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História NCT Life With Fans - O jogo começa


Escrita por: MoonTaeil

Notas do Autor


Ebaa semana da pátria! Tinha até me esquecido! Deu pra dar uma atualizada. Espero que tenha ficado bom *u*

Capítulo 3 - O jogo começa


 

O voo durou uma hora mais ou menos. Peguei minhas poucas bagagens e fui seguindo os câmeras que nos davam instruções de irmos até uma praça. Taeyong até se ofereceu a me ajudar com minha mochila. Ele é um fofo!

--Você... É... – ele parecia muito nervoso falando inglês. Fui paciente com ele – q-quantos anos...?

--Ah – dei um sorriso – tenho 19.

--19? – ele me olhou bem surpreso – Nossa! É... Rosa... Uh... Rosa desabrochando.

Olhei para ele e pisquei. Rosa desabrochando? Como assim?

Depois me lembrei: coreanos (e, sei lá, muitos asiáticos. Eles adoram umas expressões assim) dizem que uma menina meio jovem meio adulta (isso faz sentido?) é como uma rosa desabrochando. Porque ela está crescendo e depois vai virar algo lindo e maravilhoso.

Eu ia dizer obrigada, mas ele começou a falar antes de mim.

--Você... Parece... Mais velha – ele deu uma risada – talvez... 21?

Pisquei. Mais velha? No Brasil sempre me acham mais nova. Acho que é porque só tenho 155cm.

Falado nisso... Será que Taeil não gosta de meninas muito baixinhas?

Aai ai, tenho que parar de pensar nessas coisas! Só estou aqui para passar um tempo com NCT e conhecê-los melhor. Só isso.

Só... isso.

--No meu país as pessoas acham que sou mais nova – eu falei devagar pra ele me entender.

--Por que? – ele piscou.

--Porque... Acho que é porque sou pequena e magra.

--Magra? – ele repetiu a palavra como se não tivesse entendido. Por isso, repeti ela em coreano – ah. Isso e estranho.

Dei um sorriso.

Depois de uns dez minutos andando, nos reunimos em uma praça. Não tinha ninguém. Acho que era porque estava tarde e não tinha muitas casas por perto, mas muitas lojas.

--A primeira tarefa é encontrar a casa de vocês. Um grupo vai pela direita e o outro vai para a esquerda. O grupo que chegar primeiro será o ganhador da primeira tarefa. Podem começar a escolher o nome do grupo de vocês, se quiserem.

Meu grupo rapidamente se reuniu em um círculo. Fiquei do lado do Yuta. Eles falavam em coreano e eu lutava para entendê-los.

--Que palavra legal a gente poderia usar? – Yuta perguntou.

--Hanwoo? – Taeyong sugeriu.

--Não, você já usou isso antes, lembra? Quando a gente estava em Seoul – Haechan disse.

--OK... Que tal...

--Sangnamja? – não sei por que falei isso.

--Sangjamja? Másculo? – Yuta falou em ingês e riu junto com os outros (mas eu foquei no sorriso do Taeil).

--E-Eu acho um nome legal...

--Eu também – Taeil disse enquanto ria. Corei um pouco.

O círculo se desfez e Taeyong anunciou o nome do nosso grupo.

--Sangnamja é o nome.

--O nosso é Bulgogi! – Bella anunciou.

-Sangnamja? – Jaehyun perguntou enquanto ria.

--Foi ideia da Nara – Yuta disse, rindo também.

Até os câmeras riram. Por que é tão engraçado?

--OK. Vocês já podem começar a procurar. Levaremos suas bagagens depois, podem deixar tudo com a gente.

--Vamos lá, galera! – Haechan gritou.

Todos começaram a correr, e eu tive que me apressar para correr também, mas quase que me perco. Odeio correr.

Depois de alguns minutos, eles pararam (aleluia) e eu já estava arfando. Taeyong percebeu.

--Está tudo bem, Nara? – ele perguntou em coreano.

--Correr... N-Não gosto... – não me concentrei muito para falar coerentemente. Estava muito cansada.

Ele pegou minha mão para eu segurar no seu antebraço.

--Pode se segurar em mim enquanto andamos. OK? – ele falou devagar para eu entender.

(Acho tão fofo quando coreanos falam “OK”).

Assenti com um sorriso e peguei no seu braço.

Taeil olhou para nós dois mas desviou o olhar. Comecei a corar. Espero que ninguém tenha percebido.

Já estávamos andando fazia uns dez minutos e nada da casa. A gente subia uma ladeira (odeio ladeiras) e ficou muito mais cansativo. Mas é melhor que no Brasil. Como sou do Nordeste, tem muita umidade então só atravessar a rua já me fazia suar – mas como o clima daqui é muito mais seco, fico cansada, mas não ensopada de suor.

--Você está bem? – Taeyong pergunta em coreano.

--Estou com sede...

--Tudo bem, a gente não deve estar longe. Vamos já beber alguma coisa.

Bem no topo da ladeira que a gente tinha começado a subir, encontramos uma mulher baixinha empacotada de casacos e com uma máscara cobrindo o nariz e a boca. Ela dava pequenos saltos e acenava feito uma louca (tão louca quanto eu. Mas acho que só sou estranha mesmo. Loucos são legais, eu sou estranha). Ela era uma da produção, deu pra perceber por causa das câmeras atrás dela.

Mais e mais câmeras... Será que vão colocar até no banheiro que nem naquele episódio do American Hustle de BTS?

(Eu realmente assisto muitos shows de muita gente).

--Estão cansados? – pergunta a mulher.

--Um pouco... – diz Yuta enquanto entrava.

Largo o braço do Taeyong para entrar. Mas tive que recuar, pois lembrei que não posso entrar na casa com sapatos. É uma tradição da Coréia.

Os outros membros entraram literalmente segundos depois da gente, arfando. Bella estava meio descabelada.

--Essa tarefa foi horrível! A gente se perdeu tantas vezes! – disse Jaehyun.

--Se vocês se perderam, que dirá a gente que tentou seguir o caminho o tempo todo – disse Yuta quanto ria.

Mas Taeil permanecia calado. Conversava um pouquinho com os membros mas boa parte do tempo ele ficava meio isolado. Até se afastou um pouco do grupo enquanto a gente andava. Será que ele é assim mesmo ou ele só é assim com garotas? Porque eu não lembro dele ser tão tímido assim com os membros durante os shows... Só quando tinham estranhos ou durante entrevistas.

Será que ele está gostando da Bella?

Será que ela é tão bonita assim, que ele fica sem jeito perto dela?

Será que ele anda calado porque ele está pensando muito nela?

Aff, tenho que parar de pensar nessas coisas. É bem óbvio que ele não vai nem ser meu coleguinha depois que isso terminar, aposto que vai só se atrair por outra pessoa. Duvido que eu seja o tipo de pessoa que ele queira como amiga...

--O grupo vencedor é Sangnamja! – disse a mesma mulherzinha que estava acenando do lado de fora da casa.

Bella parecia meio feliz (acho que é porque Taeyong está no meu grupo e ela estava feliz por ele) mas os outros pareciam aborrecidos. Não aborrecidos tipo “odeio vocês” só tivo “é, tanto faz”. Faz sentido, não faz?

Depois que comemoramos e tal, os meninos começaram a se organizar para fazer o jantar. A produção chegou um pouco depois para deixar as nossas bagagens em um quarto.

Só fiquei parada do lado do balcão quando percebi que Haechan estava andando para meu lado.

--Você sabe cozinhar, Nara? – pergunta Haechan.

Balanço a cabeça. Sou terrível em cozinhar. Péssima. Abominável. Causo devastação só fazendo pipoca.

(É sério. Uma vez coloquei a pipoca por tanto tempo no micro-ondas que ela pegou fogo. Não sei como não explodi a casa).

(Mas eu sei fazer miojo. E nuggets. Daqueles que já vem prontos e você só coloca no forno).

(Aprendi a ligar o forno faz só alguns meses, quando comecei a fazer nuggets).

--Ei, me ouviu? – Haechan falou comigo de novo.

Pisquei.

--Hein?

--Eu disse pra colocar os pratos na mesa. Devem estar naquele armário ali.

Assenti e fui até o armário que ele tinha falado. Não estava lá, estava em outro bem ao lado.

Haechan riu um pouco. Olhei para ele.

--O quê? – devo ter usado a palavra errada em coreano, mas tanto faz.

--Você é engraçada.

--O quê? Ah, não – balancei com a cabeça. Corei um pouco, mas é que é bom saber que não sou tão estranha assim – Por que?

--Você sempre fica olhando pra o nada. Parece que está sempre distraída pensando em alguma coisa.

Dei uma risadinha também. Não posso negar, isso é verdade. Sou muito distraída. Tão distraída que já bati minha cabeça várias vezes nos lugares enquanto eu andava pela rua porque sou do tipo que olha pra baixo, não pra cima.

Sempre olhava pra cima pelos lugares quando eu era criança, e sempre acabava tropeçando em alguma coisa. Aí comecei a olhar mais para meus pés. Só que agora, as coisas encima ficam me atacando. Como as pessoas conseguem andar pela rua tranquilamente e olhar tudo que tem no caminho? Só consigo olhar ou para cima ou para baixo. E fora quando tem muito vento e o meu cabelo acaba no meu rosto. Quase que fui atropelada uma vez porque eu tentei ajeitar o cabelo enquanto olhava pra um lado mas tinha o carro vindo de outro. Nesse dia, decidi cortar o cabelo pra não me atrapalhar. Mas como tinha ar condicionado na minha escola (quando eu ainda estava na escola) minha nuca e ombros faziam muito frio. Aí decidi andar de rabo de cavalo pela rua, mas é meio difícil manter no lugar porque meu cabelo é muito liso e-

--Posso?

Me virei para ver quem estava falando comigo. Era Taeil. Moon Taeil. Moon Taeil!

A emoção foi tão tão grande que deixei cair alguns hashis no chão.

(Droga, agora vou ter que lavar eles).

--D-Desculpa, eu não queria te assustar... – Disse Taeil meio sem jeito.

--Tudo bem, tudo bem – eu disse com um sorriso enquanto pegava os hashis. Depois me levantei para olhar para ele. Tive que desviar o olhar (não aguentei a beleza dele) e dei alguns passos para mais perto da pia. Haechan deveria estar do lado de fora preparado a churrasqueira – é... De novo?

--Eu queria saber se poderia te ajudar em alguma coisa.

Congelei. O que eu peço pra ele fazer? Preparar a mesa não é lá tão difícil assim. É só um jantar, não um banquete.

(Mas eu quero que ele fique perto de mim!!)

Assenti.

--Quer que eu coloque as ... – eu não entendi a palavra. Virei para ele.

--O quê? – perguntei enquanto olhava para ele.

--Isso – ele disse enquanto segurava uma tigela média na mão.

Assenti meio sem jeito. Suspirei.

Como sou péssima no coreano. Não consigo falar direito. Como, se consigo entender tão bem? Qual o meu problema?

Fora que sou muito distraída. Não consigo fazer alguma coisa sem acabar pensando em alguma outra coisa ou ficar me perguntando coisas. Claro que em momentos de prova ou algo que requer muito foco, eu consigo me focar, mas no geral é muito difícil. Sei lá, não consigo focar em duas coisas ao mesmo tempo: meus pensamentos e as coisas ao meu redor. Será que ele está ficando irritado? Eu não quero irritar ele logo nas primeiras horas que passamos juntos. Fora que eu odiaria ter meu membro favorito irritado comigo. Seria meu fim!

Taeil disse alguma coisa, mas não entendi. Ele usou outra palavra que eu não entendi direito. Virei para ele enquanto enxugava os hashis

(Que por sinal não faço a mínima ideia de como vou comer. Não sei usar hashis, não).

(E não vou conseguir comer churrasco com uma colher e um garfo).

--Pode repetir? Eu não entendi.

--Eu disse para pegar as colheres. Sabe, as que se usa enquanto toma sopa.

--Ah, colher?

--É, colher.

Peguei nove colheres, uma para casa pessoa que iria comer naquela mesa. Fui até ele, que estava do outro lado da cozinha, e dei os talheres.

(Nossos dedos enroscaram. Morri por dentro).

(Por que ele corou?)

Dei alguns paços para trás como se eu fosse voltar para os armários com o resto dos pratos mas meio que voltei. Comecei a apertar a toalha entre as minhas mãos de tanta vergonha. Eu queria me desculpar por ser tão distraída e por não saber me comunicar direito.

Fiquei parada por segundos suficientes para Taeil se virar para mim.

--O que foi?

--É... Desculpa – engoli em seco – Meu coreano é muito ruim. Desculpa. Não quero te irritar.

(Tenho uma leve impressão de que eu usei alguma palavra errada ou algo do tipo. Ele começou a rir).

--Tudo bem, tudo bem. Eu consigo entender você. Você me entende?

--Eu entendo bem. Eu falo ruim.

--Está tudo bem. A gente consegue se comunicar, então não precisa se preocupar.

Eu não queria parecer muito feliz, então só assenti e voltei para os armários. Peguei tudo que era preciso e ele me ajudava em alguns momentos.

Até que Winwin entrou.

--Hyung Taeyong disse que ele quer que você prepare alguns vegetais e faça kimchi – ele disse pela porta que vai até o quintal.

--Quais legumes.

--Se tiver cenoura, pepino e tomate, tudo bem. Mas ele disse qualquer coisa.

--OK. Obrigado.

Winwin saiu.

Fiquei olhando a cozinha. O que mais que eu faria? Sou completamente inútil. Não sei nem descascar uma tangerina.

(É, eu sei que é só arrancar a casca com os dedos. E não, não consigo nem fazer isso.)

(Já quebrei minhas unhas várias vezes tentando descascar tangerina. Ou isso ou acabava entrando pedaços de tangerina nas minhas unhas).

--Você quer me ajudar? – pergunta Taeil enquanto pegava alguns legumes.

Nossa. Consegui ouvir uma pergunta completa sem me distrair. Isso merece uma comemoração.

--Eu... Não sei cortar...

--Você pode... – não sei que palavra que ele usou de novo.

Cheguei mais perto. Ele estava segurando uma batata. Eu sei cortar uma batata.

--Entendeu?

--Cortar?

--Não, descascar.

Não precisei perguntar o que aquilo significava. Ou era cortar ou descascar. Poderia ser ralar, mas não se rala uma batata antes de descascar.

Bem, eu nunca vi ninguém que rala uma batata ainda com casca.

--Eu... Não sei...

Taeil riu. Eu só encarei com um olhar meio triste.

Nossa, cara. Sou inútil mesmo.

--Tudo bem, não fique triste. Você ainda pode me ajudar, se quiser. Vou precisar de ingredientes para o kimchi.

Só assenti e fiquei parada ao lado dele para caso ele ainda precisasse de mim.

--O que você sabe fazer?

Ele disse enquanto descascava a batata.

--Miojo.

--Bem, todo mundo sabe fazer miojo. Mas o que mais.

--...Miojo.

--Só miojo?

E nuggets, mas eles já vem feitos, eu só coloco no forno. Nem conta.

Assenti.

Ele começou a rir.

--Como você come?

--Minha mãe.

--Mas e se sua mãe não estiver em casa?

--Miojo.

--Não come com mais nada?

--Hmm... Maçã, banana, mamão, melancia...

--Só frutas?

--Eu gosto muito de frutas.

--Eu posso cortar algumas bananas para você. Encontrei algumas na geladeira.

Ele é tão gentil...

Assenti com um sorriso.

Depois que ele terminou de descascar algumas batatas e outras coisas, ele começou a me pedir coisas. Tive que me esforçar muito para entender as palavras. Eu não queria que ele ficasse irritado por causa do meu coreano, mas tudo ocorreu bem.

--Você gosta de kimchi?

--Não quando tem muita pimenta. Eu odeio pimenta. Muito.

Ele sorriu um pouco

(Aquele sorriso...)

--Eu vou fazer um prato sem pimenta pra você, então.

Corei.

--Obrigada.

Quando a refeição estava finalmente pronta, os membros começaram a se sentar na mesa enquanto Winwin, Taeil e Taeyong colocavam a comida.

Me apressei para me sentar bem do lado do Yuta. Me inclinei para mais perto para sussurrar no seu ouvido.

--Yuta... Não sei usar hashis. O que eu faço?

Yuta olhou pra mim.

--A carne só está nos pedaços, você vai conseguir comer com um garfo.

--Ah, sim.

Taeyong se sentou na minha frente e deu um sorriso. Corei um pouco.

--Você gosta de carne de boi? Eu não sabia se você iria gostar de Samgyeopsal (estômago de porco) então fiz algo não muito diferente.

Gosto muito de me comunicar com o Taeyong porque ele fala bem devagar, que nem agora.

--Eu gosto de carne de boi!

Ele riu do meu entusiasmo. Ops.

--OK, vou pegar um pouco para você.

Enquanto Taeyong saía para pegar comida, Taeil chega com várias tigelas. Era arroz, banana e melão para mim. Também umas algas ou sei lá. Algo preto ou quase preto. Não sei. A luz é meio ruim.

--Eu... Peguei isso para você.

Taeil parecia meio tímido. Estranho. Mas não muito estranho porque ele deve ser meio assim mesmo com estranhos.

Ele deu uma saída mas voltou rapidinho. Trouxe uma tigela de kimchi.

Olhei para ele.

--Pimenta?

--Não, sem pimenta. Que nem você gosta.

Corei e segurei a tigelinha com cuidado para colocar na mesa. Ele se sentou do meu lado lentamente.

--Quer dizer, que nem você disse que gostava. Sabe, eu disse que iria fazer sem pimenta para você mais cedo. Aí eu fiz.

--Muito obrigado...

Eu disse meio tímida, e Taeil não parecia muito diferente. Será que é porque eu parecia triste? Já me disseram que eu pareço triste quando na verdade só estou meio que com vergonha. Espero que ele não tenha pensado que tinha me ofendido nem nada.

Já vi muito os membros comerem todos calados, e é verdade. Só alguns davam um pouco de risada, como Haechan, Mark e Yuta, mas só eles. O resto só olhava ou focavam na comida. Eu foquei na comida.

Nem tinha percebido que a Bella estava do outro lado da mesa, bem ao lado do Jaehyun, rindo dos membros fazendo graça.

Quando todos terminaram, uma mulher da produção pediu nossa atenção.

--Amanhã bem cedo vocês terão outra tarefa para fazer. Mas só revelaremos amanhã. Mas... Sangnamja tem um membro a mais no grupo. Alguém deveria ficar de fora, pois a tarefa de amanhã tem que ter a mesma quantidade de membros nos dois grupos.

Nos olhamos. Já sabia como a gente iria fazer.

--Pedra-papel-tesoura – disse Haechan.

Formamos um círculo rapidinho. Eu ganhei.

--Agora os dois grupos vão ter que fazer um pedra-papel-tesoura de novo. Um de vocês vai ficar de fora, e os três – creio que três eu, outra pessoa e outra pessoa. Tenho medo dessas tarefas de show de variedades coreanos – farão outra coisa.

Jogaram de novo. Jaehyun, eu e Taeil faremos outra coisa.

--Vamos ter que acordar cedo também? – pergunta Jaehyun para a mesma produtora que estava falando com a gente.

--Sim, mas não muito. Terão uma hora de sono a mais.

--E que horas vamos ter de acordar? – pergunta Taeyong.

--Sete.

Eu sorri. Os outros fizeram sons de choro.

--Só lamento, galera – disse Jaehyun.

Vocês podem se arrumar para dormir.

Os membros mais novos ficaram encarregados de lavarem os pratos enquanto Taeyong, eu e Jaehyun arrumávamos os quartos para dormir.

Como a casa era tradicional coreana, a gente iria dormir no chão. Achei aquilo muito estranho, só dormir com um lençol embaixo e um edredom. E até arrumar isso é meio confuso.

--Não, Nara – Taeyong explicava – esse aqui é mais largo que esse, então esse vai ser o que se dorme encima. Os com desenhos de flores são edredons.

--E esse? – eu mostro um que não tinha certeza se era edredom ou não.

--Ah, esse é de dormir encima. Não tinha visto esse.

--Confuso...

Ele riu.

--Tudo bem, não é sua cultura. Não se preocupe.

Taeyong me deu um edredom e um colchão (ou sei á como deveria chamar esse lençol) e fui para o quarto onde outra produtora tinha me levado. Eu ficaria naquele quarto com a Bella, que já estava deitada. O quarto tinha um banheiro também.

Arrumei meus lençóis e me deitei. Tentei ser silenciosa para não incomodar a Bella.

Ainda entrava alguns raios de luz da sala pela porta, então pude ver sua silhueta mesmo na escuridão. Pude ver ela se virar para me olhar.

Não acho que foi um olhar amigável. Nem um pouco. 



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