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História Nas Entrelinhas do Destino - Por ela, eu faço o que for preciso.


Escrita por: SoleLua_

Notas do Autor


Oii gatinhas!!!
Milagre eu não estar postando na madrugada, né? Pois é, voltei ao horário comercial kkkk
Espero que gostem do capítulo, amores.
Boa leitura!!

Capítulo 25 - Por ela, eu faço o que for preciso.


Fanfic / Fanfiction Nas Entrelinhas do Destino - Por ela, eu faço o que for preciso.

Pov Pedro


Se alguém me dissesse há meses atrás que algum dia Karina e eu ficaríamos juntos, eu riria na cara da pessoa e diria sem pensar duas vezes que ela estava completamente louca. Mas agora, e especialmente depois do que aconteceu hoje, eu sinto como se estivesse ligado a ela desde sempre, e saber que ela está tão envolvida quanto eu só me faz ter a certeza de que é ela — e somente ela — quem eu quero do meu lado.

Saber que Karina se importa comigo a ponto de se preocupar em fazer algo pra me agradar já me deixava extremamente contente, mas o que me deixou praticamente explodindo de alegria foi ouví-la dizer que estava apaixonda por mim.

Sim, já estamos juntos há algum tempo e apesar de saber que ela gostava de mim de algum modo, eu ficava inseguro por pensar que talvez ela não gostasse tanto quanto eu. Mas agora eu tenho a confirmação de que sou realmente correspondido e posso dizer que depois dessa declaração sou eu quem estou ainda mais apaixonado, e talvez, até mais que isso.

Hoje eu percebi o quanto Karina é importante pra mim, o quanto ter ela ao meu lado é especial e o quanto eu quero levar isso adiante. Na verdade, eu já venho percebendo isso há algum tempo, porém somente hoje eu pude notar o real significado disso tudo. Meu sentimento pela esquentadinha parece crescer a cada dia, o que eu sinto por ela nunca senti antes por ninguém; é algo tão forte, mas tão delicado ao mesmo tempo, que eu tenho medo de perder a qualquer momento, então cheguei a conclusão de que só pode ser amor.

Dizem que só temos medo de perder aquilo que amamos, e só de pensar em ficar longe da Karina eu sinto um aperto no peito... Mas ao mesmo tempo, isso me faz perceber o quão especiais são os nossos momentos e o quanto eu tenho que dar valor a eles.

Todos os momentos que temos juntos são únicos, e hoje não foi diferente. Adoro quando ela confia em mim como fez hoje e se permite sentir e descobrir novas coisas, adoro não só por poder sentir seu corpo no meu, ou pelas sensações prazerosas que dividimos, mas gosto também porque sinto que isso só fortalece nossa relação, e só me faz ter mais certeza ainda de que a amo. Depois de conhecer esse sentimento, eu consigo entender o porquê de eu não conseguir me ligar a nenhuma outra garota, e hoje, ao olhar dentro daquela imensidão azul quando estávamos nos despedindo, eu quase confessei a ela esse amor.

Mas não o fiz.

Eu tive medo de assustá-la, sei que a maioria das garotas sonham em ouvir isso do namorado, mas também sei que Karina não é qualquer garota. Talvez ela ache rápido demais, talvez se sinta pressionada, ou quem sabe ela ainda não saiba se seu sentimento também já evoluiu a esse ponto; e há também a possibilidade de ela apenas não estar pronta pra falar ainda, então eu preferi guardar essa descoberta só pra mim por enquanto, e apreciar essa sensação de amar pela primeira vez. Quando o momento certo chegar, eu vou falar, e eu sei que vai ser especial para nós dois quando acontecer.

Comecei a lembrar dos nossos momentos mais quentes essa noite, dos meus toques em seu corpo, dos seus suspiros e gemidos em meu ouvido enquanto meus lábios passeavam por sua pele; lembrei seu cheiro, a maciez da sua pele, seu gosto... Até que fui tirado dos meus maravilhosos pensamentos pela droga da campainha que não parava de tocar.

Já era meio tarde, minha irmã já dormia e meus pais também já estavam se preparando para ir deitar, então sobrou pra eu ir ver quem era o maluco que estava querendo afundar o botão da campanhia.

— João? — Falei surpreso por vê-lo aqui a essa hora e percebi imediatamente que ele estava estranho. Parecia irritado, mas ao mesmo tempo tinha um ar preocupado.

— Cara, eu preciso falar contigo. — Falou já adentrando a sala.

— 'Tá bom. — Falei meio atônito.

— E será que eu posso dormir aqui também? Não 'tô a fim de voltar pra casa.

— Claro. — Eu assenti fechando a porta. — Mas... 'cê 'tá bem? — Perguntei o analisando, ele negou enquanto se jogava no sofá.

— Quem é, Pedro? — Minha mãe perguntou da cozinha.

— É o João, mãe. — Respondi mirando João que ainda permanecia sentado. Ele apoiou os cotovelos nas pernas e pôs a cabeça entre as mãos enquanto bufava, eu o encarei ainda confuso. — Ele vai ficar pra dormir, tudo bem?

— Claro, querido. — Ela respondeu, agora na sala, João se endireitou quando a viu.

— Oi, tia. — Disse forçando um sorriso.

— Oi, meu lindo! — Minha mãe falou se aproximando dele. — Você já jantou? — Perguntou afagando seu cabelo, ele negou. — Olha, eu já 'tava indo dormir, mas se quiserem eu faço um lanchinho...

— Não precisa não, tia. — Ele a cortou. — Eu 'tô sem fome, mas obrigado.

— Certeza? — João assentiu, minha mãe me encarou, eu fiz o mesmo. — Então boa noite, meninos. — Disse e deu um beijo nele, fazendo o mesmo comigo em seguida. — Juízo, hein?! — Foi sua última recomendação antes de subir pro seu quarto e nos deixar a sós.

— Pela tua cara, o negócio lá com a Vicky não deu muito certo, 'né? — Perguntei assim que ela saiu, ele negou.

— Nem é isso. — Falou e eu sentei ao lado dele. —  Meu lance com a Vicky ainda 'tá meio confuso, mas eu não 'tô ligando pra isso agora.

— Então por que tu 'tá assim, todo irritado?

— Eu 'tô mais é preocupado, cara. — Ele falou me mirando de esguelha. — Você não sabe o que eu descobri.

— Não sei mesmo, mas pela tua cara, não deve ser boa coisa. — Falei o analisando. — Desembucha logo, Johnny!

— Eu briguei com a Karina. — Disse em meio a um suspiro.

— O quê? — Falei surpreso. — Tu brigou com a esquentadinha?

— Briguei. — Ele confirmou. — E 'tô me sentindo muito mal por isso.

Comecei a pensar que a Karina também deveria estar mal com essa briga e me preocupei ainda mais. A esquentadinha é muito ligada ao João, e para os dois terem se desentendido, o motivo só pode ser sério.

— Mas por que vocês brigaram, primo? — Perguntei duplamente preocupado. — Vocês se dão tão bem, são tão amigos.

— Eu não sei mas se somos tão amigos assim. — Ele falou desviando o olhar e eu pude perceber um certo ressentimento em sua voz.

— João, tu 'tá maluco, cara? — Perguntei. — Você e a Karina são melhores amigos, não tem sentido isso que tu acabou de falar.

— Que eu saiba, amigos não escondem as coisas um do outro, 'né? — Falou agora me encarando, engoli em seco. — E eu descobri que a Karina mentiu pra mim. Amigos de verdade não mentem.

O Jeito que ele disse aquilo me fez sentir um pouco culpado, afinal, não é só a Karina que esconde coisas dele já que o maior segredo que temos é a nossa relação. Mas será que ele desconfia de alguma coisa?

— Do que você 'tá falando? — Perguntei apreensivo.

— Hoje, depois que eu cheguei na casa da Vicky, eu fui ao quarto da Karina pra conversarmos um pouco e percebi que ela 'tava cheia de marcas no pescoço. — Falou e sorri levemente. Tinha pouca luz na academia, então eu não vi se deixei ou não marcas nela, mas eu desconfiava de que ela ficaria marcada sim. — Pedro, tinha um chupão enorme no pescoço dela, você acredita?!

Acredito sim, primo. Aliás, fui eu mesmo quem fiz, e eu não sei agora, mas na hora ela parecia estar gostando muito. Eu pensei, mas obviamente não falei isso pra ele.

— E o que tem de mais nisso? — Perguntei e ele me encarou incrédulo. — Sério, João, não acredito que brigou com ela por causa de uma bombagem dessas!

— Não é bobagem, Pedro!

— É bobagem sim. — Afirmei sério. — Não tem motivo pra você ficar incomodado com isso, e nem pra brigar. Esse seu ciúme já 'tá ficando exagerado e 'tá te fazendo brigar com as pessoas que você mais gosta. Primeiro com a Vicky, agora com a K... você esqueceu do que nós conversamos hoje mais cedo, cara?

— Você não entende. — Disse impaciente.

— Não, mesmo. — Confirmei. — Mas você pode me explicar, 'né?

— Olha, não dá pra explicar. Acho que você só vai entender quando sua irmã também arrumar um namorado e aparecer cheia de marcas na sua casa! — Falou um tanto exaltado, mas então respirou fundo e se acalmou. — Eu sei que exagerei com a Vicky, mas com a Karina é diferente. Eu me preocupo com ela, não acho seguro que ela fique por aí se agarrando com qualquer um!

— E se não for qualquer um? — Eu rebati instantaneamente e acho que deixei transparecer o quão incomodado eu fiquei por ouví-lo falar naquele tom, pois ele me olhou desconfiado.

— Por que 'tá falando assim? — Perguntou e eu dei de ombros, nervoso. — Você sabe de alguma coisa?

— Quem? Eu? Claro que não, João! — Falei ainda nervoso.

— Claro que sabe! Você 'tava com a Karina antes de ela encontrar com ele. Você o conhece? — Eu neguei, sem saber o que falar. — É claro que conhece, já 'tá até defendendo o cara!

— Não é isso, eu só não acho legal você julgar alguém sem conhecer. — Afirmei agora mais calmo.

— Esse é o problema. — Falou também mais contido. — A Karina não me contou sobre ele, e ela tinha me prometido que contaria se começasse a ficar com alguém.

— Eu até entendo que esteja chateado, mas acho que você não devia se importar tanto com isso.

— Como eu não vou me importar, Pedro? É a Karina! Ela 'tá namorando alguém e eu sequer sei quem é!

Eu sei que a Karina é importante pra ele, e de certa forma até entendo sua preocupação, mas ele me parece incomodado demais, isso é um tanto estranho.

— João, você já parou pra pensar que isso é uma coisa da Karina, e que ela pode sim, escolher se quer ou não te contar? — Falei e ele me encarou atento. — Essa sua atitude superprotetora já tinha te causado problemas com ela antes, e talvez por isso ela resolveu esconder isso, porque sabia que você reagiria mal.

— Faz sentido. — Ele admitiu.

— Pois é, e ainda tem o Gael. — Pontuei. — Ele já não é fácil e ao invés de você, que é amigo apoiá-la nesse nova relação, você vai e briga com ela, João?! — Disse e ele me mirou de esguelha, parecia estar ponderando o que eu dizia e isso me deixou contente. — Hoje mais cedo você admitiu ser impulsivo e eu aposto que nessa sua briga você disse e fez coisas de que se arrepende agora.

— Eu já disse que estou mal por brigar com ela e te ouvir falar essas coisas 'tá me deixando pior ainda. — Falou cabisbaixo.

— Mas você tem que ouvir. — Afirmei sério. — Se você está mal, imagina a Karina! — Falei e ele suspirou. — Eu não sei o que você disse pra ela, mas aposto que ela ficou muito chateada com a sua atitude. Você se sente bem sabendo que a magoou?

— Você sabe que não. — Respondeu sério. — Foi a pior briga que tivemos, eu não sei o que me deu, mas eu sei que eu exagerei, eu até... — Ele suspirou. — Eu até a fiz chorar, Pedro. Vê-la daquele jeito só me fez sentir mais culpado.

Eu já estava preocupado com a Karina, mas saber que a briga foi tão feia que até a fez chorar me deixou ainda mais preocupado, e eu juro que agora eu queria vê-la mais que tudo.

— Ela me disse que eu não podia cobrá-la, e eu sei que ela está certa. — Admitiu. — Eu não posso controlar com quem ela fica, mas ainda assim eu me preocupo. — Ele se justificou. — Eu tenho medo que alguém a machuque, ela é muito inocente, é incapaz de ver as más intenções das pessoas.

— A Karina é mais forte do que você pensa. — Afirmei seriamente. — Não só por fora, mas por dentro também, e ela sabe se virar, ela não tem essa inocência toda que só você vê. Eu entendo que queira protegê-la, mas você tem que aprender que existem limites.

— A Karina me disse a mesma coisa. Disse que somos amigos, mas existem limites que eu tenho que respeitar.

— E você sabe que ela 'tá certa. — Falei e ele assentiu em meio a um suspiro. — Tem coisas que você me conta e não conta pra ela, assim como tem coisas que ela divide com as amigas ou com a irmã, e não com você.

— Ela deixar de me contar um beijo ou uma ficada é uma coisa, mas um namoro? Não, Pedro. Isso é muita falta de consideração!

— João, não pressiona ela. — Aconselhei. Eu conheço muito bem a esquentadinha e sei que ela não funciona bem sobre pressão, aliás, isso só a irrita e aborrece. — Você tentou fazer ela falar hoje e não funcionou, então deixa que quando chegar a hora, ela te conta. Pede desculpas, mostra que se arrependeu e que não vai mais bancar o irmão ciumento. Mostra que ela pode confiar em você pra dividir essas coisas, mostra que você é o melhor amigo dela,  e eu tenho certeza que você logo vai saber mais sobre esse namoro.

— Mas e enquanto isso? Eu vou continuar preocupado sem saber se ela 'tá com um cara decente? — Perguntou e eu revirei os olhos.

— Karina sabe se cuidar, mas se precisar, ela também sabe pedir ajuda. Você é o melhor amigo dela, ela vai saber a quem procurar se precisar, o que não tem sentido é você minar essa relação por bobagem. — Falei e ele sorriu.

— Você tem razão. — Disse e foi a minha vez de sorrir. — Se eu fiz algo pra deixar a confiança que a K tinha sobre mim abalada ao ponto de não dividir comigo algo importante, eu tenho que me reaproximar e reconquistar essa confiança. — Disse, mas então suspirou desanimado. — Mas antes disso eu vou ter que me desculpar, eu só não sei se ela vai aceitar assim, tão facilmente.

— É, tu pisou na bola feio com a esquentadinha, mas eu sei que apesar da pose de durona, ela não vai conseguir ficar muito tempo brigada contigo. — Falei e ele sorriu de leve. — Sorte tua que ela gosta de você, porque senão...

— Tomara que você esteja certo mesmo, hein? — Falou mais animado. — 'Tô contando com os teus conselhos pra voltar a ficar bem com a loirinha.

— Eu sempre 'tô certo, lembra? — Falei e ele revirou os olhos. — E digo mais...

Não consegui terminar a frase porque meu celular começou a tocar e eu confesso que senti um grande alívio quando vi que era a Karina.

— João, agora que você já 'tá melhor, vai lá no quarto arrumar o colchão pra tu dormir, que eu vou aqui na cozinha fazer um negocinho pra gente comer.

— Tu vai é atender esse celular, 'né? Tu é outro cheio de mistérios! — Disse com um sorrisinho, eu dei de ombros e quando vi ele ir em direção ao quarto atendi.


Ligação On

— Oi, minha linda, ainda bem que ligou. — Falei sorrindo aliviado. — Eu 'tava preocupado, sabia?

— Mas preocupado por que, Pê? — Perguntou vacilante. — Eu 'tô bem.

— Não precisa mentir pra mim, eu já sei que brigou com o João. — Falei e a ouvi suspirar rendida. — Se ele 'tá mal, aposto que você também está.

— Ele te contou? — Disse surpresa. — Mas já? Ele saiu daqui faz pouco tempo.

— Mas eu não moro tão longe assim, 'né K? — Falei e ela riu brevemente. — Ele chegou aqui, todo estressado e eu até pensei que ele 'tivesse brigado com a Vicky, mas então ele me contou tudo e pediu pra dormir aqui porque o clima aí não está bom.

— Eu não queria te aborrecer com isso, Pê.

— Mas não é aborrecimento. — Afirmei. — Se tem a ver com você eu me importo e quero saber. Me conta, vai? — Pedi e ela suspirou.

— Você disse que o João já te contou tudo, então ele contou também do drama que ele fez, 'né? — Perguntou levemente irritada, eu ri. — É sério, Pê, ele foi um babaca comigo!

— Hey, babaca não, porque só eu posso ser o seu babaca, esqueceu? — Falei e ouvi sua risada, sorri junto apreciando aquele doce som.

— Ele foi idiota, então. — Disse ainda sorrindo. — Melhorou?

— Muito! Mas e você, 'tá bem mesmo?

— 'Tô. — Respondeu em meio a um suspiro. — Eu não gosto de brigar com o João, mas dessa vez não deu pra evitar, ele passou dos limites, Pê.

— Eu sei, ele pisou na bola mesmo. — Concordei. — Mas não fica pensando nisso não, só vai te fazer mal. — Pedi e ela suspirou novamente. — Olha, eu tive uma conversa séria com ele, dei umas boas broncas e ele 'tá arrependido. Ele vai te pedir desculpas e vai ficar tudo bem.

— Eu não sei não, Pê. — Falou desanimada. — Ele me magoou muito, não quero falar com ele ainda.

— Eu sei que você vai ser justa e vai considerar as desculpas dele quando ele for te procurar, e como eu já fiz minha parte aconselhando o João, eu prefiro não me meter mais nisso.

— Você 'tá certo. — Disse rendida. — Acho que você não é tão babaca assim... quer dizer, pensando bem, hoje você foi meio babaca, sim! — Ela me acusou, mas eu senti o tom de ironia em sus voz. — Você me deixou toda marcada, guitarrista. Esse estresse todo também foi culpa sua!

— Ô, minha esquentadinha, o que eu posso fazer se você é uma delícia? — Ela sorriu novamente. — Eu não consigo resistir a você, linda.

— Tudo bem, eu te desculpo, mas só porque eu adorei a nossa noite, 'tá?

— Eu também amei. — Confessei sorrindo. — 'Tava pensando em você até agora. Às vezes eu fico me perguntando como eu posso sentir tanto a sua falta se a gente se vê sempre.

— Eu também sinto a sua falta, e hoje, eu queria muito poder te abraçar antes de dormir. — Ela disse e eu não pude evitar sorrir. —  Eu adoro cada vez mais estar com você, você é maravilhoso e sempre consegue me deixar bem.

— Karina, não fala assim que eu fico com vontade de ir na tua casa agora e encher essa sua boquinha linda de beijos. — Falei e ela riu.

— Olha só, eu ia adorar, mas você sabe que não dá. — Disse e eu assenti a contragosto. — Mas ó, guarda a sua vontade pra amanhã que eu vou pensar num jeito de resolver o seu problema, 'tá?

— Não fala assim, esquentadinha, porque aí eu fico com ainda mais vontade de te ver! — Falei e ela riu novamente, mas então eu ouvi o João me chamar, suspirei. — Esquentadinha, eu vou ter que desligar agora. — Falei desanimado.

— Mas já, Pê? — Falou e eu sorri.

— Infelizmente, linda. — Confirmei. — O João 'tá me chamando, acho melhor ir logo pra ele não desconfiar, sabe?

— Sei. — Disse em meio a um suspiro.

— Mas você vai ficar bem mesmo, 'né?

— Vou sim, não precisa se preocupar, sabe por quê? — Perguntou e eu neguei. — Porque eu fiquei muito melhor só de falar com você. — Afirmou, eu sorri.

— Que bom saber disso, linda. — Falei sincero. — Boa noite, eu... eu te adoro, 'tá?— Disse em meio a um suspiro.

— Eu também te adoro. — Falou e eu sorri. — Boa noite, Pê.

Ligação Off


Depois de conversar com a minha esquentadinha e constatar que ela está realmente bem, eu posso dormir em paz. Ela disse que eu sempre a deixo bem, mas ela não sabe o quão melhor eu me tornei depois dela. A Karina não faz ideia do quanto me faz bem, e agora, depois de ouvir sua voz, eu vou dormir com a certeza de que amanhã vai ser melhor.

[...]


Estávamos na última semana de ensaio, no sábado já seria nossa apresentação e no quesito peça estávamos indo bem, porém, eu não estava indo tão bem assim no muay thai, tanto que Gael liberou a academia para treinarnos até mais tarde. No início, eu adorei a ideia, por conta de poder ficar sozinho com a Karina, mas de uns tempos pra cá a esquentadinha só quer saber de treinar.

— Pedro, se concentra! — Ela pediu me ajudando a levantar após um golpe. Pois é, ela me acertou e eu caí de cara no chão, quer dizer, no ringue. — O dia da apresentação 'tá chegando e eu aposto que você não vai querer apanhar na frente de todo mundo, 'né?

— Mas você já me bateu um monte de vezes na frente deles, esquentadinha. — Falei, ela revirou os olhos. — Uma vez a mais, uma a menos, não vai fazer diferença. — Disse dando de ombros.

— Dessa vez é diferente sim, Pedro. — Ela afirmou. — Meu pai vai estar vendo e eu quero provar pra ele que eu posso ser uma boa mestre.

— Então, linda? — Falei me aproximando. — Você não poderia arrumar adversário melhor do que eu! — Falei apontando pra mim e sorri, ela revirou os olhos novamente. — Você ganha de mim facinho!

— É, mas nesse caso eu não tenho que te vencer, apenas tenho que provar que aprendeu algo comigo. — Ela explicou. — Meu pai tem que acreditar que eu sou uma boa professora e que quero me tornar mestre, porque só assim ele vai me deixar competir.

— Mas você já é uma professora maravilhosa. — Afirmei enlaçando sua cintura. — E é exatamente por isso que eu não consigo me concentrar. Você me tira toda a atenção, linda. — Sussurrei em seu ouvido e então enterrei minha cabeça no côncavo do seu pescoço, aspirando seu cheiro, ela suspirou.

— Não faz isso, Pedro. — Ela pediu quando comecei a beijar aquela região, senti sua respiração acelerar, sorri. — Nós temos que voltar a teinar, e eu 'tô toda suada. — Disse tentando se soltar, mas eu resistir e a prendi entre meus braços, deixando-a ainda mais proxima a mim, ela arfou.

— Você sabe que eu não me importo.— Sussurrei voltando a beijar seu pescoço. — Na verdade, eu até gosto. — Disse mordiscando sua orelha, ela ofegou novamente. — Você fica ainda mais gostosa assim, salgadinha. — Falei voltando a encará-la, ela sorriu. Aquele sorriso de lado que só ela tem e que eu tanto adoro. — Que tal a gente aproveitar essa academia vazia, hein? — Perguntei roçando nossos lábios, ela suspirou enlaçando pescoço e então me beijou.

Seus lábios doces movimentavam-se contra os meus com desejo, me deixando emplorar toda a sua boca. Eu a apertava cada vez mais contra mim, ouvindo seus suspiros em aprovação, até que encerramos o beijo.

— Eu quero te fazer uma proposta. — Disse colando sua testa a minha, ela ainda estava ofegante.

— Adoro suas propostas. — Falei e tentei beijá-la, ela me impediu.

— É muito importante pra mim que você se saia bem na apresentação, então se você me prometer que vai se concentrar e treinar de verdade, eu prometo que penso naquela ideia que teve. — Disse me encarando seriamente, mas ela tinha aquele sorrisinho brincando no canto dos lábios.

— Aquela de você ir lá em casa amanhã? — Perguntei animado.

Eu fiquei sabendo que amanhã minha mãe vai sair junto com a tia Dandara pra comprar umas coisas pro enxoval do bebê, e como meu pai vai ficar no restaurante, a casa ficaria vazia se não fosse pela minha irmãzinha, mas eu já tinha uma ideia do que fazer pra tirar a Tomtom de casa, porém, Karina não concordou. Ela disse que ia ser muito difícil o mestre deixar, ainda mais sabendo que estaríamos sozinhos. Eu até tentei argumentar, tentei convencê-la com meus meios, mas então João apareceu e atrapalhou a nossa "negociação".

Já faz alguns dias desde a briga deles, mas eles ainda não se acertaram. Não brigaram mais, obviamente, mas como meu primo achou melhor dar esse tempo pros ânimos se acalmarem, eles não fizeram as pazes ainda, então fica um clima estranho quando estamos juntos.

Voltando a ideia de a Karina ir à minha casa, eu não tinha desistido, só estava esperando o momento certo para abordá-la, porém, ela foi mais rápida.

— Sim. — Confirmou contra meus lábios e os selou rapidamente. — E eu garanto que vai valer a pena. — Sussurrou, eu sorri.

— Eu tenho certeza que vai sim. — Falei me inclinando para beijá-la, porém, ela me afastou.

— Você não me disse se aceita, Pê? — Ela falou e foi a minha vez de revirar os olhos.

— Mas é claro que aceito, esquentadinha. — Falei como se fosse óbvio. — Eu viro até lutador profissional se você quiser!

— Bobo! — Disse me dando alguns selinhos. — Mas ó, eu quero dedicação mesmo, 'tá? Porque vai ser uma tarefa muito difícil convencer meu pai a deixar eu ir na tua casa, então você tem fazer o meu esforço valer a pena. — Disse mas então suapirou. — Você sabe que se não fosse importante, eu não te pediria isso.

— Você sabe que se é importante pra você, é importante pra mim. — Falei já mais sério. — Esse negócio de luta não é comigo, mas se você precisa que eu aprenda, eu faço. — Disse e ela sorriu, seus olhos grudados aos meus e eu podia muito bem me perder no azul celeste de seu olhar. — Por você, eu faço! — Reafirmei e ela me beijou.

Eu sentia o quão grata ela estava por eu ter aceitado ajudá-la, mas como eu não aceitaria? Eu sei da importância que o muay thai tem pra ela, sei o quanto ela está batalhando pra mostrar seu valor pro pai, então se ela precisa que eu aprenda alguns golpes, eu faria.

Eu faço o que for preciso pra ver esse sorriso lindo estampar seus lábios.


Notas Finais


Perina ❤
Karina sabe negociar hahaha
Será que Karina vai desculpar o João? O que acharam da conversa que ele teve com o Pedro? Me digam, amores!
Comentem e favoritem, beijinhos 😘😘


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