P.O.V. Ruby
-- E então eu disse: querida, vai se fuder. Não sou obrigada a porra nenhuma. Agora sai daqui antes que eu arranhe sua cara. – Amethyst diz enquanto toma seu chá.
-- Isso me lembrou uma coisa que me aconteceu! – Jasper diz com uma expressão animada. – Eu estava com a Cherry e do nada uma colega da escola dela apareceu e derrubou o doce que eu tinha dado para ela. Aí a Cherry deu a louca e começou a arranhar a cara da Neko.
-- Meu Deus do céu. E o que você fez? – Meu celular vibra. Uma mensagem de Chris dizendo que já chegou aqui.
-- Simples. Eu comecei a gritar: Cherry! Bate na vadia! – Todos na sala começam a rir.
-- Que ótimo exemplo de tia, você é. Bismuth devia ter te matado por isso. – Emerald começa a gargalhar alto.
-- Que nada. Ela ficou de boas.
-- Querem mais chá? – Musakui levanta o bule de porcelana.
-- Eu quero! – Emerald levanta sua xícara.
-- Aceito. – Amethyst se estica até o humano e lhe estende a xícara também.
-- Idem. – Jasper faz o mesmo.
-- Eu quero biscoitos. – Sapphire pega a bandeja de biscoitos e a abraça.
-- E você, Ruby? Quer chá? – Musakui aponta o bule para mim com um sorriso terno.
-- Nah, eu estou indo para casa. – Me levanto da poltrona.
-- Mas já? – Ryo se levanta.
-- Eu só vim conferir se o humano estava bem. Chris estava preocupado com esse garoto.
-- Oras, vamos tomar só mais uma xícara de chá! – Emerald se levanta. – É chato ficar aqui só com eles dois! – Ela aponta para Ryo e Musakui.
-- Emerald, a gente ainda está aqui. – Sapphire encara a Neko com um olhar mortal.
-- Ah! É verdade. Eu tinha me esquecido. Então pode ir.
--Musakui, você poderia levar Ruby até a porta, por favor?
-- Claro! – O humano se levanta e vem na minha direção.
-- Então... Como vocês estão?
-- Bem. Eu acho.
-- Ele já te declarou amor eterno? Meu shipp é real?
-- O-O QUÊ? N-N-Não! Que pergunta é essa?
-- Osh. Vocês combinam tanto! – Ele abre a porta para mim. – O que te impede de se aproximar dele?
-- Bem...
-- Você sente falta do seu antigo mestre? – Ele balança a cabeça positivamente. – Oras, eu te garanto que meu irmãozão vai ser bem melhor do que ele!
-- Ok... Então... Thau?
-- Thau, futuro cunhado! – Dou um tapinha nas costas dele e saio andando em direção ao carro que se aproximava.
Chris aparece e abre a porta do carro para mim.
-- Vossa alteza. – Ele faz uma reverência com aquele sorriso calmo.
-- Eu já te disse para parar com isso de... Vossa alteza. – Ele corre e entra no carro.
-- Vai me dizer que a senhora não gosta?
-- Eu já te disse para só me chamar de senhora quando estamos em público.
-- Desculpe. É que eu gosto dessa palavra. Dá uma alegria falar senhora.
-- Sei... Você é um idiota.
-- Assim a senhora me machuca. – Ele faz uma expressão triste.
-- Tadinho...
-- Já chegamos. – Estávamos atravessando os portões principais.
-- Chris, quanto de velocidade atingimos?
-- Hum... Rápido.
-- Isso não é uma resposta.
-- Não importa. – Ele corre para abrir a porta para mim. – Estamos em casa, certo?
-- Certo.
Subo as escadinhas. No exato momento em que cruzo a porta de casa, Chris me empurra para parede mais próxima e me beija de modo calmo.
-- Chris... Não aqui...
-- Por favor... Eu fiquei me segurando o dia inteiro...
P.O.V. Musakui.
Pouco a pouco as irmãs do mestre iam embora. Agora, só resta eu e Emerald na sala de estar.
-- Você precisa conhecer Bismuth e Villiaumite. – A neko diz enquanto brinca com o próprio rabo. – Sabia que elas são militares?
-- Militares?
-- Sim! Bismuth é a cabeça da artilharia e Villiaumite organiza as tropas. Elas são tão parecidas e diferentes ao mesmo tempo.
-- Como assim?
-- Bem... Villiaumite é aquele tipo de pessoa que... Ela é complicada... E Bismuth é... O oposto.
-- Você não me explicou nada.
-- Você vai ver quando conhecer elas. – Ela se levanta rapidamente. – Eu vou tomar um banho.
-- É uma boa idéia. – Me estico. – Hoje foi tão cansativo...
Quando olhei para trás, Emerald já tinha sumido. Subo a escadaria correndo e vou para meu quarto. Meu pijama está para lavar, mas graças a Ruby, eu tenho um pijama novo. Graças à mesma Neko, eu nunca mais vou usar um pijama na vida. Isso é uma camisola.
Ás vezes eu me pergunto o que passa na cabeça dessas Nekos.
-- Musakui-san? – Emerald entra no meu quarto sem bater.
-- O que foi?
-- Ryo quer saber se você quer dormir no quarto dele hoje. – Ela se aproxima e me pega pela gola da camisa. – Aceite e faça meu shipp real.
-- Porque o mestre pediu isso?
-- Ele está com medo de que você tenha mais um pesadelo e acorde a casa inteira novamente.
-- N-Não precisa... Eu vou ficar bem.
-- Ah... Você fez uma Neko triste. Espero que esteja feliz.
Ela atravessa a porta e some. Começo a temer a idéia de ter ela por aqui.
P.O.V. Ryo.
-- E então ele disse que não precisava, pois ia ficar bem. – Emerald conclui. – Sinceramente, eu aposto que ele vai ter um pesadelo hoje.
-- Ok. Já pode ir dormir. Boa noite, Emerald.
-- Boa noite, irmãozão. – Ela some nos corredores.
Solto um suspiro. Já vi que vai dar merda. Fico encarando o teto até conseguir dormir. Acordo com gritos. Não sei quanto tempo se passou, mas eles ecoavam pelo cômodo inteiro. Corro até o quarto de Musakui que estava se remexendo enquanto suava frio.
-- Musakui... Calma. – Abraço o humano que começava a parar de mover bruscamente. Encaro seu rosto. Ele parece ainda estar dormindo.
--... Mestre...? – Ele dá um sorriso calmo. – O senhor... Veio me buscar? – Não sei exatamente o que fazer. Ele com certeza ainda estava dormindo.
-- É... Eu vim te buscar.
--... Ha... Obrigado... Eu não aguentava mais esse... Inferno... O... Senhor... Não vai me deixar, certo?
-- Nunca.
--... Obrigado... Mestre... Ryo...
Não consigo evitar um sorriso. Então, ele estava sonhando comigo? Levo seu corpo mole até a cama novamente e deito-me do lado dele. Esse humano vai acabar me matando um dia.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.