1. Spirit Fanfics >
  2. Natural >
  3. Para Alguém Especial

História Natural - Para Alguém Especial


Escrita por: Amaterasu__

Capítulo 14 - Para Alguém Especial


 

Era aniversário dele.

E de todas as datas em que se empenhava em fazê-lo sorrir, aquela era a que mais lhe exigia esforço.

Anos antes a mãe deles falecera, exatamente no dia do aniversário de Izuna. Ambos os irmãos sempre foram muito apegados à mãe, principalmente quando seu pai descobrira sobre o incesto e ela ficara ao lado dos dois, chegando a separar-se do homem com quem tivera seus filhos. Mas Izuna particularmente, era grudado com a mãe e embora o choque pela perda da mesma tenha sido tamanho, quem mais sofrera fora o mais novo. E ele ainda sofria, embora não dissesse. Embora não demonstrasse e se esforçasse tremendamente para que o outro não notasse. Mas Madara podia ver nos olhos escuros do irmão, toda vez que este completava mais um ano de vida, e no qual havia se passado exatamente mais um ano sem a mãe.

Não entenda mal; não era como se aquela perda não doesse em Madara também – ele mais que ninguém devia à mãe. Era graças à ela que tivera a chance para ter em suas mãos a felicidade que agora possuía ao lado de seu único amor.

E tudo o que queria era ver Izuna tão pleno quanto ele, em todos os dias de sua vida, a cada minuto, segundo e milésimo de segundo. Queria mostrar à ele que mesmo perante dores a vida valia a pena e era linda.

Ele organizara tudo; desde que acordara – fazendo um esforço quase sobre humano para conseguir levantar-se mais cedo que o menor –, a manhã inteira e durante a tarde, recusando-se à permitir que o outro fizesse qualquer coisa, e até mesmo arriscando-se na cozinha numa tentativa falha – mas que ao menos servira para divertir Izuna – de preparar seu prato preferido. É claro que havia sido um desastre – pouquíssimas vezes foram aquelas em que Madara ficara na cozinha sem que a casa toda quase pegasse fogo. Era um perigo.

A noite fora a melhor parte, e é claro que o Uchiha mais velho pensara em tudo; no restaurante, o ambiente, a música. Izuna adorava música ao vivo, era sua paixão. E ele quase havia infartado ao ver o bebê minúsculo nos braços de Rin, apaixonando-se de imediato pelo novo membro do clã Uchiha.

É óbvio que Madara teve de ficar de olho em seus sobrinhos – que em dado momento pareciam simplesmente ter-se esquecido de que todo o clã, e mais alguns amigos estavam ali, e que seus pais os olhavam de longe atentamente, mesmo fingindo que não. Imaginava se Fugaku desconfiava de alguma coisa – pela cara que seu irmão fizera, era difícil saber ou especular qual seria a reação do pai dos garotos, caso descobrisse a nova relação que possuíam. Afinal, Fugaku deixara bem claro o motivo de estar deixando os dois filhos em suas mãos por longas oito semanas; o comportamento deles não era mais tolerável, aquela distância sem explicação simplesmente não podia mais continuar.  Bem, agora Fugaku não teria mais do que reclamar – seus meninos estavam tão próximos quanto é possível duas pessoas ficarem.

Talvez devesse conversar com Fugaku. E caso visse de fato necessidade, iria fazê-lo, afinal de certa forma, ele estimulara os sobrinhos ao incesto – mesmo que estes já estivessem com meio caminho andado para o “pecado”.

Iria pensar naquilo quando fosse a hora – pois apesar de adorar ver seus sobrinhos vermelhos de irritação ou constrangimento, não iria deixa-los na mão caso precisassem de ajuda. Mas naquele momento sua prioridade era seu irmão mais novo; seu amor proibido.

Haviam acabado de chegar à casa, quase 4h da manhã; observou enquanto Sasuke saia do carro batendo a porta, sem olhar na direção de Itachi e arqueou uma sobrancelha para o primogênito:

– Problemas no paraíso? – Indagou, com o ar brincalhão de sempre embora os olhos estivessem sérios.

Itachi tinha as faces coradas pelo álcool que ingerira – pelo menos, o garoto era esperto o bastante para não beber até chegar ao ponto de falar o que não devia, mas –, se estava assim, ali com certeza havia um problema.

O Uchiha mais jovem fez um gesto de desdém com a mão, entrando na casa logo em seguida.

Madara suspirou; drama adolescente às vezes – na maioria delas – era tão desnecessário. Mas, aquilo era assunto para depois.

Fechou a porta do automóvel após Izuna sair, andando à seu lado para a varanda larga:

– E então? – Questionou baixinho, passando um dos braços pelos ombros do irmão.

– Você vive me surpreendendo, Madara-nii – O mais jovem sorriu, olhando-o – Foi incrível.

Madara retribuiu ao sorriso, ainda que notasse ao analisá-lo, que este não era tão autêntico quanto o mais novo queria fazer parecer. Já estava ali, na sombra em suas íris esuras, a conhecida melancolia que ele tanto se esforçava para reprimir. Podia ver.

Conhecia o rosto de seu Otouto tão bem quanto o seu próprio – talvez, até melhor! Não havia nenhuma expressão que cruzasse aquelas feições que tanto amava, sem que as reconhecesse e pudesse dar nome à elas.

Vagaram para dentro da casa em silêncio, o Uchiha mais velho quebrou o contato com o irmão:

– Vou tomar um copo d’água antes de ir para o quarto – Explicou, entrando na cozinha em seguida.

Abriu o armário, fechando-o após pegar um copo de vidro transparente; encarou-o. Tornou a coloca-lo no lugar. Sabia que o mais jovem precisava de um tempo.

De um tempo para sentir aquela tristeza que sempre lhe consumia, senti-la a apossar-se de seu corpo até que não mais coubesse nele, e tivesse de transbordar.

Ela sempre transbordava.

E embora Izuna encenasse muito bem, Madara podia vê-la nitidamente. Apesar disso não podia deixar de pensar em como seu Otouto era adorável, à ponto de não querer demostrar aqueles sentimentos na sua frente apenas para não preocupa-lo – por que aquele era Izuna; apesar de mais novo, na maior parte do tempo era ele quem cuidava de Madara, e não o contrário.

Acontecia que, havia também às vezes em que Madara assumia seu papel de “irmão mais velho”, e mais que isso, ele e Izuna tinham um laço que ia muito além do sanguíneo; um laço forte de amizade, carinho, afeto… Amor. Há muito tempo haviam deixado de ser apenas irmãos – haviam tornado-se amantes. E Izuna parecia esquecer-se de que para todos os efeitos, seu Aniki estava ali por e para ele. Para dividir com ele o que quer que fosse – alegrias, ou tristezas.

Isso era amar, não? Preocupar-se com o outro, cuidar, compreender… Estar junto. Se não era, Madara não conhecia qualquer outra definição que se encaixasse tão bem ao sentimento.

Esperou um pouco mais, encarando a pia lisa e então, direcionou-se ao quarto.

Pôde ouvir o som do chuveiro ligado no cômodo acoplado assim que abriu a porta. Por um segundo ficou parado, imaginando se não era melhor deixar que o irmão tivesse um momento sozinho, mas logo pôs-se a andar – Izuna jamais estaria sozinho.

O vapor da água quente acarinhou-lhe as faces quando abriu a última barreira que o separava do menor; Izuna ergueu o rosto, os olhos vermelhos e um sorriso mínimo de desculpas nos lábios finos. Madara lhe sorriu de volta uma vez mais, compreensivo, e então desabotoou a camisa, livrando-se com destreza e sem cerimônia alguma do restante das roupas.

Abraçou o corpo trêmulo do irmão, ao entrar no box; beijou-lhe a nuca:

– Eu estou aqui, Izuna – Murmurou baixinho, afagando as madeixas escuras em seguida.

O mais jovem girou nos braços do irmão, voltando-se para ele, passando os braços por seu pescoço:

– Desculpe Onii-san… – Fungou, abraçando-o – Foi perfeito, eu juro, mas…

– Shh… – O maior apertou-lhe a cintura, aproximando seus corpos, roçou os lábios nos dele carinhosamente – Eu sei. Não precisa explicar ou se desculpar, Otouto.

Um sorriso frágil surgiu nos lábios do outro e então, ambos estavam unidos.

O familiar sabor adocicado dos lábios de Izuna enchiam a boca do mais velho, estimulando-o como sempre acontecia quando se beijavam; puxou-o ainda mais para perto, tão junto à si quanto era possível estar, seus corpos encaixando-se com perfeição enquanto sua língua serpenteava pela boca do menor, dançando com a dele.

Um suspiro escapou pelos lábios de Izuna entre o beijo; já não sentia mais nada senão aquilo, já não existia mais nada que não ele e seu irmão – não havia a água do chuveiro ainda a molhar-lhe os cabelos, o som, o vapor a enroscar-se até o teto, ou a dor a apertar-lhe o peito impiedosa e implacavelmente. Existia apenas Madara; o cheiro, o gosto, o toque…

O toque a descer por sua coluna suavemente e prender-se em seus quadris, os dedos da outra mão enroscando-se em seus cabelos. Abriu mais a boca, os próprios dedos indo de encontro aos cabelos longos do maior, trazendo-o mais para si, beijando-o tão intensamente quanto podia, quanto seu corpo ansiava.

Madara sugou o lábio do menor ao romper o ósculo, prendendo-o entre os dentes antes de liberta-lo por fim; as mãos desceram, apertando a pele pálida onde quer que pudesse alcançar, apertando as nádegas macias de Izuna, enquanto traçava um caminho de beijos, mordidas e leves chupões no pescoço alvo.

Izuna pendeu a cabeça para trás, gemendo baixo quando o maior tocou-lhe o membro, apertando-o, estimulando num vai e vem ritmado:

– Onii-san… – Murmurou com a voz rouca, tomando-lhe os lábios outra vez.

Suas costas foram de encontro aos azulejos claros e frios do box, Madara prensando-o contra a parede, unindo seu pênis ao dele numa punheta dupla.

Izuna arfou.

– Eu vou cuidar de você, Otouto – Assegurou Madara, numa voz arrastada, repleta de luxúria e desejo, e então, abaixou-se diante do menor.

O Uchiha mais jovem acariciou as madeixas do irmão afetuosamente, antes de pender a cabeça para trás num gemido longo, ao ter seu membro engolido, sugado, chupado e estimulado pelos lábios quentes e habilidosos do maior. Madara sempre sabia exatamente o que fazer para deixa-lo louco… De todos os modos possíveis.

Ele já nem se lembrava mais sobre o que estivera pensando – O que era mesmo?... Humm… Outro gemido arrastado escapou por seus lábios.

Os sons que o mais novo produzia só serviam para incentiva-lo ainda mais, para deixa-lo ainda mais intensamente perdido de desejo por aquele corpo, por aquele ser que se mostrava agora tão à vontade, tão seguro consigo como jamais se mostraria para qualquer outro. Continuou a chupá-lo, até sentir o corpo esguio tremer levemente, derramando-se em seguida em seus lábios; Madara passou a língua por eles ao erguer-se e então tornou a beijar o mais jovem, tomando-o nos braços com firmeza, mantendo-o de pé, junto à si enquanto este tinha a mente nublada pelo prazer, os olhos escuros ainda cheios de desejo, ansiosos por mais:

– Aniki… Eu quero você. – Murmurou Izuna, os lábios ainda muito próximos aos do outro, a respiração arfante misturando-se à do maior, tornando-se apenas uma; mordeu com pouca força o queixo de Madara: – Agora – Inquiriu por fim, enfiando os dedos entre os cabelos escuros do mais velho e atacando seus lábios quase com violência, tamanha a urgência que sentia em possuí-lo dentro de seu corpo.

Madara grunhiu, rompendo o ósculo tão repentinamente quanto este tivera início, girando o menor para que este apoiasse ambas as mãos nos azulejos frios; apertou-lhe as nádegas, afastando-as:

– Madara… Sem enrolações; quero você e quero agora. Entendeu? – Ordenou Izuna, olhando-o por sobre o ombro, desafiando o mais velho a contestar. Sabia que ele não o faria; seu irmão gostava daquele jeito tanto quanto ele próprio.

– Tão apressado, Otouto – Zombou o maior, esfregando o pênis na bunda de Izuna, ao mesmo tempo em que agarrava-lhe o membro, massageando-o.

Sentia o seu pulsar, tamanho o tesão que lhe percorria as veias; queria invadir o mais novo, fode-lo até que ele não aguentasse mais gritar de prazer; até que não sentisse e não pensasse em qualquer outra coisa, senão neles dois, naquele momento. E se esquecesse de todo o restante.

Penetrou-o de uma vez, forte e fundo, arrancando imediatamente um grito alto do menor, que contorceu-se, entre a dor e o prazer intenso de ser atingido de primeira em seu ponto mágico. Madara prendeu a cintura do outro entre os dedos, apertando forte o bastante para que houvessem marcas no dia seguinte, e então, tornou a investir contra o corpo quente e necessitado que o comprimia ansiosamente:

– MAIS! MA… MADARA!!? – Implorou Izuna, encostando a testa na parede molhada ao ser atendido.

O ar ia e vinha depressa de seus pulmões, ele mal o sentia; sua mente só podia concentrar-se no quanto era delicioso, no quanto era perfeito e que nada poderia ser melhor do que unir-se à seu Onii-san daquela maneira; funda, forte e ininterrupta. Intensa e incessante, como apenas o próprio Madara conseguia ser.

Nunca se sentia tão completo, como quando estava unido ao mais velho; um êxtase conhecido inundou-lhe o peito; arfou entre gemidos.

Madara afundou o rosto na curva do pescoço do menor, entrando e saindo de seu corpo sem jamais parar; não podia, não queria. Era um frenesi que em hipótese alguma tentaria impedir. Mordeu a pele pálida uma vez mais, e outra, até que seu corpo estivesse prestes a explodir; então gemeu rouco no ouvido do mais jovem, gozando em seu interior ao mesmo tempo em que Izuna melava a parede clara.

Madara apertou-o contra seu peito, as costas do mais jovem aninhando-se perfeitamente ali; puxou-o para debaixo da água que ainda caia, quente e calma, tão diferente deles dois:

– Onii-san… – Começou Izuna, mas não precisou terminar a frase; o chuveiro já fora desligado e antes que pudesse piscar Madara já o jogara na grande cama de casal que dividiam, o corpo grande sobrepondo-se ao seu; agarrou-lhe os ombros largos, envolvendo-lhe a cintura com as pernas.

– Me diga o que você quer, hun, Izuna-chan? – Sussurrou Madara, no ouvido do outro, mordendo-lhe o lóbulo da orelha em seguida, passando a ponta da língua em seu pescoço, como uma trilha, provocando-lhe arrepios.

– Que você me foda, Onii-san…! Forte… E rápido…! Agora! – Gemeu, fincando as unhas na carne do irmão.

Madara empurrou as pernas do caçula, abrindo-as; quando os tornozelos do menor estavam em seus ombros, ele o penetrou. Izuna arqueou as costas, gemendo cada vez mais alto, à cada nova investida, as mãos agarravam os lençóis quase rasgando-os. Madara saiu de seu corpo, apenas para lamber seus lábios, descendo pelos mamilos e sugando-os enquanto provocava-o com uma punheta lenta demais para seu gosto:

– Porra, Madara!! – Gemeu, puxando o maior pelos cabelos até que seus lábios estivessem unidos, e aproveitando-se da oportunidade, invertendo as posições, sentando sobre o membro do irmão de uma só vez.

Madara gemeu, e Izuna mordeu seu lábio inferior, provando o sangue do mais velho enquanto começava os movimentos; logo, estava ereto sobre o pênis do maior, as mãos apoiadas em seu peito musculoso enquanto cavalgava incansavelmente sobre ele, sentindo o pênis de Madara cada vez mais fundo enquanto ditava os movimentos.

Madara apertou-lhe as coxas, seus olhos jamais desviando-se dos do mais jovem; Izuna deu um sorrisinho sacana quando o irmão passou a masturba-lo, e tremeu, sentindo que estava próximo, aumentou o ritmo, embora suas pernas protestassem pelo esforço; curvou-se levemente para frente ao gozar, o ar saindo de seus lábios como um meio suspiro, meio gemido, o irmão vindo logo em seguida, afundando a cabeça no travesseiro.

Izuna caiu sobre o corpo de Madara, que o abraçou:

– Comemoração completa, por assim dizer – Comentou, com um sorriso na voz.

– Não tinha como ser melhor – Izuna riu, concordando, sentindo-se leve e verdadeiramente feliz.

Sentiu que Madara o olhava, então ergueu a cabeça afim de fita-lo; ele sorria daquele jeito safado que fazia com que Izuna quisesse transar por horas ininterruptas à fio, sem preocupar-se com mais nada:

– O que foi? – Indagou baixo, mordendo o lábio.

– Você disse que não tinha como ser melhor… Podemos testar isso agora mesmo – Madara sorriu ainda mais, sacana.

Izuna ergueu-se novamente, arranhando o peito do irmão:

– Ótima ideia, Onii-san.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...