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História Nasce um Astro - Capítulo 9


Escrita por: SUNGHAEWON

Notas do Autor


Olá, meus lindinhos!
Estou de volta com mais um capítulo.
Acho que consegui voltar mais rápido do que da outra vez. Uhuuu!

Quero agradecer a todos que favoritaram a fic e reservaram uns minutinhos de seu tempo para deixarem seus maravilhosos comentários!

Então, sem mais... Espero que gostem!

Capítulo 9 - Capítulo 9


Fanfic / Fanfiction Nasce um Astro - Capítulo 9

 

 

Antes:

-Oi, Jinnie, cheguei! –Rocky abriu a porta da sala e ficou perplexo com a cena que presenciou.

JinJin e HyunJoong estavam no sofá seminus, trocando carícias e beijos. Apenas de jeans, ambos se levantaram assustados, e envergonhados começaram a recolocar suas camisas e calçados.

 

Depois:

-JinJin?!

-Rocky?!

Num primeiro instante ambos ficaram estáticos, trocando olhares confusos. Um clima desconcertante se instaurou naquela sala.

 

                                                            XXX

 

Horas que antecederam o ocorrido:

FLASH BACK ON:

Com um frio na barriga JinJin passava as mãos por entre os cabelos e olhava para o relógio do celular. A hora avançava e a cada minuto que passava, ficava claro que Rocky iria se atrasar. Eles precisavam estar dentro de uma hora na Galeria dos Anônimos para mais um evento, onde aconteceria um novo processo de apuração pela escolha da obra deste trimestre.

Era enézima vez que se olhava no espelho do quarto, se arrumando e ajeitando o cabelo. Usava o mesmo blazer que vestira para acompanhar a primeira apuração. Era o único que tinha. Depois que gastou suas economias na compra de medicamentos e pagando consultas para Rocky logo início de suas crises, não conseguira juntar mais nada. Apostava na falta de observação das pessoas. 

"Droga! Será que ele esqueceu?" Pensava, aborrecido, nesta possibilidade. O loiro, ansioso, ligou mais uma vez para o celular do mais novo. E como das outras vezes, a resposta foi a mesma: "caixa postal." Jinjin esperou por mais vinte minutos e resolveu sair. No caminho, chateado, continuou tentando. "Puxa vida! Ele podia ao menos ter me avisado que não ia!" Falava para si mesmo na condução. Naquele horário havia uma quantidade considerável de assentos livres, então pode escolher. Procurou um cantinho. Queria ficar sozinho. De repente seu celular toca e JinJin atende afoito:

-Até que enfim! -Falou aliviado.  Mas o que ouviu em seguida o deixou tenso.

-Mas era você que não estava atendendo às minhas ligações! -Uma voz imprimiu surpresa ao falar.

-HyunJoong?! -Pensou que era Rocky do outro lado da linha. Por isso nem olhou o visor para conferir.

-Sim, meu loirinho. Sou eu. Quem estava esperando? 

-Não... ninguém... -Sua postura mudou completamente.

-Tá triste? –Foi capaz de perceber.

-Não... -Respondeu ainda mais triste.

-O que posso fazer para dar um up em sua noite?

-Não precisa se preocupar. Tá tudo bem. -Foi um pouco ríspido. Queria encerrar logo aquela conversa.

Havia pensado melhor e percebeu que a bebida, no dia em que conheceu o moreno alto, não contribuiu muito. Concluiu que a afobação do rapaz foi até a seu favor, pois se o outro conduzisse a situação de maneira mais carinhosa, poderia ter acontecido algo de que pudesse ter se arrependido depois.

-Eu sei que fui muito rápido no nosso primeiro encontro, mas... você me perdoa?

-Tá, tá... tá bom, tá bom... -Estava entediado.

-Podemos conversar hoje?

-Hoje eu tenho compromisso. –Foi seco.

-Desculpa, mas vai sair com o namorado?

-Eu já disse que não tenho namorado! –Não escondia a sua falta de paciência.

-Ah... eu sei... é que nas baladas muita gente diz isso.

-Eu não faço isso!

-Por favor, posso ir a sua casa?

-Não tô em casa. –Nesta hora JinJin rodou os olhos e bufou.

-Onde você tá? –O mais velho, sem dúvida, era indiscreto.

-Chegando no centro da cidade. -Respondeu sem vontade alguma.

-Cuidado, à noite o centro costuma ser um pouco perigoso.

-Tô acostumado a frequentar lá essa hora.

-O que você faz? Não me diga que... não! Você é garoto de programa?! 

-Tá louco?! Vou à Galeria dos Anônimos! –JinJin se sentiu insultado.

-Que susto!... Ah! A galeria... eu sei onde fica! Lá é legal! –Ficou animado.

-É... é legal... -Murmurou, percebendo a besteira que fez.

-Os trabalhos são bem interessantes! Você também gosta? 

-Gosto... 

-O que tem lá hoje?

A conversa seguiu e a cada pergunta do moreno curioso, JinJin tentava se despedir.

-Como você sabe de tudo isso? –Intrigado com o outro que detinha tanta informação, o mais velho perguntou.

-É que eu tenho uns trabalhos lá...

-Mentira?! Cara, você é um artista?

-É... acho que sou... - Riu sem jeito.

 

                                                            (...)

 

Chegando ao ponto desejado, desceu do coletivo e seguiu para o local. Desolado por estar sozinho, enquanto deveria chegar com seu melhor amigo, foi retirado de seus pensamentos quando ouviu uma voz familiar, a qual o chamava apressado e ofegante. "É ele!" JinJin levou a mão a testa num ato de surpresa, ao constatar quem era. Internamente se condenou por deixar se envolver tão facilmente pela conversa de HyunJoong. "Ele é um perigo!" Seu pensamento gritou. Perigoso em dois sentidos: Intrometido e sedutor. Estava contrariado, mas bem lá no fundinho não podia negar, havia gostado da presença do outro. Afinal ele era quase uma réplica do “Homem Vitruviano” de Leonardo Dá Vinci. Que apresenta uma figura masculina com medidas tratadas como referências para um corpo perfeito. É claro que, guardadas as devidas proporções e singularidade da beleza coreana. Sua observação de hábil desenhista o fez deixar em segundo plano o motivo pelo qual estava evitando aquela pessoa.

 

                                                              (...)

 

Próximo do horário do anúncio da obra escolhida pelo público...

-Você tá nervoso? –HyunJoong perguntou ao ver JinJin roer as unhas.

-Tô. -Estava temeroso. Mesmo tendo descoberto a manipulação de SanHa, não conseguia acreditar que aquilo não voltaria a se repetir.

                                                              (...)

 

-Hei, JinJin! Ele disse seu nome! –HyunJoong cutucou o loiro com o cotovelo. Este parecia não crer no que ouvira.

-Venha para cá, Sr. Park JinWoo, receber seus aplausos! –O apresentador daquela noite tão especial para JinJin era um de criadores do projeto.

Diante dos aplausos e cumprimentos, o jovem recebeu uma estatueta dourada, que media dezoito centímetros e possuía uma inscrição em sua base fazendo menção a data de criação do projeto e ao ano vigente da premiação. Por trás de seu sorriso de vitória, estava escondida a decepção. Queria tanto que Rocky estivesse ali para presenciar aquele momento. Mas não, por ironia do destino, quem estava ali com ele era uma pessoa que a pouco havia conhecido.

Depois de conhecer seu futuro gerente, de uma editora bastante conhecida, JinJin deixou agendado o dia para a visita na mesma.

HyunJoong convidou JinJin para comemorar sua conquista. Foram para um bar com música ao vivo, próximo dali, e curtiram a noite. É obvio que o mais velho se aproveitou do momento e conseguiu um beijo de seu loirinho. Depois outro e mais outro. Como ninguém é de ferro, ambos se excitaram.

JinJin recebeu um novo convite para irem a um motel, mas negou. Não queria se precipitar. O viril rapaz desta vez não insistiu, resolveu apenas deixar o ganhador da votação em casa.

Chegando à residência do mais baixo, foi difícil resistir a tanto tesão. JinJin por estar sozinho a tanto tempo e HyunJoong que não via a hora tocar o loiro de forma mais quente. Por cerca de alguns minutos esqueceram até de onde estavam. Tudo começou ainda do lado de fora. Tendo JinJin encostada à porta da sala, o casal já ofegava entre os beijos bastante libidinosos. Num breve resgate de sua consciência, JinJin puxou HyunJoong para dentro de casa e fechou a porta. Não queria nenhum comentário depois, naquela vila, envolvendo seu nome.

OFF FLASH BACK.

 

                                                              XXX

 

-Desculpa... eu não sabia...  –A face de Rocky ganhou um tom avermelhado juntamente com a de JinJin, ao encontrar seu hyung no sofá com um desconhecido.

-E-ele já tá indo embora! -Disse JinJin apressando HyunJoong para a porta da sala, depois que colocou sua blusa.

-Não precisa! – O músico dirigiu-se para o quarto, com a intenção de deixá-los sozinhos.

-Quem é ele? -HyunJoong estancou os movimentos que JinJin fazia para que ele se retirasse.

-É um amigo meu. -Disse nervoso entre os dentes.

-Amigo? –Lançou um olhar desconfiado.

-É! –Ajudava o outro a abotoar sua blusa para que abreviasse seu tempo ali.

-O que ele está fazendo aqui?

-Ele mora aqui!

-Por que você nunca falou dele? 

-Ele nunca tá em casa! –A frase saiu carregada por um sentimento de contrariedade.

-Ele é só seu amigo mesmo?! -HyunJoong segurou JinJin pelos pulsos e aparentava uma certa irritação.

-Nós somos amigos sim! Pode ficar tranquilo. –Rocky, ao ouvir o questionamento, foi esclarecer os fatos.

HyunJoong olhou para o jovem que voltava do quarto e soltou os pulsos de JinJin.

O trio estava bastante constrangido, essa era a verdade.

-Tudo bem, eu acredito. -O mais alto de todos falou mais calmamente.

-Eu sou Rocky. -Esticou a mão. Durante este gesto aproveitou para analisa-lo.

-E eu sou HyunJoong. -Ambos cumprimentaram-se.

Jinjin deu um passo atrás e observava o encontro dos dois. Não estava nada satisfeito com aquele acaso. Sabia que Rocky não tinha olhos para ele, mas também nunca se imaginou dando carta branca para que o outro se jogasse de vez nos braços de MoonBin. Agora mesmo que tudo ia por água a baixo!

-Desculpa aí... -HyunJoong passou as mãos pelos cabelos, ainda sem jeito. -Eu tô indo nessa... Tchau. -Virou-se para JinJin e quis lhe dar um selinho.

-Tchau... -O menor virou o rosto. O outro que o beijou na bochecha, ficou surpreso com a mudança de comportamento. Ao atravessarem a porta da sala HyunJoong quis saber mais:

-Loirinho, loirinho...  precisamos conversar. -Em tom de advertência, HyunJoong segurou JinJin pela nuca, firmemente.

-E-eu te ligo, então. –Sentiu-se contido com aquela pegada.

-Não gostei de você ter mentido para mim. –Encarou JinJin muito próximo de seu rosto.

-Mas, eu não menti!

-Tá... mas omitiu!

HyungJoong puxou-o para junto de si e o beijou com volúpia. Quando estavam sem ar é que o beijo se desfez. JinJin entrou em casa, enquanto o outro seguiu para o carro que havia deixado estacionado na calçada.

-Rocky, desculpa! –JinJin o encontrou na cozinha bebendo água. Tinha impresso em sua voz um pouco de desespero.

-Jinnie, você não tem o que se desculpar... como você mesmo disse, eu nunca paro em casa! -Rocky demonstrou ironia.

-Não é mentira, é? Mas mesmo assim a casa não é só minha, por isso estou pedindo desculpas.

-A minha nova atividade requer isso, Jinnie. Não tenho mais horários certos. Desculpa, mas você vai precisar se acostumar. –Lavou o copo, o colocou no escorredor e fitou o amigo.

-Eu não estou te cobrando nada. A vida é sua! –O mais baixo seguiu para sala.

-Mas fica chateado! –Rocky argumentou de lá da cozinha mesmo. O fato de ser em estilo americano possibilitava a conversa dos dois, sem que se perdesse o contato visual.

-Eu não fico chateado! –Estava de pé no centro da sala e respondia de maneira malcriada.

-Fica sim! No dia em que tive que dormir na casa de MoonBin, você reclamou!

-Mas é claro, você viu a chuva que caiu? Eu sei que você tem medo de trovões, de relâmpagos!

-Eu não tenho medo! Eu só não gosto! –Corou, constrangido.

-Mas tudo bem, dessa vez você chorou num colinho mais afortunado! –Saiu da sala irritado, entrou no banheiro e literalmente bateu a porta.

Rocky pode ouvir quando o registro do chuveiro foi aberto. Suspirou encostado à mureta da cozinha e ficou cabisbaixo por ter se desentendido com seu hyung. Pensativo, resolveu sentar-se no sofá e dirigiu-se para sala a fim de descansar. Seu dia havia sido cheio. Neste momento avistou sobre a mesinha de centro da sala a estatueta da premiação.

-Ai, meu Deus, era hoje! –Levou as mãos à cabeça, estarrecido. –Como eu pude esquecer!

Chegou para a ponta do sofá e esticou o braço para alcançar a peça. Sorriu ao apreciá-la. Sabia o quanto aquilo significava para seu amigo. Prontamente se pôs de pé quando a porta do banheiro se abriu.

-Hyung, você ganhou! Parabéns! –Proferiu com a estatueta ainda em mãos.

-É, eu ganhei... –Respondeu desinteressadamente entre os dentes, tomou o objeto da mão alheia e seguiu para o quarto.

-Desculpa... -O músico sentindo-se muito culpado foi atrás do mais velho.

-Tá tudo bem, na mais perfeita ordem... –Ironizou a situação. Colocou a estatueta sobre o criado mudo. -Eu tenho que me acostumar com isso, não é mesmo? Foi isso que disse? –Vestiu o pijama e deitou-se em sua cama, dando as costas para o amigo. Não queria mais falar sobre o assunto.

-Eu sei que você tá aborrecido... –Estava em pé, procurando palavras para tentar se redimir, quando foi interrompido pelo loiro.

-Não! Eu tô magoado! –Fechou os olhos. Engoliu o nó que se formou em sua garganta e murmurou em seguida: -Era um momento importante pra mim.

Rocky caminhou até a sua cama, a qual era separada da cama de seu hyung pelo criado mudo, e sentou-se, ficando deste modo de frente para JinJin.

-Puxa, Jinnie, eu... eu estava ocupado...

-Ocupado demais para se lembrar de pegar o telefone e me avisar? Por favor, não piore as coisas! -Virou-se novamente na cama, dando outra vez as costas para Rocky.

-Se eu pudesse escolher, eu não te deixaria lá sozinho. –O moreno falava com pesar.

-Quanto a esse fato não se preocupe, eu não estava só, HyunJoong me fez companhia. –Respondeu sem olhar para o mais novo. Ao mesmo tempo que alfinetou, foi duro dizer aquelas palavras.

-HyunJoong... –Rocky balbuciou. –Quem é esse cara? Eu nunca o vi mais magro.

JinJin continuou contendo as lágrimas. Não respondeu à curiosidade de seu dongsaeng.

-Quem é ele, Jinnie? –Insistiu.

-O cara que teve a consideração de não me deixar me sentir um MERDA hoje à noite!

-Sério, Jinnie, sério mesmo... mais uma vez peço perdão pelo furo que deixei com você... mas esse HyunJoong, eu não fui muito com a cara dele.

-Eu também não gostei de MoonBin e ele transformou você em um astro. A gente se engana com as pessoas... –Sentiu uma dorzinha característica na garganta e com a voz embargada continuou: -É, a gente se ENGANA MESMO com as pessoas. –Enfatizou as palavras, fazendo o moreno compreender a indireta.

JinJin cobriu a cabeça com o edredom, permitindo que uma lágrima escorresse. Não restou outra alternativa para Rocky a não ser se calar. O donsaeng apagou a luz do quarto e voltou para sala. Lá se jogou no sofá e acabou adormecendo, ali mesmo, com a roupa que chegou da rua.

 

                                                           XXX

Rocky, dentro de um mês, esteve em duas consultas agendadas pelo médico, amigo de MoonBin. Este percebeu que o jovem precisava de um acompanhamento bem de perto. Ainda patrocinado por MoonBin, Rocky frequentava a Yoga todos os dias de manhã. Dentro de uma semana, recebia sessões de massagens corporal três vezes e em duas, se encontrava com a psicoterapeuta. A professora de Yoga e os especialistas foram comunicados pela produtora sobre a necessidade de seu artista obter uma breve recuperação. A pré-estreia se aproximava. Ela já vinha sendo anunciada antes mesmo do início do tratamento. O músico com esse acompanhamento intenso melhorava nitidamente. Sua postura já era outra. Estava mais otimista. E o executivo ficava cada vez mais feliz em poder ver o sorriso de felicidade de seu pequeno. Com o passar do tempo ideia era espaçar essas consultas e encontros marcados, que atualmente, eram feitos com rigor.

MoonBin havia convencido Rocky de contar tudo para Heechul, no dia seguinte ao episódio da chuva. Tinha consciência de que ficaria difícil de manter uma rotina de tratamento paralela às agendas de ensaios e gravações. Precisariam da flexibilidade dos profissionais, tanto da produtora, quanto dos especialistas. Marcou um horário para conversar com Heechul. Este ficou nervoso por conta de todo investimento que já havia realizado e se alterou ao ser comunicado da situação.

-Eu sabia que este garoto tinha algum problema! –Acertou um soco no braço da cadeira onde estava sentado. Atrás de sua mesa ouvia calado o relato de MoonBin até o momento da revelação.

-Desculpe, Heechul, mas eu também só tive conhecimento depois. –O executivo, sentado a sua frente, não esperava outra reação do produtor.

-MoonBin, será que ele consegue? –Preocupado, levou uma das mãos ao queixo.

-O médico disse que se ele fizer tudo direitinho, seguindo as orientações dele, sim.

-Trata de garantir isso! –Heechul levantou-se da cadeira, seguiu para a janela e olhando a multidão que circulava pelas ruas, disse: -Há muitas fãs esperando por este debut.

-Eu sei, eu sei... pode deixar comigo. –MoonBin foi firme, pois acreditava realmente nisso.

           

                                                          XXX

 

Tanta dedicação a seu pupilo começou a incomodar o pai do executivo. Várias vezes ouviu de MJ que o seu filho havia saído com o músico patrocinado para algum compromisso.

-Você virou babá agora? –Perguntou quando, acidentalmente, esbarrou com seu herdeiro no corredor da empresa. Estava furioso porque tinha acabado se sair da sala de MoonBin e não havia o encontrado.

-Não pai, é que... –Coçou a cabeça, enquanto buscava uma explicação.

-Venha para a presidência! –O homem de cabelos grisalhos e um pouco acima do peso chamou autoritário e seguiu na frente. Sob olhares discretos de alguns funcionários, o executivo ruborizou. Já aguardava a bronca que receberia.

-Sim, pode falar. –Mesmo temeroso, entrou, fechou a porta e se pôs de pé diante do senhor, que se sentou em sua confortável cadeira e o fitava com cara de pouquíssimos amigos.

-Depois que o autorizei a fechar patrocínio para a produtora de seu amigo, nunca mais você parou nesta empresa! –Não escondia sua irritação. –Isso é trabalho para o marketing!

-Sim, eu sei, mas como o meu departamento é o financeiro, fiscalizo como está sendo aplicada a verba destinada para patrocínio.

-E porque tão de perto?! –Aquele senhor era perspicaz.

-Eu... –Ficou evidentemente mais vermelho.

-Veio com um papo de incentivo a cultura, divulgação do nome da empresa através de ações conscientes... –Nesta hora riu soprado, maneando a cabeça negativamente.

-Mas é a pura verdade, pai... –MoonBin tentava se explicar.

-Não minta para mim! Eu sei que você e EunWoo brigaram! O pai dele me contou. O que esse cantorzinho tem a ver com isso? –Lançou um olhar profundo dentro dos olhos de seu filho, como se quisesse ler sua mente. -Não implico com sua opção sexual, mas não quero saber de vocês terminando um relacionamento, mais do que sério, por causa de um qualquer! Isso irá comprometer toda as nossas relações... negócios, família... –O ânimo do presidente se alterava ainda mais.

-Ele não é um qualquer, pai. –Como o julgamento o incomodou, interrompeu a fala de seu pai..

-Ele toca na rua! –Bradou. A frase reafirmava o seu pré-conceito.

-Sim, por que lhe faltava oportunidade! –Se aproximou da mesa do pai, falando quase no mesmo tom.

-Sei bem de que oportunidade ele precisa, de um trouxa para se encostar! –O senhor se enfureceu e se levantou de supetão, fazendo a cadeira de rodinhas bater na parede.

-Ele é muito talentoso, não é um interesseiro! –Defendeu firmemente.

-Não estou crendo nisso! Vejo que esse músico sem eira nem beira já te fisgou! Só vou te avisar uma única coisa: Se jogar o relacionamento que tem com EunWoo na lata de lixo, corto o patrocínio e você não fica mais embaixo do mesmo teto que eu! –As veias das têmporas de empresário saltavam e igualmente vermelho ao filho, mas precisamente de raiva, completou: -Você me entendeu?!

MoonBin engoliu a seco. Suava de nervoso e sob o comando de seu pai se retirou da presidência. 

 

                                                               (...)

 

-Rocky, eu não poderei te buscar na sessão de fotos e te levar para a Yoga hoje.

MoonBin foi obrigado a ficar na empresa neste dia. Estava tenso e preocupado em como resolver todos aqueles problemas de uma vez só. Mas o sentimento que mais o consumia era a raiva que estava sentindo de EunWoo. Eles haviam, mesmo que implicitamente, feito um pacto. Preservariam as empresas de seus pais. Até quando? Não sabiam. Mas definitivamente, agora, não era a melhor hora tudo isso vir à tona!

 

                                                             XXX

 

Antes de voltar da Inglaterra, de férias da faculdade, EunWoo já havia percebido que depois da discussão que ele e MoonBin tiveram, nada mais voltaria a ser como antes. A frequência com que trocavam mensagens românticas por celulares e seus encontros pelo skipe, diminuiu drasticamente. Atualmente ficavam dias sem se falar. O relacionamento ia se transformando gradativamente em um contato amigável. Tinha decidido deixar pra lá e tentar levar o relacionamento como estava, uma vez que não ficou oficializado o término do namoro por nenhuma das partes envolvidas. A decisão de ambos era baseava no medo que tinham do que isso significaria para a relação entre as empresas de seus respectivos pais. Mas quando ficou sabendo sobre o lançamento do “atendente de balcão” como artista e que o responsável por isso era aquele que ainda considerava ser seu namorado, por telefone mesmo, contou tudo para seu pai. Sua vingança começava ali.

 

                                                              XXX

 

Uma outra relação que havia ficado estremecida, era a de JinJin e Rocky. Mais por conta do loiro que se sentiu muito mal, quando seu melhor amigo esquecera do compromisso que firmara com ele. O moreno aprendeu a lição de que agora precisava de uma agenda para marcar seus compromissos, da pior maneira possível. Estava se adaptando ainda ao novo ritmo de trabalho, mas seu hyung não conseguiria nunca entender. Muito mais quando uma simples ligação explicando sua ausência, resolveria tudo.

A nova rotina de Rocky contribuía para que ele e JinJin se vissem pouquíssimo. HyunJoong entrara na vida dele na hora certa. Sentindo-se abandonado, o loiro se apegava cada vez mais ao moreno sedutor. Ele preenchia a carência que a falta de Rocky fazia.

Os encontros se tornaram quase que diários, uma vez que HyunJoong, sempre que dava ia buscar JinJin na cafeteria.

-Você já me agradeceu pela noite em que eu te dei aquele bolo? –Rindo, o amigo atendente, perguntou para JinJin, referindo-se à balada da boate LGBT.

-Obrigado, meu hyung, por causa disso conheci meu novo namorado... –Ambos riam, quando JinJin avistou pela vidraçaria da cafeteria HyunJoong estacionar o carro. Já havia tirado seu uniforme e ficou aguardando do lado de fora do balcão.

-Ele é bonito. –O atendente sussurrou entre os dentes tentando disfarçar que falava sobre ele.

Uma vez dentro do carro, JinJin aproximou-se para dar um selinho em HyunJoong. Este o deteve, com dois dedos em seus lábios.

-Quem é aquele cara do balcão que estava cheio de risinhos com você? –Perguntou em tom de repreensão.

-Ele é meu amigo aqui da cafeteria... –Respondeu, mas havia ficado curioso. Porque o mais velho agia daquela forma? –Porque?

-Estavam muito íntimos!

-Ah, que isso HyunJoong... Um: ele é meu amigo, dois: ele é hétero! –JinJin enumerava, representando os números, quando o mais velho segurou, com firmeza desnecessária, a sua mão. –O que foi? –Seu olhar era confuso.

-Presta atenção no que eu vou te dizer! –HyunJoong falou sério.

         ...

 

 


Notas Finais


Que bom, Rocky finalmente começou um tratamento adequado!

O que? EunWoo já começou seu plano de vingança?!

O pai de MoonBin é brabo, hein, gente!

E esse HyunJoong?! Qual é a desse cara?

Segue link da obra de Leonardo Dá Vinci - Homem Vitruviano: https://pt.wikipedia.org/wiki/Homem_Vitruviano_(desenho_de_Leonardo_da_Vinci)#/media/File:Da_Vinci_Vitruve_Luc_Viatour.jpg

Então, é só. Espero que tenham curtido.

Beijos no kokoro!


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