Por Hermione Granger
"Dama Misteriosa.
Não sabes o quanto eu ansiava para escrever-te esta carta. Desde aquele beijo, não consigo parar de pensar em ti, no gosto dos teus lábios, nem do toque da tua pele. Quero sentí-los mais uma vez. Quero encontrar-me contigo de novo, para encantar-me pela tua beleza como se fosse a primeira vez. Nos encontremos novamente. Me dá essa honra de ver tua face que deve ser tão bela quanto teu corpo.
No jardim do castelo, amanhã, ás nove.
P.S.: Dessa vez, sem máscaras."
Quando terminei de ler a carta, ainda estava nervosa. Comecei a pensar no beijo que tínhamos trocado no baile. Eu sabia que tinha sido errado, sabia que de todas as formas eu havia traído Ron, mas ao mesmo tempo, eu queria ir a este encontro, queria saber quem era o príncipe por debaixo daquela máscara, queria mais uma vez sentir o gosto da sua boca que não saiu da minha cabeça desde o momento em que nossos lábios se tocaram. Então decidi que iria, e se nos beijássemos outra vez, eu abriria o jogo para Ron, e lhe contaria o que estava acontecendo. Mas para conseguir escapar dos meus amigos, eu teria que utilizar uma desculpa muito boa, principalmente a Gina.
Me levantei da cama e fui até o armário procurar algo que eu pudesse usar. Eu tinha alguns vestidos bonitos, mas nada em especial, e nada a altura do encontro que estava à minha espera. Teria de ir comprar um vestido, e teria de fazer isso hoje, pois amanhã, domingo, as lojas estariam todas fechadas. Fui para o banheiro, tomei um banho rápido e me vesti. Em seguida saí do quarto e segui para o refeitório. Encontrei Ron, Harry e Gina sentados na mesa da Grifinória, me juntei a eles. Quando terminamos de comer, disse a Gina que precisava ir à cidade para comprar alguns livros, com as aulas ainda não haviam começado, podíamos sair do castelo, então fui para a cidade. Visitei algumas lojas até encontrar um vestido bonito. Comprei-o, e depois fui a uma outra loja de sapatos. Comprei um par de sapatos e voltei ao castelo. Subi rapidamente até o meu quarto torcendo para não me encontra com Gina, que me faria um monte de perguntas se não me visse com nenhum livro. Coloquei o vestido e os sapatos no meu armário no exato momento em que Ron entrava no quarto.
- Onde você estava ? -Ele perguntou. Depois veio até mim e me deu um beijo rápido.
-Fui até a cidade comprar alguns livros. E vocês, o que fizeram enquanto eu estava fora ?
-Ah, nada demais. Venha, Harry e Gina estão nos esperando. Vamos até a cabana.
-Tudo bem.
Fomos até a entrada do castelo, onde estavam Harry e Gina. No pátio de entrada do castelo, tinham outros alunos também. No momento em que nos encontramos com eles, escutamos um barulho imenso, e todos voltaram os olhos para o centro do pátio, onde havia uma garota caída no chão, ela provavelmente devia ter caído do primeiro andar ou de uma das torres, isso explicaria o barulho. Várias pessoas correram para ajudá-la, e outras foram chamar os professores e Minerva. Nos aproximamos da garota para ver se a conhecíamos, mas não me lembro de já tê-la visto aqui no castelo. Alguns professores retiraram o corpo dela do chão e levaram até a enfermaria enquanto outros pediam aos alunos que voltassem ao seu dormitório. Subimos até o salão comunal da grifinória e nos separamos dos garotos com um beijo, em seguida, fomos para o nosso quarto.
Por Draco Malfoy
Depois que saí do quarto da Valentina naquela manhã, fomos até o refeitório, lá, encontramos com Pansy e Blasio.
-Olha só, quem resolveu aparecer! A noite foi tão longa assim ? -Blasio comentou. E eu sabia, ele nunca pararia de me zuar por isso.
-Ah, para com isso, cara. -Eu disse, e todos rimos. Olhei para Valentina e reparei que ela estava envergonhada.
Nos sentamos e tomamos café, depois fui até o meu quarto, precisava resolver um assunto inacabado. Quando cheguei no meu quarto, peguei um pedaço de papel e uma pena, iria escrever uma carta à dama misteriosa. Enquanto escrevia, não conseguia parar de pensar no beijo, e em como queria que se repetisse. Mas então, subitamente me lembrei da noite que tive com Valentina. Então pensei "Será que está certo fazer isso ?" Mas então lembrei-me de uma coisa, foi apensa uma noite. Será que uma noite significaria que tínhamos uma relação ?. Mesmo assim, decidi enviar a carta. Chamei a minha coruja e enviei a carta para onde ela me disse que enviasse, o salão comunal da Grifinória.
Não sabia se ela responderia, nem tampouco se ela iria ao encontro. Mas decidi me preparar. Mandei o empregado da minha mansão me mandar o meu terno mais bonito, mas embora todos os meus ternos fossem pretos e bonitos, não faria muita diferença. Pedi também que ele me mandasse mais um par de sapatos, e então só me restava esperar. Resolvi dormir um pouco, já que a noite, com disse Blasio, tinha sido muito longa.
SONHO ON
Eu estava no mesmo quarto do sonho anterior, mas dessa vez, não havia um trono, nem ninguém. O quarto estava escuro com da última vez, mas pude ver que nas paredes, haviam manchas de sangue por todos os lados. Então, uma voz me disse "Afaste-se dela! Afaste-se dela ou então ela vai pagar por tudo! Ela morrerá e será culpa sua, você a matará! Você é um assassino!" comecei a ficar nervoso, não sabia de onde a voz vinha, nem a quem estava se referindo, mas alguma coisa me dizia que quem estava falando, era a mesma pessoa que estava sentada no trono no meu outro sonho. Olhei para todos os lados do quarto, mas não havia porta. Eu estava preso. De repente, em um canto escuro do quarto, havia uma mulher caída no chão, a mesma mulher do último sonho, mas dessa vez ela estava mais ferida e não havia uma criança. Ela chorava muito, estava com muita dor. Tentei me aproximar para ajudá-la, mas quanto mais eu me aproximava, mais ela chorava e dizia "Por favor, não se aproxime de mim!", "Fique longe de mim!", "Eu te amo, mas olha o que você fez comigo. Draco, por favor, me mata. Eu não aguento mais essa dor." Comecei a chorar desesperadamente, sentia uma dor lancinante no meu peito. Então mais uma vez, a voz: "Olhe o que você fez com ela, Draco. Afaste-se dela, antes que seja tarde."
SONHO OFF
Acordei desesperado e com o rosto molhado com as minhas próprias lágrimas. O que será que esse sonho queria dizer ? Quem era aquela mulher ? E de quem era aquela voz ? Fui até o banheiro tomar um banho para tentar me acalmar. Depois de um banho frio, olhei o relógio e já era noite. Desci até o salão comunal para tentar achar Blasio, precisava contar desses sonhos para alguém. Saí cambaleante pelo corredor até chegar ao salão comunal da Sonserina, mas Blasio não estava lá. Fui procurar por ele, e quando saí do salão comunal, encontrei Valentina que ao me ver, veio correndo e me deu um beijo.
-Oi meu amor, onde você estava ? -Ela perguntou depois de me beijar.
-Ah, eu estava no quarto. Por acaso você viu o Blasio ? Preciso falar com ele.
-Da última vez que o vi, estava com a Pansy, eles estavam no pátio.
-Ótimo, vou até lá.
-Eu te acompanho, meu amor.
Valentina agarrou-se no meu braço e fomos juntos até o pátio. Quando chegamos, havia um tumulto do lado de fora. Pude ver de relance o rosto de Blasio pela multidão, parecia um tanto atordoado . Nos esgueiramos por entre as pessoas até chegar até ele. Blasio, ao me ver, encheu os olhos de lágrimas, então comecei a ficar nervoso.
-Blas, o que houve, cara ? -Perguntei.
-A Pansy! Foi a Pansy, cara. Eu estava esperando-a para irmos ao jardim, mas aí quando eu percebi... -Antes de terminar de falar, Blasio começou a chorar.
-Calma, cara. Fique calmo e conta o que houve. -Eu tentei acalmá-lo para que ele pudesse terminar de contar o que houve.
-...Ela caiu da janela da torre de astronomia... -Mais lágrimas -Eu não sei o que houve, nem o que ela estava fazendo lá, mas... Eu acho... Acho que ela morreu.
-Ah meu Merlin, Blasio! -Valentina disse, e o abraçou para tentar acalmá-lo, enquanto eu só conseguia encará-lo.
-Venha, vamos até a enfermaria, talvez a Minerva nos diga como ela está.
Levamos Blasio até a enfermaria, mas quando vimos o corpo da Pansy em uma das camas estatelado, ele começou a chorar de uma forma inconsolável, e Valentina também chorava, afinal, havia perdido a melhor amiga. Eles se abraçaram e choraram juntos. Eu não tinha muita proximidade com Pansy, mas mesmo assim estava triste por ela, então fui até Minerva para ver a situação dela.
-Diretora Minerva, a senhora poderia me falar como está Pansy ?
-Perdoe-me Senhor Malfoy mas infelizmente não temos permissão para divulgar as condições da Senhorita Parkinson a ninguém que não seja da família.
-Por favor, diretora, Valentina era prima e melhor amiga dela, e Blasio, era o namorado, eles estão totalmente inconsoláveis.
-Tudo bem, Senhor Malfoy. Mas esta informação não deve ser divulgada a ninguém além de nós. A Senhorita Parkinson caiu da torre de astronomia, mas o que não entendemos é o que ela estava fazendo lá, considerando que a torre de astronomia está fechada e só seria reaberta no início das aulas. Além disso, dentro do bolso de sua roupa, encontramos um bilhete.
-Posso vê-lo ?
-Ah, Senhor Malfoy, você vai me arranjar um problema. Mas já que você era amigo dela, tudo bem.
Minerva me entregou o bilhete, e comecei a lê-lo.
"Foi você, você fez isso comigo! Você se aproximou dela! Sabia que não devia se aproximar dela mas mesmo assim, se aproximou. É culpa sua. Isso é só o começo. Eu paguei pelo seu erro. Afaste-se dela, ou cada uma das pessoas que você ama, vão acabar como eu!"
Quando terminei de ler o bilhete, meu coração disparou, minhas mãos começaram a tremer, e tudo o que eu consegui fazer foi sair correndo da enfermaria sem me lembrar de Blasio e Valentina. Fui para o meu quarto desesperado, sabia que aquela carta tinha algo a ver com os meus sonhos. Quando cheguei no quarto, tudo o que consegui fazer foi entrar no banheiro e tomar um banho. Passei um longo tempo embaixo do chuveiro gelado pensando nos sonhos e no bilhete. Era como se eu tivesse me aproximado de uma pessoa da qual não devia me aproximar. Mas quem ? Pensei em Valentina. Será ela a garota ? Fazia todo o sentido considerando a noite que tivemos, então decidi que me afastaria de Valentina. Saí de dentro do banheiro no exato momento em que Blasio entrou no quarto.
-E aí, cara, como você está ? -Perguntei, mas sabia a resposta pelo rosto inchado dele.
-Estou péssimo, cara, eu estava apaixonado por ela, e agora... -Blasio começou a chorar novamente, e tudo o que eu consegui fazer para consolá-lo foi lhe dar um abraço, e ele chorou mais ainda.
-Obrigado cara, preciso tomar um banho. -Ele disse, e então foi para o banheiro.
Troquei de roupa e me preparei para dormir, amanhã precisava conversar com Valentina, além do encontro que, depois de uma noite tão tumultuada, eu quase esqueci que teria com a Dama misteriosa.
Por Hermione Granger
Não sabíamos quem é a garota que caiu no meio do pátio, mas sabíamos que isso ia causar um belo alvoroço. Nos preparamos para dormir, não havia muito clima para conversas naquela noite, então dormimos logo. Mas no meio da noite, Gina me acordou com um grito.
-Gina ?! Oque houve ? -Perguntei assustada.
-Tinha alguém aqui, Mione. Eu tenho certeza, tinha alguém aqui no quarto.
-Calma, calma, quem estava aqui ?
-Eu não sei, mas eu tenho certeza que tinha alguém aqui
Eu me levantei da cama e acendi a luz, para ver se estava faltando alguma coisa no quarto, mas não estava faltando nada. Então fui até o banheiro conferir. Tudo estava igual. Exceto por uma coisa. Um grande desenho no espelho do banheiro que dizia "O Harry é meu!".
Voltei ao quarto e contei para Gina o que haviam escrito no espelho, então ela começou a chorar e a bater com toda força no colchão.
-Gina, o que está acontecendo ? Quem escreveu aquilo ?
-Eu não sei, Hermione, mas sinceramente há uma menina na Corvinal que não consegue tirar os olhos do Harry. Sempre que estamos juntos ela faz de tudo para que eu saia de perto dele.
-E você sabe qual o nome dela ?
-Claro, ela fez questão de enviar uma coruja para ele. Seu nome é Daphne Greengrass.
-Mas o que você vai fazer ?
-Bem, amanhã ela vai saber que deve ficar o mais longe possível deste quarto, e do Harry!
Depois disso, voltamos a dormir. Na manhã seguinte, Gina me acordou para irmos tomar café. Tomei um banho e me vesti, em seguida fomos ao refeitório. Quando chegamos, Harry e Ron já estavam lá, e junto com eles, havia outra garota. Ela era loira, e tinha os cabelos lisos, estava sentada ao lado do Harry, portanto imaginei ser Daphne Greengrass. Olhei para Gina, que fumaçou com os olhos.
Ela foi até amesa em que eles estavam e puxou Harry pelo braço até um lugar distante, então Daphne levantou-se da mesa e foi para a mesa da Corvinal.
-Nossa, essa garota é bem atirada!
-Ah, eu até gostei dela. -Ron disse.
Olhei pra ele com cara feia e ele apenas deu de ombro. Quando terminamos de comer, Harry e Gina estavam voltando até a mesa, Gina parecia mais calma, mas não pude deixar de perceber a troca de olhares fulminante entre ela e Daphne. Esperamos Gina e Harry terminarem de comer, e fomos até o pátio de entrada do castelo.
-Que tal se fossemos até a cabana ? Poderíamos passar o dia lá. E a noite também se vocês quiserem! -Ron disse e trocou olhares e risadinhas com Harry.
-Tudo bem, por mim. Hermione ? -Gina concordou.
-Ah, vamos. Por mim tudo bem.
Quando chegamos a cabana ela ja estava preparada. Haviam uns filmes, comidas e cobertores nos sofás. Então nos sentamos e começamos a assistir. Depois de algumas horas, comecei a ter uma sensação estranha, como se estivesse esquecendo de alguma coisa. Olhei o relógio, que já marcava sete e trinta. Então lembrei do encontro com o Príncipe, estava atrasadíssima, então não pude deixar de soltar um xingamento.
-Mas que droga!
-O que houva, Hermione ? -Ron perguntou assustado.
-Ah, eu... Am... -Eu tinha esquecido de pensar na desculpa que daria a eles, mas então falei a primeira coisa que me veio na cabeça. -A diretora Minerva me pediu que fosse até a sala dela às oito, e eu havia esquecido.
-Mas o que ela quer com você se as aulas ainda nem começaram ? -Gina quis saber, e odiei-a neste momento.
-Por isso, ela quer que eu a ajude a receber os alunos novatos.
-Quer que eu a acompanhe ? -Ron perguntou.
-Não, obrigada. Assim que acabar a reunião com a diretora, eu volto. Até mais!
-Tudo bem, até mais! -Gina disse, embora parecesse desacreditar da minha história.
Saí correndo pela floresta, sabia que estava atrasadíssima e que teria menos de uma hora para chegar ao castelo. Quando cheguei no meu quarto, estava exausta e faltavam cinquenta minutos para as nove. Fui para o banheiro tomar banho. Quando terminei de tomar banho, me vesti, e calcei os sapatos. Faltava apenas a maquiagem, e eu tinha apenas vinte minutos. Quando terminei, olhei pro relógio, nove horas em ponto.
Por Draco Malfoy
Naquela noite não tive sonhos, quando acordei na manhã seguinte, chamei o Blasio para que fossemos ao refeitório tomar café, mas ele não quis sair da cama, então disse a ele que traria um pouco de comida pra ele. Quando cheguei ao refeitório, Valentina já estava sentada tomando café. Me sentei ao seu lado e disse que precisávamos conversar. Quando terminamos nosso café, caminhamos até o pátio e então eu lhe disse:
-Eu preciso ser sincero com você. A noite que passamos foi maravilhosa. Eu não quero que pense que a única coisa que eu queria com você era uma noite de sexo, mas ultimamente andam acontecendo algumas coisas que, não deixam espaço na minha cabeça para pensar em ter um relacionamento. Não agora.
-Espera, você está terminando comigo ? -Seus olhos estavam marejados.
-Não, não dá para terminar o que não começou. É que, agora não dá. Quem sabe daqui um tempo, podemos tentar de novo, de uma outra forma.
-Tá, tudo bem! Mas isso não vai ficar assim! -Ela disse, então virou-se e saiu correndo chorando.
Me senti mal por ter rompido com ela desta forma. Voltei ao refeitório e peguei um pouco de comida para levar pra Blasio. Deixei a comida no quarto, e depois de um tempo insistindo, ele finalmente decidiu comer. Deixei-o comendo no quarto e fui preparar o encontro com a Dama Misteriosa. Fui até um local mais reservado do jardim, onde ninguém entraria, perto do lago. Lá havia uma mesa com duas cadeiras, mas estavam um pouco empoeiradas. Limpei as cadeiras, e o lugar, que tinha algumas folhas secas largadas pelo chão. Quando terminei de limpar tudo, enfeitei todo o lugar com rosas brancas. Durante a nossa conversa no baile, enquanto dançávamos, a Dama havia me dito que suas flores favoritas eram rosas brancas. Então coloquei alguns arranjos de rosas brancas e vermelhas pelo lugar. Depois, fiz uma trilha de rosas brancas pelo corredor até a entrada do jardim, para que ela soubesse aonde devia ir. Depois de algumas horas enfeitando o lugar, já estava quase na hora. Subi então para o meu quarto para pegar as comidas. Levei-as ao jardim e arrumei tudo. Quando o lugar estava todo pronto, para garantir que ninguém visse, protegi com um feitiço que não permitia a ninguém além de mim ver o que havia ali, qualquer outra pessoa veria apenas a mesa e a cadeira empoeiradas. Faltava uma hora e meia para o encontro, então fui me arrumar. Tomei um banho, me vesti e arrumei o cabelo da forma que sempre usava. Estava um tanto nervoso por finalmente conhecer a minha Dama Misteriosa.
Por Autora
Faltavam vinte minutos para as nove quando Draco desceu. Foi para o jardim evitando ser visto, e quando chegou, desfez o feitiço para que a Dama, quando chegasse, pudesse ver tudo o que ele havia feito. Suas mãos estavam trêmulas de nervosismo, e decidiu sentar-se para esperar. No quarto, Hermione ansiava para descobrir logo quem era o seu Príncipe. Quando o relógio bateu nove horas, ela desceu. Quando chegou a entrada do jardim, encontrou uma linda rosa branca, sua flor favorita. Pegou a rosa, e após essa, havia uma outra rosa branca, e logo percebeu que as rosas, formavam um caminho. Seguiu o caminho até uma porta estreita, enfeitada também de rosas brancas. De onde estava pôde ver uma mesa, onde haviam dois pratos, taças, e vários tipos de comida. Além de uma garrafa de vinho. Mas não pôde ver ninguém.
Passou pela porta que estava enfeitada de rosas, e viu mais arranjos de rosas. Seu coração batia incontrolavelmente e parecia que ia sair pela sua garganta. Quando deu mais um passo pra frente, viu, dentro de um dos pratos, um bilhete, do lado de fora do envelope estava escrito "Dama Misteriosa". Pegou o envelope e abriu.
"Dama Misteriosa
Que bom que veio, estava louco para sentí-la outra vez. Quero finalmente descobrir quem é a dama que não saiu da minha cabeça nos últimoa dias. Príncipe Misterioso"
Quando terminou de ler a carta, Hermione estava incrivelmente nervosa. Ela não aguentava mais de ansiedade, precisava saber quem era o príncipe. Quando levantou os olhos, ela então o viu. Ele estava parado de pé na beira do lago, talvez nem a tivesse notado ali.
Enquanto isso, Draco mantinha as mãos trêmulas nos bolsos. Havia escutado quando a sua preciosa Dama chegou,e os suspiros que ela deu quando se aproximou da mesa onde ele havia deixado a carta. Mas embora seu coração palpitasse de ansiedade, ele ainda não havia se virado para olhar diretamente no rosto dela. Isso ele faria quando ela o chamasse.
Quando o viu na beira do lago, Hermione o reconheceu de imediato. O choque tomou conta do seu corpo. Ela pensou que não podia ser ele o Príncipe, depois de tudo o que ele fez no tempo que passaram em Hogwarts, não podia ser ele o seu príncipe tão maravilhoso. Mas ao mesmo tempo, bem lá no fundo, ela sempre teve a esperança de que ele mudasse e se tornasse uma pessoa melhor, e pela forma como conversaram na noite do baile, ele parecia mesmo ter mudado, parrcia ser uma pessoa melhor, então talvez ela devesse tentar dar uma chance a ele. Com a voz ainda trêmula de nervosismo, ela então resolveu falar.
-Malfoy ?
Ao ouvi-la pronunciar seu sobrenome, imaginou que só havia uma pessoa que o chamava pelo sobrenome, e não diretamente pelo nome, então ele a reconheceu imediatamente. Virou-se para ela e a viu parada de pé diante da mesa. Ela estava incrivelmente linda. Usava um vestido azul escuro que marcava bem suas curvas, como o que ela usou no dia do baile. O cabelo preso em um coque realçava bem o seu rosto corado. Ela parecia envergonhada, e por um instante pareceu até que estava com medo da reação que ele teria ao descobrir que ela era. Mas tudo o que ele conseguiu expressar, em um tom de surpresa e vergonha semelhante ao dela, foi:
-Granger ?
Quando ele pronunciou seu sobrenome, ela sentiu um arrepio percorrer o seu corpo. Embora já o tivesse visto diversas vezes de terno, parecia que dessa vez era diferente. Na verdade, ela sempre o achou bonito, mas dessa vez, não só isso. Além de bonito, ela o achava extremamente atraente. Como pôde não notar tanta beleza nele ? Então ela lembrou da pessoa desprezível que ele era, talvez isso explique o por quê de ela nunca ter notado a beleza dele.
Draco aproximou-se da mesa, e a medida que se aproximava, mais nervoso ficava, na mesma proporção que Hermione. Ele então puxoua cadeira para que ela se sentasse.
-Desta vez não vai puxar a cadeira para que eu caia, não é, Malfoy ?
-Haha, não, desta vez não, Granger.
-Assim espero! E, am... Por que não me chama apenas de Hermione ?
-Tudo bem, mas então me chame apenas de Draco.
Sentaram-se à mesa, ainda um pouco envergonhados, mas depois de um tempo, o gelo se quebrou, e eles começaram a conversar como no dia do baile.
Depois de jantarem, decidiram dar uma volta pelo jardim do castelo, que por sinal era enorme. Depois de algum tempo caminhando e conversando, eles sentaram-se em um banco de pedra bem no meio do jardim.
-Uau, você mudou muito. Não parece a mesma pessoa que você era a menos de um ano atrás. Talvez seja por isso que eu não esperava que fosse você embaixo daquela máscara.
-É, acho que todos mudamos muito. Inclusive você. Pelo menos não é mais aquela nerd desejeitada do primeiro ano!
-Ei! Eu não era uma nerd desajeitada! -Draco riu.
-Era sim, aliás, quem você esperava ? Um príncipe encantado como o daqueles livros que você lia ?
-Seria muito bom se fosse um príncipe daqueles!
-Tenho certeza de que sou muito mais bonito do que todos aqueles príncipes.
-Ah, descobri uma coisa em você que continua exatamente a mesma!
-Ah, é ? E o que é ?
-Você continua muito convencido!
-Não continuo não! Está me chamando de feio ?
-Talvez esteja, e daí ?
-Posso até ser feio, mas tem uma coisa que eu faço muito bem!
-Duvido muito.
-Quer ver ?
-Quero, mostre-me! -Neste momento, Draco beijou-a . Mas dessa vez, não foi como no baile, foi mais intenso, e a fez sentir que não queria que aquele momento acabasse nunca mais. Queria que o tempo parasse exatamente ali. E era exatamente como Draco se sentia, não queria passar mais nem um dia sem sentir os beijos dela.
Depois de um tempo assim, eles se soltaram. Passaram mais um tempo conversando, e se beijando de vez em quando. Então Hermione lembrou-se que havia dito aos amigos que voltaria à cabana, e eles ja deviam estar preocupados.
-Tenho que ir. Disse aos meus amigos que voltaria para encontrá-los.
-Mas já ? E quando noa encontraremos novamente ?
-Amanhã, na aula de Herbologia!
-Mas amanhã, na aula de Herbologia, eu não posso fazer isso. -Neste momento, ele beijou-a de novo.
-Bom, então que tal... Amanhã a noite ?Acho que a Gina vai sair com o Harry então estarei livre.
-Então, posso ir até o seu quarto ?
-Meu quarto ?
-É, você disse que a sua amiga ia sair, não é ? A não ser que queira fazer isso no salão comunal, mas acho que lá vai estar um pouco cheio. -Hermione lembrou do namor com Ron, ninguém podia vê-la com o Draco.
-Não, tudo bem, eu espero você lá. Às oito ?
-Por mim tudo bem. Vamos ?
-Vamos sim.
Eles caminharam até a mesa, lá, Draco agarrou-a pela cintura e a beijou intensamente. Um beijo cheio de carícias, cheio de sentimentos, o que os fez sentir que estavam começando a sentir algo um pelo outro.
Então depois de alguns minutos e muitos beijos e carícias trocadas, Hermione foi embora. Enquanto ficava ali parado, pensando na noite que tiveram ali, Draco pensava que queria muitas e muitas outras noites daquela acompanhada de sua Dama que agora, não era mais misteriosa. Estava sentindo algo forte por ela, e sabia o que queria. Queria deixar esse sentimento consumí-lo por inteiro. Enquanto caminhava pela floresta, Hermione sorria e pensava. Tinha a certeza de que aquela, foi a noite mais feliz de sua vida.
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