Eu estava em suas mãos, te pertencia e te adorava como se a sua existência dependesse dos meus gestos falhos.
Cada palavra e cada olhar pertencia a você, minha vida te pertencia e a senhora sabia disso como ninguém.
Eu era sua cria, a pequena criatura que te seguia em terras e em terrenos desconhecidos.
Era seu nascituro, sua carne seu espinho e a chance para uma redenção que se mostrara inalcançável.
Suas mãos seguravam as minhas com pretensões desconhecidas, seus olhos somente refletiam a minha pequenez.
Eu era um nascituro sem experiência e sem convivência com o mundo que se revelaria injusto.
A maior das injustiças foi te ver sumir em minhas linhas, o seu rosto desapareceu da minha mente e tudo o que me restou são lembranças, algumas pequenas migalhas que de nada conseguem valer.
Tudo o que deixou para mim foram somente lembranças amargas, deixou aqui o maior amargo que eu poderia pensar em suportar.
Mesmo que se passem os anos, mesmo que o mundo se destrua eu ainda sentirei sua partida e o seu silêncio, sentirei a amargura que deixou ao se afastar.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.