História Nem sei mais quem sou. - Sua presença

Duas semanas se passaram e todos os dias ele me levava até a biblioteca e no final da tarde ia me buscar. Todas as manhãs eu o enchia de perguntas era raro ele responder,  algumas ele  apenas concordavá e negava, acabei me "acustumando" com essa rotina, mas não significa que eu desistir de me liberta.

Eu ainda dormia no seu quarto, na verdade só eu mesmo, já que ele ficava apenas me observando da poltrona que ficava no canto do quarto. Ainda tinha pesadelos e acordava com o rosto molhado pelas minhas lágrimas, todas as vezes que eu tinha esses pesadelos sinto uma presença perto do meu corpo e me observando, sei bem que é ele mas não arrisco olhar para ele e infartar.

Como de costume ele saiu assim que acordei e as empregadas entraram para me ajudar a me arrumar, depois de pronta ele vinha me buscar mas desta vez foi diferente quem veio foi sua irmã.

- Bom dia coisa.

- Bom dia mimada. - Dei uma risadinha.

A gente nao se dava muito bem, acho que ela Tinha ciúmes de mim.

" Não entendo os ciúmes dela, é além de bobo denecessário,  porque pouco me importo com o irmão dela."

- Vamos tomar café. - disse ela.

- Isso foi um pedido?

- Eu não peço, eu mando.

- Só que eu não sou esses idiotas que você se deita.

- Garota você não sabe com quem está falando eu sou a Bella Katherina Watcon Lancaste, princesa das trevas.

- E?

Ela realmente já estava se estressando.

- Quer saber fique aqui! - Saiu do quarto batendo-a.

Eu apenas rir, me sentei na cama e estranhei ele não ter vindo. Fiquei no quarto por volta de uma hora e comecei a pensar.

 "Que estranho geralmente ele vem me buscar e fica me olhando enquanto tomo café"

- Peraí, o que eu estou pensando. - Comecei a andar de um lado para o outro do quarto -  Deveria estar feliz, assim ele não encherá meu saco. - Coloquei a mão no queixo - Mas mesmo assim é estranho. Por que ele não veio? - Segurei meu vestido com força de raiva. - Angelina no que você está pensando? Está preocupada e sentindo - parei de falar quando percebi que a porta do quarto estava aberta e ele encostado.

- O que está sentindo? - Arqueou uma sombracelha.

Me espantei ao ve-lo e parece que fiquei mais calma? Que estranho.

- Estou sentindo fome, isso que estou sentindo. - Tentei disfarça.

- A porta estava destrancada e você sabe onde é a cozinha. Até porque foi a primeira coisa que aprendeu achar.

- Eu ... só ... - Comecei a falar mais baixo - não...

- Queria ficar sem minha presença?

Ele acertou bem no alvo. Mas ouviu que eu não iria admitir.

- Claro que não. Quer saber nao estou mais com fome, vou para a biblioteca.

- Quer que eu lhe acompanhe?

- Não é so a cozinha que eu sei onde é.

Passei por ele e nem olhei na sua cara, estava com muita raiva dele. Comecei a caminha em direção da biblioteca.

"Como ele é irritante, chato e muito convencido. Eu realmente estou ficando louca e tudo por causa dele. Mas por que será que ele demorou? Eu devia ter perguntado", pensei.

Cheguei a biblioteca e lá estavam Estefânia e Rosalinda arrumando os livros que pareciam ter acabado de chegar.

- São novos? - Perguntei.

- Sao sim. - Respondeu Rosalinda.

- Estranho, quando fui servir o café você não estava la, apenas a Princesa. - Disse Estefânia.

- Estava sem fome.

Cheguei perto delas e Comecei a ajudar.

- Não precisa. - Disse Rosalinda.

- Quero ajudar, assim posso saber onde eles vão estar. E nao adianta dizer que não.

Elas apenas cederam à minha teimosia.

Acabamos de arrumar os livros e elas duas saíram para pegar um chá. Fiquei ali até o sol se pôr, fui até a sacada e fiquei olhando a lua se mostrar e iluminar a escuridão intensa.

A porta da biblioteca e fiquei feliz, quando olhei me deparei com um dos quardas, não era quem eu esperava.

" Peraí, quem eu estava esperando?"

Ele me acompanhou ate um quarto diferente.

- Nosso Mestre providenciou um quarto novo para a senhorita.

- Por Que?

- Isso eu nao sei responder. As empregadas depois vem trazer sua janta, o mestre mandou dizer que não virá a noite.

- Como se eu me importasse.

Entrei no quarto e escutei ele fechar a porta. Era diferente do dele, não era do mesmo tamanho mas era mais feminino, ele era lindo. Mas algo me fazia estranha-lo.

" Angel você deve ficar feliz por estar separdo dele, assim quem sabe você pense melhor em fugir desse lugar", pensei.

Me sentei na cama e vi o tempo passar, Rosalinda e Estefânia trousseram meu jantar, eram sempre elas que ficam comigo, eram minhas amigas. Depois que terminei tomei um banho e me deitei.

Era estranho estar em um quarto diferente, Eu Me sentia solitária? Sim eu estava solitária novamente, tinha que admitir.

Acabei adormecendo, me espantei deparei com trovões fortes, estava assustada e confusa era muito estranho, estava com medo.

Me levantei da cama e tropecei no carpete me fazendo dar com a cabeça no criado mudo que ficava do lado da cama, toquei na minha testa e percebi que estava húmida, ou seja, eu estava sangrando,  comecei a chorar, queria sair dali e queria chamar alguém, mas quem?

Pensei nele, sim nele, tinha que admitir que ele sempre esteve lá no canto do quarto, sempre me olhando e mesmo assim com toda  aquela loucura ele não me deixava sozinha e eu me sentia menos solitária.

Cadê você?

Por que nao está me observando como sempre?

Por que não está mais comigo?