mostrar a língua. — Mas ó, vê se confirma que eu vou dormir na casa da Vicky, viu? Até porque, você 'tá me devendo uma daquele dia em que dormiu com o Pedro.

— Aquele dia em que ela ficou trancada na fábrica com o Pedro. — João corrigiu, eu e Bianca reviramos os olhos.

— Tudo bem, Bia. — Eu disse. — Eu confirmo sua história pro papai. — Falei e ela se jogou em cima de mim novamente e me abraçou em agradecimento, depois foi para o banho, me deitei no colo do João que estava rindo das loucuras da Bianca. — Ela é louquinha, 'né?

— É mesmo, é doidinha. — Concordou ainda sorrindo e então suspirou. — K, posso te perguntar uma coisa? — Ele pediu, dei de ombros.

— Pode, ué. — Respondi simplesmente.

— Você 'tá ficando com alguém? — Perguntou e eu prendi a respiração por alguns segundos. Ele se inclinou um pouco para encarar melhor meu rosto, ainda a espera da resposta. — K? — Chamou e eu levantei, sentando de frente pra ele, suspirei soltando a respiração.

— Por que 'tá me perguntando isso, João? — Perguntei de volta, só para ganhar tempo.

— Me responde primeiro. — Pediu, eu engoli em seco.

Eu não me sentia preparada para contar pra ele que eu estava sim ficando com alguém, aliás, mais do que isso, já que eu e Pedro estamos realmente juntos, e não só ficando... mas eu não entendia o porquê de não conseguir contar.

Pedro me faz bem, eu estou feliz com ele, mas eu não quero que ninguém saiba, nem mesmo João, aliás, principalmente ele. Eu sinto como se tudo o que eu estou vivendo com ele, todas as experiências novas que estamos vivendo, todo esse sentimento que estamos descobrindo vai acabar se souberem sobre nós. Eu não entendo o porquê de eu ter esse pensamento, mas eu não consigo me livrar dele, então encarei João que ainda estava a espera de uma resposta e disse:

— Não. — Respondi por fim e agradeci mentalmente por minha voz ter saído firme. — Eu não 'tô ficando com ninguém, João, por quê? — Perguntei e ele sorriu.

— Ah, é só por curiosidade mesmo. — Disse dando de ombros. — É que eu percebi que você está diferente e achei que talvez pudesse ter algum carinha na jogada.

— Eu 'tô diferente? — Perguntei um tanto surpresa, ele assentiu. — Como?

— Ah, você 'tá mais bem-humorada, mais sorridente, mais solar. Não sei explicar, é só que você parece mais viva, entende? — Perguntou.

Realmente, depois que eu e Pedro nós acertamos eu estou vendo a vida de um jeito diferente, parece que ele me trouxe mais cor, mais luz, mais alegria. Ele me faz mais feliz.

— Sei... — Respondi sorrindo e suspirei ao pensar no meu guitarrista irritantemente gostoso, mas então lembrei que João ainda estava ali. — 'Ér, mas isso não quer dizer que eu esteja com alguém, João. — Afirmei. — Pensar que se uma mulher está feliz o motivo só pode ser um homem é um pensamento machista, viu? — Eu o repreendi, ele riu.

— 'Tá bom, 'tá bom. — Levantou as mãos em rendição. — Não 'tá mais aqui quem falou. — Disse ainda sorrindo. — Mas você, hein loirinha? Acho que 'tá conversando demais com a senhorita "politicamente correta". — Fez aspas com os dedos, franzi o cenho.

— Quem?

— A BB. — Respondeu, eu revirei os olhos. — Mas falando sério, agora. — Disse chamando minha atenção. — Quando acontecer de você conhecer um cara e se interessar, vocês dois começarem a ficar e tals, você vai me contar, 'né? — Perguntou me encarando, eu engoli em seco e desviei de seus olhos.

— Claro. — Respondi forçando um sorriso.

— Acho bom, viu? — Falou sorridente, mas então me encarou sério. — K, você é linda, inteligente, super gente boa; você é um pouco difícil, eu sei, mas eu tenho certeza que não vai demorar pra algum cara legal notar todas as suas qualidades e te fazer feliz, 'tá? — Disse e eu assenti. — Mas enquanto esse cara não aparece, eu quero que você tenha cuidado. Existem muitos babacas por aí, que só querem saber de se divertir com as garotas e não se importam de iludir as coitadas pra isso.

— João, que papo é esse? — Eu perguntei me sentindo estranhamente irritada. — Por que está me falando essas coisas?

— Porque eu me preocupo com você e eu sei que você tem essa pose de durona, mas no fundo é mais sensível que a Bia. — Falou apertando meu nariz, sorri.

— Eu sou sensível, João, mas não sou de vidro, eu não quebro fácil, não precisa se preocupar, 'tá? — Assegurei.

— Mas eu me preocupo mesmo assim. — Falou e eu suspirei impaciente. — Você vive muito no seu mundinho, não sabe que tem gente maldosa no mundo. — Suspirou acariciando meu rosto. — Você é muito inocente, K. — Disse com um leve sorriso.

— Eu não sou inocente. — Falei entredentes e afastei sua mão bruscamente, ele franziu o cenho. — Eu odeio quando você diz isso de mim, sabia? Me trata como se eu fosse uma criancinha, como se eu não soubesse nada. Você acha que eu tenho quantos anos, João, dez? Não, João, eu tenho dezesseis! Sou só um ano mais nova que você, então não venha bancar o irmão mais velho superprotetor, porque você não é nem tão velho assim, tão pouco é meu irmão! — Finalizei sentindo as lágrimas arderem em meus olhos, lágrimas de raiva e alívio.

— Ei, ei, o que é isso? — Ouvi a voz da Bianca, mas não a mirei, apenas continuei a encarar João que tinha agora em seu rosto uma expressão surpresa. — Por que estão brigando? Vocês nunca brigam! — Disse e eu enfim a encarei, ela estava só de toalha e também parecia suspresa. Respirei fundo antes de respondê-la.

— A gente não 'tá brigando, é só uma conversa. — Afirmei seriamente.

— Não parecia só uma conversa. — Ela retrucou, eu abri a boca para responder, mas antes que eu o fizesse João o fez.

— Não era briga, Bia. — Ele reafirmou. — Eu só... — Suspirou. — Falei uma coisa que a K não gostou, aliás, uma coisa que há tempos eu falo e que a incomodava e eu não sabia. Ela só desabafou, só disse o que estava sentindo. — Falou e então se aproximou de mim. — Desculpa, eu não sabia que se sentia assim, mas agora eu sei que exagerei, não vou mais agir assim, 'tá? — Disse docemente, assenti com um pequeno sorriso, ele me puxou para um abraço que eu não demorei a retribuir.

— Tudo bem. — Falei em meio a um suspiro. — Não quero brigar com você. — Afirmei. — Nunca.

— Eu sei, eu também não. — Falou me fazendo encará-lo. — Desculpa, mesmo. — Pediu novamente. — Eu quero ficar bem com você.

— Eu já disse que 'tá tudo bem, é só você não fazer de novo. — Afirmei novamente. — Eu sou sua amiga, tenho praticamente sua idade, eu só quero que me trate de igual pra igual, 'tá? — Falei e ele assentiu me abraçando novamente.

— Ótimo! — Bianca exclamou se metendo no meio da gente, nos abraçando também, nós rimos. — Agora que já está tudo bem... — Disse quando nos separamos. — Vaza, João, eu tenho que me arrumar. — Falou o empurrando, ele riu e se foi, suspirei me jogando na cama.

Falar aquelas coisas pro João me deixaram mais leve. Fazia tempo que eu queria dizer aquilo a ele, mas só tive coragem agora, e espero realmente que ele tenha entendido.

[...]


A semana passou rapidamente e hoje eu acordei extremamente sorridente, sabem por quê? Porque hoje é sábado, portanto o Pedro vai passar o dia inteiro aqui em casa, ou seja, vou passar bastante tempo com ele.

Depois de fazer minhas higienes pessoais, desci junto a Bianca para tomar café, mas antes que chegássemos a cozinha, ouvi aquela risada e sorri imediatamente. Pedro já estava lá e isso fez meu coração saltar em meu peito só por saber que eu vou vê-lo agora.

Assim que adentrei o cômodo, seus olhos encontraram os meus e aquele arrepio já conhecido percorreu meu corpo, sorri e sentei ao seu lado, ele pousou uma mão sobre minha coxa por sob a mesa e sentir o calor de sua mão contra minha pele nua me fez arrepiar novamente. Ele não fez movimento algum, só a deixou pousada ali, mas somente aquilo já era o suficiente pra me deixar inquieta.

— Bom dia, esquentadinha. — Ele disse para que somente eu ouvisse.

Olhei em volta e percebi que ninguém prestava atenção em nós. Meu pai estava conversando animadamente com Dandara, certamente algo relacionado ao bebê, já que ele estava acariciando sua barriga; João estava com a cara enfiada no celular, não sei como ele consegue comer sem tirar os olhos daquilo, acho que são anos de prática; e Bianca, bom, essa parecia ainda estar dormindo, então mirei Pedro e o respondi:

— Bom dia, Pê. — Falei e ele pareceu analisar todos da mesa, assim como eu e então sorriu.

— Sabia que eu 'tô com saudades de você? — Ele perguntou e começou a movimentar sua mão sutilmente em minha coxa, engoli em seco. — Ontem você não foi pra escola, me deixou lá, abandonado, a mercê daquelas meninas taradas.

— Você deve ter adorado, 'né? — Falei com um pouco de raiva na voz, ele riu.

— Claro que não, achei um porre não poder te dar uns beijinhos na hora do intervalo. — Falou apertando minha coxa, mordi o lábio.

— Pedro... — Sussurrei seu nome numa repreensão, mas saiu mais como uma súplica.

— O que foi? Você também sentiu minha falta, 'né? Também sentiu falta dos meus beijos, dos meus toques... — Disse subindo ainda mais sua mão, adentrado o short que eu usava, chegando a minha virilha.

Minha respiração acelerou, eu fiquei ofegante e tive que morder o lábio novamente para conter um gemido.

— Para, seu maluco. — Pedi depois de respirar fundo algumas vezes, ele sorriu ainda me acariciando e abriu a boca para dizer algo, porém antes que ele o fizesse...

— 'Tá tudo bem com você, minha filha? — Ouvi a voz grave do meu pai e senti meu coração sobressaltar de susto, minha voz ficou presa, eu apenas assenti. — 'Cê 'tá meio estranha, toda vermelha, ofegante... tem certeza que 'tá bem? — Perguntou novamente, me forcei a tentar responder.

— 'Tá tudo bem sim, pai. — Afirmei. — Já disse. — Meu pai assentiu e eu suspirei aliviada.

Mirei Pedro de viés e o vi sorrir daquele modo convencido e irritante, cravei minhas unhas em seu pulso e retirei sua mão da minha perna, ele arfou sufocando um grito, mas meu pai percebeu.

— Que é isso, capiroto? — Perguntou o analisando. — Parece que 'tá com dor, o que foi?

— Nada. — Pedro disse e me fuzilou com o olhar, dei de ombros sorrindo.

— Hum... vocês dois estão muito estranhos, não estão brigando não, 'né? — Falou em tom autoritário, eu revirei os olhos fazendo a cara mais entediada que consegui, Pedro fez o mesmo. Meu pai pareceu se convencer, porém estava a fim de conversar e justamente com o Pedro. — Você chegou cedo hoje, 'né menestrel, 'tava com saudade de ver minha cara bonita, é? — Perguntou sorrindo.

— Eu 'tava com saudade de ver a tua filha gostosa, isso sim... — Pedro murmurou  baixinho, eu ouvi, porém parece que não fui a única.

— Quê que 'cê falou, guitarrista? — Meu pai perguntou e eu vi Pedro engolir em seco e arregalar os olhos, sorri e João sorriu junto, mas duvido que ele tenha ouvido algo, estava longe demais pra isso, ele só ria do nervosismo do primo mesmo.

— 'Ér, eu disse... e-eu disse que 'tava com saudade da comida daqui que é muito gostosa, minha tia cozinha bem demais! — Falou e Dandara lhe mandou um beijinho.

— Sei... — Meu pai disse e Pedro suspirou aliviado, sorri novamente.

O restante do café da manhã foi tranquilo, sem mais provocações ou confusões.

[...]


Já estava quase anoitecendo e infelizmente, eu não tinha conseguido um momento à sos com o Pedro. Ele conseguiu me roubar um beijo antes do almoço, mais foi muito rápido porque tinha muita gente por perto, mas foi uma delícia mesmo assim.

Eu tinha acabado de tomar banho e estava deitada na minha cama mexendo no meu celular, Bianca tinha descido para receber Duca que tinha chegado, João devia estar se pegando em algum lugar da casa com a Vicky que também tinha chegado e o Pedro... bom, desse eu não sei, mas eu tenho certeza que ele ainda está por aqui, aliás, me admira muito que ele ainda não tenha vindo aqui me ver.

Continuei pensando onde estaria Pedro, até que escuto baterem na porta.

— Entra. — Falo entediada, porém a pessoa não o faz e simplesmente bate novamente, bufo e vou abrir a bendita porta, com um xingamento já na ponta da língua — Mas que droga, quem é o... — Porém, minhas palavras somem ao ver Pedro ali na minha frente somente de toalha e com um lindo sorriso malicioso nos lábios.

Ele ainda está molhado, algumas gotículas de água escorrem das pontas de seus cabelos e descem por seu corpo, escorregando por seu tórax e abdômen... não pude deixar de acompanhar o caminho que aquelas gotículas faziam e mordi o lábio inferior inconscientemente.

— Hum... pelo visto você gostou de me ver aqui, 'né? — Disse adentrando meu quarto e me puxou pela cintura colando nossos corpos, arfei.

— Pedro... — Falei quase num sussurro. — O que você 'tá fazendo aqui, e ainda por cima. — Suspirei. — Pelado.

— Não é pelado. — Falou e então aproximou a boca do meu ouvido. — É de toalha. — Sussurrou e deixou um beijo ali, isso me fez arrepiar.

— Que seja... mas o que 'tá fazendo aqui, assim? — Falei o analisando.

— Bom, eu resolvi tomar um banho, ficar cherosinho pra vir aqui te dar uns beijos... — Disse selando nossos lábios rapidamente, suspirei com o contato. — Mas aí, na hora de me trocar, me deparei com a porta do quarto do Johnny trancada. Ele deve 'tá lá com a Vicky, 'né?

— 'Tá, aí você resolveu vir me ver assim mesmo? — Perguntei passeando com minha mão por seu peitoral, ele acompanhou o movimento da minha mão com o olhar e eu o vi se arrepiar, sorri. — Eu gostei. — Sussurrei contra seus lábios.

— É, foi mais ou menos isso. — Afirmou. — Na verdade, eu lembrei daquele dia na academia, que você me deixou daquele jeito e saiu.

— Que jeito? — Perguntei me fazendo de desentendida, ele riu entrelaçando sua mão em meus cabelos e colou a boca novamente eu meu ouvido.

Duro, Karina. — Sussurrou mordiscando meu lóbulo, arfei novamente. — Você me deixou duro e saiu, mas você lembra do que eu te falei, 'né? — Perguntou me fazendo encará-lo.

— Que ia ter volta. — Falei ofegante, ele assentiu.

— Pois é, você me desafiou e agora 'tá na hora de eu te mostrar do que sou capaz.

Eu vou adorar ver do que você é capaz, guitarrista. — Falei contra seus lábios e nesse momento ele fechou a porta num movimento rápido e me prensou contra ela, atacando meus lábios num beijo intenso.

Eu tive então a certeza de que eu realmente vou adorar o que quer que Pedro vá fazer.


Notas Finais


Uiii... 🔥🔥🔥
Sim, eu sou má por terminar assim kkkk
Volto logo, tá? Comentem e faviritem, bjs amores!! 😍😍


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