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História Néon e o Sabor das Estações - Depois da tempestade vem um McChicken


Escrita por: rainfiorest

Notas do Autor


agradeçam à Mónica aka @lullaby por eu postar cap hoje, porque eu quase esqueci sahdjsa
ah e a ideia da caneta do snoopy é dela qqq

boa leitura <3

Capítulo 3 - Depois da tempestade vem um McChicken


Fanfic / Fanfiction Néon e o Sabor das Estações - Depois da tempestade vem um McChicken

 

Kyungsoo apertou a mão que Chanyeol lhe estendia e forçou-se a sorrir um pouco.

― Sou o Kyungsoo. ― respondeu.

― Eu sei. ― Chanyeol abriu um sorriso enorme, que mostrava mais dentes do que Kyungsoo alguma vez imaginou que um sorriso pudesse mostrar. Depois percebeu o que ele tinha acabado de responder e ficou confuso.

― Sabes?

― Sei. ― Chanyeol sacudiu os ombros ― Somos colegas de curso. Temos história da música juntos.

― Ai temos?

― O ano inteiro. ― como se fosse possível, sorriu ainda mais ― Uma vez emprestaste-te uma caneta.

― Então és tu que tens a minha caneta do Snoopy?

― Culpado. Ah, e hoje dei-te o meu lugar na aula, por isso consideremo-nos nivelados.

Uma luz acendeu-se na cabeça de Kyungsoo assim que Chanyeol falou na aula. Então era daí que aquele moço lhe era familiar! Agora sentia-se um pouco melhor em relação à companhia dele. Não era um estranho qualquer ― era um colega de turma.

― Bem ― retomou Chanyeol ― vamos lá procurar o teu amigo?

Kyungsoo acenou, grato, e levantaram-se os dois em simultâneo. Mas nada preparou Kyungsoo para a escandalosa diferença de alturas.

Chanyeol era gigantesco.

Chanyeol era tão alto que Kyungsoo tinha de dobrar o pescoço para olhar cima.

Chanyeol era tão colossal que Kyungsoo ficou subitamente a sentir-se muito, muito pequenino. Como um chibi ao pé de um boneco de tamanho normal. David ao pé de Golias. Sinbad ao pé do Kraken.

Seria extremamente intimidante, não fosse o sorriso meio tolinho que Chanyeol exibia. Como um bolinho de arroz em tamanho maxi.

― Anda lá. Ele não pode ter ido longe. ― insistiu Chanyeol, indiferente ao espanto do colega, e, puxando-o pelo cotovelo, arrastou-o atrás de si no meio da multidão.

A casa era enorme e levaria uma eternidade a procurar Junmyeon e isso, associado à dor de cabeça que a ressaca começava a trazer a Kyungsoo, fazia-o sentir-se muito pouco alegre com toda a situação. Mas seguiu Chanyeol à mesma, com a esperança de que, pelo menos, o tamanho dele pudesse ser útil de alguma forma ― como ver onde ele não conseguia chegar. Isto tudo, enquanto o grandalhão se abanava ao som da música. Que tipo de pessoa era aquela?

Felizmente ― tanto para a dor de cabeça, quanto para o humor de Kyungsoo ― conseguiram finalmente encontrar Junmyeon ao fim de um quarto de hora. Invadiram uma casa de banho ocupada para isso, mas, segundo Chanyeol, valia a pena. Contudo, Junmyeon não estava sozinho.

A um canto, com a cabeça deitada na sanita, uma garota jazia adormecida, com um fio de baba a cair-lhe da boca entreaberta, e, mais à frente, sentado na bancada do lavatório, um Junmyeon sem camisa agarrava-se a um moço muito despenteado, enquanto as bocas de um e de outro eram indistinguíveis. Felizmente, Chanyeol tinha fechado a porta depois de entrar.

Kyungsoo não reconheceu o rapaz, mas a gargalhada que Chanyeol deu indicou que ele provavelmente sim. O casal afastou-se com essa demonstração de amor escandalosa, e ambos arregalaram intensamente os olhos ao vê-los ali.

― Soo! ― exclamou Junmyeon, procurando a sua camisa no meio dos produtos de higiene do balcão.

― Chan! ― o seu par (um moreno bonito que Kyungsoo reconheceu segundos depois como sendo a famosa crush do amigo) virou-se para Chanyeol.

― Bem, agora sabemos que os nossos amigos fugiram juntos. ― comentou este, divertido demais com a situação. Kyungsoo, por sua vez, olhava de um para o outro, demasiado atónito para falar.

― Chan, não me mates. ― implorou o amigo de Chanyeol, com um ar bastante desesperado ― Ainda preciso de chegar a casa vivo.

― Relaxa. ― Chanyeol sacudiu a mão no ar, relaxado ― Terminem aí o que têm de fazer, sim? Felicidades ao casal, quero ser o padrinho.― piscou o olho.

E dando uma última gargalhada, retirou-se da casa de banho. Kyungsoo, ainda confuso e incerto, foi atrás dele. A garota do canto continuava a dormir.

― Queres sair daqui? ― perguntou Chanyeol, surpreendendo Kyungsoo. ― Não aguento mais este cheiro a vómito. E a música é horrível, meu deus.

― Não posso. Preciso da boleia do Jun. ― surpreendeu-se com a rapidez com que conseguiu uma desculpa, apesar de ser verdade.

― Eu posso levar-te. Vives no campus, certo? Não custa nadinha. ― ofereceu-se Chanyeol.

Kyungsoo instintivamente quis recusar imediatamente novamente. Mas pensou duas vezes e, erguendo o indicador num pedido silencioso para que esperasse, voltou à casa de banho onde Junmyeon estava.

Hey hyung? ― chamou, encontrando-o a abotoar a camisa, já de pé no chão. O outro moço, de quem Kyungsoo não tinha conseguido apanhar o nome, estava a abanar a garota do chão e a verificar se estava viva. ― Eu vou com o Chanyeol, por isso não te preocupes. Diverte-te, sim?

Junmyeon ia protestar, mas Kyungsoo fechou rapidamente a porta e correu para junto de Chanyeol.

― Então e para onde é que vamos? ― perguntou, sentindo-se estranhamente enérgico. Devia estar assustado por ir a algum lado sozinho, a meio da noite, com alguém cujo nome só sabia há meia hora, mas não estava.

― Não sei. ― Chanyeol parou a meio do átrio, pensativo. ― Que tal comer alguma coisa?

A ideia entusiasmou Kyungsoo, mas lembrou-se rapidamente que não trouxera dinheiro.

― Não trouxe a carteira comigo. ― lamentou-se.

― Não faz mal, eu pago. ― Chanyeol não parecia minimamente relutante ao fazer a oferta.

― Não posso aceitar isso. ― Kyungsoo retrucou, legitimamente desconfortável com a ideia de ficar endividado com o colega.

― Se vieres eu devolvo-te a caneta. ― ultimou Chanyeol, movendo as sobrancelhas sugestivamente. Kyungsoo deu por si a dar uma gargalhada.

― McDonnald’s? ― sugeriu Kyungsoo.

― Excelente escolha, Robin! ― Chanyeol tornou a mostrar aquele sorriso enorme ― Será que o Drive Thru ainda está aberto?

― Fechou à meia noite. Mas a esplanada está aberta até às duas.

― Então para o batmóvel!

E foi assim que Kyungsoo deu por si no lugar do pendura do carro de Chanyeol ― que, apesar de ser em segunda mão, não tinha ar de que poderia desmontar-se no meio da estrada, como o de Minseok ― a caminho do McDonnald’s mais próximo daquela zona, e a discutir o seu direito legítimo de ser ele o Batman. Só quando passaram por uma zona sem candeeiros de rua é que se sentiu ligeiramente assustado, mas o regresso rápido à zona habitacional relaxou-o. Além disso, Chanyeol estava a ouvir música indie, e Kyungsoo nunca tinha ouvido falar de nenhum serial killer que ouvisse indie.

― De modo nenhum. ― contestava Chanyeol, olhando pelo espelho retrovisor enquanto falava, e depois voltando a olhar em frente ― Já viste os meus músculos? Eu nasci para ser o Batman.

Kyungsoo riu. Chanyeol não era musculado, mas também não demasiado magro nem gordinho; tinha, no entanto, uma postura suficientemente sexy e atraente para poder ser um Batman. Mas jamais iria admitir isso.

― Mas porque é que eu tenho de ser o Robin? ― retrucou ― Podia ao menos ser o Super Homem ou…

― O Homem Formiga? ― interrompeu Chanyeol, com uma gargalhada.

Normalmente Kyungsoo ficaria ofendido com piadas sobre a sua altura, mas naquela noite riu. E riu com gosto. Porque Chanyeol conseguia ser engraçado onde outros falhavam com as mesmas piadas.

― Tudo bem, eu posso ser o Robin. ― acabou por aceitar.

✶✶ �� ✶✶


Notas Finais


Ok, agora que leram este cap, eu imploro-vos que vão ler a one linda e cheirosa e maravilhosa da @lullaby, também chansoo, que merece todo o amor que tiverem nos vossos kokoros, porque é mesmo perfeita
https://spiritfanfics.com/historia/os-malmequeres-9956160

beijos no kokoro


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