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História Nascidos na Máfia - Eu odeio todos eles.


Escrita por: MikeyValu_

Notas do Autor


Ooooi, gente. Desculpa não ter postado ontem, meu dia foi muito corrido. Espero que gostem! Beijos.

Capítulo 7 - Eu odeio todos eles.


— Não negue. Eu sei quando vejo isso. E você quer Ámbar, — Simon rosnou. Sebastian não negou. — Se eu descobrir que você está olhando para ela assim novamente; se eu descobrir que você está em um quarto sozinho com ela; se eu descobrir que você a tocou com sua mão, eu vou te matar.

Sebastian ficou vermelho. — Você não é um membro da Outfit. Ninguém iria te contar nada, nem mesmo se eu a estuprasse. Eu poderia quebrá-la para você. — Deus, Sebastian, cale essa boca. Ele não podia ver o assassino nos olhos de Simon? — Talvez eu até filmasse para você.

 Antes que eu pudesse piscar, Simon tinha jogado Sebastian no chão e enfiado um joelho em sua coluna, um dos braços do meu primo estava torcido. Sebastian lutou e amaldiçoou, mas Simon segurou-o rapidamente. Uma de suas mãos segurou o pulso de Sebastian enquanto a outra passou sob seu colete, puxando uma faca.

Minhas pernas fraquejaram. — Vamos embora agora, — eu disse a Luna em um sussurro. Ela não ouviu.

Desvie o olhar, Ámbar. Mas eu não podia.

Meu pai certamente ia parar Simon. Mas a expressão de papai era desgostosa enquanto ele olhava para Sebastian. Os olhos de Simon procuraram o olhar de meu pai – Sebastian não era o seu soldado. E este não era o seu território de Simon. A honra exigia que ele tivesse a permissão do Consigliere – e quando meu pai deu um aceno de cabeça, ele baixou a faca e cortou mindinho de Sebastian fora. Os gritos ecoaram em meus ouvidos quando a minha visão ficou preta. Mordi meu punho para abafar o som. Luna não o fez. Ela soltou um grito que poderia ter acordado os mortos antes dela vomitar. O vômito escorreu pelos degraus.

Por trás das portas, o silêncio reinou. Eles tinham nos escutado. Segurei os braços de Luna quando a porta secreta foi aberta, revelando o rosto furioso de nosso pai. Atrás dele, Cesare e Gaston, ambos com suas armas em punho. Quando viram Luna e eu, guardaram de volta nos seus coldres.

Luna não chorou. Ela raramente chorava, mas seu rosto estava pálido e ela apoiou-se contra mim. Se eu não tivesse que segurá-la, minhas próprias pernas estariam cedendo. Mas eu tinha que ser forte por ela.

— É claro, — meu pai assobiou, franzindo o cenho para Luna. — Eu deveria ter sabido que era você causando problemas novamente. — Ele a puxou para longe de mim e para o centro da sala, levantou a mão e lhe deu um tapa forte no rosto.

Eu dei um passo na sua direção para protegê-la e papai levantou o braço novamente. Eu me preparei para o tapa, mas Simon pegou o seu pulso com a mão esquerda. Sua mão direita ainda estava segurando a faca que ele usou para cortar o dedo de Sebastian. A faca e a mão de Simon estavam revestidas com sangue. Meus olhos se arregalaram. Meu pai era o dono da casa, o mestre de todos nós. A intervenção de Simon era um insulto contra a honra de papai.

Tino sacou a faca e o pai tinha a mão em sua arma. Matteo, Gaston e Cesare tinham pego as suas próprias armas. Sebastian estava encolhido no chão, inclinado sobre sua mão, seus gemidos o único som na sala. Esse tinha sido um noivado sangrento?

— Eu não quis desrespeitar, — disse Simon calmamente, como se a guerra entre Nova York e Chicago não estivesse à beira de estourar. — Mas Ámbar não é mais sua responsabilidade. Você perdeu seu direito de puni-la quando fez dela minha noiva. Ela é minha e sou eu que vou lidar com ela agora.

Papai olhou para o anel no meu dedo, então inclinou a cabeça. Simon soltou seu pulso, e os outros homens na sala relaxaram um pouco, mas não guardaram suas armas. — Isso é verdade. — Ele deu um passo para trás e apontou para mim. — Então você gostaria de ter a honra de puni-la?

O olhar duro de Simon passou sobre mim e eu parei de respirar. — Ela não me desobedeceu.

Os lábios de meu pai relaxaram. — Você está certo. Mas a meu ver, Ámbar estará vivendo debaixo do meu teto até o casamento, e como a honra me impede de levantar a mão contra ela, eu vou ter que encontrar outra maneira de fazê-la me obedecer. — Ele encarou Luna e bateu-lhe uma segunda vez. — Para cada uma de suas más ações, Ámbar, sua irmã vai receber a punição em seu lugar.

Eu apertei os lábios, as lágrimas brotaram nos meus olhos. Eu não olhei para Simon ou papai, não até que eu pudesse encontrar uma maneira de esconder o meu ódio deles.

— TIno, leve Luna e Ámbar para seus quartos e se certifique que elas fiquem lá. — Tino embainhou a faca e fez um gesto para que o seguíssemos. Eu passei pelo meu pai, arrastando Luna comigo, sua cabeça baixa. Ela endureceu quando nós passamos por cima do sangue no chão de madeira e o dedo cortado que estava lá. Meus olhos dispararam para Sebastian, que estava segurando o ferimento ainda sangrando. Suas mãos, a camisa e as calças estavam cobertas de sangue. Luna ia vomitar se olhasse novamente.

— Não, — eu disse com firmeza. — Olhe para mim.

Ela levou os olhos para longe do sangue e encontrou meu olhar. Havia lágrimas em seus olhos e seu lábio inferior tinha um corte que estava pingando sangue em seu queixo e sua camisola. Minha mão estava apertada sobre a dela. Eu estou aqui por você. Nossos olhares travados pareciam ser sua única âncora quando Tino nos levou para fora da sala.

— Mulheres, — meu pai disse em um tom de escárnio. — Elas não podem sequer suportar a visão de um pouco de sangue. — Eu praticamente podia sentir os olhos de Simon em mim antes que a porta se fechasse. Luna limpou o lábio sangrando quando nós corremos atrás de Tino através do corredor e subimos as escadas.

— Eu o odeio, — ela murmurou. — Eu odeio todos eles.

— Shh. — Eu não quero que ela fale assim na frente de Tino. Ele cuidava de nós, mas era um soldado do meu pai.

Ele me impediu quando eu quis seguir Luna para o seu quarto. Eu não queria que ela ficasse sozinha esta noite. E eu não queria estar sozinha também.

— Você ouviu o que seu pai disse.

Eu olhei para Tino. — Eu preciso ajudar Luna com o lábio.

Umberto balançou a cabeça. — Isso não é nada. Vocês duas juntas em uma sala sempre causam problemas. Você acha que foi sábio irritar seu pai hoje à noite? — Tino fechou a porta de Luna e gentilmente me empurrou na direção do meu quarto, ao lado do dela.

Entrei e então me virei para ele. — Uma sala cheia de homens adultos assiste a um homem bater em uma menina indefesa, essa é a famosa coragem dos homens feitos.

— Seu futuro marido impediu seu pai.

— O impediu de me bater, mas não em Luna.

Tino sorriu como se eu fosse uma criança estúpida. — Simon pode governar Nova York, mas aqui é Chicago e seu pai é o Consigliere.

— Você admira Simon, — eu disse, incrédula. — Você o assistiu cortar o dedo de Sebastian e o admirou por isso.

— Seu primo é sortudo porque o Cruel  não cortou outra coisa. Simon fez o que qualquer homem teria feito.

Qualquer homem no nosso mundo, talvez.

Tino acariciou minha cabeça como se eu fosse um gatinho adorável. — Vá dormir.

— Você vai vigiar minha porta a noite toda para ter certeza que eu não vou fugir de novo? — Eu disse desafiadoramente.

— É melhor se acostumar com isso. Agora que Simon colocou um anel em seu dedo, ele vai se certificar de que você está sempre vigiada.

Bati a porta. Vigiada. Mesmo de longe Simon estaria controlando minha vida. Eu pensei que teria um tempo para me acostumar até o casamento, mas como eu poderia quando todos sabiam o que significava o anel no meu dedo? O mindinho de Sebastian foi uma advertência. Simon tinha reivindicado seu direito sobre mim e gostaria de reforçá-lo a sangue frio.

Eu não apaguei as luzes naquela noite, preocupada que a escuridão trouxesse de volta imagens do sangue do dedo cortado. Elas vieram de qualquer maneira.



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