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História Nayeon Letters - Retorno


Escrita por: Lu-pi

Notas do Autor


Então gente, vou postar correndo porque tenho aula agora.
Queria me desculpar pela demora, eu passei mal no domingo e ainda tive 4 trabalhos que a universidade jogou na minha cara, então me perdoem a demora.
- Falei que ia postar hoje né ash, mas não disse a hora rs -

Capítulo 16 - Retorno


Fanfic / Fanfiction Nayeon Letters - Retorno

Para Nayeon —

Muitas vezes, quando as pessoas estão tristes, elas irão querer fazer outras pessoas tristes também. Mas isso nunca ajuda.

 

 

 

 

Um dia antes do retorno de Momo.

 

Nayeon estava desolada, por mais que não acreditasse no desfecho que lhe fora empurrado pelo detetive Byun.

 

 

 

- Perdoe-me senhorita Hirai... – Ele iniciou, mas logo fora cortado por Nayeon.

- Senhorita Im, por favor.

- Claro, perdoe-me senhorita Im. Lamento lhe dizer, mas tenho más notícias para você, querida. – O detetive falou em tom triste, porém sorriu, olhando-a com brilho maldoso.

Nayeon o encarou com receio, torcendo para que a notícia não fosse o que ela pensava, torcendo pelo melhor, mas torcendo pelo melhor, como torcer para que um morcego obedeça a suas ordens, quase sempre leva à decepção.

Cruzando os braços em indicação para que Baekhyun prosseguisse, sentiu o coração acelerar de maneira descomunal ao ouvir as palavras.

- Hirai Momo. – Disse o detetive. – Faleceu num terrível incêndio.

Nayeon não disse nada.

- Ela faleceu. – Prosseguiu Baekhyun. – Num incêndio que destruiu a casa toda. Lamento muito, muitíssimo, ter que contar isso para você, minha querida.

Nayeon permanecera quieta, o rosto em branco, não mostrava expressão alguma, desviou os olhos que estavam fixos no rapaz, e os deslocou para longe no mar, já que estava na praia quando o detetive chegou para dar a notícia.

- Minha querida. – Disse o rapaz com um sorriso de escárnio. – Falecer, significa que ela foi morta.

- Eu sei o que significa a palavra falecer, Byun. – Nayeon disse com irritação. – Eu quero provas, Baekhyun. Quero provas de que ela está morta, ou acha que só por você ser um detetivezinho qualquer eu irei acreditar em suas palavras insignificantes?

- Como quiser senhorita Im. – O rapaz disse e enfatizou o sobrenome. – Siga-me, por favor. – Ele guiou a garota para o próprio carro.

Baekhyun dirigiu o velho e apertado Corvette, como se estivesse levando Nayeon para um encontro no parque de diversões.

- Está um lindo dia, não é? – Ele perguntou sorrindo, enquanto olhava de relance para a garota.

- Não me darei ao trabalho de responder isso, Baekhyun.

Ao chegar a sua amada casa, ou os restos que ela tinha se tornado, o coração de Nayeon se apertou, o olhar perdido passando por sobre seus pertences destroçados, as memórias de ter construído tudo aquilo com o amor da sua vida indo por água abaixo, ou por fogo acima.

- Sabe Baekhyun. – Nayeon falou e sorriu largo. – Mostrar que minha casa pegou fogo não prova que Momo morreu.

Ela viu o olhar de Baehyun vacilar, seu sorriso arrogante foi desfeito por alguns segundos e uma pequena esperança surgiu no coração de Nayeon.

- Se a senhorita deseja tanto ver com seus próprios olhos... – O rapaz abriu o sorriso maldoso novamente. – Me acompanhe novamente, por favor.

Baekhyun retornou para o carro e foi dirigindo, Nayeon nem mesmo fizera questão de prestar atenção ao caminho, ainda sentia-se atordoada, por mais que duvidasse do que estava acontecendo, era algo complexo para ela absorver, não conseguia acreditar naquilo.

- Aqui estamos. – O rapaz falou e abriu a porta do carro, levando-a para dentro do prédio alto. – Com licença, sou o detetive Byun. Eu trouxe a garota para o reconhecimento do corpo. – Ele falou para a secretária, que logo liberou a entrada de ambos, resultando em uma piscadinha do rapaz para ela.

Andaram por dois longos corredores e entraram na última porta, onde se encontrava uma maca, com um corpo coberto.

O coração de Nayeon se apertou, ela sentia as mãos suarem ao se aproximar da maca, de maneira trêmula acenou em concordância para que o detetive tirasse o pano sobre o corpo.

A visão era de dar asco, Nayeon virou o rosto e não conseguiu conter o próprio estômago, não evitando de regurgitar no chão.

- Ugh, sua inconveniente! – O rapaz falou e tapou o nariz. – Não acredito nisso, você faz traze-la aqui para isso. Já está satisfeita? Viu que é ela, agora vamos embora, não quero que me façam limpar isso por sua culpa. – Ele disse e arrastou-a para a saída, já que ela permanecia em choque.

 

Baekhyun, mostrando todo o seu cavalheirismo levou-a para a casa de Chaeyoung e Mina, local onde ela pedira para ser deixada.

 

 

Ao deitar-se na cama não conseguia tirar o que acontecera da cabeça, por mais que estivesse sentindo-se triste, não conseguia chorar, também não conseguia parar de pensar que algo estava errado, algo muito mal explicado.

Com tais pensamentos, Nayeon decidiu voltar em casa, apenas para ver se encontrava algo inteiro nos restos, foi o que ela dissera para as garotas.

Ao entrar na biblioteca deteriorada de Momo, não evitou em olhar a mesa onde sempre encontrava a ex-noiva quando chegava em casa. Passou a mão por cima da madeira e abriu a primeira gaveta, encontrando a luneta de Momo, segundo símbolo de C.S.C. Nayeon possuía uma igualzinha, guardou a luneta recém-encontrada no bolso, ao menos levaria alguma lembrança.

Agora estando ali diante daquela mesa, Nayeon começara a sentir-se solitária, quase podia sentir os braços de Momo a rodeando, os leves beijos no pescoço e o pequeno ardor no canto dos olhos que começara a incomodar.

Retirou do bolso um pequeno papel e escreveu uma carta, suas esperanças não seriam zeradas ainda, algo ali não estava bem explicado, ela podia sentir.

Dessa vez tudo que Nayeon poderia fazer era esperar por um milagre, ou um fato da vida, realmente depende de como você passa as suas manhãs, se admirando um belo crepúsculo ou descendo para um beco sem saída por uma corda feita de toalhas.

 

 

 

 

 

- Kyungsoo! – Momo gritou enquanto batia na porta. – Abra! Já estou de volta.

Em questão de segundos a porta fora aberta.

- Me desculpe, estava fazendo o jantar, espero que goste de comida mexicana, é a minha especialidade. – O rapaz falou sorrindo. – Você demorou, fiquei com medo que não voltasse. – Falou cabisbaixo, fazendo Momo sentir-se culpada.

- Ora essa, seu bobo! Eu disse que voltaria. – Momo o abraçou de lado. – Vamos, eu estou faminta.

- O que você foi fazer que demorou tanto? – Kyungsoo perguntou, logo saboreando sua enchilada.

- Apenas fui à cidade olhar algumas coisas e ver como estava minha casa.

- E como estava? – Perguntou curioso.

- Minha casa? Queimada.

Kyungsoo arregalou os olhos em surpresa, mas em seguida sorriu largamente para Momo.

- Isso significa que você irá passar mais tempo comigo! Não é maravilhoso?!

- É sim. – Momo sorriu, tentando esconder a tristeza. – Kyung, você recebe jornais?

- Não, aqui é distante para que os carteiros entreguem, na verdade eu fico muito aliviado com isso, ler sobre incêndios e assassinatos me deixa muito desassossegado.

- E o que você costuma fazer por aqui? Sinto-me um pouco entediada. – Momo reclamou após terminar o jantar.

- Eu tenho algo para te mostrar. – Kyungsoo levantou-se e saiu de casa, levando Momo para a parte traseira, onde tinha um imenso celeiro. – Aqui é onde eu me distraio, gosto de escrever dísticos aqui. – Ele abriu a porta, mostrando uma grande biblioteca, acoplada com uma oficina.

- Você conserta coisas?

- Além dos dísticos, eu gosto de construir, é divertido. – Respondeu.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um mês e meio se passara, era perigoso que eu aparecesse antes e eu tinha noção disso. Por mais que eu sentisse imensa falta de Nayeon, era divertido estar com Kyungsoo.

Juro que não me esqueci de você, meu amor, em cada segundo do dia eu pensei em ti, os dias passavam e pareciam que estavam se arrastando, no fim do dia eu sempre sentava numa cadeira fora de casa e lembrava-me de todas as vezes em que você chegara do trabalho e ia para minha biblioteca, apenas para encostar a cabeça sobre a mesa e dizer o quanto estava cansada.

 

- Eu preciso voltar para casa, Kyung, sinto falta da minha noiva e acho que ela já deve ter resolvido o problema. – Falei preguiçosamente, nem percebendo o que eu deixara escapar.

- Que problema? – Perguntou-me ingênuo.

- Ahn, o do incêndio da casa, claro. – Ri nervosamente.

- Você ainda não me explicou como isso aconteceu.

- Bem... É que... Eu acabei deixando a panela de pressão no fogo e esqueci, o incêndio se espalhou pela casa inteira, Nayeon ficou extremamente brava comigo e disse que eu deveria voltar para ela apenas quando eu aprendesse a ser madura. – Me senti horrível por mentir para ele, mas era necessário.

- Eu não acredito! – Ele disse rindo. – Desastrada. Ainda bem que nunca deixei que você cozinhasse, eu ficaria muito desassossegado imaginando você pondo fogo em minha casa.

Ri nervosamente e levantei, avisando que iria ver minha noiva.

 

 

 

 

Bati rapidamente na porta dos fundos da casa de Chaeyoung, torcendo para que ninguém me reconhecesse, mesmo que eu estivesse de capuz e óculos escuros.

Chaeyoung abriu a porta e eu entrei depressa. Ela me encarou por alguns segundos e caiu desacordada no chão.

- Eu não acredito nisso! – Carreguei a garota até o sofá e fui para a cozinha pegar água para quando ela acordasse.

- Amor? – Ouvi a voz rouca dela, enquanto eu enchia o copo de água. – Eu tive um sonho tão estranho, sonhei que Momo aparecia aqui em casa... – Ela disse e se aproximou da cozinha, segurei o riso e esperei que ela entrasse. – Amo...

- Que sonho estranho, não é? – Ri.

- Sua sem caráter, vagabunda, piranha, safad...

- Isso não é uma música? – Cortei Chaeyoung que tentava me bater.

- Eu espero que você me explique tudo isso direito.

Sentei no sofá e dei todos os detalhes de tudo o que acontecera no mês e detalhei o motivo o qual eu não tinha voltado logo.

- É, até que faz sentido. Se você tivesse voltado, você seria presa. – Ela disse. – Mas eu tenho uma má notícia para você.

- Nayeon está bem?! – Senti medo que algo de ruim tivesse acontecido a ela.

- É sobre ela mesma... Ela está bem sim. – Chaeyoung respondeu e eu me senti aliviada. – Mas ela casou-se com Jihyo.

 

 

 

 

 

O destino é como um estranho e impopular restaurante, cheio de garçons esquisitos trazendo coisas que você nunca pediu e de que nem sempre gosta. Naquele momento eu sentia-me como se um garçom tivesse acabado de por um prato de jilós diante mim no lugar de um gorduroso hambúrguer. Certo, talvez essa não tenha sido a melhor forma de expressar toda a minha tristeza naquele momento, mas é algo inenarrável, uma palavra que aqui significa que nunca, nem mesmo todas as palavras do mundo poderiam exprimir tamanha dor.

Dói ver quem você ama olhando docemente para outra pessoa, ou sendo carregada, ou todas essas coisas que eu tive que ver Nayeon fazer com Jihyo, mas dói mais ainda saber que a pessoa que você ama não te esperou.

Posso estar sendo egoísta, talvez até mesmo hipócrita, já que Nayeon não sabia que eu estava viva, mas isso não me machucou menos, não me fez parar de chorar na escuridão da noite as quais eu me sentia tão solitária.

 

 

 

 

E é por isso Nayeon que eu sempre irei amar você, mesmo se nunca verei você novamente e vou amar você mesmo que não tivesse partido o meu coração pela segunda vez, eu irei te amar mesmo enquanto o mundo segue no seu caminho perverso e você o siga junto e eu irei te amar mesmo se você não estiver lá.

 

 


Notas Finais


Se tiverem alguma dúvida me perguntem.


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