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História Neighbors - Capítulo II - Clay


Escrita por: UmaLoira

Notas do Autor


Essa música é da minha cantora preferida nos últimos tempos, Grace Vanderwaal, ela ganhou o America's Got Talent com apenas 12 anos e tem uma voz humilhante <3 hehe, Aproveitem o Capítulo <3

Capítulo 2 - Capítulo II - Clay


Fanfic / Fanfiction Neighbors - Capítulo II - Clay

     - Como assim eu vou fazer dupla com ele? Por quê? Não tem mais ninguém nessa sala disponível? – falei perdendo o controle e levantando, me apoiando na carteira.

     - Exatamente. Eu não quero fazer dupla com ela. Na verdade, eu me recuso. – Castiel levantou também com um pulo.

     Pelo menos concordamos dessa vez.

     - Bom, tem a senhorita Ambre disponível e Nathaniel também. – Profº  Faraize nos olhou por cima dos óculos.

     - Não. – falamos juntos mais uma vez.

     Não podia fazer dupla com Nathaniel logo depois do que aconteceu entre a gente. Acho que recusei rápido demais, pois Nathaniel se encolheu na cadeira, claramente ofendido ou magoado. Meu semblante caiu, odiava vê-lo assim.

     - Vai ser ótimo ter o Cassy como dupla, não é mesmo, Cassy? – falei dando o sorriso mais irônico possível.

    - Claro, El. Vai ser MUITO divertido. Mal posso esperar para entrar no seu quarto, porque ultimamente só consigo te ver pela janela, não é mesmo?

     Não acredito que ele falou isso. CARA DE PAU.

    O sinal tocou, eu peguei minha bolsa e fui diretamente para o pátio, Rosa me seguiu.

    - Não o aguento, Rosa. – falei me jogando no banco embaixo da cerejeira da escola.

    - Eu adoro vocês dois. – ela falou sorrindo – já pensou na possibilidade dele ser afim de você?

     - Isso é totalmente impossível. Ele me chama de tábua, me xinga, me aborrece, não deixa eu dormir – falei contando nos dedos a raiva que ele me fazia passar – vive tentando fazer algo dar errado pra mim, me envergonha em público como ainda agora...

    Revirei os olhos, cansada. Rosalya sorriu, nem notei que Alexy se aproximava.

    - Ele gosta de você. – levantei o olhar para Alex e meu rosto esboçava uma enorme interrogação. – Já o peguei olhando para você durante a aula milhares de vezes com o olhar perdido.

     - Ele devia estar pensando ‘’ Como será que eu vou estragar o dia da Elisa hoje? Acho que posso colocar baratas no armário dela ou raspar as sobrancelhas dela à noite. ’’ – imitei a fala de Castiel e os dois caíram na gargalhada, eu não resisti e também comecei a rir.

     - Isso é uma imitação horrível de minha pessoa. – O ruivo falou vindo em minha direção com as mãos nos bolsos.

    - O que você quer, Castiel? Não estou com cabeça para as suas gracinhas, sério.

     - Na sua casa ou na minha? – ele sorriu e eu enrubesci completamente.

     Rosalya me deu com cutucão me tirando dos meus pensamentos indevidos.

     - Hã? O trabalho sua imbecil! Meu Deus, o que você estava pensando? – ele arqueou uma sobrancelha.

     - Nada. Prefiro na minha. – falei me ajeitando no banco, pigarreando.

     - Quer que eu conheça seu quarto pessoalmente? – okay, agora chega.

     - Escuta aqui, Castiel, eu vou ser bem clara com você. Não gosto de você e isso não é nenhuma novidade pra ninguém. Não estou te levando para minha casa por livre e espontânea vontade, você não vai entrar no meu quarto pra gente fazer qualquer coisa que seja, além do trabalho, e você vai parar com suas gracinhas. – respirei. Nem notei que já estava de pé olhando para ele, apesar de ser uns sete centímetros mais baixa.

     Ele recuou um pouco, surpreso aparentemente.

     - Se você me odeia tanto como diz, e dá a ideia de que eu vou querer estuprar você, por que você não faz o trabalho com a merda do seu namoradinho??!- ele levantou a voz, mas eu não ficaria para trás.

     - Porque eu prefiro mil vezes estar num quarto com você, te odiando, do que com meu Ex, sem trocar uma palavra com ele! – gritei e no mesmo instante vi Nathaniel nos observando, ele parecia magoado e perplexo diante da situação.

     Rosa segurou meu braço, para evitar que eu explodisse.

     - Nath... – minha raiva esfriou com a mesma velocidade que veio – Isso é culpa sua! – me virei pro ruivo que havia se calado. – Vamos fazer o trabalho amanhã e todas as quartas-feiras que vem. Nem pense em marcar algo.

     Peguei minha bolsa e saí pelo portão da escola, as lágrimas quase escorriam pelo meu rosto.

--------------------*-------------------*----------- Pov’s Elisa Off ------*--------------*----------------*------------

--------------------*-------------------*----------- Pov’s Castiel On ------*--------------*----------------*---------

     Elisa saiu da escola rapidamente, provavelmente chorando. Garotas... Okay, admito que me sinto um pouco mal com isso, mas só de ver o loiro chateadinho, já fico melhor. Rosalya me encarou com um olhar acusador.

     - O que foi, Rosa? – indaguei me fazendo de desentendido.

     - Você é um grosso com ela. Não viu o que acabou de acontecer? Isso é culpa sua, Castiel.

     - As neuras da Elisa não são problema meu. Ela que se resolva com o ‘’Nath’’. – dei de ombros.

     Peguei minha mochila que estava esquecida na sala e saí da escola. Não fui diretamente para casa, não queria dar de cara com meu pai de novo. Brigamos ontem e eu realmente não quero ter que socar a cara suja dele quando o ver.

     Passei na casa de Lysandre, que não tinha ido pra escola hoje, fato que eu estranhei, pois ele nunca faltava. Leigh tinha pegado catapora de um primo que fora visitar no final de semana passado. Contei ao Lysandre sobre Elisa e ele (claro) deu razão à ela. Voltei no fim da tarde para casa.

      Quando estava perto de chegar, ouvi um grito vindo de um beco. O bairro andava muito perigoso nos últimos tempos, e eu não queria deixar alguém morrer e simplesmente assistir. Andei cautelosamente na direção do barulho, percebi que era voz de garota. Espiei pela esquina e vi um cara se debruçando em uma garota, estava escuro e eu não consegui ver nitidamente a cena. Aproximei-me dos dois.

     - Me solta, se você fizer algo comigo, vai ser preso... – a garota implorava.

     O homem começou a beijar o pescoço dela e subir a mão pela sua coxa. Nesse momento eu não me segurei, avancei em cima daquele miserável. Soquei seu rosto, a garota gritou, eu fiz com que ele caísse no chão e tentasse revidar, mas ele estava bêbado e não conseguiu. Soquei o nariz dele e o chutei na barriga, ele quase não se movia mais deitado no chão. Uma mão segurou meu braço delicadamente.

     - Já chega... – a garota estava de cabeça baixa e chorava – é o suficiente...

     Reconheci aquela voz imediatamente.

     - Elisa? – fiquei surpreso e a puxei para fora daquele local imediatamente.

     - Castiel...? – ela pulou em meus braços e eu fiquei novamente perplexo, mas retribuí o abraço. – Eu fiquei com tanto medo... Como me encontrou...?

     - Calma, respira, El. Eu tava passando pra ir pra casa. - a soltei- Mas o que Você tá fazendo aqui? – eu estava realmente preocupado.

     As lágrimas no rosto dela voltaram e os soluços ficaram mais fortes, eu a puxei de volta para mim.

     - Eu... Fui comprar... Remédio pra dor de cabeça e esse cara me puxou pro beco... Meu Deus, eu fiquei com tanto medo, Castiel...

     - Calma. Já passou. Vem eu vou te levar pra casa, minha mãe remédio pra dor de cabeça, por que não pediu a ela? – sequei as lágrimas de seu rosto quando ela se acalmou mais.

     Segurei em sua mão e começamos a andar para casa.

     - Eu não queria encontrar com você... Pensei que estivesse em casa...

     Olhei para nossas mãos e sorri. Ela expressava uma interrogação no rosto.

     - Você não queria me encontrar e agora eu tô te levando pra casa, segurando sua mão... Como nos velhos tempos. Lembra quando a gente ia para a escola juntos? – comecei a distraí-la para não pensar no ocorrido.

     Ela sorriu. Ela jamais sorria pra mim, então eu encarei como uma coisa boa.

     - Lembro. – falou simplesmente e se perdeu em seus pensamentos, como se estivesse mesmo lembrando-se da cena.

     Chegamos em frente à casa dela e ela soltou minha mão, segurando o próprio braço, como se estivesse meio envergonhada com a situação. Eu ri um pouco.

     - O que foi? – ela perguntou.

     A rua estava mal iluminada e ela só pôde ouvir o meu riso.

     - Nada, El, nada. – me virei para ir pra minha casa.

     Não sei se foi a minha mente criando alucinações, mas pude jurar que ouvi um ‘’obrigada’’ daquela chata e o riso tomou conta do meu rosto novamente. Acho que estou com alguma deficiência, pois só nessa noite, Elisa já arrancara vários sorrisos de mim. 


Notas Finais


Capítulo bem amorzinho mas no próximo esses dois vão esquecer essa noite biurifu e se odiarem de novo 'u'
Bjs e obrigada por ler u.u
Para os novatos, Bem-vindos !! <3


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