Antes:
-Presta atenção no que eu vou te dizer! –HyunJoong falou sério.
Depois:
-Presta atenção no que eu vou te dizer! –HyunJoong falou sério. Logo em seguida quebrou a frieza do olhar com doce sorriso, pois percebeu JinJin expectante. -Loirinho lindo, você é só meu. –Disse amavelmente. Trouxe os lábios alheios para si e intensamente os beijou. JinJin retribuiu o beijo. Não resistia a virilidade daquele rapaz.
-Você é muito ciumento! –Sem perceber fez biquinho.
-Só um pouquinho quando se trata de você. –Deu uma piscadela e sorriu. O tom de brincadeira que empregou acabou de dissipar o clima pesado que pairou no interior daquele carro. –Aonde você que ir?
-Humm... vamos ao cinema? Tem muito tempo que não vou. –JinJin adorava a disponibilidade que o mais velho demonstrava. Sempre deixava que ele decidisse o que iriam fazer.
No cinema ambos se sentiam felizes na companhia um do outro. Guerrinha de pipoca e beijinhos salgados faziam parte das trocas de afeto no escurinho. Até que chegou a hora em que ficar tão pertinho de JinJin e sentir seu cheirinho estava ficando difícil para HyunJoong. Aproximou-se mais, colocando o braço sobre o ombro do menor e inalou a fragrância natural de seus cabelos. Este descansou a cabeça no ombro daquele que lhe aconchegava e curtiu o carinho. Fechou os olhos e a essa altura mais ninguém assistia a mais nada. As carícias, iniciadas por HyunJoong, se tornaram mais gostosas. Depois de um beijo a mão do maior percorreu um breve caminho até o zíper de JinJin, que prendeu a respiração surpreso com a coragem alheia.
-Aqui, Joonggie?!... -Sussurrou alarmado. -Tem muita gente! -Ninguém podia ver, mas ficou extremamente ruborizado.
-Shiiiii... -Apertou com a mão em cheio o pênis do jovem e o massageou sobre o tecido do jeans. -Tá gostoso? -HyunJoong sussurrou de volta no ouvido do loiro.
Entre um sorriso tímido e confuso, JinJin engoliu a seco, mas positivou com a cabeça. Essa resposta foi sinal verde para o mais alto, que continuou com a carícia. Devagar abriu o zíper e para sua felicidade encontrou um membro já desperto. Aquilo deixou JinJin quente o suficiente para não conseguir se controlar. A mão grande e forte do outro começou a trabalhar lentamente, mas com vigor. Sabia o que estava fazendo. JinJin mordeu o lábio inferior e jogou a cabeça para trás. A visão era prejudicada pela penumbra do cinema, mas mesmo assim ver o pescoço de seu loirinho livre para ele, deflagrou uma descarga de adrenalina em sua corrente sanguínea que fez seu coração disparar. Pegou a mão do namorado e pôs sobre o seu próprio falo. Estava tão teso que já sentia dor. Algo tinha que ser feito. JinJin embora reticente, não se permitiu perder aquele contato, apertou-o entre seus dedos e conteve um gemido.
-Vamos pra outro lugar, meu loirinho? –Com uma voz sedutora, perguntou baixinho no ouvido do desenhista e depois a lambeu. Claro que já sabia a resposta.
(...)
A porta da casa de HyunJoong foi aberta e um casal que se adiantava em tirar suas peças de roupas, entrou. Sem desfazer o beijo que começou no corredor do prédio de seu apartamento, o mais velho bateu a porta da sala com um empurrão que deu com um dos ombros. Pegou JinJin no colo, que passou as pernas pela sua cintura e foram para o quarto. Suas blusas ficaram pelo chão da sala mesmo. Na cama, a troca de olhar era algo que poderia incendiar o quarteirão. Ambos queriam a mesma coisa. HyunJoong se apressou em tirar sua calça, tendo os olhos do mais novo sobre si.
-Gosta do que vê? –Provocou. JinJin assentiu.
Em seguida se aproximou de seu pequeno e foi firme quando puxou pelos cabelos, a cabeça do mesmo para trás, queria ver desta vez, nitidamente, o pescoço sem mácula de JinJin. Para, quem sabe, marcar seu território ali. Todavia sabia ser muito carinhoso. Depositou naquele parte do corpo, vários beijos molhados, que arrepiaram mais uma vez o outro.
Apenas de boxer, HyunJoong, sentou sobre o quadril de JinJin, que ainda se encontrava de jeans, fitava fixamente seus olhos, quando proferiu a frase que derreteu o mais baixo:
-Não quero fazer nada que você não queira, meu loirinho.
-Mas... eu quero. –Timidamente, falou baixinho, através de seus lábios inchados e vermelhos.
Se alguma palavra deste mundo fosse capaz de traduzir o que hyunJoong sentiu ele certamente a utilizaria, mas nenhuma delas, no momento tinha a competência para tal. Na falta de conseguir se expressar por palavras, seus olhos brilharam de emoção. Marejados, falaram tudo o que seu coração queria. JinJin que já se via encantado por seu namorado, não teve dúvida que havia tomado a decisão certa.
HyunJoong lentamente se aproximou do rosto do menor e lhe roçou os lábios novamente. Com sua boca na de JinJin, disse calmamente:
-Como eu esperei por esse momento.
Em seguida seguiu para a calça daquele que estava abaixo de si e a retirou zelosamente. Uma visão extremamente excitante pode ser apreciada por ele, quando o cós da calça passou por seu quadril. Seu JinJin estava tão igualmente excitado que sua boxer apresentava uma pequena mancha de pré gozo. O pequeno ruborizou e mordeu o lábio inferior, envergonhado.
-Meu loirinho, você é uma delícia... cada dia te quero mais! –Acabou de retirar a peça inferior de JinJin.
Depois HyunJoong avançou felinamente em direção aos seus mamilos róseas. Ali arrancou gemidos e suspiros ao mordiscá-los e lambê-los com vontade. Lentamente desceu, traçando uma linha com a língua até seu pênis. Sua boxer foi retirada com os dentes. Cena que fez os pensamentos mais insanos de JinJin virem a tona.
-Você é lindo... –HyunJoong contemplava aquele corpo nu.
-Assim eu fico com vergonha. –Estava sem jeito por saber que o outro analisava cada detalhe de seu corpo.
-Não tem de que se envergonhar... tudo em você é perfeito. Se eu já tinha ciúmes de você antes de conhecer seu corpo, agora então é que vai ser difícil me controlar, meu loirinho. –Abraçou o corpo necessitado do outro.
-Seu bobo. Você que tem um corpo maravilhoso! –JinJin tomou coragem para dizer o que já queria dizer a muito tempo. Sempre que HyunJoong chegava perto dele e sentia os músculos do mais forte abaixo do tecido de suas roupas, se sentia privilegiado por isso. Guardava esse segredinho só pra si e apenas sorria internamente.
Um beijo afoito iniciou-se e em poucos minutos, HyunJoong estava se deliciando com o membro de JinJin em sua boca.
-Geme, meu loirinho, geme pra mim... –JinJin estava se contendo para não fazer muito barulho, mas seu namorado queria ouvi-lo.
Um pouco sem jeito foi se soltando para a satisfação do mais velho, que se dedicava ainda mais em dar prazer ao seu pequeno. Sugava e engolia tudo com uma fome insaciável. A respiração ofegante de JinJin demonstrava que se o outro continuasse naquele ritmo poderia vir a gozar rapidamente.
-Para, HyunJoong, para... assim eu vou... –Disse arrastadamente ofegante. Seu peito subia e descia.
-Pode gozar, meu loirinho... bem gostoso pra mim, vem! –HyunJoong estava determinado. Com suas mãos fortes, segurou o mais baixo pelas nádegas, elevou um pouco seu corpo e seguiu para suas bolas, lambendo-as com imenso prazer. –Meu papel hoje é te fazer feliz... –E voltou a dar atenção ao falo que pulsava bastante vermelho e com a pele esticada.
-Ahhhhh... –Com os olhos apertados por causa do intenso prazer, JinJin gozou. A permissão foi um tanto estimulante. Derramou seu esperma na boca de seu namorado que procurava não perder nenhuma gota.
HyunJoong deitou de imediato de conchinha, abraçando por trás o jovem que ainda sentia espasmos pelo corpo. Aquela carinho foi algo que encheu o coração de JinJin. Coração este que batia freneticamente por conta da emoção e por toda aquela performance. Propositalmente HyunJoong encaixou seu membro rígido por entre as nádegas de JinJin.
-Alguém precisa de mimo... –O loiro brincou.
-Uhum... –Concordou. -Precisa muito... –O moreno alto sussurrou com sua voz grave no ouvido do menor.
Ambos se reposicionaram. HyunJoong desceu da cama e ficou em pé de frente para JinJin, que se sentou na beira do colchão. Salivou ao observar aquele pênis, que havia duplicado seu tamanho e tinha suas veias saltadas, implorando por alívio.
-Olhe para mim. –Pediu HyunJoong, apoderando-se dos fios claros por entre seus dedos, direcionando a cabeça do desenhista para o alto, quando aquele que se encontrava sentado começava com empenho a sua parte.
JinJin abriu os olhos e se deparou com o sorriso safado e orbes famintas de seu parceiro. Voltou a se dedicar e fazer o seu melhor, pois a vergonha havia ficado de lado diante daquele monumento.
-Pare! –HyunJoong depois de alguns minutos recebendo um maravilhoso boquete, sabia que não suportaria tanto tempo. Tomou JinJin em seus braços, o posicionou de costas para si e começou a roçar em sua bunda. Lentamente com a mão em sua nuca, foi gentilmente o empurrando até que este estivesse de quatro sobre a cama.
Com sua língua sedenta, introduziu a ponta dela no orifício apertadinho de JinJin. Ouviu-se um gemido manhoso. HyunJoong se deleitou com isso, adentrando com mais profundidade a língua, só para ter que ouvir seu loirinho. A língua deu lugar ao seu dedo médio, que foi mais fundo, provocando mais sensações. Não demorou muito, o dedo indicador se juntou ao outro, levando o mais tímido suplicar.
-Vem, Joonggie... –Arrastado, pediu manhosamente.
Diante de um pedido como esse, o mais velho não hesitou. Com firmeza obteve o controle da situação apoderando-se do quadril alheio. Contudo foi delicado e se preocupou com o bem estar de seu namorado. Rapidamente retirou da gaveta de sua mesinha de cabeceira um tubo de lubrificante. Ao tocar a entrada de seu namorado com seu falo, ambos já devidamente besuntados, começava a busca pelo auto controle. Dali por diante teria que usar muita de sua concentração para conseguir prolongar um pouco mais o prazer de seu parceiro.
-Meu loirinho, se você sentir dor me avisa, ok?
JinJin maneou a cabeça concordando. Sentia receio, afinal SanHa não era tão dotado quanto seu novo namorado. Mas pretendia ser forte. Logo no primeiro instante, o desconforto, não foi uma preocupação. HyunJoong fazia tudo com uma habilidade ímpar. Seu membro ia sendo lentamente empurrado e o mais novo se remexia, emitindo gemidinhos sôfregos, dando a entender que necessitava de mais. Por conta disso o ritmo aumentou. E mais fundo foi HyunJoong. JinJin reclamou arrastado, fazendo HyunJoong parar. Recuou um pouco e recomeçou, o mais lento que pode. Desta maneira conseguiu introduzir mais fundo do que antes. O mais novo começou a rebolar quando a dor se foi. E seguiu rebolando mais e mais, mexendo com a sanidade de seu moreno. Este viu a oportunidade de imprimir um ritmo mais forte naquele momento. Com olhos nublados, não se preocupava com mais nada. Pareceu desconectar-se do mundo e gemia alto. Juntamente desferiu um tapa na bunda de JinJin que num primeiro instante foi pego de surpresa, mas vindo da pessoa que era não estranhou essa prática. HyunJoong era intenso. Já estava se acostumando com isso. Entre mais alguns tapas e puxões de cabelos, o ritmo das estocadas aumentava e o desenhista também já gemia alto. Por conta da forma impulsiva que o seu parceiro conduzia o ato, naquele momento, gemia por causa da dor, mas não queria pedir para parar. Ambos tinham o suor escorrendo pelo rosto e corpo. O cheiro daquele quarto era de pura luxúria. Quando HyunJoong estava perto de seu ápice, agarrou com determinação o falo do loiro, que estava ereto novamente e o estimulou agilmente. Os gemidos sôfregos e sem intervalos de JinJin era a prova de que seu pequeno estava prestes a chegar ao clímax mais uma vez.
-Vem, meu loirinho de cuzinho apertadinho... Eu vou gozar tudinho dentro de você. –Com voz grave e extremamente excitado, falou entre os dentes ao ouvido do namorado.
Seguindo num ritmo frenético, que castigava o jovem, bastaram alguns segundos apenas para que o casal se entregasse plenamente a um orgasmo arrebatador. HyunJoong desabou sobre o corpo de JinJin, que se manteve de bruços na cama, sem condição de se mover. Respiravam como se estivessem ficado sem ar por um longo tempo. Lentamente o maior, foi retirando seu membro da entrada de seu dongsaeng e rolou para o lado, abraçando seu o corpo. O menor emitiu um gemido baixo que refletiu a dor que sentiu com a saída daquele falo e se virou com cuidado. Deitou a cabeça no peito do mais forte, ouvindo os batimentos arritmados de seu coração.
-Foi maravilhoso, meu loirinho... Eu sabia que seria. –HyunJoong afagou os cabelos de JinJin.
-Eu também adorei. –Sorriu de olhos fechados.
(...)
Na manhã seguinte, foi que JinJin pode perceber como o apartamento de HyunJoong tinha a personalidade dele. Decorado rusticamente, era muito envolvente, embora simples.
-Achei você... O que está fazendo aqui? –Perguntou HyunJoong ao encontrar JinJin sentado no sofá da sala. Totalmente nu, com seu pênis adormecido, que balançava ao ritmo de sua caminhada, esfregava o rosto e tinha a voz rouca de sono.
JinJin ruborizou e esboçou um sorriso tímido, quando desviou o olhar. Não pode deixar de lembrar quando comparou o corpo de HyunJoong ao do Homem Vitruviano, ainda vestido. Agora sim tinha toda certeza. Ele era o próprio!
-Eu fui ao banheiro e fiquei por aqui. O seu apartamento é bonito. –Disse quando conseguiu organizar seus pensamentos. Enrolado no lençol e com as pernas encolhidas no sofá denunciava frio.
-Você achou? Não tem nada de mais. –Foi para o sofá e juntou-se ao desenhista. -Está com frio? -Puxou o corpo do menor para si e começou a afagar seu braço por sobre o lençol com a intenção de aquecê-lo. –Sabe o que eu quero?
-Não... –O namorado com a cabeça apoiada no ombro alheio respondeu distraído, estava gostando do carinho.
-Mais de você. –Riu safado para o outro que retirou a cabeça de seu ombro e olhou para ele com uma expressão indecifrável. –E você?
-Joonggie... –Ruborizou mais uma vez e começou.
-Porque, não foi bom? –Ficou confuso.
-É que eu fiquei dolorido. –Falou sem jeito.
-Tá doendo muito, meu loirinho? –A preocupação ficou estampada.
-Uhum. –Confirmou com a cabeça.
-Oh! Desculpe... –Beijou a sua testa. –Acho que exagerei, né?
-Você foi maravilhoso. –Abraçou o mais velho pelo pescoço e se aninhou no colo dele, com devido cuidado por causa da dorzinha chata que persistia.
-Assim você não vai me ajudar... não sei se reparou, mas estou sem cueca. –Sussurrou no ouvido do outro, vendo este se arrepiar.
-Não, não tinha nem visto. –Riu dissimulado. –Eu não estou em condição de te dar o que quer, mas posso te dar um presentinho. –Se desfez do lençol e lentamente desceu do colo de HyunJoong e se acomodou entre as suas pernas.
-Eu vou adorar... –Fechou os olhos e jogou a cabeça para trás. Já sentindo uma deliciosa sensação, proporcionada pela boca quente de JinJin.
XXX
JinJin acabara de registrar mais um pagamento no caixa e subiu para o escritório da cafeteria para levar a sangria da manhã para o patrão. Desceu ao ouvir um dos atendentes chamar seu nome. Ao chegar no salão se deparou com um lindo bouquet de flores sobre o balcão. Seus olhos brilharam, pois já sabia de quem era. Ansioso, com um sorrisinho contido retirou o cartãozinho e pode ler:
“Pela pessoa maravilhosa que você é e pela noite que jamais esquecerei, lhe dedico estas flores. Te amo!” Joonggie.
-Hei, JinJin! O cliente está chamando. –Do outro lado do balcão um dos colegas do café o alertou.
-Oh, me desculpe, senhor... –JinJin saiu do transe, guardou rapidamente o cartão no avental de seu uniforme e pôs as flores para abaixo do balcão. Sentia-se com o rosto quente e tinha certeza de que estava vermelho. Recebeu o dinheiro, registrou no caixa e deu o troco. Em seguida, com um semblante feliz e o olhar perdido para a vidraça do estabelecimento, voltou a sonhar com a sua “obra de Da Vinci”.
XXX
Numa noite envolvida em uma atmosfera de alegria, era comemorado mais um aniversário da produtora de Heechul. Como todo ano acontecia, uma festa era realizada numa grande casa de festas. Os artistas da produtora se apresentavam num palco montado pela equipe, agraciando o evento com seus talentos. Era muito bom para Rocky que ganhasse experiência e confiança em se apresentar em shows ao vivo. Porque vídeos musicais ele já possuía alguns circulando pela internet. Os convidados eram selecionados por Heechul. Visava manter parcerias, bons contatos e lógico, obter novos clientes.
Altamente profissional, Heechul não deixava de conferir nada em seus mínimos detalhes. Só conseguiu relaxar um pouco com a chegada de Siwon, seu namorado, que havia acabado de chegar de viagem. Ele era um conhecido cinegrafista, por se aventurar pelo mundo a fora em busca de registros sobre esportes radicais.
Do jardim que ficava na parte de trás da casa de festa, saíram de lá em atitude muito suspeita Heechul e Siwon. O último arrumava seu traje esporte fino e o outro, o cabelo cor de cobre. Tentavam disfarçar:
-Você não muda, minha Diva, no meio do evento... –Siwon deu a mão para o namorado, quando ganharam uma distância segura do jardim.
-Você descarrega sua adrenalina pulando de Bungee Jump, querido... eu tenho que te esperar voltar! Não estava mais aguentando, Wonnie. –Concluiu a frase em tom manhoso.
-Vamos pular um dia, Chullie? –Abriu a porta dos fundos para o produtor entrar.
-Aish!!! Eu passo mal só de pensar! –Abanou-se com as mãos.
Siwon riu, mas já sabia a resposta. Heechul era seu avesso, talvez por isso se dessem tão bem.
(...)
Rocky já pronto, estava no camarim, sentado na cadeira do cabeleireiro escovando as madeixas, quando viu pelo espelho a maquiadora aplicando uma base no rosto de MoonBin. Não seria nada de mais se a moça não estivesse muito próxima do executivo e ainda parecia lhe dizer coisas muito íntimas. Logo que saiu da cadeira, sentou num sofá próximo aos dois e retirou o celular do bolso, fingindo trocar mensagens com alguém quando na verdade o que queria era tentar ouvir o teor na conversa.
-Você tá muito bonito! –MoonBin elogiou quando sentou-se no mesmo sofá.
-Obrigado. –Disse seco, sem retirar os olhos da tela de seu aparelho.
-O que houve? –Percebeu a diferença de como vinha sendo tratado pelo músico. A relação de amizade entre os dois estava sendo construída de maneira saudável de tempos para cá.
-Nada! –Foi ríspido e com um pequeno beicinho, continuou sem olhar para o rapaz ao seu lado.
-Tá nervoso?
-Eu? Porque estaria nervoso? Ela só estava...
-Ela?! –Moonbin interrompeu, confuso. Do que Rocky estava falando? –Eu estava me referindo a sua apresentação.
Rocky ficou mudo e ruborizou de imediato. Entendeu a mancada que acabara de dar. “Merda! Porque eu falei isso?!” Pensou, apreensivo.
-Eu vou repassar as músicas mais uma vez. –Claramente fugia da situação. –Cadê meu sax? Alguém viu meu sax? Onde tá meu sax? –Estava agitado.
-Serve esse? –MoonBin perguntou, apontando para o case que se encontrava encostado à parede, do lado em que estava sentado. Sustentava um sorriso questionador no rosto.
-Ah, droga! –Murmurou. De tão desconcertado que ficou, não conseguiu ver a caixa do instrumento, ali, tão perto.
-É isso que eu entendi? –O mais velho segurou o braço do Rocky quando este deu a volta no sofá para pegar o case.
-Isso o que? –Engoliu a seco.
-Ciúmes? –Se ajeitou na sofá e aproximou-se do rosto do músico.
-Você fumou o que?! –Resistiu às mãos que ainda seguram seu braço. –Tá maluco?! –Desvencilhou-se, pegou o saxofone e saiu apressado do camarim.
-Hei, perai!!! –Depois que ficou alguns segundos processando o que acabara de acontecer, correu atrás do músico.
Rocky até tentou ser rápido, mas deparou-se com o diretor de música:
-Aonde você vai? –Parou exatamente na sua frente.
-Eu... eu vou ensaiar... –Ficou nervoso pois tinha quase certeza de que estaria sendo seguido.
-Não... não faça isso. Eu sou contra esses ensaios em cima da hora. O profissional só fica nervoso... olha como você já está. –O homem não tinha nação do que provocara este estado no jovem.
-Rocky!
-Tsc! -Estremeceu e estalou a língua, perdendo a esperança de se livrar daquela situação toda. Congelou por alguns instantes.
-Ela estava só reparando as minhas olheiras. –Iniciou sua explicação mesmo com seu pupilo de costas para ele.
-Eu não tenho nada e ver com sua vida. Você não me deve explicações. –Virou-se lentamente e disse firme, procurando manter a calma, mas por dentro queria estapear a aquele rosto bonito.
-Bem, pessoal, eu estou sobrando aqui... –O diretor musical percebeu o clima e se retirou. –Acho que o Heechul tem razão. –Falou para si mesmo, referindo-se a quando o dono da produtora dizia que eles formavam um belo casal.
-Para com essa crise de ciúmes... –MoonBin estava seguro do que falava.
-Eu não tô... –O executivo para conseguir falar tapou a boca do outro, com a mão. Rocky encostado contra a parede, ficou estático em surpresa. Seus olhos encaravam o mais alto.
-Você não vê que eu ainda sou apaixonado por você! –Retirou a mão da boca do outro.
-Moonbin... e-eu... –Não sabia o que dizer. Será que poderia confessar o que sentia?
-Tá vendo essas olheiras aqui? –O mais velho apontou para os próprios olhos. Rocky positivou com a cabeça. Mesmo com a maquiagem, de perto ainda podia se notar. -Eu tô cheio de problema, cara! A minha vida virou de cabeça para baixo, mas tô aqui! Porque? Por que eu não consigo ficar longe de você. Será que você não enxerga isso?
Depois de abrir seu coração, ambos ficaram em silêncio. Suas orbes continuavam se encarando. Moonbin lentamente foi se aproximando de Rocky, que sentiu o coração disparar e começou a respirar de forma acelerada. Suas mãos começaram a suar frio. Fechou os olhos e se entregou aquele momento.
-Tá vendo como você me quer. –O executivo disse bem próximo dos lábios do músico, numa brincadeira fora de hora, parecia querer testá-lo.
Rocky abriu os olhos, totalmente constrangido por ter se preparado para um beijo que não aconteceu. Nitidamente vermelho de vergonha, começou desferir socos contra o peito de MoonBin e a xingá-lo.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.