Emerald estava em sua festa de cinco anos humanos. Amethyst estava doente, pois tinha comido muitos doces em sua própria festa.
-- M-Mas Sapphire... – A pequena Neko chorava, e sua voz falhava. – Eu quero festejar com ela!
-- Emerald. Primeiro se pergunte: O que a Amethyst faria no seu lugar?
-- Ela... Deixaria-me descansar e... Levaria um pedaço de bolo pra mim...
-- Então faça isso. Ela está passando mal! É egoísmo pedir que ela venha na sua festa.
-- Ok... – A menor enxuga os olhos e muda sua expressão. – Então eu vou preparar a maior cestinha de doces que ela já viu! – Emerald pega uma bolsa e começa a encher com as guloseimas que estavam sobre a mesa.
-- Emerald, desse jeito ela vai acabar ficando doente de novo.
...
-- AMETHYST! – Emerald entra como um foguete no quarto da pequena.
-- Emerald! Como foi sua festa? – Amethyst se senta na cama.
-- Foi ótima! Teria sido melhor com você lá...
-- Desculpa... Eu não devia ter comido tanto.
-- Tudo bem. Olha o que eu te trouxe! – Ela estende a bolsa cheia de guloseimas para a irmã. – O primeiro pedaço do bolo também está aí.
-- O primeiro pedaço foi pra mim? – A esverdeada assente com a cabeça. – É uma honra receber o primeiro pedaço!
-- Menos papo, mais comida!
-- Minha barriga ainda dói...
-- Ok, eu guardo na geladeira.
-- Obrigada!
...
-- Emerald? – Sapphire estala os dedos na minha frente – Tudo bem?
-- Ah, sim. Eu só me distraí. – Volto minha atenção para o meu sorvete. Faz pouco tempo que saímos da sorveteria. Ficar em casa está um saco, pois praticamente todos estão de luto.
-- Se distraiu? Com o quê?
-- Com... – Olho a minha volta. – Com a estampa horrível do vestido daquela tia.
-- Estampa? – Ela olha na direção que eu estou olhando. – Realmente, aquela estampa é horrorosa.
-- MEU DEUS, YUKARI! – Ouvimos uma voz reconhecida. Cherry. – Já não basta minha tia Emerald, agora você e a Sakura também? – A pequena loira aparece batendo os pés e bufando. Comportamento típico de uma Tsundere.
-- Admita! Você quer ficar com ele!
-- Eu... ARGH! Não preciso provar nada pra vocês! – As três adentram a sorveteria.
-- Falamos com ela? – Sapphire aponta para as três Nekos que discutiam.
-- Não. É melhor deixarmos elas se resolverem.
-- Ok. – A azulada se estica. – Eu tenho que ir. Daqui a pouco eu tenho que ir trabalhar.
-- Eu já estou indo também. Bom trabalho pra você.
-- Obrigado. Até mais. – Ela acena pra mim e some pelas ruas.
Encaro as nekos que discutiam fervorosamente enquanto tomavam seus sorvetes.
-- Elas nunca mudam... – Uma voz ecoa pelo local.
-- Huh? – Olho a minha volta. Ninguém perto. – Mas eu podia jurar...
-- Emerald...
-- De novo?
-- EMERALD, SUA IDIOTA! – Essa com certeza é a voz da Amethyst.
-- Será que tem drogas nessa porra? – Encaro o sorvete.
-- Dá pra me seguir? Por favor? – A neko aparece na minha frente.
-- Definitivamente tem drogas nesse sorvete.
-- Ou você enlouqueceu de vez.
-- Primeiro: Você está morta. Segundo: Como?
-- Fiz um pacto com o demônio, idiota. Eu levaria o dia todo te explicando, então vamos pra resposta rápida: Seu senso de perigo está apitando e eu sou a materialização do seu instinto. Reclame com seu cérebro.
-- Ata. E o que nós fazemos?
-- Só me segue, sua idiota.
-- Ok, ok.
Depois de uns vários minutos de caminhada, a “Amethyst” me leva pra uma parte não muito legal do bairro. Com não muito legal, eu quero dizer que é por aqui que se vende a “erva de gato” e a “pedra da caixa”.
-- Você sabe que essa área é perigosa, não é? – Olho ao redor. A rua está deserta.
-- Siga o instinto. Tanto eu quanto você sabemos tem pedra no angu do Joshua.
-- Tem haver com ele, então...
-- Estamos chegando. Venha, tem alguém vindo. – Ela aponta para um beco e faz um sinal pra eu ficar em silêncio. - Não vou passar daqui, seu medo está impedindo minha materialização. Agora é com você, sem tutorais.
-- *Suspiro* Seguir os instintos, não é?
Fecho meus olhos. Minhas mãos estão tremendo e eu estou aqui sozinha. Ouço um som. Um carro se aproxima. O carro de Joshua. Começo a seguir o carro escondida. Vai ser complicado explicar o porquê de eu estar aqui sozinha. Ele para na frente de uma casa e estaciona o carro.
Esgueiro-me até uma das janelas da casa. Meu instinto me diz que se eu for descoberta, eu serei uma neko morta.
-- Mas o que aquele idiota está fazendo com o povo da máfia?
P.O.V.: Narrador.
-- Pensei que tinha pagado o suficiente pra se livrarem do corpo. – Joshua encara o neko que estava sentado na grande cadeira de couro.
-- Você nos pagou pra nos livrarmos das provas. – O outro tira um cigarro do bolso e estende para Joshua. – Se quisesse tudo encoberto, deveria ter nos deixado fazer o serviço completo.
-- Vocês sabem o porquê de eu não ter permitido. – O moreno pega o cigarro e o acende com um isqueiro que estava em cima da mesa. – Agora a minha garota está entrando em depressão porque o corpo foi encontrado.
-- Isso aí não é da minha conta. Pra fazer ela voltar, é só ter uma boa noite de sexo e um pouco de uísque.
-- Eu já tentei. Ela não quer.
-- Então atue melhor. E a sua parte do contrato?
-- Arquivos do governo e blá blá blá. Aqui. – Ele joga um pen-drive na mesa. – Foi fácil pegar, já que aquelas nekos vivem na casa do irmão.
-- E eu posso confiar que está aqui?
-- Claro! Don, você está duvidando da minha palavra?
-- Só conferindo.
-- Sei. Então, estamos quites?
-- Sim. Foi um prazer fazer negócio com você, meu filho.
-- Igualmente. – Dois humanos abrem a porta para Joshua, que some nos corredores.
Emerald corria pela sua vida e sanidade. Não acreditava no que ela tinha vivenciado. Negava que ele tinha mentido para todos. Agora era seu dever mostrar a real face de Joshua para todo mundo.
Nem que isso significasse dividir a família.
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