História Nascida da Insanidade (Arlequina, Coringa e Melanie ) - Ter Mais Coragem

“Povs Melanie”
Todos me odeiam, não tenho casa, não tenho amigos, não tenho família, e ainda por cima pessoas estão perdendo a vida por minha causa, dizer que eu me odeio e pouco nesta situação, eu só queria ser normal, ser uma menina que todos amam, e todos querem por perto, mas ao invés disso só trago tristeza, se eu me matasse todos iriam ficar livre de mim, mas mesmo  assim eu tento ficar longe da morte, eu simplesmente penso que não mereço, a culpa não é minha, a culpa é deles, Coringa e Arlequina, mataram meus pais, me trouxeram para esse inferno, e ainda mataram uma pessoa que eu amava.
Melanie ando pelas ruas, cambaleando, olho para as pessoas com tristeza, e choro. Todos que me vejam ficam assustados e saem de perto.
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Melanie entra em um beco, e cai no chão, respira com dificuldade, não consegue controlar o choro, até que se lembra da ultima vez que se sentiu feliz e com esperança, e viu Tumus em sua mente, isso lhe causou um sorriso, sua respiração voltou ao normal, ela levantou determinada a ir a um lugar que seus sonhos pareciam reais, a rua dos jardins japoneses. Ela ainda lembrava o caminho, isso fez ir mais rápido, ela se animava cada vez mais quando se lembrava de Tumus.
Depois correr bastante Melanie chega ao seu destino, e fica feliz ao ver todas aquelas árvores que era um pequeno pedaço da memória boa que ela tinha da infância. Ela se senta na grama perto da onde conheceu Tumus e fecha olhos esperando que aquele lugar a tomé, e ela possa esquecer tudo.
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-Melanie?
Melanie abre os olhos assustada e olha Tumus em pé na sua frente.
-Oque faz aqui?-Tumus estende a mão.
-Tu..mus.-Melanie abre a boca, chocada.
-Eu moro aqui perto, não no mesmo lugar que antes, aquele lugar me assusta, mas vamos, pegue na minha mão, vou te levar, você não pode ficar aqui sozinha a essa hora, já é de madrugada.-Tumus
-Tudo bem.-Melanie pega na mão dele e se levanta.
-Oque aconteceu com você, esta machucada.-Tumus passa a mão no rosto de Melanie a fazendo ficar vermelha.
-Não foi nada.-Melanie fala, e uma lagrima cai em seu rosto, ela não disfarça a dor que sente.
-Vamos, eu vou ficar ao seu lado.-Tumus  a abraça.
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Eles caminham até chegar em um casa simples. Eles entram, Tumus faz um chá para Melanie enquanto ela espera na sala.

-Você mora aqui sozinho?-Melanie.
-Não, minha tia também mora aqui, mas ela está sempre viajando, então a maioria das vezes fico sozinho.-Tumus
-Oque estava fazendo a essa hora na rua.-Melanie
-Estava na casa de um amigo, sem querer não percebi a hora.-Tumus
-Entendo, amigos...-Melanie sussurra
-E você oque fazia sentada embaixo daquela árvore?-Tumus a encará.
-Ainda me vê como alguém que ama?-Melanie diz e tenta segurar as lágrimas.
-Sim, penso em você todos os dias, mas você nunca está perto o suficiente.-Tumus cruza os braços.
-Eu matei duas pessoas, uma estava tentando me matar, já a outra......a outra era inocente, a culpa disso tudo e minha, o circo, meus pais, você, tudo eu não sei mais pra onde ir, e nem pra que lado correr, eu cansei de tudo, eu não sei, não sei mas oque.....-Melanie chora loucamente, o peso de suas palavras eram enormes, a cada tentativa de justificar o porquê da tal pergunta ela ia se desgastando mais, até ficar fraca, mas Tumus a abraçou e simplesmente aquele único toque dos braços em volta de sua cintura ja a fez se sentir segura.
-Todos nós erramos algum dia, e normal, você não tem culpa do que te aconteceu, você é forte e sabe disso, eu sei disso, eu estou com você, porque eu preciso que você fique bem.-Tumus aperta mais a cintura de Melanie e sussurra em seu ouvido.
-Obrigado, Tumus.-Melanie retribui o abraço.
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“Povs Melanie”
A água cai em cabelo e faz todo um percurso até na banheira, queria que minha vida fosse simples assim. Como ele consegue me deixar tão calma? Como ele sabe oque dizer quando eu o preciso? Como ele sempre aparece quando eu o penso? Eu não sei como isso acontece, mas eu gosto, eu amo, pelo menos e algo bom que existe na minha vida.
Eu queria ter mais coragem, coragem de dizer oque sinto para ele, coragem de fazer tudo aquilo que desejo, e me livrar desse rio de coisas ruins.
Abro minha mão molhada com sabão, e assim uma bolinha transparente surge, se minha vida fosse tão simples assim, eu sairia daqui eu teria a liberdade de dizer a ele que o amo.
Me levanto e me enrolo na toalha, visto uma camiseta e um short que ele colocou em cima da cama. Eu tenho que dizer a ele, eu preciso de mais coragem.
Cruzo o corredor e ele está lá com seu violão, tocando e cantando trechos de sua música preferida:

She knows what I think about
And what I think about
One love, two mouths
One love, one house
No shirt, no blouse

Just us, you find out
Nothing that I really wanna tell you about, no

-Melanie.-Tumus me olha.
-Oi.
-Está melhor.-Tumus
-Sim.
-Me diga sua música favorita eu irei tocá-la-Tumus segura minha mão, que está tão quente, tão quente quanto daquele antigo Tumus que me ensinou a andar de bicicleta.
-Eu não tenho uma música favorita.
-Posso te mostrar as minha musicas.-Ele sorri.
-Tudo bem, Tumus eu queria lhe falar algo.-Minha garganta seca.
-Diga.-Ele coloca o violão de lado e chega mais perto.
-Eu....Eu te amo.-Eu o encaro, esperando uma resposta.
-Era oque eu queria ouvir.-Ele sorri e se levanta.-Esquece tudo que aconteceu.-Ele estende a mão.
-Me desculpa.-Digo ofegante e encosto meus lábios no dele esperando que ela corresponda, e sim, ele corresponde, sua boca é quente e macia, sua mão segura firme minha cintura, e sua respiração acompanha a minha, meus olhos mesmo estando fechados acompanha tudo, eu parecia estar em um sonho.
Nossos lábios se afastam lentamente, com pequenos traços que pego quando abro os olhos abro um sorriso, que acompanha o sorriso de Tumus.
-Às vezes a vida nos surpreende tanto que achamos que e um sonho.-Tumus sussurra em meu ouvido e beija meu rosto.