História Neblina - - Mistic

Um estrondo ecoou na rua de trás da boate Mistic. A sorte de Jame Campbell Bower, e Henrry Baker, era que a música da boate Mistic estava alta demais para que alguém ouvisse o tão pesado estrondo que eles causaram ao cair no chão. Após eles finalmente conseguirem levantar-se depois de sentirem que suas barrigas não aguentavam tantas risadas, ele limparam suas camisetas e se entre-olharam logo mas uma vez caírem na gargalhada. Já fazia algum tempo em que Henrry e Jame não divertiam-se tanto, eles sempre costumaram sair a noite para visitar bares e rir do quanto os humanos eram bobos, eles adoravam ver o quanto eles faziam muito, por tão pouco. Ultimante o que eles menos haviam feito era se distrair tirar um dia para eles mesmos, as coisas estavam feias no mundo superior.

- Eu tenho que esfregar na sua cara que eu avisei Jame. - Henrry disse ainda com um meio sorriso. - Falei que hoje iria cair uma baita tempestade, se tivesse me escutado não teríamos caído dessa forma.

Jame revirou os olhos logo encarando o amigo. Ele sabia o quão talentoso Henrry era, sabia que quando ele havia dito meia hora atrás que cairia uma tempestade essa noite, ele estaria certo e de fato cairia.

- Não me venha com "Tá vendo como estou sempre certo" - Jame imitou o amigo que fraziu o cenho. - Você tem que admitir que foi divertido.

Henrry não segurou a risada naquele momento. Para alguns seria doloroso mas para ele e Jame havia sido bastante divertido.

- É, mas alguém poderia ter nos visto. Você sabe que se a dona Mary sabe disso ela nos mata. - Lembrou ele. - E eu não falo assim.

Nesta parte Jame teve que concordar se Mary soubesse disso mataria os dois.

- Não se preocupe os humanos de Nova Iorque acham que tudo é normal nesse horário. - Ele sorriu de lado. - O que acha de entrarmos?

Apontou para a estrutura média sem reboco a frente deles. A música parecia estourar os ouvidos de quem estava lá dentro, mas não parecia algo tão ruim assim para Jame.

Henrry pareceu pensar, mas logo concordou seguindo em frente.

- Henrry? - Jame exclamou puxando o braço do amigo fazendo com que ele virasse alarmado.

- Algum problema? - Ele disse preocupado com o ataque repentino de Jame.

- Muitos. - Ele disse óbvio.

Henrry olhou em volta alarmado se posicionando caso alguém ou algo aparecesse. Já estava acostumado com isso então não sentia-se nenhum pouco tenso com esse tipo de situação.

- Tem certeza? Não vejo problema algum. - Completou dando de ombros.

- Eu vejo. - Jame apontou para Henrry que próprio se visualizou. - Você está com minha jaqueta.

Henrry olhou incrédulo para o amigo. 

- Não acredito que você fez esse drama todo por isso. - Henrry disse ainda incrédulo, ele recuou e voltou a andar novamente nem preocupando-se com Jame.

- Mas Henrry é minha preferida. - Ele disse alcançando o amigo. - E não fica bem em você.

Henrry olhou para o amigo de lado vendo seu maxilar travado, ele realmente tinha ficado bravo, vindo de Jame não era uma grande surpresa, ele não costumava gostar quando alguém pegasse algo que era dele. Mas Henrry apenas riu no fundo Jame jamais se chatearia com ele.

~ Não muito longe da boate mistic:

- Falei para você que iria chover, era melhor termos assistido terra sanguinária. - Dizia Rauny Grens - Ao menos não estaríamos tão molhados.

Alyssa Lints encarou o amigo como quem encara uma mãe brava. Eles estavam andando o mais depressa possível para achar o lugar em que Rauny estacionou sua moto. 

- Rauny já não basta você ter me feito assistir invasão zumbi. - Ela disse irritada.

Mas na verdade ela não estava, sabia o quanto Rauny gostava desses filmes, e teria que agrada-lo até este final de semana já que sexta-Feira era seu aniversário de 18 anos.

- Ah vamos lá Aly, sei que você achou divertido quando Shelby finalmente dá um pé na bunda de Tom Rick. - Rebateu Rauny sorrindo satisfeito ao lembrar-se do final do filme.

Alyssa riu cruzando seus braços por cima dos seios. O casaco xadrez azul de Rauny estava completamente ensopado, sem contar na horrível sensação que ela sentia ao pisar no chão e sentir seus all star brancos fazer um barulho por causa da água que estava dentro.

- Eu acho que Shelby deveria ter ficado com Tom, ele ajudou ela quase o filme todo. - Rebateu incrédula, ela realmente acha que o final do filme não havia feito sentindo.

- Ah qual é Aly, ele se achava demais. - Rauny passou a mão pelos cabelos pretos que insistiu em cair sobre sua testa.

- A única coisa que você não entendeu Rauny é que a Shelby não ficou com o Tom apenas porque não era isso que o publico queria. - Disse Alyssa certa do que dizia. - Mas era isso o que ela queria.

Eles haviam parado na rua mas logo voltaram a caminhar. 

- O que você quer dizer com isso? Que a autora mudou a história só porque o publico não queria que os dois ficassem juntos? - Ele coçou a cabeça confuso.

- Talvez se invasão zumbi fosse verdadeiro, Tom e Shelby não ficariam juntos porque as pessoas apontariam o dedo para eles, apenas por eles serem diferentes. - Explicou Alyssa. - As pessoas acham que casais tem que ser como irmão gêmeos, gostarem das mesmas coisas e concordar sempre com as mesmas decisões. A diferença é que na maioria das vezes gêmeos criam seus próprios estilos e gostos.

Eles pararam a frente da tão famosa boate Mistic, ela era bastante conhecida no centro de Nova Iorque, as pessoas diziam que lá você poderia ver coisas incríveis, ou um mundo a qual você nunca imaginou. A fila não parecia-se tão longa, mas poderia se ver diversos adolescentes pulando de alegria ao saber que finalmente era sua vez de passar pela porta cheia de fumaça cor de rosa e se perder lá dentro.

- Ei! - Rauny estralou os dedos em minha face. - Marta está me chamando me dê um minutinho e não se perca tanto em pensamentos.

Ele revirou os olhos e saiu em direção a porta da boate. Marta a irmã mais velha de Rauny estava parada na entrada, ela usava um vestido branco com um lado mais longo que o outro, seus cabelo médio estava preso em rabo de cavalo, nos pés uma enorme bota cor branca cintilante parecia algo ofuscante se você fixasse seus olhos. Marta tinha 23 anos e trabalhava na boate Mistic á algum tempo, Rauny estava sempre incomodado com a ideia de que a qualquer momento a sua mãe Laura expulsasse Marta de casa por achar que ela está fazendo algo de errado, mas na verdade ela apenas fiscalizava quem saia e entrava na boate, o dono da Mistic só contratou Marta por saber que ela estava indo muito bem em suas aulas de boxe, e que por isso nenhum engraçadinho entraria sorrateiro por lá. Os olhos de Alyssa voltaram a atenção para outra coisa, dois garotos, um de cabelos loiros e outro de cabelos castanhos, eles haviam passado por Marta sem qualquer preocupação e entrado na boate, ela não parecia ter visto isso, muito menos as pessoas que estavam na fila reclamando por ela está conversando e não recebendo as identidades deles para que eles entrassem.

Alyssa estava tão atenta a os dois garotos que quando deu conta estava parada próxima a Rauny e Marta. Fiquei na ponta dos pés para tentar vê-los mas aquela fumaça não deixava que visse nada, era como um portal de filmes onde as pessoas desapareciam após entrar.

- Olha Rauny não conteste minhas ordens, não é porque você vai fazer dezoito que pode me desobedecer. - Virei atenta para Rauny e Marta. Rauny revirava os olhos e bufava constantemente para Marta, eles eram sempre assim, Marta sempre adulou demais Rauny porem ela era bastante exigente com tudo. O único motivo por ela trabalhar ali era para conseguir pagar a faculdade de Rauny e da filha Sophia. Sim Marta tinha uma filha de apenas três aninhos, o pai de Sophia era um antigo namorado de Marta jamis visto pelos seus familiares, ele havia fugido ao receber a noticia de que seria pai. Marta a criou junto com a ajuda de Rauny e sra. Laura que aceitou a filha do mesmo jeito. 

- Estou lhe dizendo não é uma boa ideia dirigir com essa chuva, está uma neblina horrível, não queremos problemas para Alyssa nem para você. - Completou Marta, ela parecia realmente preocupada. - E vocês calem a boca se não cancelo a fila! - Gritou para as pessoas que reclamavam sem parar.

- Não vou nem perguntar porquê sei que você tem curiosidades aí dentro. - Rauny disse para Alyssa com a cara emburrada.

Logo Marta estava nos empurrando para dentro da boate, atravessamos a fumaça cor de rosa deixando para trás os protestos das pessoas que estavam na fila. A música que antes estava abafada, agora parecia estourar os ouvidos, era uma batida eletrônica misturado com algo sensual.

- Olha eu não vou poder ficar de olho em vocês. - Gritou Marta por causa da música. - Então comportem-se, não bebam absolutamente nada, e não aceitem nada de algum desconhecidos. E Não participem de nem um joguinhos ou atrações. 

Ela realmente parecia estar falando sério, algo que só atiçou minha curiosidade, será que as coisas por aqui eram tão pesadas assim mesmo? Rauny apenas fingiu estar prestando atenção no que Marta dizia, mas na verdade ele estava olhando para bunda das garotas semi-nuas que passavam por ele com bandejas.

Alyssa olhou atentamente em volta sem querer perder nenhum detalhe daquele lugar. As bebidas que eram servidas por um garoto de cabelos tão loiros que parecia-se até mesmo branco. - Alyssa guardou para si mesma a ideia de que era impossível ser natural. ele atirava os copos com líquidos coloridos sobre a bancada onde algumas pessoas estavam sentadas, alguns adolescentes pareciam hipnotizados ao ver elas deslizarem perfeitamente sem ao menos derramar ou cair. Ele deveria treinar pesado para isso. Mas não era o que parecia o garoto parecia tão despreocupado que era como se ele tivesse nascido com aquela tecnica, ele ria largamente para os jovens hipnotizados a sua frente. Ele deslizou um copo de coloração laranja até uma garota de calças jens e farda da escola, ela segurou o copo com tanta firmeza que seus dedos toranaram-se brancos, na verdade o que ela estava tentando fazer era impressionar o Barmam não beber aquele líquido, e ele parecia saber disso, apesar de estar se divertindo. 

Com uma aceleração no meu corpo eu me inclinei para frente quando a garota derrubou o copo no chão e colocou as mãos em sua cabeça, ninguém em volta pareceu notar ou se importar com aquilo. Duas coisas passaram pela cabeça de Alyssa naquele momento ou aquelas pessoas eram egoístas e nojentas demais para importa-se com os outros, ou aquilo já era normal demais. Não demorou cerca de um minuto até que a garota retirasse suas mãos da cabeça e se jogasse na pista de dança, Alyssa observou atentamente ela pular com um enorme sorriso no rosto, parecia até Rauny ganhado sua moto.

- Você viu isso. - Eu disse olhando para o lado. Rauny e Marta já não estavam mais ali discutindo, com certeza ela deveria ter voltado para porta da boate. Mas onde estava Rauny? Alyssa passou seus olhos por toda aquela multidão fumaça de todas as cores brilhavam por todo canto, as pessoas dançavam loucamente, outras estavam ocupados demais se agarrando nos cantos das paredes. Alyssa encontrava-se perplexa com o que estava vendo, um pouco mais a sua frente Rauny estava com as mãos entrelaçadas na cintura de uma garota de cabelos loiros e curtos, olhando de um para o outro o corte de cabelos deles eram bem parecidos. Ela usava usando um maiô preto, e um salto agulha da mesma cor. Eles estavam se agarrando ferozmente enquanto algumas pessoas passavam por eles sem dar a miníma. - Bufei irritada repreendendo para mim mesma a atitude de Rauny - 

Olhei para os lados tendo mais uma vez minha atenção sugada pelos dois garotos que haviam passado sem autorização de Marta. Eles estavam parados rindo sem parar enquanto olhavam em volta. O garoto de cabelos loiros quase dourados era simplesmente lindo. Não que o outro não fosse mas ele, ambos eram muito bonitos, mas algo grudou toda a atenção de Alyssa no loiro. Os cabelos dele caiam sobre suas bochechas, com certeza deveria ser natural não como o do Barman. Ele era alto e esguio porem seu peitoral se sobre-saia por sua camisa azul escura, ele usava uma calça jens e um tênis que Rauny diria ser estiloso, o rosto era fino e tão bem afilado que parecia que ele mesmo havia desenhado o próprio, os olhos dele pareciam amarelos com um pouco de..Azul. Alyssa sabia aquele garoto tinha lgo surreal. O outro por sua vez tinha os cabelos pretos e estiloso, era uma variedade de cabelo baixo um pouco na frente e levemente arrepiado em cima, ele tinha o rosto mais grosso e uma boca carnuda, os olhos eram totalmente azuis claros. Ele calçava um all star preto, calças jeans azul escura, e uma camisa branca por baixo de jaqueta de couro preta.

O loiro deu uma cotovelada no o outro e os dois saíram em meio a multidão. Eu não sabia ao certo o que estava fazendo, só sei que eu apenas os segui. Eles passavam despreocupadamente entre as pessoas enquanto conversavam, apesar de saber que era impossível eles perceberem que estava seguindo eles com tanta gente passando ali, algo me incomodava profundamente, eu tentava disfarça o máximo olhando para baixo. Um homem alto de pele clara e cabelos castanhos amarrados em rabo de cavalo baixo andava entre as pessoas fazendo o que parecia ser um truque de mágica. Mas parecia tão...Real. O garoto loiro puxou o outro bruscamente pela jaqueta fazendo ele desvencilhar da luz roxa que o homem exibia em forma de um espelho em suas mãos. Ele encarou os dois garotos e deu um meio sorriso que não foi retribuído. Alyssa estava tão perplexa com aquilo que não viu quando esbarrou em uma garota morena com pesadas botas pretas, ela empurrou alyssa com desgosto fazendo com que desse de cara com a tal ilusão que aquele homem estava fazendo. Ela fixou seus olhos naquela luz e roxa e pode ver alguma coisa mexer-se.

Alyssa piscou tentando limpar os olhos e inclinou sua cabeça para o lado. Ela podia ver uma imagem tentando limpar-se, como uma câmera que não havia entrado em foco. Uma garota de cabelos castanhos e curtos estava deitada na beira de um lago, ela usava um vestido branco de bolinhas vermelhas, os pés estavam descalços e ela parecia estar desacordada. O céu estava repleto de cores e lá de cima uma luz branca enorme se expandia por todo o céu, uma figura de cabelos loiros encaracolados perfeitamente descia até ela como se estivesse voando até a garota, era tão lindo! um rosto singelo e tão puro quanto a água, um rosto realmente bem desenhado. Ao lado da garotinha uma mulher estava jogada ao chão, ela não parecia estar serena, seu corpo estava torto na areia daquela lagoa, os cabelos eram enormes e castanhos, eles estavam espalhados sobre o chão como um tapete. Em um piscar de olhos era como se ela não estivesse mais lá, seu corpo havia sumido sem deixar qualquer rastro para trás.  A imagem parecia ter dado um zoom focando no pescoço da menina que parecia tão serena como se tivesse escolhido tirar um cochilo ali. Lá ele havia repousado um colar prata, com um pingente em forma de folha da cor azul brilhante, o colar pulsava em seu pescoço. 

Alyssa estava tremendo e quando se de conta estava apertando o colar azul em volta do seu pescoço. Ela sabia quem era aquela garotinha, conhecia aquele vestido, ele ficava guardado em sua ultima gaveta junto com seu cordão que agora estava em volta do seu pescoço. Ela havia colocado para sair com Rauny. A imagem quebrou-se como um espelho caindo no chão, Alyssa levantou sua cabeça vendo o homem fechar suas mãos boquiaberto, ele estava com os olhos em Alyssa, ele parecia incrédulo. Ela engoliu sua saliva nervosa esfregando seus dedos na palma da mão. Não sabia o porquê dele estar olhando assim para ela. Os olhos de Alyssa encontraram-se com os do garoto loiro, no mesmo instante seu estômago embrulhou, ele estava com a mesma expressão. Sentir um leve toque em minha mão e virei bruscamente, Marta segurava a mesmo, seus olhos castanhos pareciam-se perturbados. Ela olhou para o tal homem que fez aceno com a cabeça. Quando me dei conta estava sendo arrastada por Marta em meio a multidão, algumas pessoas me olhavam com tanta curiosidade que eu estava me sentindo de outro mundo.

- Onde vocês se meteram. - Rauny apareceu com os lábios todo manchado de vermelho.

Marta apenas segurou pela barra da sua camisa preta e arrastou ele junto comigo.

- O que tá pegando? - Ele protestou.

Ao chegar do lado de fora do Mistic, a brisa bateu contra meu rosto fazendo com que eu me arrepiasse. Parecia bem mais frio que o normal. 

- Marta minha moto..

- Sem discursão Rauny entra logo nesse taxi e vai pra casa antes que me irrite. - Marta disse empurrando Alyssa e Rauny dentro do táxi. 

Alyssa não estava entendo absolutamente nada. Só sabia que estava sentindo uma vontade de chorar sem motivo.

- Você pode me explicar? - Rauny olhou para Alyssa atordoado.

Ela apenas olhou para trás tendo tempo de ver o garoto loiro olhar para ela..