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História Nathalie - O Contrato


Escrita por: FuckMeanGirl

Notas do Autor


Oie!
Essa é a primeira vez que eu posto na categoria do Green Day.
Sou fã da banda desde 2006 e só agora resolvi procurar o rascunho dessa história nos meus antigos cadernos.
Aviso que aqui Billie Joe Armstrong é um homem viúvo há quatro anos e a protagonista é uma personagem original de 23 anos sem esperança e perspectivas melhores de vida.
Curiosamente escolhi a lindíssima atriz Nathalie Emmanuel conhecida como a Missandei de Game Of Thrones para interpretar a minha protagonista, mas é só isso.

Avisos:
— Nathalie é uma shortfic.
— História sem fins lucrativos escrita de fã e para fã sem comprometer a obra original.
— Capa feita pelo blog Painless Design ♥
— Age Gap.
— Contém cenas de consumo de drogas, violência e prostituição.

Capítulo 1 - O Contrato


Fanfic / Fanfiction Nathalie - O Contrato

Nathalie – Capítulo 01.

 

Passei o dedo pelo número que estava impresso no pequeno cartão de visitas e olhei para o edifício que se erguia na minha frente. É o lugar certo. Olhei para o lado esquerdo e para o direito antes de atravessar a rua e coloquei o pé na faixa de pedestres para chegar ao meu destino. Pensei muito antes de tomar essa decisão e até agora me parece algo arriscado, mas a vida não está me oferecendo muitas opções. Não possuo coragem suficiente para voltar pra casa. Não quero ser a escória da minha família. A minha irmã e todos os meus primos são minimamente bem sucedidos para pessoas que nasceram e cresceram no subúrbio de Los Angeles. Eu sou a única que não teve a mesma sorte.

Não me julguem antes de me conhecer. Tenho 23 anos, estou no último ano da faculdade e sou uma das melhores alunas, mas nunca consegui emprego na minha área de atuação e me sustento trabalhando como atendente de um bar medíocre em Oakland, Califórnia. Na verdade o bar onde trabalho não é tão ruim assim e o meu patrão, David, é uma das poucas pessoas que realmente entende o que é não ter muitas oportunidades na vida. O problema é que o bar não lucra tanto como eu e ele gostaríamos e por isso, David não pode me conceder um aumento considerável no salário mínimo que me paga. As minhas contas estão se acumulando e eu não posso mais fingir que não tenho dívidas e que as ligações de cobrança não me irritam profundamente. Então, resolvi tirar proveito de uma das poucas boas que Deus me deu: a minha beleza.

Abro a porta de vidro e ferro negro do prédio e passo pelo porteiro sem me anunciar. Ele me encara descaradamente, mas não tenho coragem de olhar no rosto do velho homem. Entro no elevador e aperto o número 8, o número do andar onde fica o escritório do senhor que me deu esse cartão no bar. Ele disse que teria uma boa oportunidade de trabalho para mim e aqui estou eu.

O elevador subiu e a porta se abriu num corredor estreito, típico dos prédios comerciais e saí a procura da porta de número 803 para encontrar Robert Ford, o cafetão que havia me prometido uma chance de ganhar dinheiro rápido. Ele disse fácil e rápido, mas nunca seria fácil para mim abrir as pernas para um desconhecido e fingir estar gostando da experiência. Apesar dos meus 23 anos, a minha adolescência foi marcada por um terrível quadro clínico de depressão e eu odiava a minha aparência. Eu não tinha o cabelo liso das outras meninas, nem roupas de marca e os garotos não caíam aos meus pés. Eu era normal. Simplesmente comum. Cabelos compridos e cacheados, olhos castanhos, manequim 40, busto 44 e uma pele cor de avelã que hoje é o meu orgulho. Segundo o Sr. Ford, foi exatamente a cor da minha pele e o meu cabelo que chamaram a atenção dele. Ele disse algo como “Não aguento mais loiras siliconadas e musculosas no meu escritório”. E também há o fato de que eu pareço mais nova do que realmente sou e isso também o agradou.

Quando encontrei a porta de número 803, bati três vezes na madeira escura e minutos depois o Sr. Ford abriu a porta. Ele vestia uma calça escura social, colete preto, gravata cinza e fumava um charuto. Era um homem já muito velho, com certeza estava na faixa dos setenta anos. Todos os seus cabelos eram brancos e ao redor dos seus olhos haviam longas marcas de expressão mostravam que a idade cobrava o preço da juventude para cada um de nós. Ele me deu um sorriso simpático e disse:

— Pode entrar, Nathalie! Sente-se ali. – ele apontou para uma cadeira na frente da mesa do seu escritório.

O Sr. Ford fechou a porta assim que eu passei e me sentei.

— Teve dificuldades para encontrar o endereço?

— Não. – respondi com a voz mais fina que o habitual.

Ele se sentou na sua cadeira e repousou o grande charuto no cinzeiro.

— Bom, Nathalie. Vamos ser diretos. Eu sou um cafetão. Agencio moças dos 18 aos 30 anos em encontros privados e discretos com clientes de luxo. Trabalho com o mais alto naipe do mundo da televisão, do cinema e claro, da música. Se quiser que eu prove, tenho até fotos nos meus antigos álbuns com astros do rock como Axl Rose, Slash, Steven Tyler, Jon Bon Jovi, entre outros.

— Entendo.

— Estou à procura de uma moça com o seu tipo de beleza há muito tempo. Pele quase negra, porém clara. Olhos expressivos, lábios carnudos, cabelos encaracolados e uma doçura que poucas garotas ainda conservam. Você tem quantos anos?

— 23.

— Muito bom. Se você aceitar, quero que seja uma lolly girl. Você sabe o que é isso?

— Acho que sim.

— As lolly girls são garotas que se prostituem aparentando serem adolescentes. Em casos mais obscuros, fingem serem crianças com idades de 10 a 13 anos. Mas fique calma. Antes que você corra, quero que faça o seu primeiro programa como uma jovem prostituta comum. Vestidos curtos e apertados junto de meias finas, cinta liga e botas. Nada demais, tudo bem? Você conhece a cantora Taylor Momsen?

— É claro. – The Pretty Reckless é uma das minhas bandas favoritas.

— Você vai se vestir como ela se vestia no início da carreira, tudo bem?

— Sim, tudo bem.

— Sobre o cachê e o pagamento: o seu primeiro programa custará 6 mil dólares e eu ficarei com metade. Metade é da casa, metade da garota. Você aceita?

— Sim.

— Muito bem, Nathalie. O seu primeiro encontro será amanhã, às 20h num hotel sofisticado no Centro de Oakland. O seu cliente é vocalista de uma banda de rock famosa. Alguma coisa Armstrong. Te passarei os detalhes por e-mail depois. Vou fazer o seu contrato. – ele se levantou e me deixou sozinha com os meus pensamentos.

E agora é oficial. Eu sou mesmo uma prostituta.


Notas Finais


Design da capa por Painless Design: http://painlessdesign.blogspot.com.br/

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Bjs e até o próximo!


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