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História Nascida Para Lutar - Três Imprevistos II


Escrita por: GirlWolf17

Notas do Autor


Espero que gostem.

Capítulo 8 - Três Imprevistos II


Fanfic / Fanfiction Nascida Para Lutar - Três Imprevistos II

Os garotos arregalam os olhos quando tiro a espada da bolsa. -Você é terrorista?- Ignoro a pergunta feita por Lucas e abro a janela pondo a cabeça pra fora, olho para o céu e vejo no mínimo uma dúzia deles voando sob nossas cabeças, volto pra dentro do carro e falo. -Acelera e sai da estrada- Digo tirando as facas da mochila e pondo no meu bolso. -Sair da estrada? Você enlouqueceu? O que ta acontecendo?- Grita o Murilo tentando olhar pra mim enquanto dirige. -Escuta aqui, essas coisas lá fora estão aqui pra me matar, e matar qualquer um que esteja próximo, se querem sobreviver tirem esse carro da estrada- Falo seria encarando os três, noto um olhar de duvida e medo vindo do Murilo, mas mesmo assim ele decide obedecer e acelerar, me sento na janela do carro com metade do corpo pra fora, com uma das mãos pego uma faca no bolso e atiro em um deles que cai na estrada bem em frente ao carro, fazendo com que Murilo tenha que desviar rapidamente pra não bater, logo depois todos esse começam a vir em nossa direção, me abaixo um pouco e grito pra Lucas: -Segura minhas pernas, AGORA- ele agarra minhas pernas o que me permite soltar as mãos do carro e me concentrar em matar esses bichos,com a espada arranco a asa de um que voava perto de mim, lanço mais uma faca e erro o alvo, com a espada acerto mais dois, os outros repentinamente se afastam e somem.

Respiro fundo e volto pra dentro do carro. -O que foi aquilo? Que coisas são essas?- Grita Daniel olhando pra mim assustado. -Demônios, e se eu os conheço bem eles vão voltar com o dobro, sugiro que deixemos o carro aqui e sigamos pela floresta- Falo calmamente, enquanto limpo o sangue negro da minha espada, e conto quantas facas me restam. -Você fala isso assim? Nessa calma? Demonios não existem, são historias contadas pra crianças- Fala Murilo em negação. -Não sei se você é cego ou idiota, mas aquelas coisas não são lendas nem historias, para o carro- Falo já estressada, e com meus instintos implorando pra sair dali. -Não paro, primeiro você vai ter que explicar isso tudo- Ele tira o olho da estrada pra me encarar, olho pra frente e vejo uma pedra vinda do nada caindo. -CUIDA...-

*MEMORIA ON*

"Estava num lugar estranho, uma casa eu acho, a decoração era vermelha, o tapete branquinho no chão da sala me fez sentir uma estranha sensação de nostalgia. Essa é minha casa, corro pela casa chamando pelo meu gato. -Abobora, cade você? ABOBORA- minha voz é doce, doce como a de uma criança, chego na cozinha, o cheiro me lembra biscoitos, eu adoro biscoitos. Vou em direção a mesa, me abaixo e vejo um gatinho lindo e laranja deitado no chão, perecia dormir. -Achei você, vem cá vamos brincar... Abóbora? - falo balançando o bichinho que permanecia imóvel, agora olhando bem percebo que ele não respira, chacoalho seu corpo inerte na esperança de que ele acorde. As lagrimas aos poucos caem do meu rosto, abraço o corpo desfalecido do meu gato e choro desejando que ele estivesse ali para brincar comigo, desejando que sua alma retornasse ao corpo e abrisse aqueles olhinhos.

Permaneço assim por um tempo,quando escuto um chiado, e logo após o corpo antes inerte no leu colo se debatia para sair do abraço apertado. -ABÓBORA, VOCÊ VOLTOU- sorrio fazendo carinho em sua cabeça.

*MEMORIA OFF*

Abro os olhos assustada, as lágrimas continuavam a cair dos meus olhos, pela primeira vez desde que acordei naquele lago. Será que eu lembrei de algo? Ou é a minha cabeça me pregando peças? Esses pensamentos são afastados quando ouço um barulho, com algum esforço me levanto e observo ao redor, os desgraçados jogaram uma pedra no nosso carro, dou um passo e sinto minha perna direita doer, deve ter quebrado, continuo andando com um pouco de dificuldade, mas logo logo minha perna estaria curada. Ando entre as partes do carro em busca dos meninos, pra minha sorte minha espada continuava presa a minha roupa, ouço passos apressados e vou na direção do som, vejo um Daniel ensanguentado, com alguns arranhões no rosto, sentado e um Murilo impaciente, andando de um lado para o outro próximo a um corpo estirado no chão, uma preocupação fora do comum me faz correr em direção a eles. -Vocês estão bem? Não quebraram nada?- Falo alternando o olhar entre Daniel e Murilo. Ao notar minha presença o mais velho é tomado por uma furia e parte pra cima de mim, me esquivo e ponho a espada em seu pescoço. -A CULPA É SUA, NUNCA DEVERÍAMOS TER NOS APROXIMADO DE VOCÊ- Diz ele gritando, se ajoelha próximo ao corpo do mais novo e chora. -Eu sinto muito, não era minha intenção que isso acontecesse, mas nós temos que sair daqui- Daniel me olha com odio. -Não vamos a lugar algum com você- Respiro fundo. -Isso não é uma opção, aquelas coisas vão voltar pra garantir que eu não estou mais respirando, precisamos sair daqui- Murilo levanta a cabeça e eu vejo seu rosto lavado em lágrimas -Vá embora- Suspiro e me viro, começo a caminhar pra longe dali, mas um voz no fundo da minha mente me pede pra voltar, é quando me lembro do sonho, o gato, ele estava morto mas de algum jeito eu consegui traze-lo de volta. Volto com passos rápidos até eles, deixo minha espada no chão e me ajoelho perto do corpo. -Saia de perto dele, não basta ja tê-lo matado?- Fala Murilo com desdém. -Eu posso ajudar, mas preciso que você pare de ser tão estupido.- Ele me olha com ressentimento e se afasta um pouco do corpo. Ponho minhas mãos no peito dele, e minha cabeça próxima a seu coração, respiro fundo e fecho os olhos me concentrando nos sentimentos que eu presenciei no sonho, desejei que a alma dele voltasse para o corpo, me lembrei das piadas no carro e desejei poder ouvi-las de novo. Me afasto e observo o corpo ainda morto ali no chão, uma lagrima solitária desce pelo meu rosto. -Você só pode ser louca- Diz Daniel choroso, Murilo estava pronto pra gritar mais uma vez, mas é interrompido por Lucas que abre os olhos assustado e com a respiração acelerada. Os dois correm pra perto do amigo e eu me afasto um pouco, respiro fundo e me surpreendo porque deu certo, então aquilo não foi um sonho foi uma lembrança. Me levanto e apanho minha espada. -Eu sei que é emocionante mas nós temos mesmo que sair daqui- Murilo me olha com certo receio -O que é você?- Ele perguntou assustado, -Eu não sei- foi tudo que consegui responder. O que eu sou, não quem eu sou, será que eu sou assim tão monstruosa ao ponto de ser tratada como uma coisa? Deixo essas questões de lado e me abaixo pra apoiar Lucas. -Temos que sair da estrada, vamos voltar pra o hotel pela floresta venham- Com um passo lento ajudando Lucas a se apoiar no chão, pois a perna dele ainda estava machucada, saio na frente sendo seguida em silêncio pelos outros dois.


Notas Finais


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