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História Nefarious - Capítulo Um


Escrita por: yixiumin

Notas do Autor


VIM MAIS CEDO
Eu postaria esse capítulo só domingo, mas como eu recebi tanto amor de vocês e tantos comentários, eu fiquei desde tarde tentando fazer esse cap ficar o melhor possível pra postar hoje mesmo hehe

Mano 239 favoritos!!! TIPO ??????? PORRA VOCÊS SÃO FODA
vcs não tem noção do quanto eu fiquei feliz, eu sou fico sensível só de ler os comentários de vcs T_T

E a Maiara (~Jark) salvou a minha vida também, ela betou o capítulo e ficou tudo mais bonitinho kjkkkk então obrigada minha linda ♥

Então é isso... espero que gostem! uhuh~

LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!!

Capítulo 2 - Capítulo Um


Fanfic / Fanfiction Nefarious - Capítulo Um

CAPÍTULO UM

 

 

A bandeja era arrumada com todo cuidado possível. Os sanduíches que Kyungsoo fizera estavam cortados perfeitamente e o café tinha acabado de ficar pronto.

Seu perfeccionismo fazia com que nenhum farelo ficasse perdido na bandeja e que os pedaços cortados de maçã fizessem inveja a um chef gourmet.

Era a hora do jantar, mas nem todos estavam em casa, por isso tinha feito sanduíches para si e para Junmyeon, que estava no andar de cima da casa.

A noite estava serena, os grilos preenchiam o silêncio, passando uma sensação de tranquilidade. Também não estava muito frio, o que fazia com que as janelas ainda estivessem abertas e Kyungsoo pudesse ver alguns vaga-lumes sobrevoando o jardim.

Com receio de que o café esfriasse, ele pegou a bandeja em suas mãos e se pôs a subir as escadas da casa onde viviam.

A mansão dos Kim era luxuosa ao mesmo tempo em que era aconchegante. O carpete vermelho cobria toda a extensão da escada e as paredes eram cheias de detalhes. O aconchego do lugar vinha dos toques sutis de sua tia, mãe de Junmyeon, na decoração com vários quadros de pintores famosos e de esculturas esquisitas. Um enorme aquário ficava em um dos cantos do corredor e continha peixes que ele e Junmyeon sempre cuidaram.

O aconchego vinha das lembranças da sua infância, onde ele ajudava sua tia e seu primo a decorar cada canto da mansão, só por diversão por parte de ambos.

Essa era uma de suas melhores memórias.

Ao andar até o meio do corredor, ele bateu na grande porta do escritório da casa e a abriu, entrando em seguida. Encontrou seu primo com a testa franzida e com os óculos quase caindo de seu rosto, olhando para diversos papéis quase ao mesmo tempo.

Junmyeon, quase todos os dias, ficava em seu escritório. Fazendo planos, catalogando áreas de Seul mais afetadas pelos assassinatos constantes, procurando novos alvos.

Trabalhar em casa tinha suas vantagens, mas ele também se entediava fácil. Espreguiçava-se na grande cadeira confortável em que estava sentado e suas costas estralaram quando viu que Kyungsoo se aproximava.

“Fiz algo para você comer.” Kyungsoo carregava uma bandeja com sanduíches naturais e café.

O aroma chegava até as narinas de Junmyeon mesmo ainda estando na porta e ele esquecia aos poucos da preguiça que estava sentindo segundos atrás.

O rapaz de cabelos bem penteados e com a bandeja nas mãos sentou-se à mesa do escritório de seu primo vendo-o pegar um de seus mimos e levá-los à boca.

“Você precisa parar de trabalhar tanto e ficar mofando aí.” Kyungsoo disse. “Não estamos tendo tantos casos recentemente, deveria aproveitar essa oportunidade para fazer outras coisas.”

Com a boca cheia, Junmyeon escutou e não deu muita atenção para o seu primo.

“E você quer que eu faça o que, por exemplo?” Perguntou.

“Sei lá... Por que não vai à igreja? Você tem mais tempo agora." Kyunsgoo lançou um olhar sugestivo que fez Junmyeon se engasgar. O café estava quente demais para tentar tomá-lo em goles grandes, então ficou tossindo até se acalmar novamente.

“E eu ia fazer o que na igreja, seu idiota?” Os olhos de Kyungsoo captavam todo o nervosismo do rapaz na sua frente. Captavam todos os desvios de olhar e as mãos tateando a comida sem interesse nela.

Te peguei, pensou.

“Talvez se confessar? Eu sei que você adora o confessionário daquela igreja... Não é mesmo, Suho hyung?” Com as mãos apoiando seu queixo sobre a mesa, Kyungsoo se divertia vendo seu primo corar.

“Não quero falar sobre isso. Faz algum tempo que eu não o vejo também...” Disse com um tom de decepção.

“Você quem manda. Mas então, tudo certo com os meninos?” Sem querer ser mais invasivo do que já era, Kyungsoo mudou de assunto.

“Sim... Baek e Sehun fizeram mesmo a limpa no distrito. Não vejo mais sinais de nenhum deles por toda a cidade, e há bem poucos relatos de assassinatos em Seul ultimamente.” Com a boca mais uma vez cheia, respondia o menor de olhos grandes.

“É de se esperar, eles sempre consideraram isso mais como um hobby do que como um trabalho mesmo.” Kyungsoo serviu uma xícara de café para si mesmo enquanto conversam.

“E eu não reclamo. Pelo menos eles deixam a cidade mais segura.”        

Sim, a cidade era mais segura com eles por perto.

Não eram os únicos caçadores de vampiros, mas eram responsáveis pela maioria dos casos de extermínio da espécie. De geração em geração, eram treinados para matar. Eram treinados para salvar pessoas das criaturas da noite.

E eles eram os melhores no que faziam.

“Você sente falta, Soo?” Vendo o menor ainda tomando seu café, Suho perguntou.

Kyungsoo ergueu seus olhos em direção ao mais velho. Suas mãos tateando toda a xícara, sentindo o calor que emanava dela.

“Às vezes. Porém, ainda gosto mais de pegar a parte ‘teórica’ do que sair por aí me sujando de sangue como sempre aconteceu.”

“Bem, pelo menos matar vampiros fez de você um especialista em lavar roupas.” Junmyeon ria e era acompanhado pelo menor.

“Já falei pra não me tratar como se seu fosse uma dona de casa!”

“Mesmo se eu não falar nada, você ainda é.”

Aish...”

Os dois sempre faziam piadas como aquelas, como se meras palavras pudessem fazer com que o trabalho que levavam a vida ficasse mais normal, por assim dizer.

Qualquer pessoa que pudesse presenciar a história dos caçadores ali sentados, fazendo piadas sobre vampiros e roupas lavadas, questionaria-se do porquê eles estarem levando aquela vida. Por que ainda seguiam tradições de família, se na maioria das histórias que se contava o habitual dos filhos era sempre se rebelar e seguir o próprio sonho, todo aquele costumeiro blá blá blá.

A questão era: eles gostavam.

Simplesmente eram apaixonados pelo o que faziam.

Sim, era perigoso. Sim, era anormal. Sim, era cansativo.

Mas no final do dia, eles estavam felizes.

Como se passassem um dia inteiro na academia e, mesmo que chegassem exaustos em casa, sentissem que todo o esforço que fizeram valeu a pena.

Já tiveram sim, a chance de se questionarem e não viram nada de errado matar criaturas que matavam pessoas inocentes.

Consideravam-se heróis.

Exterminavam os vilões, salvavam os bonzinhos, e quando chegavam em casa ninguém sabia quem eram. Não usavam máscara, mas não era como se as pessoas que salvassem fossem reconhecê-los mais tarde. Ou que tinham consciência de que estavam sendo salvas.   

"Falando nisso, eles já chegaram?” Junmyeon comeu tudo o que havia em sua bandeja, e estavam em uma discussão sobre como tudo estava indo bem naquele mês. 

Conseguiram exterminar quase todos os vampiros na parte sul e norte de Seul, ou pelo menos botaram medo para que não houvesse mais nenhuma morte envolvendo presas no pescoço de alguém.

Estava tudo muito calmo.

Isso incomodava Junmyeon de certa forma, mas ainda assim se mantinha otimista e torcia para que tudo continuasse como estava.

“Devem ter chegado há uns trinta minutos.” O menor falava enquanto checava seu relógio. “Aposto que estão lá em baixo atacando a geladeira.”

Kyungsoo já tinha a bandeja em mãos e ia em direção à porta. “Não fique acordado até tarde.”

“Sim, mamãe.”

Com um ultimo xingamento, Kyungsoo fechou a porta e desceu as escadas da gigante mansão em que moravam.

 

♦•♦•♦

 

Sehun-ah, você está comendo tudo!”

Como se profetizasse, quando Kyungsoo desceu as escadas e foi em direção à cozinha, encontrou-se com duas crianças brigando pelo último pedaço de torta que tinha feito no dia anterior. Baekhyun podia ser mais velho do que Kyungsoo, mas suas feições e ações o denunciavam como uma verdadeira criança por dentro. Ao contrário de Sehun, que mesmo sendo o mais novo da casa, tinha amadurecido muito rápido e era responsável como Suho, seu meio-irmão. 

“Pare de reclamar, hoje eu mereço.” Sehun falava de boca cheia, sendo encarado por um rapaz de olhos lacrimejados e com um enorme bico formado nos lábios.     

“Pare de se achar. Só porque hoje você matou mais vampiros do que eu, não quer dizer que pode ter tudo o que quiser.“ Resmungou irritado. “E para deixar bem claro: hoje foi a primeira vez, e a última!” Bateu o pé no chão fazendo birra e subiu as escadas, passando por Kyungsoo que assistia toda a cena e abafava uma risada.

“Vocês são duas crianças...”

“Baekhyun hyung que é sensível demais.”

Os dois sentaram-se na bancada, naquele momento já limpa. Sehun devorara toda a torta e se sentia satisfeito, mesmo sabendo que teria que recompensar Baekhyun de outra forma depois.

Até imaginou o que ele pediria.

“Como foi? Matou mesmo mais vampiros que o Baek?”

“Sim! Já pode se sentir orgulhoso de mim.” O mais novo sorria com os olhos fechados.

“Estou é mais surpreso na verdade, só quem já matou mais vampiros que Baekhyun até agora fui eu, e olha que eu estou “aposentado”, de certa forma...”

Kyungsoo, a mais ou menos dois anos atrás, costumava ser o mais ativo nas caçadas. Já matou mais vampiros que sua mente conseguia se lembrar e já cavou mais covas do que gostaria.

Fora treinado desde pequeno, como Suho e Sehun, só que com mais intensidade. Sua família seguia as tradições de forma rigorosa e era considerada a elite nas caçadas.

Do Kyungsoo não era diferente. Gostava, e dominava todas as armas de combate, mas de longe, sua arma favorita eram adagas.

As lâminas eram companheiras do menino desde que ele se lembrava. Dormia com uma pequena adaga suficientemente afiada e banhada em verbena em baixo de seu travesseiro, e todas as manhãs praticava o combate com elas desde os seis anos, fazendo-o assim um prodígio.

Inteligente, sensato, racional.

Matar ou morrer.

Tudo o que um caçador deveria ser, Kyungsoo era.

Mas para sua família nunca era o suficiente. Seus pais sempre o pressionavam, dizendo que ele tinha que ser o melhor dos melhores, e que se isso não acontecesse, todos acabariam mortos e que a culpa seria sua.

Uma criança de seis anos ouvir tais sentenças dos próprios pais era como apertar o gatilho de uma arma.

O torturavam psicologicamente, a um ponto que ele realmente se tornou o melhor dos melhores. Treinava todos os dias, dez horas por dia, de segunda à segunda. Quando não estava treinando combate, estava lendo livros sobre vampiros e toda a sua história.

Aos nove anos, Kyungsoo já participava de caçadas e matava mais vampiros do que os adultos costumavam matar. Ele sabia recitar quase todos os livros da sua enorme biblioteca e ser um estrategista nato para armar emboscadas.

Ele era perfeito.

Mas ainda não era o suficiente.

“Vá dormir, não é só porque você e o chorão limparam todo o distrito que vão se ver livre de treinamento.”

Já estava mais tarde, Kyunsoo sabia que mesmo que falasse pra Suho não ficar trabalhando até tarde ele não o obedeceria. Felizmente Sehun era o contrário e subiu de bom grado as escadas, deu boa noite ao seu hyung e continuou o seu caminho.

Mas não para o seu quarto.

 

♦•♦•♦

 

Baekhyun, já de banho tomado, vestia uma calça justa e colocava uma blusa grossa por conta do frio que tomava conta de Seul. Ajeitava os cabelos quase loiros de forma que considerava bonito e se olhava no espelho.

Vez ou outra redirecionava o olhar para a porta esperando alguém entrar.

Eram quase três da manhã, e estava extremamente cansado da última caçada. Ainda estava meio emburrado por Sehun ter matado mais vampiros que ele, mas tudo passaria na mesma noite.

Somente com um olhar, e com alguns toques de uma certa pessoa.

A porta se abriu lentamente, tentando fazer o mínimo de barulho possível. A cabeleira loira de Sehun era vista do lado de fora, ele estava olhando para dentro do cômodo e para o corredor, conferindo se ninguém havia o visto entrando no quarto e se Kyungsoo não estava por perto.

“Ele já foi dormir?” Baekhyun sussurrava.

“Acho que ainda não, ele estava na cozinha da última vez que fui conferir.” Acompanhava o mais velho nos sussurros e encostava-se à porta. “Por que você sempre tem que fazer isso tão tarde, de qualquer forma? Podia muito bem ir quando estávamos em caçada e seria muito mais fácil.”

“E deixar você matar ainda mais vampiros do que eu? Nem pensar!” Elevou a voz e foi repreendido por um shhh de Sehun.

Aish... Eu só quero dormir logo, hyung.” Sehun falava manhoso, mas sabia que faria aquilo mais vezes do que gostaria.

O mais novo sempre ajudava Baekhyun nessas situações, servindo para vigiar se Kyungsoo o veria saindo tão tarde ou às vezes para apenas dar alguma desculpa difícil de acreditar quando Baekhyun ainda não tivesse voltado na manhã seguinte.

“Vou arriscar. Acha que aguento um mês de sermões de Kyungsoo?” Baekhyun abria a janela de seu quarto que ficava no segundo andar e, por sorte, ao lado da janela havia um arbusto que simulava uma grande escada, facilitando suas escapadas na calada da noite.

“Isso fica ao seu critério. Sabe que ele vai pirar se souber o que você está fazendo. Suho hyung também.”

“Talvez valha a pena.” Sorria de forma divertida fazendo Sehun acompanhá-lo.

“Se você acha...”

Baekhyun já tinha metade do corpo para fora da janela. Pendurando-se com as mãos no parapeito, olhou uma última vez para o loiro e sorriu gentilmente.

“Vejo você de manhã.” Despediu-se.

Sehun suspirou, e fazendo seu caminho até a porta, sussurrou para Baekhyun: 

“Mande lembranças ao Chanyeol.”


Notas Finais


EU SEMPRE FICO NERVOSA NO FINAL DE CADA CAPÍTULO KKJKKJKJKJKJK AI

Será que no próximo cap rola o famoso chanbaek? hehe
E pq o Suho se interessa tanto em se confessar na igreja? Ein?.......

Foi uma introdução bem pequena dos personagens que apareceram hoje, ainda tem MUITO pela frente.

E pra quem tava me perguntando e tava curioso(a), os vampiros dessa fic vão ter alguns aspectos dos vampiros da série The Vampire Diaries, pq meu deus eu amo essa série com todas as minhas forças kjkkjkjk

E pra quem ficou perdido em saber o que é 'verbena': verbena é uma das fraquezas dos vampiros, por exemplo, se um vampiro tocar na adaga de verbena do D.O ele tem uma queimadura, sem contar que machuca mais quando ele for atacá-los. Tem ainda muito mais pra eu explicar pra vocês, mas como eu acordei 7 horas da manhã pra assistir o MAMA hoje, eu to com sono/preguiça e já que não aparece nesse capítulo eu deixo pra explicar quando aparecerem as cenas específicas e tal.

AH! E eu coloquei uma capa bem improvisada no primeiro capítulo, só pra ficar mais bonitinho kjkjkjkjkjk

Acho que isso é tudo, então eu espero que vocês tenham gostado e comentado!
Mais uma vez, MUITO obrigada por todo o apoio, sério, vocês são demais~♥

ps: E A GENTE GANHOU MAIS UM DAESANG PRO EXO PORRA TO FELIZONA


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