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História Nefarious - Prólogo


Escrita por: yixiumin

Notas do Autor


ANTES TARDE DO QUE NUNCA!

Mil desculpas pela demora, eu estava esperando a capa ficar pronta. Eu rodei demais com capista até que a Nathalie salvou a minha vida e fez essa capa maravilhosa <3
Eu venho planejando essa fic desde janeiro/fevereiro, ta tudo anotado em um caderno só esperando eu passar pro word huhuh
Eu também quero agradecer por todo o apoio que eu venho recebido com essa fic mesmo quando ela não havia sido postada ainda kkkjkj não sabia que ia tomar todas essas proporções e eu agradeço de verdade mesmo <3
O primeiro cap é curtinho assim mesmo, espero que entendam.

Eu dedico muito essa fic para a Eduarda Wolski, que foi a primeira a ler, a primeira a me ouvir, e primeira a me apoiar.
Para a Linnie, que sempre surtou e sempre esteve comigo em todo esse tempo.
Para a Larissa, que soube dos spoilers mais hard kjkjkk
E para o fbi kaisoo. Eu estive ausente esses tempos mas eu não esqueci do carinho e do apoio de vocês <3 MELHOR GRUPO QUE VOCÊ RESPEITA

Então, é isso. Boa leitura!

O trailer da fic, pra quem não viu ainda, vai estar nas notas finais!

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Nefarious - Prólogo

NEFARIOUS

PROLÓGO  

 

 

 

 

 

           

 

 

 

“A bússola da existência gira e aponta:

o medo é uma opção;

a vida, uma batalha;

a morte, uma benção.”

                                                                                 

                                                                                                          - Não Fuja

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

♦•♦•♦

 

 

 

 Huang Zitao observava as estrelas naquela noite de inverno, a brisa gelada entrava em contato com sua pele o fazendo fechar os olhos.

O frio era confortável.
              Fazia cócegas.

 As roupas do século XVIII não necessariamente bloqueavam a ventania, sem contar que pinicavam.

 A visão de cima do Palácio Westminster era de tirar o fôlego. As luzes das estradas de Londres encantavam com sua tonalidade dourada. Não era tão tarde, ainda havia pessoas nas ruas. Algumas mulheres com vestidos pomposos e cinturas definidas pelo espartilho apertado, riam de suas boas vidas e conversavam umas com as outras sobre o que compraram durante o dia, algumas crianças ainda corriam e jogavam bola em uma rua longe de si, e alguns cavalos trotavam para dentro do castelo.

 Tao gostava do ar de Londres, não era tão puro, mas ainda sim era aconchegante. Os assassinatos eram encobertos pela elite na maioria das vezes, e dificilmente alguém desconfiaria de um nobre que fizesse tais brutalidades.

  Era perfeito.
           

 

Desde que saíra de sua terra natal, nunca tinha encontrado um lugar bom o bastante para ser comparado com sua verdadeira casa.

Ser imortal nunca esteve nos planos do rapaz com olhos de gato, ver todas as pessoas que conhecia morrerem nunca esteve nos seus planos.

 Nada disso era planejado.

Quando Huang Zitao deu seu último suspiro de vida, há quase duzentos anos, ele não imaginava que daria um novo suspiro. Dessa vez de morte.

 

Ele era um rapaz normal, sua família trabalhava para uma família nobre em uma província ao norte da China na época. Ele, na maior parte do tempo, ficava com seu pai cuidando do arsenal do lugar. Aparentemente a família para qual trabalhavam era muito rica, mas também era rebelde. Ele não se lembra muito bem, mas as lembranças de quando sua casa foi atacada eram claras como cristais.

Ele lembra muito bem de quando viu quase todas as pessoas que conhecia sendo mortas.

Não mortas com espadas.

Mortas com... mordidas?

Seu pai conseguiu o agarrar e sair a tempo que não fossem vistos, ou era o que pensava.

Eles correram até a floresta, sendo arranhados pelos galhos e com os pés descalços pela pressa em que fugiam. É incrível como uma pessoa, depois de tanto tempo, pode se lembrar de detalhes banais e quase insignificantes ao olhar de outras pessoas.

Tao se lembra da dor em seus pés, não tinha a noção de quanto tempo já havia passado desde que estavam fugindo, mas suas pernas quase dormentes apontavam que já tinha passado muito tempo. Ele se lembra quando resmungou baixinho de dor e chamou a atenção de seu pai. Tao se lembra quando eles pararam para descansar.

Tao se lembra desse seu erro.

Eles foram pegos, por míseros minutos. Talvez seu consciente estivesse tentando o proteger, mas Tao só se lembra de fragmentos depois de ver olhos vermelhos aparecem no breu da floresta.

O grito de seu pai.

Um arranhão.

Alguém apertando todo o seu corpo, e sangue escorrendo para dentro de sua garganta.

Sangue, esse, que não era seu.

 

Acordou depois de quase três dias, com uma dor que preenchia todo o seu corpo. Todas as suas células gritavam procurando por alívio. Ele se sentia enjoado e seus ossos pareciam estar todos quebrados.

E então veio a sede.

Era insuportável.

Tao queria gritar, mas sua garganta totalmente seca não permitia.

Podia jurar que mil agulhas estavam em seu corpo, era alucinante. Sentia como se não tivesse uma refeição há anos. A sede bloqueava por alguns segundos a dor gritante e o cansaço extremo.

Os olhos semi abertos fizeram o esforço de tentar identificar o lugar em que ele se encontrava. Sem sucesso.

O ar era escasso, e conseguiu enxergar somente uma janela com grades grossas, como as de uma prisão. A cama em que ele estava deitado só tinha um lençol sujo o cobrindo, e ao passear novamente seus olhos pelo quarto pequeno, viu uma jarra d’água próximo á porta.

Foi com uma miragem.

Foi como se ele estivesse em um deserto morrendo de sede e do nada começasse a chover.

Levantou-se em um pulo e bebeu desesperadamente o líquido gelado. A sua garganta estava exausta sem motivo algum e sentia que seus lábios, mesmo molhados, estavam totalmente secos.

O que estava acontecendo?

 Ele queria chorar, sentia a vontade de gritar e extravasar toda a sua confusão, de querer saber o que estava acontecendo e ao mesmo tempo sentir medo demais de ter suas perguntas respondidas.

 E o seu pai? Ele havia sobrevivido?

 Eu estou sozinho?

 A solidão se fundia com o medo e fazia a mente de Tao ficar mais confusa. E foi nesse momento que o jovem viu, pela primeira vez, os membros da Máscara.

 A porta de madeira ao seu lado rangeu ao ser aberta, os olhos de Tao seguiram o barulho com o mínimo de esforço que conseguiam achar no meio de suas desilusões no momento.

“Você dormiu por tempo demais, não acha?” Um homem com vestes nobres de tons marrons e amarelos falou com um sorriso simpático. Ele tinha cabelos escuros e olhos brilhantes. Brilhantes com falsa simpatia. Tao se lembra bem, pois era do mesmo modo que seus antigos patrões olhavam para sua família, com um desgosto disfarçado de gentileza.

“O-onde eu e-estou?” Murmurou.

“Você está onde seu futuro vai ser traçado.” Seus ouvidos afundaram-se na quantia de deboche que aquele homem transmitia. Futuro? Tao não queria saber de seu futuro. Ele só queria saber o que estava acontecendo. Ele queria saber onde estava o seu pai. Ele queria matar a sua sede.

“Quem são v-vocês? O que querem de mim?” Cada palavra fazia sua garganta arranhar de modo insuportável.

“Bem, eu diria que você está em um lugar ótimo, que você não vai se machucar e que tudo vai ficar bem. Mas, veja bem, eu estaria mentindo.” O homem desconhecido se abaixou na altura dos olhos de Tao e sorriu, fitando o rapaz confuso em sua frente. “Porém, meu jovem, eu digo a verdade, quando te digo que você é uma pessoa muito, muito sortuda.”

Tao se gabava de saber ler muito bem as pessoas, e naquele momento, o sorriso que se desprendeu do homem centímetros de distancia de si, era verdadeiro. 

 

Ele se lembra mesmo depois de três séculos, como o medo, e principalmente a curiosidade, despertaram em seu interior.

E o engoliram.

 


Notas Finais


Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=T7R_RVUxYbg

AI QUE NERVOSO KKKJKJKJKJ
eu to surtando nem acredito que eu postei isso finalmente scrr
Falem o que acharam e espero que tenham gostado!
Beijos~~


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