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História Nascida Para Matar - Capítulo 7


Escrita por: BlokcZ_Gtz e Sra_Gotze

Notas do Autor


Mais um capítulo espero que gostem 😍😍😍😍😍

Hahahahah
Tenham uma ótima leitura.
-Obs: Perdoe qualquer erro.

Capítulo 7 - Capítulo 7


Fanfic / Fanfiction Nascida Para Matar - Capítulo 7


Lille - França // Hotel

22h30min

O celular despertou, e minha vontade agora era de ficar deitada na cama até amanhã, porém eu não poderia decepcionar os meninos, então me levantei e fui até o closet, onde eu teria guardado minhas roupas e escolhi algo que satisfazia o desejo de Marco. Eu peguei um vestido tomara que caia preto que valorizava muito bem minhas curvas, eu peguei um salto preto, meus acessórios e deixei tudo separado em cima da cama, depois fui para frente do espelho para me maquiar.

Olhei no relógio e já eram 22h50min. Okay, eu iria me atrasar. Assim que terminei a make, passei um creme de pele e um perfume, e vesti a roupa que eu tinha escolhido há tempos atrás. A campainha  do quarto tocou e eu fui rapidamente abrir. 

- Eu juro que já estou... Ilkay? – Disse fitando seus olhos. 

- Pediram para vir te chamar, já que o Marco ainda não terminou sua produção. – Ele fez uma pausa. – E vejo que você também não. 

- É... É que eu dormi, estava precisando descansar, daí acabei perdendo a hora. 

- Eu imagino. – Ele sorriu. Mas esse sorriso... Me deixa sem chão.

- Entre, já estou terminando. – Ele entrou e se e sentou na cama. 
Nós estávamos bem à vontade, tirando meus desejos mais sórdidos que o mesmo me fazia ter. Ele estava extremamente lindo. 

Trocamos bastante conversa, e também rimos muito. Ilkay é uma ótima  pessoa, ele tem um dom de me fazer sorrir sinceramente ao parecer que nada e forjado. 

- É acho que estou pronta. – Disse terminado de colocar meus brincos.

- Como assim você está mais alta que eu? – Sorrimos com o que ele havia acabado de dizer. – Você está linda! – Ele disse me olhando dentro dos olhos. Eu não estava mais aguentando, eu queria logo beijá-lo e ter suas mãos percorrendo minha cintura.

- Você também está maravilhoso! – Ele apenas sorriu e abaixou a cabeça, ele estava envergonhado com o elogio.

- Vamos? – Disse ele abrindo passagem. Ele foi até a porta e abriu a mesma. Ele fez um sinal com a mão para que eu passasse primeiro, e não foi o que aconteceu. Quando eu iria passar Ilkay passou suas mãos em minha cintura e me puxou fortemente fazendo com que eu tivesse um leve desequilíbrio por causa do salto. Ele apertou meu corpo contra a parede e se encostou mais em mim. Passou uma de suas mãos em meu pescoço, segurando suavemente a minha nuca e com a outra fez carinho em meus lábios. Eu não estava me aguentando, eu queria avançar mais não poderia perder esse momento perfeito que estava entre mim e Ilkay. 

Ele começou depositando beijos em todas as partes do meu rosto e depois um selinho, um, dois e três, enfim o que eu estava esperando. 

Esse beijo estava tão selvagem quanto qualquer outro. Ele percorria sua mão em minha cintura e subia até minha nuca, o que me fazia arrepiar instantaneamente. Com uma de minhas mãos, comecei a fazer carinhos em sua nuca e com a outra o puxei para mais perto de mim. Aquele quarto estava tão quente quanto antes. Nossas línguas travavam uma bela batalha, mais ao mesmo tempo tinham uma bela sintonia, dançavam, se amavam e aproveitavam cada instante.

- LOIS, PRONTA?! – Paramos no mesmo instante o que fazíamos, e nós ajeitamos rapidamente. 

- CLARO! – Respondi. Ilkay saiu caminhando na frente e eu logo atrás. 

- Ilkay, não sabia que estava aqui. – Disse Mats em uma tentativa de aperto de mão com Gundogan. 

- Reus não falou que eu viria busca-lá? 

- Na verdade... – Mats pensou. – Eu nem vi o Reus. Não fazia a mínima ideia que estaria aqui. 

- MATS, MEU QUERIDO. JÁ PEDE ELEVADOR QUE ESTOU TERMINANDO. – Gritei de dentro do quarto. – ILKAY, VENHA AQUI POR FAVOR. – Retoquei meu batom enquanto Ilkay vinha até mim. 

- Será possível que será sempre assim? – Disse ele se referindo a Mats.

- Pense pelo lado bom. – Segurei seu rosto. – Dessa vez aconteceu. – Selei seus lábios. 

- ELEVADOR CHEGOU. -  Gritou Mats da porta. Eu segui em frente, logo depois Ilkay saiu. Tranquei a porta do quarto e assim que me virei Ilkay entrelaçou nossos dedos, fazendo Mats nos olhar estranhamente.

Lille - França // Boate

23h30min 

- Vamos beber algo! – Disse Ilkay puxando-me pelo braço. 

- Sim. – Concordei. Havíamos chegado à boate há poucos minutos, graças a Deus estava com um público razoável. Sentamos-nos nas cadeiras da área do bar e começamos conversas aleatórias. 

- Lois?! Vamos dançar? – Disse Mats, se aproximando.

- Claro! – Disse me levantando. – Apareça lá depois Ilkay! – Disse eu. Mats pegou em minha mão e me levou até o meio da pista. 

- Você costuma ir às festas? – Disse ele perto do meu ouvido. Talvez em uma tentativa de me provocar. Se pelo menos fosse Ilkay. 

- Claro. – Sorri fraco. – Gosto muito, mas depende muito da situação da empresa. – Sorrimos. 

- Lois, você gosta da sua vida? – Disse ele sorrindo. 

- Claro que gosto! – Disse dançando no ritmo da música. – Por que essa tal pergunta? 

- Por nada. – Sorrimos. – Só tem pessoas que não são felizes com a vida que levam. Perdoe-me! – Gargalhamos. – Eu sou acostumado a perguntar isso. 

Eu rodei meus olhos na boate e encontrei Reus trocando olhares com uma mulher. Bonita por sinal! 

- Mats, já volto. – Disse eu indo em direção a Reus. 

- Vai ficar ai parado é?- Disse chegando perto de Reus. 

- Do que está falando? – Ele sorriu tentando disfarçar. 

- Você disfarça muito mal. – Gargalhei alto deixando ele vermelho. – Está na cara que você gostou dela. É realmente ela é linda. – Peguei a bebida que estava em sua mão e comecei bebê-la. – Vai nela. 

- Eu tenho outros esquemas, Pequena. – Disse ele e eu gargalhei. – Estou gostando de uma menina. 

- Vou fazer algumas perguntas, e outras afirmações. – Sorri. – Tem outro esquema seu aqui? – Escorri meu dedo na borda da taça e olhei para ele que me fitava pensativo. – Você está namorando? A menina que você gosta está na festa? Acho que a reposta é não. – Olhei para ele. – Reus, não seja besta. E você não está gostando dessa pessoa. “Ainda”. – Fiz sinal de aspas. 

- Por que diz isso? – Disse ele. 

- Porque se você estivesse realmente gostando não se interessaria por outra. – Ele me olhou incrédulo. 

- Porra, Lois... 

- Você pode ter uma atração maior por essa pessoa, mas gostar de verdade não. – Ele continuava a olhar. – Vá Reus, Vá e aproveite! Não se preocupe com os seus esquemas. – Sorrimos. – Você mente mal em. – Gargalhamos. 

- Obrigado Lois! – Ele beijou minha testa e saiu em direção à linda mulher que trocava olhares com ele. 

- Use proteção, já quer que eu vá lá pagar o quarto? – Disse e ele gargalhou continuando o seu destino. Eu com toda a minha empolgação possível, voltei para onde Mats e eu estávamos.

- Demorei? – Disse eu. 

- Um pouquinho. – Sorrimos. Mats e eu não tínhamos assunto, só ficávamos ali, dançando olhando um para a cara do outro sem ao menos uma palavra dizer. 

- Então Mats, eu vou voltar para onde Ilkay está. – Disse me virando. 

- Não! Espera. – Disse ele me virando e colando nossos corpos. – É que... – Ele tentou colar nossas testas, mas eu desviei. Sem demorar muito, ele começou a me beijar, e sinceramente eu estava odiando aquilo. Eu não sentia sensação alguma. Ele percorria sua mão em minha cintura, com movimentos bruscos e de segundo em segundo colava mais os nossos corpos. 
Eu estava odiando com todas as minhas forças o que estava acontecendo aqui. Eu peguei em sua mão levantei  a mesma, parei o beijo no mesmo instante e dei um tapa em sua cara que penso eu ter doido muito por ele ter quase caído no chão.

- MATS VOCÊ É CASADO SEU IDIOTA. – Pensei em chuta-lo, mas fui parada por alguém que me puxou no mesmo instante. – CRIA VERGONHA. – O fitei. Ele que passava a mão em seu rosto. – Você tem uma aliança em seu dedo Mats. – Balancei a cabeça. – Honre sua aliança, honre sua esposa e acima de tudo... – Apontei o dedo em sua cara. – Honre a família que vai forma com ela, se for ficar nessa putaria termine. Ela não merece isso. – Fiz sinal de que ia dar um murro no Mats para assusta-lo mais Reus me puxou. 

- O que foi isso Lois? – Disse Reus me dando uma bebida. 

- Ele me beijou. – Bebi um gole. – Aquela desgraça não é casado? 

- Bem, Lois... – Ele passou a mão na cabeça. – Ele não gosta dela. – Reus suspirou. – É uma longa historia. 

- Cadê a menina que estava com você? 

- Está ali me esperando. – Ele sorriu. – Vim te dar uma mãozinha. – Gargalhamos. Me dar uma mãozinha... (risos) mais fácil caso fosse o contrário. 

- Volta lá para a sua mulher, idiota. – Rimos. – E muito Obrigada. – Disse e ele logo saiu. Depois desse grande teatro armado pelo Mats, percorri meus olhos pela boate em busca de Ilkay e em hipótese alguma eu o encontrava. Fui até o bar onde estávamos quando chegamos a festa e lá ele não se encontrava.

Enquanto eu estava nesse busca, encontrei o nosso pequeno Gotze em um grupinho cheio de mulher. 

- Gotze! – Chamei sua atenção. 

- Oi Lois! – Disse ele me abraçando e me enchendo de beijos molhados de cerveja.

- Viu o Ilkay por ai? 

- Ele acabou de sair com a... – Ele pensou. – Como é mesmo o nome dela em? – Disse apontando para uma garota. 

- É Thyfanni. – Disse ela. 

- É! Ele saiu com a Thyfanni. – Disse ele em concordância. 

- Thyfanni? – Indaguei. 

- Sim! Minha irmã, algo contra? – Disse ela ficando à minha frente. 

- É puta igual você? – Gargalhei. – Por favor, né? Vai aprender a se vestir e criar classe para falar comigo. – Gargalhei mais alto e junto comigo o Mario. 

- Gotze, você tem que estar do meu lado. – Disse ela. 

- Desculpa gata, mas nessa eu tenho que concordar com minha amiguinha aqui. – Gargalhamos. Em seguida ela deu um tapa na cara de Mario e saiu. 

- Perdão pelo que te fiz passar. – Sorri fraca. – Agora me dê licença, que preciso sair. 

Então as resposta que temos é que Ilkay está com a tal da Thyfanni, ou seja, ele viu o que havia acontecido. Vamos lá Lois pense! Se você fosse Ilkay o que faria? 

Bingo! Aos quartos que havia na boate.

No mesmo instante em que pensei, estalei meus dedos e saí em passos ligeiros em direção aos quartos de “motel” que havia na boate. Lá estava ele, colocando a carteira em seu bolso traseiro do lado esquerdo de sua linda calça preta, provavelmente acabara de pagar uma noite em um dos quartos. 

No instante em que ele se virou ele me viu, me fitou por alguns segundos e começou beijar a loira de cabelos longo que estava com ele. Pode se dizer que ele fazia questão de beijá-la e olhar diretamente para mim. Sim! Eu estava ficando com raiva do que acabara de ver. Eu me virei e sai em direção ao bar, peguei uma bebida bem forte, me retirei da boate, pedi um taxi e fui em direção ao hotel. 

No caminho eu pensava “O que está acontecendo comigo?” essa pergunta matutava em minha mente varias e varias vezes, por fim essa é uma pergunta que eu mesma não conseguia achar a resposta.

Lille - França // Hotel // 5h00min.

A música de Coldplay ecoava em meu quarto, e minha cabeça já começava latejar. Eu passei a mão pela cama e encontrei meu celular, atendendo-o logo em seguida.   

Ligação on: 

- LOIS, ONDE É QUE VOCÊ ESTÁ? – Alguém berrava do outro lado da linha.

- Quem é que está falando? – Apertei as costas da minha mão esquerda na cabeça, a fim de amenizar a dor.

- COMO ASSIM: “QUEM É QUE ESTÁ FALANDO”, LOIS? – Gritou. Pela voz, provavelmente seria Marco. Bêbado!

- Olha, não se preocupe comigo. Eu já estou no hotel faz um bom tempo. – Suspirei. – Tomem cuidado na hora de vir. 

Ligação off.

Eu me levantei e percebi que ainda estava com a mesma roupa em que fui à boate. Peguei um remédio para dor de cabeça e o tomei. Logo em seguida troquei minha roupa vestindo um pijama, liguei o ar para gelar o quarto, me enfiei de baixo de vários edredons e caí em um sono profundo. Novamente. 

Lille - França // Hotel // 12h30min. 

Eu acabara de acordar, e sem pensar duas vezes, fui direto para o banheiro fazer minhas higienes matinais. Eu ainda estava meio zonza, o meu corpo não estava um dos melhores, e sem falar em todos os curativos que levariam horas para refazer.

Depois de vestir uma roupa casual e terminar de arrumar meu cabelo, desci até a lanchonete no intuito de comer algo para matar a fome. Peguei um sanduíche natural um suco e me sentei em uma mesa bem no fundo da lanchonete. Assim que mastiguei o primeiro pedaço do sanduíche, meu celular tocou. Olhei no ecrã e era Sila. Eu não podia mais enrolar aquela situação.

Ligação on:

- Olá! – Disse assim que atendi.

- Pode falar agora? – Indagou.

- Sim, posso! – Afirmei com o mesmo tom de voz. Por incrível que pareça ela estava com toda paciência.

- Como está? O que Ilkay anda fazendo? – Dei uma risadinha irônica ao ouvir aquela pergunta.

- Até pensei que seria mais difícil. – Ela gargalhou. – Ele é uma boa pessoa, não merecia terminar dessa forma. Enfim, deixarei que ele aproveite mais um pouco.

- Vocês foram a uma boate ontem? – Sila indagou com a voz firme.

- Sim. – Afirmei. – Eu não fiquei por muito tempo, mas... – Fiz uma pausa. – O vi entrar em um dos quartos com uma mulher. – Estremeci ao me lembrar da noite passada.

- FILHO DA PUTA! – Berrou em meus ouvidos. – ELE PRECISA MORRER!  

- Ele vai! – Sorri, mas meu coração doía ao fazer aquela afirmação, algo que nunca havia acontecido antes. – Já tem até uma data: fim da Eurocopa. Acho que da para aproveitar bastante.

- Eu o quero morto! – Disse ela. 

- E você terá! – Disse e sem mais delongas, encerrei a chamada.

Ligação off.  

Sentia meu coração apertar cada vez mais pela conversa que acabara de ter, mas eu não poderia fraquejar, afinal, esse é meu trabalho e fui paga para isso. Sempre fiz isso, ele é apenas mais um.

Depois de alguns minutos, Ilkay apareceu na lanchonete. Ele pousou os olhos em mim assim que entrou, desviando-os logo em seguida. Pegou um lanche e se sentou em uma das primeiras mesas, bem distante da minha, o que me incomodou, e muito. Saí logo em seguida. Fui até meu quarto, vesti uma roupa adequada e fui até a academia. Assim que cheguei, coloquei minhas luvas de luta livre e comecei a despejar minha raiva no saco de pancadas.

- Não sabia que você lutava! – Me assustei um pouco com aquela voz repentina, mas mesmo assim, continuei o que estava fazendo. – Você só me surpreende! – Marco chegou mais perto. – Desculpe-me por te acordar nessa madrugada. – Sorriu de lado.

- Acredite! Pior do que você me acordando, é você gritando bêbado pelo telefone. – Gargalhamos e eu parei o que estava fazendo, dando um minuto de atenção à Marco.

- Desculpe Lois! – Sorrimos. – Isso não vai mais acontecer.

- Meus ouvidos agradecem! – Gargalhamos ainda mais. – Ai, Marco! Tu não presta. – Voltei minha atenção ao que fazia há algum tempo atrás.

- Por que veio embora mais cedo? – Indagou. Eu, com toda minha raiva, soquei mais forte o saco de pancadas após aquela pergunta.

- Eu estava tão cansada, Marco... – Disse e ele sorriu fraco. – Você não faz ideia.

- Poderia ter dito que não estava a fim de ir. – Disse ele. – Iríamos entender.

- Não queria desapontar você. – Comecei a fita-lo.

- Para, Lois! – Ele chegou mais perto de mim. – Você nunca me decepcionaria. – “Vai saber né?” – Da próxima, me avise!  

- Estou suada. – Disse assim que ele me abraçou.

- Sem problemas! – Ele me soltou. – Quero você no treino amanhã! Terei sua presença? 

- Talvez. – Disse rindo.

- Terei isso como um sim! – Ele beijou minha testa. – Vou almoçar. Tchau, Lois! Nos vemos por ai.

- Tchau Reus! – Marco saiu e eu voltei a despejar minha raiva.

Dias depois...

 Lille - França // Hotel // 00h00min

Estava um silencio total. Todos, com certeza estariam dormindo, afinal, o próximo jogo seria daqui há algumas horas. Se o jogo acontecer.

Abri o notebook e liguei o programa das câmeras, que me davam a imagem de Ilkay em um sono profundo. Há dias nós não nos falávamos, e mesmo que seja difícil admitir, eu estava sofrendo por isso. Eu, como uma boa "Assassina”,  decidi colocar um ponto final nisso, seria melhor para mim. Não vou deixar que uma simples pessoa acabe com a minha carreira. Não vou estragar minha vida por um simples sentimento que está querendo crescer ou já cresceu. Vou colocar um ponto final nisso agora mesmo. Eu vivo pela Morte. Eu jogo pela Morte.

Peguei minha roupa preta e coloquei meus saltos também pretos. Prendi meu cabelo em um coque e coloquei minha bandana preta com detalhes brancos acima do nariz. Subi o capuz de minha blusa manga longa e depois coloquei minhas luvas. Entre a luva e meu pulso, prendi uma adaga em cada, peguei minha pistola e coloquei em minha cintura. Peguei minha mochila e coloquei dentro, mais uma pistola e apetrechos, dentre eles, alguns para abrir a porta da sacada. Peguei a corda com um gancho na ponta para facilitar minha travessia até a sacada do quarto de Ilkay. Eu arrumei minhas malas e por fim, saí até minha sacada. Joguei a corda na sacada do quarto dele e me certifiquei de que o gancho havia se prendido. Atravessei e logo em seguida retirei a corda.

Abri a porta da sacada do quarto de Ilkay e logo em seguida parei em frente sua cama. Lá estava ele no seu mais belo sono. Ele se remexeu na cama fazendo com que eu recuasse, mas logo em seguida, voltasse ao meu posto. Andei de um lado para outro até estar decidida do que iria fazer. Tranquei a porta do quarto, logo em seguida, peguei minha pistola com silenciador, carreguei a mesma e me vi apontando-a para meu alvo.

Um arrepio subiu pelo meu corpo. Calafrios me atingiram. Uma lágrima boba insistiu em sair do meu olho esquerdo. Eu já estava colocando pressão no gatilho. Ele se remexeu e puxou o cobertor mais para cima do seu corpo.

- QUEM É VOCÊ? – Gritou ele se sentando na cama e se cobrindo ainda mais. – NÃO ME MATA POR FAVOR! – Ele começou a gaguejar. – POR FAVOR, NÃO ME MATA! – Eu realmente não sabia o que fazer. - O QUE FOI QUE EU FIZ? POR QUE ESTA AQUI? - Ele saiu em direção à porta. – SOCORRO! – Eu fiz um sinal para que ele fizesse silêncio.

- ILKAY, O QUE ESTÁ ACONTECENDO AI? – Algum ser humano batia na porta do quarto e gritava sem parar. – EU VOU ARROMBAR ESSA PORTA.

- GOTZE! LARGA DE SER BURRO, VAI PEDIR AJUDA. – Disse ao amigo que estava em sua porta. - O QUE VOCÊ QUER DE MIM? – Ele tentava destrancar a porta mais sem sucesso. Eu ainda apontava a pistola para ele. – Eu te dou tudo. – Suspirou. – Só não tire minha vida. – Gaguejou. – Fale o que quer, por favor, só não tire a minha vida. – Uma lágrima saiu de seus olhos. 
Meu coração doeu ao ver aquela cena. Ao ver aquele homem chorar, um filme passou em minha cabeça.

Lembrei-me do primeiro momento em que o vi, das sensações que o mesmo me causava até mesmo quando eu ouvia sua voz. Lembrei-me do dia em que entrei em seu  quarto e o mesmo estava no banho. Logo depois ele saiu me pegando de surpresa e como consequência do susto, o nosso primeiro beijo. Sorri ao me lembrar daquilo, por um momento, me esqueci de tudo o que estava prestes a acontecer. Sem minha permissão, lágrimas começaram a descer. Sem saber o que fazer com minhas indecisões, saí do quarto o mais rápido que pude e pulei da sacada do quarto dele para a sacada do meu quarto.

- Scheiße. – Eu quase caí. Isso sim foi muito arriscado. Olhei para trás para saber se não havia ninguém me olhando, recolhi a corda e entrei rapidamente para o meu quarto, embalada em trocar rapidamente de roupa. Abri a mala e procurei o pijama. O vesti e logo desarrumei meus cabelos, na tentativa de parecer que havia acabado de acordar. Joguei a mala no chão e a chutei para debaixo da cama, assim como todas as coisas que deixei espalhada durante essa troca.

- Scheiße. Merda de novo. – Eu havia deixado uma de minhas adagas cair no quarto de Ilkay, mas só me dei por falta aqui. Eu contei até três e sai de dentro do meu quarto para começar minha cena.

- O que está acontecendo? – Disse afobada ao Marco, que estava no corredor.

- Não sei. – Ele estava desesperado. – Estava passando aqui e Ilkay estava gritando por socorro. - Ele tentava abrir a porta.

“– GOTZE CADE VOCÊ?” – Ouvi Ilkay gritar do outro lado da porta.

- MEU DEUS! – Eu comecei chorar. – Se afasta Marco. Irei arrombar. – Eu me afastei um pouco. – ILKAY SAIA DE PERTO DA PORTA. – Eu chutei a porta com todas as minhas forças e ela logo se abriu.

- ILKAY, O QUE ACONTECEU? - Disse Marco indo abraça-lo. Aquela sim era uma das piores cenas que já vi. Ele estava parado em um canto do quarto, no chão, olhando para algo à sua frente e sem parar, ele dizia "eu ia morrer".

Marco estava o abraçando. Eu saí em sua direção, me ajoelhei à sua frente, segurei seu rosto com minhas duas mãos e sussurrei palavras de conforto.

- Marco, vá acionar a polícia. Rápido! – Marco já estava de pé quando eu disse, e saiu em direção à porta com o telefone na mão.

- Ilkay... – Eu sentei ao seu lado e o abracei. – Calma! Você está vivo, e é isso que importa. – O encarei novamente, mas ele não parava de fitar a sua frente. Essa cena cortava meu coração. – Isso nunca vai voltar a acontecer. – Eu tinha total certeza do que acabara de dizer.

Horas depois...

Foram longas horas de interrogatório, e a polícia já havia ido. A segurança do hotel foi reforçada a 100 %, o jogo da seleção foi adiado em dois dias. Ilkay continuava com aquele trauma na cabeça e passaria a noite no quarto de Marco. A imprensa já rodeava o hotel à procura de mais notícias e não deixava ninguém em paz. Por sorte, a perícia não achou nenhuma das câmeras escondidas, mas ainda sim achou a adaga.

- Eu vou me deitar, galera. – Disse me colando de pé. - Boa noite! – Saí em direção ao meu quarto. Chegando lá, tornei a arrumar todas aquelas malas e deixar a roupa que usaria pela amanhã pronta. Depois de tanta arrumação acabei dormindo novamente.

Dia seguinte...

Lille - França // 12h00min 

O assunto de que Ilkay tinha sofrido um "ataque" na noite anterior ainda repercutia mundialmente, e a cada notícia que eu lia ou assistia, meu coração apertava pelo que eu tinha feito. Eu não aguentaria isso. Eu estava decidida, ligaria para Sila hoje mesmo, desistiria da missão, lhe devolveria o dinheiro, pegaria o primeiro voou para minha casa e nunca mais teria algum contato com os meninos.

Eu estava na lanchonete e bem ao fundo dela foi montado um cenário para que Ilkay desse mais uma entrevista sobre o acontecido. Enquanto  lanchava, Sila me ligou, pergunto o que foi que eu fiz e eu com toda a minha esperteza, disse: "foi apenas para assustá-lo.".

Durante a entrevista, eu olhava para o Ilkay e analisava os gestos que o mesmo fazia com suas mãos. Eu já estava por um fio. Fui até a recepção, paguei meus dias de hospedagem e eu tinha até às 00h00min para deixar o hotel, mas eu já tinha reservado minha passagem e meu voou sairia em poucas horas. 

Minhas malas já estavam prontas e os programas que havia deixado no meu notebook quanto ao Ilkay, desativaria quando chegasse em minha casa. Chamei um dos funcionários do hotel para pegar minhas malas e leva-las até a recepção, mas ele estava demorando demais, decidi que eu mesma as levaria. Dei minha última varredura no quarto, percebendo que não estava esquecendo nada. coloquei meus óculos e saí trancando o quarto.

- Ilkay? – Ele estava próximo à porta de seu quarto, que por sinal era ao lado do meu e me fitava com um olhar incrédulo.

- Para que essas malas? – Como se ele não soubesse o que normalmente as pessoas fazem quando estão com malas arrumadas. Gargalhei sarcástica.

- Talvez eu as tenha arrumado apenas para enfeitar o corredor. – Olhei para baixo e sorri. – Estou indo embora. Isso responde sua pergunta?  


Notas Finais


Espero que gostem....
Beijos beijos


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