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História Need you right away - Tattoo


Escrita por: taeyeol

Notas do Autor


Eu li os comentários do capítulo anterior tantas vezes que já sei de cor, juro!
Boa leitura ~

Capítulo 3 - Tattoo


 

 

Se arrependimento matasse, eu não estaria aqui agora. Eu deveria ter beijado Yoongi quando tive a chance – eu e minha mania de brincar nessas horas –, nosso encontro poderia ter ficado melhor ainda do que foi, se é que me entende. Depois da noite do encontro, as coisas se estreitaram entre nós dois, mas logo voltaram a ser como antes. Acho que isso pode ser explicado pelo fato de que nós só nos vemos na escola e, bom, é onde nós trabalhamos, não da pra ficar flertando – ou seja lá o que for que nós fizemos naquela noite – na frente dos alunos e dos outros professores.

O fim do ano está próximo e já estou planejando as provas finais. Todos os dias, tenho saído um pouco mais tarde da escola, por conta das aulas extras que alguns alunos me pediram. E, não que eu não queira mais ajudar, mas vou ter que parar de bancar o solidário, eu to ficando um tanto sobrecarregado por conta disso. Preciso me distrair um pouco, ainda mais porque recusei sair com Seokjin nas ultimas duas semanas pra dar conta do trabalho dobrado que costumo ter no final dos bimestres.

A boa noticia é que hoje é sexta-feira e meu Hyung já está avisado de que eu to louco pra fazer qualquer coisa que não seja ficar em casa. 16h da tarde em ponto e o sinal soou. Os alunos deixaram a sala e, em seguida, eu também. Quando já estava no corredor, andei um pouco mais devagar, sabendo que minha companhia logo apareceria.

- Como foi seu dia? – Yoongi perguntou assim que me alcançou.

- Ótimo. – Observei sua expressão distraída com algo no celular. – Conseguiu recolher os trabalhos á tempo?

- Sim, sim...

E continuamos andando em silêncio. Chegamos no estacionamento e nos despedimos de maneira simples. Eu avisei que nada de interessante acontecia mais. Eu poderia tentar dizer algo engraçado na próxima vez... Será que ele ta esperando que eu marque um encontro agora? Sei lá, ele pode estar achando que eu não to tão interessado nisso tudo quanto ele está, mas não é verdade.

- Hoseok! – Me assustei com a mão que apareceu na janela do carro quando eu estava prestes a dar a partida.

- Que foi? Aconteceu alguma coisa? – Perguntei antes mesmo do vidro automático se abrir.

- Não. – Sorriu e eu pude me acalmar. – Quer ir até a minha casa amanhã?

- Amanhã? – Na mesma hora, pensei no compromisso que eu tinha mais tarde com Seokjin.  – Pode ser.

Nos despedimos outra vez e, depois de ficar rindo sozinho que nem um idiota, eu fui pra casa. Organizei a bagunça do meu apartamento nas poucas horas que me faltavam antes de sair. E, falando em sair, eu teria que maneirar na bebida hoje, já que marquei com Yoongi amanhã.

Foi rápido até que a noite chegasse e Seokjin aparecesse no meu apartamento. Pela primeira vez, contei á ele sobre Yoongi e o que ele fez foi rir da situação dizendo o mesmo que Namjoon, só que em outras palavras.

- Você não ta pronto pra ter algo mais além de sexo com alguém. Lembra do seu namoradinho no ano passado? Então, esse Min Yoongi é tipo ele. – Ignorei o idiota.

Seokjin esperou que eu me arrumasse enquanto ligava pra mais alguns dos nossos amigos que decidiriam em qual balada, bar ou festa nós iriamos. Em poucos minutos, eu já estava dirigindo até o endereço que ele tinha conseguido.

Infelizmente, essa noite não foi diferente das outras, sabe? Essa é parte feia e assustadora de Jung Hoseok, então... Só não me leve á sério. Virei a primeira garrafa de whisky da noite em muito pouco tempo e, quando me dei conta, eu já estava suado dançando feito um louco naquele lugar apertado e abafado que mais parecia o inferno. Em alguma parte daquela bagunça eu fui agarrado por um cara – muito bonito por sinal – e nós fomos pro motel do lugar, ou seja, o banheiro. Não transamos, ele apenas rezou um pouco pra mim. E, se acha que isso foi o fim, sinto lhe dizer que não. Eu bebi mais um pouco e Seokjin, que estava em condições melhores que a minha, me levou pra outra festa. Mais álcool, um quase olho roxo por falar o que não deveria á um cara alto e sinistro, e, nessa segunda festa, a reza foi com uma moça.

Acordei muito bem no dia seguinte – como você já deve estar imaginando. Eu ainda me sentia tonto – ou era só o quarto que sempre girava daquela maneira –, sem falar na dor de cabeça forte pra caralho. Me levantei com certa dificuldade e, pra melhorar a situação, eu estava sem roupas, pelo menos não tinha ninguém na cama comigo. Logo me lembrei da moça morena da noite passada. Ouvi a melodia familiar e padrão, meu celular estava tocando. Pulei da cama procurando pelo maldito e o achei em cima da estante de roupas perto da porta do quarto. Um dos meus papeizinhos post-it estava colado nele, ignorei a mensagem escrita e atendi.

- Hoseok? – A voz do outro lado da linha me chamou e eu xinguei mentalmente.

- Yoongi! – Meu coração acelerou, saí do quarto á fim de ver as horas no relógio da sala. – Chego aí ás 13h, pode ser?

- Na verdade, pode demorar um pouco mais.

- Ah, claro. – Mais calmo, me joguei no sofá.

- Tenho que desligar, te mando uma mensagem quando... Tudo estiver pronto. – Pelo barulho, deduzi que ele estivesse no transito.

- Tudo bem, até mais tarde.

Desliguei o celular e, ainda sentado no sofá, varri a sala com os olhos, só pra não acabar tendo outras surpresas como, por exemplo, os quadros das paredes terem desaparecido – é, isso já aconteceu uma vez. Por sorte, apenas as roupas que usei ontem estavam espalhadas pelo chão. Descolei o papelzinho que ainda estava grudado na parte de trás do celular pra ler a pequena mensagem escrita. “Me liga. A noite foi deliciosa!” amassei o post-it e suspirei um pouco irritado por ter feito a mesma merda de sempre.

 

Faltava pouco para o fim da tarde quando recebi a mensagem de Yoongi com o endereço de sua casa, dizendo que eu poderia ir. Á essa hora, eu já havia me colocado em ordem, pelo menos o máximo que pude, já que encontrei algumas marcas no meu peito e elas, provavelmente, ficariam ali por mais alguns dias. Coloquei uma das minhas calças jeans escuras e fechei o conjunto com uma blusa branca simples, meu moletom e um boné – porque meu cabelo não está nos melhores dias. Espero que ele esteja sozinho em casa e, dessa vez, não tem segundas intenções nas minhas palavras, só não quero ter que ficar no meio de muita gente agora, minha cabeça ainda dói.

Desci de elevador até a garagem, batendo o pé ao som da musiquinha relaxante. Andei por entre os carros e, quanto mais eu me aproximava da minha vaga, mais eu notava que algo estava errado. Meu carro não estava ali. Meu grito de ódio ecoou pelo térreo enquanto eu pegava meu celular no bolso do moletom ligando, imediatamente, para Seokjin.

- Meu carro! – Gritei ao ser atendido.

- Fica calmo, beleza? – Ouvi o som de torneira sendo aberta ao fundo. – Foi rebocado.

- Rebocado? – Tirei o boné apenas para puxar meus próprios cabelos com certa raiva. – Mas que merda Seokjin, eu tenho que visitar meu pai amanhã!

- É verdade... Vai de taxi! Você pode pagar pra ter seu carro de volta depois.

Desliguei o celular pra que ele não me ouvisse o mandando para o inferno. Chamei um taxi e, depois de esperar alguns minutos na frente do condomínio, eu já estava á caminho da casa de Yoongi.

Não é a primeira vez que eu me dou mal desse jeito, porque eu ainda insisto em sair com o Jin? Sempre acabo dormindo com uma pessoa aleatória e, às vezes, nem sei se usei camisinha, em tempo de eu pegar alguma doença lá em baixo ou acabar me tornando pai sem querer. Além disso, ainda tem as outras merdas que sempre acontecem. Não acredito que meu carro foi rebocado. Espero que tenha sido apenas estacionado em alguma vaga proibida ou algo do tipo.

O taxi parou numa rua longa onde só se podiam ver casas, todas elas seguiam um padrão, pareciam mini apartamentos de cores não muito vivas. Pelo que eu percebi, a casa de Yoongi era a mais clara – um cinza quase branco. Apertei a campainha e não demorou pra que eu fosse atendido.

- Oi – Ele me olhou dos pés á cabeça e, só então, sorriu.

- Yoongi? – Fiquei boquiaberto.

Sim, eu tive que perguntar, só pra ter certeza de que era ele mesmo. Yoongi estava totalmente diferente do que eu costumava ver. A primeira coisa que notei foram seus braços. Eu não tinha percebido, até o momento, que ele apenas usava blusas que escondessem seus braços totalmente, aquela era a primeira vez que eu o via vestindo uma blusa com mangas acima do cotovelo e, adivinha só, os braços dele são cheios de tatuagens. Outra coisa que notei foram os brincos que, até onde eu me lembro, ele não usa na escola.

- Você ta... Bonito. – Eu disse quando vi que estávamos calados por muito tempo.

- Entra, ta frio aí fora. – Abriu a porta um pouco mais pra que eu pudesse entrar.

O interior da casa era diferente de tudo que eu já tinha visto. Vou chamar as coisas dele de bagunça arrumada. Na sala tinha um sofá com almofadas enormes – um tanto convidativo, parecia ser muito confortável –, alguns pufes que não eram conjunto daquele sofá e uma mesa de centro de vidro lotada de miniaturas de personagens fofos. A tevê era presa na parede, acho que mais pela falta de espaço do que pela decoração. A cozinha era dividida por uma meia parede que também servia de bancada e a geladeira dele tem uma cor azul esverdeada – quem é que tem uma geladeira azul esverdeada?

- Tomara que essa sua expressão seja positiva. – Ele comentou e só então eu me dei conta de que estava perdido de mais ali dentro.

- Eu só fiquei impressionado. – Sorri um pouco. – Eu não imaginei que você... Quero dizer, você é um professor de matemática muito diferente do padrão.

- Você também não é muito normal com seu cabelo de cor chamativa, mas eu preferi ficar calado quanto á isso. – Apesar de conhecer o senso de humor estranho dele, aquela frase me fez congelar.

- Eu não quis te ofender.

- Não me ofendeu – Riu e se afundou nas almofadas do sofá. – O que houve com o Hoseok que eu conheci naquela noite?

- Meu dia não foi muito bom hoje. – Me sentei ao seu lado apoiando os cotovelos nos joelho, olhando para as minhas próprias mãos.

- Quer me contar o que houve? – Sussurrou.

O encarei no mesmo momento, me perguntando por que diabos ele tinha sussurrado. E o sorriso no rosto dele se abriu devagar até se transformar em uma risadinha. Tenho certeza que senti as batidas do meu coração falharem por alguns segundos.

- Quer beber alguma coisa então? – Fez uma cara engraçada de questionamento.

- Qualquer coisa sem álcool seria ótimo. – Me permiti ficar mais confortável e me recostar nas almofadas macias.

Yoongi se levantou indo até a cozinha, o segui com os olhos. Ele abriu a geladeira azul esverdeada e, por um momento, pareceu ter uma variedade enorme de coisas pra beber ali dentro, estava concentrado procurando de cima á baixo.

- Porque me convidou pra vir aqui hoje? – Vi sua atenção ser voltada pra mim, mas ele logo voltou á olhar pro interior da geladeira.

- Eu não tinha nada pra fazer e, já que está aqui, você também não tinha. – Pegou uma garrafa transparente contendo um líquido vermelho. – Fazer nada acompanhado é melhor que sozinho.

- Acho que você ta mentindo. – Vi ele arregalar o olhos e ri um pouco.

- Porque acha isso? – Voltou para a sala trazendo a garrafa e dois copos.

- Não sei, é uma explicação meio incompleta. – Observei enquanto ele enchia os dois copos e se sentava ao meu lado.

- Porque foi que eu te chamei então? – Sem pedir permissão, pegou meu boné e o colocou na própria cabeça com a aba virada para trás, deixando as sobrancelhas grossas á mostra.

- Pra eu me despedir da maneira correta dessa vez, é óbvio. – Passei as mãos no cabelo o jogando para trás. Senti os olhos dele vidrados em mim.

Tomei um pouco do líquido vermelho no copo e perguntei o que era aquela maravilha, a resposta que eu recebi foi: “um suco mágico”. Yoongi é cheio de ideias. No fim eu soube que não foi ele quem fez e sim uma pessoa especial. Eu preferi não perguntar mais sobre isso, já que a conversa tava um tanto estranha. Então eu vi alguns cds esquecidos em um dos pufes e Yoongi disse serem uma seleção de suas musicas favoritas. Não quis me dizer que tipo de musica era, apenas correu até o segundo andar e voltou com o notebook que eu sempre vejo ele usar na escola. Colocou um dos cds e a música começou. Música clássica. Ele citou alguns nomes que eu já conhecia – na verdade, eu só tinha ouvido falar por acaso – como Beethoven, Bach e Chopin, mas também me mostrou músicas de um carinha chamado Debussy e outro chamado Albeniz. As músicas não eram ruins, eu não me importaria de passar o resto do tempo aqui ás escutando, se Yoongi quisesse, mas, de qualquer maneira, não era o meu estilo musical. Falei pra ele que eu preferia hip-hop e acabamos entrando no assunto dança, do qual eu entendia muito bem. Entendia.

- Porque não me disse antes que você dança?

- Dançava! – O corrigi. – Fiquei tempo demais sem praticar, agora eu só sei pular parecendo um palhaço.

- Duvido que você consiga se parecer mais ainda com um palhaço. – Riu da minha expressão que o xingava carinhosamente. – Levanta vai, dança pra mim.

- Dançar música clássica? – Me levantei vendo a risada dele se intensificar enquanto assentia. – Eu nunca fiz balé antes, mas vamos lá.

E eu dancei feito um idiota. Não me esforcei muito, era apenas pra fazer ele rir mais um pouquinho. Até peguei uma das almofadas enormes do sofá para usá-la como minha parceira de dança. Então Yoongi pausou a música e, ainda rindo, pediu por favor pra que eu parasse. Coloquei a almofada no lugar e o puxei pelos pulsos. Ele tentou resistir, mas foi em vão. Teve que dançar comigo mesmo que já não tivesse mais nenhuma musica tocando. Ele enfiou as duas mãos nos bolsos do meu moletom e, enquanto seu olhar estava preso em meu rosto, tirei o meu boné, que ainda escondia seu cabelo macio, o jogando no sofá. Tive que abraçá-lo, já que não encontrei outra forma de poder segurá-lo. Ele riu do modo brusco como o apertei, fazendo nossos corpos se chocarem de uma vez só.

Nossos passos repetitivos foram ficando mais lentos, quase parando por completo. Nós estávamos tão perto um do outro, pude sentir seu cheiro bom outra vez. Quando ele me encarou e eu notei que seus olhos escorregaram até a minha boca eu tive a certeza de que nós, finalmente, nos beijaríamos. Mas, quando eu estava prestes á agir, ele escondeu o rosto no meu pescoço – tudo bem, na próxima tentativa vai. Suspirei e umedeci meus lábios – que chegaram á ficar secos com aquele vácuo involuntário (eu acho). Senti as mãos dele saírem dos meus bolsos para poder me abraçar também, e achei aquilo estranhamente muito bom. Eu queria apertá-lo um pouco mais, mas fiquei com medo de acabar com aquele momento, então eu só continuei ali. Minhas mãos subiam e desciam por suas costas tão lentamente quanto o tempo estava passando.

- Hoseok – Me empurrou repentinamente e nos separamos. – Eu sinto muito por isso.

- Não, ta tudo bem. – Sorri tentando deixa-lo á vontade. Parecia estar envergonhado.

- Você não ta com fome? – Os olhos dele percorreram a sala rapidamente, e não esperou tempo o suficiente pra que eu respondesse. – Vou pedir pizza.

Não consegui reagir á nada, ele me deixou sozinho na sala andando apressado pelo corredor e, pelo barulho da escada metálica, acho que foi até o andar de cima. O que aconteceu? Eu também não entendi muito direito. Só sei que eu me senti bem com aquele abraço, foi quase como estar anestesiado. Se aquilo durasse um pouco mais eu acho que teria pensado na possibilidade de poder ficar daquele jeito pra sempre. Me sentei quando notei que Yoongi estava demorando pra voltar. Olhei as horas no celular, cheguei á tarde e já era quase 21h. Esperei um pouco mais e, quando comecei a me preocupar, ele desceu.

- Meu celular tava aqui em embaixo o tempo inteiro. – Ele falou vindo até mim e tirando o próprio celular do bolso da minha blusa. Comecei a rir e ele acabou entrando na minha.

Yoongi pediu a pizza. Enquanto esperávamos, ele me contou que sabe tocar alguns instrumentos – guitarra, bateria e piano –, disse que a antiga casa dele era maior e que ele tinha todos os instrumentos que sabe tocar, mas, quando se mudou, deixou todos na casa de seus pais em Daegu. Depois ele perguntou e, eu revelei que a cor do meu cabelo havia sido uma surpresa, minha irmã foi quem pintou e eu nem vi qual cor ela havia escolhido, no fim acabei gostando e, por enquanto, tenho deixado sempre nesse tom de ruivo.

Quando o pedido chegou, eu e Yoongi decidimos no “pedra, papel e tesoura” quem pagaria – nós dois queríamos bancar os cavalheiros –, infelizmente, ele ganhou e fez como queria. A cara do entregador parado na porta vendo nossa pequena discussão foi hilária. Durante o resto da noite, falamos ainda mais sobre as nossas vidas. Agora ele sabe que visito meu pai todos os domingos e que minha irmã é uma adulta adolescente, e, agora eu sei que ele tem um sobrinho cujos pais morreram junto com sua ex-esposa num acidente de carro. Não sei como a conversa foi parar nisso, mas, mesmo que necessário, me senti mal em ver a dor em seus olhos em ter que falar sobre aquilo. Ele logo mudou de assunto e voltou a sorrir, como se estivesse tudo bem pra ele relembrar, então eu deixei minha preocupação de lado.

Quando os números do relógio zeraram, achei que já estava na hora de ir embora. Não que eu quisesse, mas eu teria de ir visitar o senhor Jung no dia seguinte e ainda resolver o probleminha que tive com meu carro. Que saco.

- Hora da despedida. – Avisei me levantando, assim que ele voltou do banheiro.

- Mas já? Poxa, você acabou de chegar. – Respondeu brincalhão parando na minha frente. – Só mais cinco minutos.

- E que diferença cinco minutos fazem? – Pergunta retórica. Coloquei meu boné e peguei meu celular já discando o número do táxi.

- Quer mesmo saber?

Levantei meu olhar e parei no rosto de Yoongi. Sua expressão não dizia isso, mas aquela pergunta saiu cheia de segundas intenções. Ainda bem que eu percebi. Assenti sorrindo na mesma hora e ele, simplesmente, juntou nossas bocas. Tive que me desfazer do boné outra vez. As mãos me puxavam para mais perto e meus lábios eram sugados com vontade. Aproveitei para tocá-lo um pouco mais, perdi a conta de quantas vezes me peguei pensando em como seria tocar cada parte de seu corpo – ainda não posso pegar em tudo, mas isso já foi um avanço. Paramos por um segundo em busca de ar, mas não demorou para que minha língua invadisse sua boca outra vez. Senti os dedos dele se perderem nos fios do meu cabelo e, nessa hora, me arrepiei inteiro, então ele puxou devagar e eu fui obrigado a parar tudo.

- Meu ponto fraco. – Eu mais gemi do que falei e fiz uma cara engraçada de reprovação em seguida.

- Você é inacreditável. – Começou a rir e me deu mais alguns beijos rápidos.

 

 


Notas Finais


Até mais ♥


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